CAMILA ABDALLAH CONCLUSÃO 2015.1



Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Bio Chip Ana Branco

Camila Habdallah Moreira Matrícula:1113147

Introdução

Começar a fazer o curso de Bio Chip foi uma escolha, cheguei a disciplina através de colegas e da maior aproximação com a natureza que começou a despertar fortemente nos últimos tempos, ao assistir a primeira aula no auditório do RDC tive a certeza da ótima escolha e fui grata.

As primeiras lições foram de que tudo que está vivo na terra existe silício com molécula de água, como um chip que armazena informações, as mãos como terminal mais sensível do corpo, a unidade com a natureza, alimentação viva, entre outras..

Dinâmica da Corda de Rami

Experimentando viver sem lógica. Gratidão à corda de rami pela realização da dinâmica onde fizemos todos uma grande teia, uma rede com a corda que passava pela cintura de todos os alunos do grupo, nós interligando uns aos outros, de forma que todos estávamos conectados e os espaços formavam desenhos, numa área aberta fomos estimulados a nos soltar e “deitar na rede”, esse fato gerou em mim uma felicidade e eu me senti muito bem em rede, acredito que essa primeira dinâmica de forma Lúdica nos proporcionou o fortalecimento do nosso grupo de alunos, pois podemos olhar um pro outro, gerando uma confiança e claro identificações pessoais, Gratidão a Mestre Ana pela Dinâmica e meus colegas de turma.

Gratidão a corda de Rami pelo conhecimento de trabalhar individualmente. Ficar sozinha na rede gerou em mim uma consciência de que tentar controlar os movimentos corpo foi descobrir que está tudo conectado e se mexe um lugar o outro também mexe.

Dinâmica corda de Sisal

Agradeço a corda de sisal pela possibilidade de conhecimento adquirido e pelo fato de estar num grupo de alunos onde através da confiança podemos experimentar realmente o que é viver em rede. A corda material que ganha vida em forma de teia. Fizemos diversas teias e entramos umas nas outras com muita alegria. Percebi que existem formas de controle, algumas pessoas tendiam a controlar a rede mais que outras, esse fato gerou mim uma reflexão paralela a sociedade de “classes” e a dinâmica institucional que se encontra em diversos espaços, onde uma pessoa, ou um grupo exerce um controle sobre os demais tendencionando para seu propósito.

Corda de Rami em Dupla

Gratidão a corda de Rami pelo conhecimento de trabalhar com rede achei que trabalhar em dupla foi mais fácil que em grupo grande, em relação aos movimentos, eu e minha dupla tivemos criatividade através da corda e experimentamos diversos movimentos, depois entramos em outra rede e passamos nossos movimentos e recebemos os movimentos deles numa dinâmica super animada. Esse fato gerou em mim uma alegria e confiança

Diversos Sabores da Cenoura

Gratidão a cenoura, pois permitiu que através de cortes diferenciamos, facilitados pela mestre Ana o conhecimento que o sabor muda dependendo da maneira do corte, além de cortar também pude soltar a criatividade e fazer alguns desenhos, foi uma dinâmica bastante importante e pela primeira vez iniciei a trabalhar com o estojo que contem ferramentas de corte e lavagem de alimentos. Gratidão também pela água que usamos para lavar as mãos em bacias, esse fato gerou em mim uma consciência sustentável de que um grupo grande pode economizar água e lavar as mãos de forma consciente e coletiva..

Cores através de alimentos

Gratidão aos alimentos da grande mãe natureza por sentir seus sabores e reconhecer os diferentes tipos de cores que contém dentro de cada alimento, tomamos um suco com as cores separadamente e depois misturamos. Essa dinâmica gerou em mim o seguinte insgth. As cores tem seu poder de curar e quando ingeria os líquidos com as cores pensava na atuação daqueles cores nos meus chácaras me nutrindo, esse fato gerou em mim cura e amor.

Dinâmica da Terra

Eu Agradeço a Gaia pelo fato de poder sentir a terra, sua textura, cor, a diferença dos grãos. Esse fato gerou em mim um estado de contemplação, como o universo em minhas mãos, assim como de reflexão. Na dinâmica ficamos com a terra nas mãos de forma individualizada nesse momento entrei num transe comigo mesma, apesar de sentir a sua textura e pensar em como ela tinha ficado daquele jeito eu voltei para mim e pedi a mãe terra para aterrar alguns de meus objetivos. Imaginava os diversos tipos de terra e sua forma de atuar na natureza e gerar vida.

Fermentados

Gratidão aos alimentos fermentados, apesar de ter faltado a aula da fermentação compareci na aula posterior que foi a de preparação e alimentação com os fermentados, onde eu pude aprender com meus colegas que foram na aula passada como fazia e também experimentar os alimentos, que estavam uma delícia por sinal, porém ao chegar em casa comecei a passar mal digo: (Bem). Ao comentar com a Ana sobre isso ela disse que eu passei por uma desintoxicação e que não passei mal e sim bem. Isso gerou em mim gratidão e uma sensação de limpeza.

Pão dos essênios

Agradeço aos essênios pelo fato de deixarem seus ensinamentos divinos de culinária viva e a Ana pelo aperfeiçoamento da receita também sou grata aos alimentos da receita::Aveia, abobora, chuchu, amendoim, sal, orégano e alho.

Bolinho de Nãnã

Gratidão ao aimpim pela dinâmica de descascar, moer, tirar seu sumo, após ficamos somente com o “bagaço” que colocamos para secar na outra aula o bagaço foi colocado no liquidificador e percebemos que uma fumaça soltava, essa fumaça me lembra um processo alquímico e o despertar que é isso fazer comida é alquimia. Coletivamente começamos a a preparar os ingredientes para o bolinho que levava farinha de mandioca, lentilha, cebolinha, azeite, descobri que os pescadores fazer assim o pirão de peixe e a Ana aprimorou a receita para a alimentação viva. Após o preparo comemos cantando música e foi realmente um contato com Nãnã.

Resenha do Filme os camelos também choram

O filme conta a história de uma família da Mongólia que vive com uma família de camelos no deserto em torno da gestação sofrida de uma Camela para gestar seu filhote que acaba o rejeitando e recusa a alimenta-lo, seu filhote, portanto vai ficando enfraquecido e com risco de morte. A família então resolve fazer um ritual com musica na tentativa de fortalecer os vínculos e fazer com que acontecesse a alimentação do filhote, no ritual a musica era entoada de forma divina e a mulher que cantava passava suas mãos acariciando a Camela como se estivesse acalmando, seu filhote ficava embaixo dela e todos da família participavam, uns assistindo e outros nos instrumentos, quando enfim a Camela tocada por aquele ritual consegue alimentar seu filhote ela chora, o filme me emocionou pois a interação da família com os animais era de igual, respeito e sintonia, a cura dessa fêmea na rejeição do seu filho pode ser comparada com algumas mulheres que rejeitam seu bebe e são julgadas pela sociedade com menos mães e indignas. A rejeição do filho também está presente em algumas mães que entregam os seus filhos para adoção pois não possuem condições mínimas para criação da criança, dando ao filho uma nova família, pois não possuem em seu próprio núcleo familiar condições para seu bebe.

Reconhecendo a argila

Gratidão, à argila pelo contato, colocar a argila nas mãos e sentir sua textura, entender que ela é um ser vivo, que possui uma história, (uma anciã), gratidão por poder se conectar comigo. Ficar sozinha com a argila me remeteu a um mangue em Pedra de Guaratiba que costumava ver na minha infância. Ficava muito curiosa em saber como seria e como se formava, ficava pensando como seria brincar nele.

A argila é composta basicamente por silicato de alumínio hidratado e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, além de vários outros minerais característicos da região, na qual é encontrada, como por exemplo: feldspato, silicatos, carbonatos, fosfatos e outros elementos como o silício, alumínio, ferro, magnésio e cálcio.

Ao colocar nas mãos eu fiz o desenho de uma espiral, pois, representava o todo, referente ao ciclo vida-morte-vida, que estava contido naquele elemento da natureza, em consonância com meu corpo naquele momento.

Tipos de verde 12-05

Gratidão as sementes que foram dadas para plantio infelizmente minha planta não estava grande o suficiente, pois coloquei elas ao lado de fora da minha casa e no outro dia percebi que estava no chão fiquei com o coração muito triste. Mas, peguei as sementes espalhadas no chão juntei com a terra, me desculpei por deixado elas de fora da casa, quando elas estariam mais protegidas do lado de dentro. Replantei com muito amor e carinho pedindo a mãe terra para que ela se regenerasse e deu certo tanto o trigo, quanto o girassol cresceram lindos e depois colhi e fiz um suco que compartilhei com minhas companheiras de casa.

Gerou em mim uma emoção, pois, percebi a capacidade de vida e poder da terra, a semente mesmo após um acidente, renasceram, foi muito emocionante.

Na aula dos verdes extraídos notei que as cores que carregam dentro mudam de acordo com a espécie. O que eu mais gostei do sabor foi da hortelã, percebi que a couve tem a cor mais viva e o girassol um verde musgo. Enfim todas as diferenças se completaram, num sabor incrível com a presença também da maça para adocicar.

Gerou em mim perceber que ao extrair as cores e estamos em contato com o íntimo de cada espécie.

Salpicão vivo 26-5

Gratidão aos alimentos Maça, passas, aipo, cenoura, feno grego, cevadinha, cebola roxa, sal marinho, azeite e pimenta

Comer vivo com a turma é sempre bastante gratificante. Gratidão por poder juntos preparar os alimentos e depois compartilhar, com música. Esse fato gera em mim um retorno ancestral.

Rio, 9 de junho de 2015

Bibliografia

Gratidão a Ana Branco pelas bibliografias apresentadas na aula, através das aulas conheci o autor Humberto Maturana e me apaixonei, estou estudando mais sobre as sociedades matrísticas e pretendo incluir seus pensamentos no meu TCC. Gratidão, Humberto Maturana, Gratidão Ana Branco.

Desenho com frutas

Gratidão as frutas que foram usadas para fazer cores em alimentos. Aprendi as diferenças entre os tipos de frutas e combinação de sabores.

Após a misturas das frutas, gerando as cores e sabores misturados, fizemos um desenho que deveríamos oferecer para um colega de turma, eu ofereci o meu para Priscila e para Luiza Dreyer e também recebi delas. Elas foram mulheres que tive uma empatia logo de imediato e que vou levar para minha vida assim como tudo que aprendi no Bio Chip.

Conhecendo a terra e seus processos de compostagem

Gratidão pela terra por poder conhecer o processo da terra, uma aprendizagem imensa poder observar as etapas que a terra a passou, suas vidas, as minhocas

Filme LA BELLE VERTE de COLINE SERREAU

O Filme é muito especial, em 2012 uma amiga me convidou apara assistir um filme no RDC e era esse filme, da aula de Bio chip, gostei do filme, mas, não entendia bem porque aquele filme estava sendo dado numa disciplina, como minha amiga fazia comunicação social, achei que fosse de alguma outra matéria, somente despois descobrir que era da disciplina de Bio Chip.

Assistir ao filme estando na disciplina de Bio Chip foi diferente, devido a vivencia nesse semestre pude compreender a mensagem.

O filme conta a história de Mila uma mulher que vive num planeta com costumes diferentes, onde a alimentação é através da agricultura própria, verduras legumes e sementes, vivem socialmente com igualdade de direitos e de bens entre todos, a comunicação era telepática e viviam em perfeita harmonia. Porém, Mila vai passar um tempo na terra. Chegando, ela se depara com a poluição, a má alimentação, com pessoas arrogantes, além de não conseguir se alimentar. Mila, então vai a uma maternidade para se conectar os bebes, para se alimentar já que os bebes são seres alcalinos.

Mila tinha o poder da desconexão, ela costumava desconectar algumas pessoas, essas ficavam completamente diferentes, com a cabeça aberta, livre, e saiam dos padrões, com comportamentos na linguagem popular de “Loucos”, pois, mas, esses, passavam a agir de maneira natural.

Gratidão ao filme. O filme, faz uma crítica a sociedade de consumo e mostra outra realidade de vida, através das brumas, podemos enxergar uma nova realidade, ter vidas diferentes. Acredito que há pessoas que vivem de forma diferente e conhecer o Bio Chip foi perceber que é possível viver de maneira saudável, respeitando a mãe terra. Apesar de difícil porque, não somos incentivados pela grande mídia e nem pelos donos dos meios de produção a viver de forma humana e saudável, quando mais doente melhor, quanto mais competidores melhor, para o sistema capitalista.

Filme a carne é fraca

O filme a carne é fraco mexeu muito comigo, ver os animais sendo abatidos gerou em mim muita tristeza e a ligação da indústria. Mas, sou grata a essa tristeza, pois, pude ver a realidade. No dia não consegui comer nada de origem animal.

Filme de reflorestamento

Gratidão ao filme, a construção de Bio florestas e trabalho não explorado é uma forma de viver em contato com a natureza, usando os elementos dela a seu favor, pois, não é utilizado qualquer tipo de veneno para acelerar o desenvolvimento natural.

Aula com baloeiros

Gratidão aos baloeiros, gratidão por enfeitarem o céu.

Entender o soltar balão com um fenômeno cultural, foi sair do senso comum, pois, acreditava que de fato que os balões poluíam a natureza gerando queimadas e incêndios.

Com isso pude perceber o quanto somos manipulados pela mídia que dita os costumes e fala o que é certo e o que é errado, colocando sempre uma imagem de perigo de interdição.

Prova prática

A prova prática foi um momento muito especial, minha receita foi:

Salada refrescante

Hortelã
Agrião
Lentilha germinada
Nozes
batata doce

Na prova todos falamos da nossa experiência com o Bio chip, havia uma mistura incrível de alunos, pois, alunos de vários departamentos fazem a disciplina porque querem, assim como eu.

Acredito que o Bio Chip é uma iniciação, para uma possível forma de vida diferente, com outros tipos de valores, como por exemplo a solidariedade, a cooperação, a saúde alimentar o trabalho em grupo. A própria estrutura da sala de aula diferenciada.

Depois da aula eu sai num estado de graça, muito feliz por estar naquela energia positiva, após, esse dia não consegui me alimentar dos animais, fazia um tempo em que eu tentava, mas, não conseguia, acho que eu forçava ser, mas, agora é diferente.

Parece, que assim como no filme LA BELLE VERTE de COLINE SERREAU eu fui desconectada, e aconteceu de forma natural, pois eu não olho mais para uma carne e penso, ai que delícia! E sim que os animais são meus amigos e que a mãe terra é enorme e temos uma série de combinações de alimentos vindo dela sem que precisemos matar para se alimentar. Acredito que essa foi uma das marcas que a matéria de Bio Chip deixou na minha vida. Gratidão Bio Chip, Gratidão, Ana Branco.