CAMILA FAGUNDES CONCLUSÃO 2015.1



10/03/15

Agradeço a corda de Rami, por ter me proporcionado uma experiência da qual eu tenho dificuldade de fazer no dia-a-dia. Confiar e relaxar são coisas muito difíceis hoje em dia, confiar no outro de verdade e deixar que ele tome as redes é quase como fazer com que a pessoa nos domine.

Não é fácil confiar, mas é preciso confiar para que o sistema/rede funcione.

Esta experiência gerou em mim um sentimento de gratidão, pois confiar e se render, é algo que requer vontade e mudança.

Atingir o conforto não é fácil, a corda está sempre em movimento, e com isto nós também estamos sempre em movimento, tentando atingir o equilíbrio.

12/03/15

Agradeço a corda de Sisal por me proporcionar novamente uma experiência única de doação e confiança. Aprendi que em um espaço curto de tempo, podemos confiar nas pessoas e nos entregar.

Este processo em que estamos na rede é como se fosse um processo terapêutico de auto-reconhecimento.

Nós funcionamos em conjunto, aprendemos no coletivo, em comunidade e crescemos assim, portanto, esta experiência é um aprendizado de reconhecimento de como as coisas funcionam quando todos confiam.

Desta vez fizemos a atividade com um grupo menor de pessoas, no inicio foi tranquilo confiar, mas conforme as pessoas foram saindo da rede, foi ficando mais difícil confiar e se entregar, isto de uma certa forma me surpreendeu.

17/03/15

Eu agradeço a experiência vivida com a cenoura, de poder degustar diversos sabores diferentes de uma mesma coisa.

Cortamos, ralamos, esculpimos a cenoura e obtivemos resultados diferentes. A arte de sentir o alimento, moldá-lo e provocá-lo é magico.

Descobri uma forma de ter mais consciência em cada coisa pequena, como os sabores diferentes, as formas diferentes, os tamanhos da cenoura, etc.

Agradeço a esta experiência, que me deu prazer e tranquilidade, por poder fazer as coisas com calma, por exercer a criatividade e por sentir.

26/03/15

O filme “O ponto de mutação”, se trata de um filme instigante que pode contribuir com o entendimento do que seja um pensamento multifacetado do mundo.

O filme passa uma mensagem sobre humanidade, que é ameaçada por várias ações feitas pelo homem advindas de uma visão de mundo mecanicista e fragmentada, que só será possível transformar, se formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores subjacentes à nossa cultura individualista e materialista atual e à nossa tecnologia de exploração do meio ambiente. Esta mudança deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas, holísticas e fraternas entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os seus aspectos.

Este filme nos trouxe mensagens significativas a respeito do nosso papel no mundo, e aquilo que estamos fazendo para piora-lo ou melhora-lo. É uma reflexão de tamanha importância, uma vez que estamos passando por momentos agravantes em nossa sociedade, devido a globalização.

31/03/15

Agradeço a beterraba, o repolho, o inhame e a abóbora, por proporcionarem experiências incríveis. O sabor de cada alimento muda muito de acordo com o corte, e com o molde do alimento.

Cada parte é diferente, cada alimento tem sua cor própria. A cor destes alimentos crus é única, viva e forte.

Após experiência os cortes, as cores, e degustar cada sabor único, nós fizemos um suco de cores de cada alimento. É incrível como podemos botar nossa imaginação para fora e criar qualquer coisa, com qualquer alimento provido da terra.

A nossa sensação e percepção muda quando conseguimos sentir e ver as coisas de outra forma. O alimento se enquadra neste aspecto, e entender o alimento, faz com que consigamos entender o todo, o ciclo do alimento e a sua essência.

14/04/15

Agradeço a areia, por ter me proporcionado reflexões e sensibilidades. Entrei em contato com o sensorial e com pensamentos que vão além de um pensamento lógico.

Ao mexer na areia, fui sentindo a sua forma, prestei atenção nas suas cores e em como partículas tão pequenas tem formas únicas e milhares de anos, de história.

Sentir este mineral em cada parte do meu corpo traz diferentes sensações e a sensibilidade fica mais aguçada.

Fiz varias formas e desenhos, pensei na vida e cheguei não pensar em nada. Esta experiência tornou-se quase terapêutica, me deixou mais relaxada e percebendo mais o ambiente.

No caminhar das formas que eu fazia com os meus dedos, foram surgindo patas de animais, o que me deixou pensativa por conta da discussão do início da aula. Eu não posso reclamar da minha educação, pois estudei em uma escola que prezava a liberdade de expressão do indivíduo, porém, ao sair deste meio, tive que me adaptar a este sistema, e eu observo que este sistema é altamente inflexível, ou seja, muito difícil de mudar, assim como mudar a mentalidade dos seres humanos que já estão moldados e inseridos em um padrão.

Isto serviu de reflexão, para eu seguir o caminho que eu acredito ser a minha verdade, e não aquilo que a maioria diz ser a verdade deles.

16/04/15

O documentário “Camelos também choram”, faz uma “critica indireta” a nossa sociedade capitalista, provinda da vida nos grandes centros urbanos que é fria, desapegada de seus valores mais simples e básicos, e que substitui o convívio com a natureza através da construção de uma outra "coisa" de ordem cultural onde habita a impessoalidade e a correria, ou seja, os valores da sociedade estão distorcidos, e estamos perdendo o nosso vínculo com a natureza.

O documentário, mostra uma comunidade, de nômades, muito pequena que vive no deserto de Gobi criando camelos e cabras. Embora a história dos dois camelos e a tentativa de aproximá-los seja o fio condutor de todo o filme, é fascinante o vislumbre da cultura nômade, seu estilo de vida estritamente simples e desprendido, a integração e adaptação ao meio em que vivem, com a religiosidade misturada ao respeito à natureza; e é curiosa a discordância entre os mais velhos e os mais novos. Portanto, assim como o bondoso animal teve seu adorno roubado pelo veado para uma celebração no ocidente, os jovens podem ter sua inocência levada pelo mesmo ocidente através da influência cultural, simbolizada principalmente pelo aparelho considerado como uma coisa do demônio pelos mais velhos.

Aprender a apreciar as pequenas coisas, ter contato com o outro, ter contato com os animais, com a natureza, agradecer pela vida, ser feliz, etc. São coisas que estão em falta na vida dos centros urbanos. Devemos acordar e mudar esta realidade.

05/05/15

Agradeço a mandioca, este alimento rico e proveniente do nosso país, por nos proporcionar a farinha, por ser rico de nutrientes que ajudam no nosso intestino, etc.

Minha família é do nordeste, portanto, desde pequena tenho contato com a farinha de mandioca para fazer a famosa tapioca, popular no norte e no nordeste do país. A mandioca também, sempre foi muito utilizada como alimento em tribos indígenas, e na nossa aula, aprendemos a cantar a canção da mandioca de uma tribo indígena. Foi uma experiência incrível, e única!

Tiramos a lama da tapioca, lavamos, ralamos, e depois disso, botamos um pouco de água para fazer a mandioca ralada virar uma massa, assim a botamos em um pano para espremer seu liquido e ficar pronta para botar em uma peneira no sol, esfarelar a mandioca para que vire a famosa farinha de mandioca.

Achei interessantíssimo todo este processo, não precisamos de muito para fazer um alimento. Não precisamos de tecnologia para comer, precisamos entrar em contato com o alimento, e agradecer a natureza, por ainda nos oferecer vida.


G2

14/05/15

La Belle Verte “Existe um planeta em que seus habitantes evoluíram a tal ponto que vivem em perfeita harmonia com a natureza. De tempos em tempos, alguns deles fazem excursões a outros planetas, seja para observá-los ou mesmo ajudá-los em seu processo evolutivo. Curiosamente, há 200 anos que ninguém quer vir para o planeta Terra. Até que um dia, por razões pessoais, uma mulher decide se voluntariar. Ela aterriza em Paris. O filme aborda de maneira humorada temas variados como a fábula filosófica, a espiritualidade ativista, a sustentabilidade, o anticonformismo, a ecologia, o feminismo, o humanismo, o pacifismo entre outros. Inspirador e divertido”.

O que me impressiona, é que o ser humano está tão impregnado neste mundo que não para para pensar na vida, nos outros, e de quão sortudos são em poderem ter um lugar para morar, uma família, um trabalho, etc.

Este filme mostra, de uma forma muito bonita que deveríamos agradecer mais pela vida que temos, ao invés de reclamar por qualquer eventualidade. A vide é bela, mas para algumas pessoas é muito difícil e nós nem sequer nos damos o trabalho de questionar isso.

O ser humano é muito egoísta, só escuta a si mesmo. Isto, a meu ver, é culpa desta sociedade capitalista e consumista, que nos faz chegar a um ponto que nem questionamos mais as coisas, nós apenas aceitamos os fatos como eles são. Mas, nós podemos fazer mais, podemos agradecer a vida, podemos ouvir o outro, podemos pedir perdão e aceitar o pedido de perdão do outro…

22/05/15

O filme “A Carne é fraca”, é de extrema importância para a conscientização dos brasileiros. Temos a tendência de fazer as coisas, comer, comprar, sem ter conhecimento de como são feitas e produzidas estas coisas.

O documentário a carne é fraca, mostra a realidade da agropecuária no Brasil, ou seja, a trajetória de um bife até chegar ao seu prato. Estes animais (boi, galinha, porco, etc) vivem em condições inumanas, não tem contato com o mundo lá fora, apenas vivem com o propósito de serem consumidos como alimentos para os seres humanos. Os ovos das galinhas são colocados em um ambiente cheio de ovos com luzes para aquece-los, e desta forma poderem ser chocados. Os pintinhos são separados de acordo com seu aspecto, ou seja, aqueles pintinhos fracos são jogados fora e triturados. As galinhas vivem em cativeiro, presas, em uma gaiola que não tem espaço nem para respirar direito. Recebem antibiótico, porque essa condição de vida é desumano e os faz adoecer. A vida destes animais se resume a comer para crescerem e poderem gerar um bom lucro para os seus “donos”. O processo de matadouro é uma cena de filme de terror, eu pelo menos fiquei muito chocada com todas as informações que este documentário mostrou, e a mensagem que eles passam para os seres humanos.

O ser humano deveria ser mais consciente das suas ações, e desta forma, mesmo que com passos de tartaruga, poderiam fazer alguma diferença no planeta terra. Eu digo isto porque a agropecuária é um dos negócios que mais consomem água no planeta, e nós estamos entrando em crise por conta da globalização.

26/05/15

Fenogrego

Agradeço a cevada por ter me proporcionado possibilidades e novos conhecimentos à respeito dos grãos e da alimentação no geral.

Hoje o aprendizado foi diferente, pegamos o grão de cevada e botamos na água. Em seguida, observamos a professora bater no liquidificados uma água com malagueta, em seguida, este líquido foi esquentado e depositado em uma panela de pedra sabão, e embrulhamos a panela com um jornal. Logo depois, cortamos cebolas, cenouras, aipo, e fomos aos poucos botando a cebola na panela, cevada e depois o resto das verduras citadas acima. Com as mãos, misturamos todos os ingredientes com os grãos de cevada, acrescentamos passas também.

Por ultimo, despejamos o liquido com os ingredientes para finalizar o processo da comida.

28/05/15

“No filme, Spurlock segue uma dieta de 30 dias (fevereiro de 2003) durante os quais sobrevive em sua totalidade com a alimentação e a compra de artigos exclusivamente do McDonald's. O filme documenta os efeitos que tem este estilo de vida na saúde física e psicológica, e explora a influência das indústrias da comida rápida.

Durante a gravação, Spurlock comia nos restaurantes McDonald's três vezes ao dia, chegando a consumir em média 5000 kcal (o equivalente de 6,26 Big Macs) por dia durante o experimento.

Antes do início deste experimento, Spurlock, comia uma dieta variada. Era saudável e magro, e media 188 cm de altura com um peso de 84,1 kg. Depois de trinta dias, obteve um ganho de 11,1 kg, uns 11% de aumento da massa corporal deixando seu índice de massa corporal em 23,2 (dentro da faixa "saudável" 19-25) a 27 ("sobrepeso"). Também experimentou mudanças de humor, disfunção sexual, e dano ao fígado. Spurlock precisou quatorze meses para perder o peso que havia ganhado.”

O filme simplesmente mostra quão mal um “fast food” pode fazer a alguém. Esta tomada de consciência serve para milhares de pessoas que comem as pressas comidas gordurosas, e rápidas, que fazem um mal a saúde que pode ser fatal.

Os Estados Unidos, é o país com o maior grau de obesidade no mundo, e isto por conta destas opções não saudáveis que os americanos usufruem todos os dias.

O protagonista do documentário, passa 30 dias comendo no McDonald’s, e conforme os dias vão passando, nós podemos ver as transformações, não só de seu corpo, mas também transformações de mudança de humor, disfunção sexual, e dano ao fígado.

A vida mais fácil, pode também ser aquela que te leva ao fracasso, portanto, é importante que tenhamos consciência daquilo que botamos na nossa boca, e qual estilo de vida queremos ter.

Uma pessoa que come McDonald’s todos os dias, quando chegar aos 60 não vai mais ter força de vontade, não vai conseguir aproveitar os netos, etc.

A vida é feita de escolhas, e a nossa é fruto daquilo que escolhemos para nós mesmos.

16/06/15

Demonstração da festa junina

Agradeço ao amendoim, o côco, a canela e a banana, por ter gerado em mim prazer e alegria.

Neste dia, um de nossos encerramentos, fizemos uma demonstração da festa junina, ou seja, um prato típico da festa junina feito com alimentos vivos.

Fizemos o que chamamos de canjica, só que de amendoim, com banana, coco ralado e um pouco de canela.

Primeiramente, nós aprendemos a tirar a casca do côco de uma forma diferente e pratica, que não precisa utilizar a força bruta, e sim a paciência. A professora ficou batendo na casaca do côco até ele se desgrudar da casca, é algo absolutamente natural e prático. Após soltar completamente o côco da casca, começamos a ralá-lo e a tirar a casaca do amendoim. Enquanto isso, a professora estava botando bananas no liquidificador com um pouco de canela. Depois que tudo estava pronto, colocamos o amendoim no creme de banana e um pouco de coco ralado em cima, para dar um gostinho. Ficou espetacular!

18/06/15

O documentário “Les Ballons”, que foi documentado por franceses, porém produzido no Rio de Janeiro, Brasil, e mostra uma arte pouco comentada e pouco divulgada de nosso pais, que são os balões. Estou falando de balões feitos de papel, mas que são enormes, coloridos e únicos. Conhecidos como balões juninos, que são soltos nas festas de São João e neste período de junho e julho.

Os balões são proibidos no Brasil, mas mesmo assim pode-se encontrar balões sendo soltos pela Zona Norte do Rio de Janeiro, contudo, se os baloeiros forem pegos, podem ser presos.

Existe uma atividade ilegal, em que as pessoas saem correndo atrás dos balões, e muitas vezes isto acaba em brigas, tiros e em morte, para alcançar o balão quando cair.

Uma arte tão linda, feita de papel, uma homenagem a festa junina, é tão pouco apreciada no país e ainda vista como uma atividade ilegal aos olhos do povo. Contudo, outros países tem se mostrado interessados na arte destes baloeiros, assim como a França que divulgou este documentário.

O artista que foi entrevistado, é apaixonado pelo seu trabalho, e sofre com as injustiças que são feitas contra eles. Ele faz balões apenas de papel de seda, com diversos desenhos, até bandeira de time de futebol. Os balões tem em média de 20 a 30m, e no momento em que são soltos, não tem mais dono, são livres.

Muito do que a mídia mostra nós temos que duvidar, afinal de contas, como que um balão de papel intacto pode ter causado um incêndio sem nem ter pegado fogo? Nem tudo é o que parece ser, e estamos acostumados a ouvir sem questionar. Desta forma a vida se torna fácil, porém vazia.

Parecer Final:

Primeiramente, a proposta do BioChip é nos mostrar o que está ao nosso redor, e da onde provém todos estes nutrientes que nos alimentam e nos fortalecem. Ter consciência do mundo, do impacto das ações que o homem causa na natureza, da falta de equilíbrio nosso com o meio, é o primeiro passo.

Estamos vivendo em um mundo industrializado, digitalizado, que nos consome e nos tira da realidade do aqui e do agora, e aquilo que realmente importa se perde. Os valores mudaram, as coisas não duram mais, os relacionamentos não tem mais profundidade, a até mesmo as comidas perderam seu sabor!

Esta aula trouxe uma tomada de consciência para muitas questões que as pessoas evitam enxergar, ou imersos nesta sociedade capitalista, não sabem mais distinguir o que está em falta.

Eu vejo que as crianças hoje em dia sabem mais o que é um salgadinho do que o que é uma fruta ou verdura. As propagandas influenciam a sociedade, e não se vê propagandas contra este consumo exacerbado, nem propagandas que conscientizem os cidadãos a respeito de alimentos que podem prejudicar a sua saúde, o que se vê é totalmente contrário a isso, o que prejudica a sociedade e a faz viver neste mundo imundo. As pessoas se encontram preocupadas com o corpo, mas não há um valor moral de procurar produtos orgânicos por conta desta industrialização dos produtos, nem parar ou diminuir que seja, o consumo de carne que tanto prejudicam o meio ambiente e faz da vida destes animais ingrata.

A professora trouxe diversos vegetais, frutos e frutas e transformou a mistura de várias cores, em arte! Em cada aula tivemos um contato diferente com a natureza, com os alimentos, e com a vida. Quando estamos dispostos a mudar, mesmo que seja um pouco, podemos fazer a diferença no mundo, dando um passo de cada vez podemos fazer milagres. Devemos simplesmente ser fiéis aquilo que acreditamos e seguir por este caminho.

O meu contato com o BioChip foi de reflexão, autoconsciência e questionamento. Tive contato com uma visão da alimentação que é a alimentação viva, ou seja, a comida é aquilo como ela é, crua e viva. Podemos criar infinitas coisas com a alimentação viva, basta apenas criar.

Ser consciente significa olhar ao redor, prestar atenção no outro, saber aquilo que faz mal e bem, e fazer suas escolhas. O BioChip mostra um outro olhar para as coisas, uma forma de lidar com o mudo afora, não só a alimentação propriamente dita.

Farofa de Salada

Cenoura, beterraba ralados;

Pimentão vermelho em confete;

Maçã em cubinhos

Nabão germinado;

Coentro, cebola, pimenta de cheiro picadinhos;

Pouco sal marinho, limão e azeite virgem;

Farinha de aipim desidratado.