Expositor que brinca com a participação de todos








Equipe:
Bárbara Orsi
barbaraorsi@outlook.com

Flávia Pareja
fla.pareja@gmail.com

Grupo social:

Margareth Guimarães de Pinho masforte@superig.com.br Escola Municipal República da Colômbia Rua Rosalina Bravo, 200 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ

O nosso projeto foi realizado na Escola Municipal República da Colômbia, localizada na Barra da Tijuca, com a professora Margareth Guimarães de Pinho. A intercessora dá aulas para uma turma do 6o ano experimental, no qual ela é encarregada de lecionar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.

Ao longo das atividades, a professora procura sempre trabalhar de forma que os alunos possam interferir no andamento das aulas, fazendo sempre perguntas como “Vocês preferem terminar a matéria de Ciências ou ir pra Matemática?” o que nos mostra o quão importante o diálogo entre aluno e professor é.

A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Margareth reconhecemos como tema para o projeto: “Vamos nos expressar brincando com as palavras para expandir o vocabulário numa participação coletiva”

Durante as aulas, Margareth procura trabalhar, principalmente, com atividades como a Produção Textual Coletiva, na qual os alunos devem contribuir com vocábulos relacionados ao tema escolhido para o texto. Dessa forma, a intercessora consegue trabalhar de forma a expandir o repertório vocabular dos alunos.

Analisando as escolhas de experimentos mais quentes, pudemos perceber que Margareth valoriza sempre a demonstração do aprendizado do aluno, e que gosta de expor seus resultados e conquistas. Assim, o Mural de Redações foi escolhido como mais quente, pois, além de ser uma reinterpretação de uma atividade que Margareth já possuía o hábito de fazer, traduz bem a ideia de demonstração de conhecimento dos alunos. Junto a isso, a ideia do experimento “O Que Aprendi Hoje?”, segundo mais quente, se assemelha nesse aspecto. Os demais experimentos quentes, tanto a “Palavra do Dia” quanto o “Hino Nacional” demonstram aplicações mais pontuais a esse respeito, no quesito da síntese e do aprendizado de novos vocabulários.

Dessa forma, aprendemos que nosso Partido Adotado seria um suporte no qual Margareth pudesse expor os trabalhos de todos os alunos, para estes se inspirarem e instigar nos mesmos a vontade de aprender mais.

O que foi feito como objeto final? Como e com que material?

Após feitos os estudos com as diferentes telas e estruturas, fizemos o primeiro protótipo com a estrutura de arame revestida com mangueiras transparentes e forrado com juta. Para a estrutura, por totem, foram utilizados 24 pedaços de arame cortados em aproximadamente 90cm e dobrados ao meio, formando um “L”. Quanto as mangueiras, foram utilizadas de duas espessuras diferentes: uma mais grossa, que receberia quatro arames por dentro, e uma mais fina, que receberia apenas dois. Foram necessários 14 pedaços de exatos 50cm da mangueira mais fina e 5 pedaços de também 50cm da mais grossa.

O nosso protótipo final tem sido usado para que os alunos possam se expressar e expor seus trabalhos e ideias, através de um expositor —de cunho pedagógico — que permite, também, uma ampla gama de possibilidades no que diz respeito ao posicionamento dos módulos, variando de acordo com as necessidades dos estudantes e da professora.

Conclusão Flávia Pareja:

Concluindo esse Projeto, pude perceber o quanto eu amadureci. E não somente eu, mas pessoas de fora me demonstraram isso ao longo, e pude perceber o quão rapidamente isso aconteceu. Durante esse processo inteiro passei por algumas situações nas quais não havia nada a se fazer a não ser seguir em frente, ir sem medo. E esse medo que eu me forcei a me afastar foi extremamente decisivo para eu conseguir chegar ao final e compreender o quão determinada e dedicada eu posso ser, quando eu quero algo com o coração.

Todas as convivências que existiram nesse período; com a minha dupla, a minha intercessora, a 2ª e a 7ª CRE, os colegas da turma; a Ana e o Vicente, junto às queridas professora colaboradoras Lu e Socorro; os monitores; e minha família me preencheram um pouco mais por dentro, e com todas elas pude aprender coisas que vou levar comigo para todo o sempre.

Agradeço à Margareth por ter sido a melhor intercessora que poderia buscar para dividir esse processo. Com nossa chegada inesperada, explicamos que estávamos atrasadas no nosso cronograma e que deveríamos nos apressar para termos tudo a tempo, ela se demonstrou sempre muito cheia de vontade de participar, de querer saber o que tínhamos e de nos ajudar nesse processo, utilizando as propostas que a levávamos e dando opiniões e críticas construtivas. Tê-la como minha parceira esse semestre foi excepcional para mim, pois pude fazer um projeto extremamente prazeroso, no qual sabia que sempre havia a Margareth para nos receber com seu casual “Entrem, meninas, fiquem à vontade!”. Essa convivência toda com ela gerou em mim a sensação de que todo o esforço que eu faço é recompensado, e que eu devo conseguir discernir bem o que vale ou não ser feito, pois, mesmo um projeto que eu imaginava que seria prejudicado pelo fato de ter sido apresentado às pressas e já ter começado atrasado, acabou tornando-se melhor do que eu imaginava que pudesse, e nada teria acontecido se eu tivesse desistido nos inúmeros obstáculos que surgiram no nosso caminho.

Agradeço a Bárbara por ter sido tão parceira esse período que passamos juntas. Não nos conhecíamos antes das aulas, e, talvez por isso, tenha sido uma atitude um tanto quanto arriscada nos escolhermos como parceiras. Porém, justamente por esse motivo, vejo que criamos uma amizade que vai além da dupla formada, nós criamos realmente um laço de amizade. Mesmo com todas as diferenças existentes entre nós – ou justamente por esse motivo – pude perceber a posição em que eu me forcei estar durante o período. A Bárbara, por ter transparecido ser uma pessoa bastante emocional e delicada, me fez querer ajudá-la a acreditar mais em si mesma, atiçando dentro de mim justamente o sentimento oposto que nela observei – me tornei uma pessoa mais objetiva do achava que pudesse ser, abraçando desafios e obstáculos que, olhando agora, não imagino que tivesse conseguido se não fosse por ela. Isso gerou em mim uma sensação de força, eu descobri que dentro de mim mesma existe o que é capaz para fazer o que eu quero dar certo, e, que, acreditando em mim mesma, posso ir para qualquer direção.

Nossa relação como dupla foi bastante complementar, e, embora com atitudes diferentes em relação às coisas, tenho certeza que ela sempre esteve ao meu lado e nunca quis nada diferente do nosso bem estar e sucesso no Projeto. Por isso, sou imensamente grata à sua companhia e seu desempenho, pois, mesmo ela não acreditando em si mesma em alguns momentos, eu tenho a certeza de que o nosso trabalho não seria a metade se não fosse por ela.

Conclusão Bárbara Orsi:

Durante esse semestre tive a oportunidade de viver uma realidade distante daquela que fui criada. Tive contato com um grande número de profissionais da área da educação na rede pública e, também, com crianças, as quais sou eternamente grata por tudo que me ensinaram. Aprendi a compreender e respeitar a diversidade de opiniões, culturas e personalidades, fato que, hoje, me permite ter uma visão distinta da que tinha anteriormente. Pude me “conhecer novamente” ao passo de que vendo as crianças em sala, pude lembrar de como era naquela idade e, dessa forma, compreender melhor a atitude dos alunos e refletir sobre o que eu gostaria de trabalhar se eu estivesse no lugar deles, me permitindo ficar mais direcionada para o design do protótipo final.

Com todas as dificuldades que tivemos ao longo dessa jornada, aprendi a valorizar cada vez mais as pequenas coisas que nos cercam no dia a dia, como as diversas caronas oferecidas pela Maju Nunes para a Barra da Tijuca e todas as vezes em que os monitores Israel Silva e Mariana Castro tiveram que repetir para mim que eu era a única pessoa impedindo o meu próprio sucesso e que eu precisava “pensar menos e fazer mais”. Entendi que devo tentar lidar com o stress todos os dias da melhor forma possível, pois o desespero nos impede de ter uma visão clara das nossas necessidades em relação às atitudes a serem tomadas.

Essa experiência me fez crescer não apenas como uma estudante de design, mas também como alguém que busca sempre respeitar aquilo que diverge dos “padrões da normalidade”. Com isso, pude mudar a minha conduta no que diz respeito a minha vida pessoal e as minhas relações com os outros. Mais do que uma matéria da faculdade, o Projeto Básico – Planejamento foi, para mim, uma experiência extremamente enriquecedora, e tenho gratidão por toda a ajuda e orientação de meus professores, Ana Branco e Vicente Barros, que foram como nossos pilares nos momentos de fraqueza. Guardo esse projeto comigo para a vida inteira, pois as únicas coisas que nos pertencem, verdadeiramente, são os aprendizados e as vivencias que tivemos.

Agradeço a Flávia Pareja por ter me ajudado ao longo dessa jornada, sempre me dando força para que o projeto pudesse caminhar. Com isso, aprendi que tenho nela não só uma ótima parceira de trabalho, mas, também, uma amiga.

Sou grata, também, a professora Margareth Guimarães de Pinho por ter nos recebido de braços abertos desde o primeiro dia. Sem sua receptividade, não teria sido possível chegar ao final desse projeto com sucesso. Dessa maneira, aprendi que para que um projeto flua bem, é fundamental que haja interesse de ambas as partes.

Avaliação Completa do Intercessor:

No dia 08 de outubro de 2013, as alunas da PUC Bárbara de Souza Lima Orsi e Flávia Madureira Pareja, se apresentaram na E.M República da Colômbia acompanhada pela gerente de Educação da 7ª CRE Nedir Rollo, para que iniciassem o estágio do seu curso de Design. Desde então, as referidas alunas têm comparecido a Unidade Escolar acima citada e desenvolvido inúmeras atividades para a construção de um produto final de cunho pedagógico.

Bárbara e Flávia se demonstraram extremamente comprometidas, prestativas e executaram diversas possibilidades de recursos pedagógicos com seriedade, enriquecendo e contribuindo significativamente para o cotidiano escolar de maneira multidisciplinar. Ambas as alunas também apresentam um expressivo espírito cooperativo, afetivo e social, tanto que conquistaram o meu afeto e respeito, e despertaram em todo alunado e dentro de toda instituição escolar um sentimento de carinho e cumplicidade. As inúmeras atividades por elas propostas, foram frutos de uma observação perspicaz e criteriosa que somaram e contribuíram para um fazer pedagógico dinâmico e interessante.

Por uma participação efetiva no espaço escolar acredito que Bárbara e Flávia se tornarão excelentes profissionais, pois já conduzem seus afazeres com a seriedade e a dedicação necessária para conquistarem o seu sucesso acadêmico e profissional. Atenciosamente.

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente, Luciana Grether, Maria do Socorro Calhau

e-mail: ana.branco@rdc.puc-rio.br

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