Projeto Colorindo o Saber





Equipe:
Fernanda Mendes
Nandamendes96@hotmail.com
Julia Ries
ries.julia@iclound.com

Grupo social:
Carla Baroni
carlabaroni@hotmail.com

Colégio Municipal Almeida Garret
Av. Gen. Guedes Fontura,470- Barra da Tijuca,Rj

Resumo:

O projeto foi realizado na Escola Municipal Almeida Garret com a professora Carla Baroni. Carla leciona uma turma de primeiro ano do fundamental. Seu papel é alfabetizar, iniciar conteúdos da matemática e ensinar a seus alunos como conviver no ambiente sala de aula. Através de atividades interativas, canções, histórias e brincadeiras. A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Carla reconhecemos como tema para o projeto: “Colorir o saber ajuda a aprender a misturar música, história, cor e amizade”. Carla propôs uma atividade em roda, ao contar uma história da floresta pediu em vários trechos do conto que todos seus alunos cantassem as músicas dos animais. Ainda em roda fez a brincadeira conhecida como batata quente, esta que todos cantam uma música e um objeto deve que ser passado em mão em mão de todos os participantes e ao parar a canção a criança que estiver com o objeto na mão é eliminada da brincadeira, porém Carla adaptou essa brincadeira. A criança que quando a canção parasse estivesse com o objeto da mão deveria ler uma palavra e escolher outra criança da roda para falar um palavra iniciada pela letra da palavra dita anteriormente. O conceito que ficou definido foi que todos os experimentos que envolveram uma interação com as crianças, os que permitiram uma interdisciplinaridade e foram de grande volume foram de melhor proveito e seria nossa orientação para as próximas variações até o objeto final. Foi feito um varal interdisciplinar. Depois de variar materiais, medidas e pensar sobre nossa proposta de durabilidade do experimento final, chegamos a conclusão de que iriamos construí-lo utilizando os seguintes materiais; Bambolê de fina espessura, Neoprene, Veludine coloridos nas cores amarelo, laranja, vermelho, rosa, roxo, azul escuro, azul claro e verde, Entre tela, Velcro, Plástico Cristal, Plástico Napa nas cores azul, vermelho, verde e bege ,Papel Paraná com gramatura média e Pape Cartão. Primeiramente agrupamos os bambolês em 3 unidades, formando duas estruturas circulares, as revestimos com Neoprene preto. O segundo passo foi recortar o Plástico Napa verde nas medidas 15x9,5 centímetros que formaria a estrutura do Alfabeto, azul nas medidas 15x9,5 centímetros que formaria a estrutura dos números, vermelho nas medidas 25x14 centímetros que formaria a estrutura da didática da Serafina e bege nas medidas 26x22 centímetros que formaria a estrutura dos quadros livres. O terceiro passo foi recortar o Plástico Cristal na metade das respectivas medidas em centímetros e quantidades de 26 letras pertinentes ao Alfabeto, 20 números, 8 letras da estrutura da didática da Serafina e 12 estruturas do quadro livre. O quarto passo foi feito a mesma coisa, só que o material a ser medido e cortado foi o Papel Paraná, que viria a ser a base de cada estrutura descrita. O quinto passo foi recortar o papel cartão também nas medidas dos adereços, compramos papel adesivado, imprimimos em casa e recortamos para colar no papel cartão. O sexto passo foi revestir as Entre Telas com Veludine, que formaram estruturas de tiras,4 delas de 1,90 centímetros ficaram fixas a estrutura dos círculos e serviriam para além de sustentar o formato do experimento final para servir de suporte para os adereços. As outras 4 tiras restantes de 1,70 centímetros ficaram como estruturas de tiras móveis.

Fernanda Mendes

Viver essa experiência fez com que eu amadurecesse como pessoa, fez com que eu revivesse o universo infantil presente em minhas memórias em muitos momentos. Além de ter conhecido pessoas que trabalham com o que realmente lhes fazem felizes e as tornam por isso seres humanos mais sensíveis e dispostos a encarar os desafios do dia a dia me inspirou imensamente. Durante esses quatro meses pude vivenciar experiências incríveis e imagináveis por mim. O ambiente sala de aula proposto pelos professores Ana e Vicente junto à suas monitoras já foi algo de início bastante impactante porém muito positivo. Essa ligação com a natureza que a sala de aula entre árvores nos proporciona reflete diretamente na harmonia e tranquilidade durante as incontáveis horas que passamos nela. Muitos foram os aprendizados durante esse projeto, um destes que mais me marcou foi em relação os agradecimentos. Pois nunca antes eu havia reflexionado sobre o simples fato de agradecer as pessoas pelos seus atos e como as relações de colaboração fazem total diferença seja voltado para um objetivo ou para a vida. Saber dar o devido crédito aqueles que nos ensinam mesmo que de maneira involuntária, pois sem eles não seriamos as pessoas que somos hoje, é uma postura muito nobre e sincera. As novas relações que construí também durante esse projeto foram importante para meu amadurecimento, muitas destas me serviram como inspiração. Hoje tenho a consciência de que todos os obstáculos durante esses meses foram ultrapassados, e sobre tudo, vejo neles pontos muito positivos. Acredito que somos o que nos permitimos e foi exatamente assim que encarei esse projeto, disposta a dar o meu melhor e buscar aprender com todos a minha volta o máximo possível e saber escutá-los. Agradeço a minha dupla Julia pelo fato de ter sido determinada, criativa e solícita em os momentos do nosso projeto. Que gerou em mim uma admiração enorme pela sua pessoa e felicidade por ter a tido como dupla. Agradeço a professora Carla Baroni pelo fato de ter nos recebido com tanto carinho no seu ambiente de trabalho. Ter se entregado as nossas propostas sem o menor receio sempre procurando colaborar conosco. Que gerou em mim diversas reflexões sobre os valores da vida, mexeu com o meu lado ser humano e sensível.

Julia Ries

Esse projeto foi extremamente enriquecedor, poder viver esse universo da barraca foi incrível, experimentando o suco de luz e compartilhando um ambiente enriquecedor e tranquilo com pessoas de todos os tipos. Todos os conselhos e observações dos professores me encorajaram bastante e despertaram em mim sentimentos que me levaram a ter certeza de que o projeto se cumpriria bem. As oficinas contribuíram para novos conhecimentos de materiais o que é algo encantador no mundo do design e para mim, uma vez que sempre estou a procura de conhecer os diferente tipos de materiais para poder conhece-los e não fazer coisas iguais, tentando diversificar cada experimento que construo. Conhecer a Carla não poderia ficar fora dessa narração de coisas incríveis, pois sem a sua pessoa o projeto não teria tomado a forma que tomou e passar o semestre ao lado dela foi algo encantador, a experiência do projeto com certeza é única e me fez quebrar muitos preconceitos, as gratidões me auxiliaram a enxergar que tudo que acontece conosco é motivo por ser grato. Até mesmo as coisas ruins, pois sempre devemos tirar proveito delas. Uma das razões pela qual irei levar esse projeto em minha memória e serei eternamente grata por ele, foi por ter vivenciado uma experiência em poucos tem a chance de enxergar esses pequenos momentos. Na turma de Carla haviam 5 alunos especiais e entre um deles era o João Vitor, um menino de 6 anos que possui mutismo seletivo e problemas neurológicos. Sempre que íamos no colégio ele ficava quietinho e Carla disse que era o normal dele, não participar e não falar. Porém, um dia no meio de muita atividade e diversão ele levantou e falou “tia Carla, deixa eu brincar?” e quando Carla foi explicar ele disse “Eu sei tia Carla, estou vendo os meus amigos, vou participar também.” E ao longo daquele dia ele não parou mais de rir e brincar. Foi algo chocante e prazeroso, ver um mudo falar é uma riqueza que poucos dão valor, mas é algo mágico que foi proporcionado graças aos meus professores que nos incentivam a trabalhar em colégios públicos, onde todos dizem que não é bom, eles nos fizerem aprender e descobrir que é lá que está a maior ingenuidade, inocência e carinho que podemos procurar. Quem não tem muito geralmente oferece muito além do que pode, e essa foi uma lição para a vida toda. Pois sem procurar achei um retorno que muitos se formam sem receber e não há nada mais satisfatório e gratificante do que ver meus simples experimentos mudando vidas, inclusive a minha.Agradeço a minha dupla Fernanda por ter agido com total foco e parceria. Em todos os momentos em que precisei de seu empenho ela correspondeu, assim fazendo com que o projeto seguisse um ótimo ritmo. Além disso criamos um vínculo de muita sintonia, procuramos encontrar juntas as respostas que precisávamos. A pontualidade de nossos encontros também fizeram da nossa relação algo significativo. Agradeço a Professora Carla por me mostrar além do meu alcance, ao misturar alunos de todos os tipo, com conteúdos multidisciplinares. Gerou em mim a capacidade de compreender que mesmo as pequenas coisas são as mais valiosas, que uma matéria pode se tornar algo grandioso e que podemos tirar muito proveito. Também agradeço por me apresentar uma visão sobre o ensino público que acredito que muitos não enxergam, a inocência e a ingenuidade das crianças em cada abraço e a sinceridade em como te tratam. Gerou também o conhecimento dos limites e capacidade de cada um, pois cada pessoa necessita de um tempo certo e as crianças são os que precisam muito dessa atenção nessa fase.

Carla Baroni

Ao longo do semestre, recebi as alunas Julia e Fernanda que frequentaram, semanalmente, a turma de alfabetização 1101 da EM Almeida Garrett, onde sou regente de turma. Desde muito cedo, as duas se ligaram à turma num clima de interação, colaboração e afeto. Assim, tornou-se comum o grupo recebê-las com o sonoro coro "eeeeeee", seguido de abraços e afagos. A presença delas em sala se transformou em sinônimo de novidade e inúmeras possibilidades. Tudo isso virou encantamento para as crianças. Para mim, particularmente, foi muito prazeroso recebê-las. Nossos encontros sempre tiveram sabor de "caça ao tesouro" , tamanha a satisfação em manusear e experimentar as possibilidades permitidas pelos materiais trazidos por elas. Chegamos ao final do semestre muito cúmplices, pois elas já sabiam dos meus maiores anseios em relação ao grupo e se envolveram de forma inteira e emocionada com os avanços vividos por eles. Juntas , brincamos, cantamos, aprendemos e descobrimos tantas cores ainda possíveis para colorir o mundo de encantamento que permeia o processo de construção de conhecimento de nossas crianças.

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Maria do Socorro Calhau

e-mail: anabranc@puc-rio.br

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