BEATRIZ WACLAWEK NAVEIRO CONCLUSÃO 2015.2



Beatriz Waclawek Naveiro 2015.2

13.08

Agradeço a corda de sisal pelo fato de ter me conectado com outras pessoas, proporcionando essa experiência de interligação, entendendo que tudo está conectado e tudo é uma questão de entender o equilíbrio natural das conexões. Isso gerou em mim um sentimento de plenitude e confiança na dependência do outro. Para você relaxar, todos devem se encontrar nesse mesmo estado, pois não adianta se sentir pleno em um sistema que está desequilibrado.

Agradeço pela confiança que todos sentimos uns nos outros, pelo fato de mostrar que sozinhos nada somos, mas unidos somamos mais, que gerou em mim a lembrança da água. Uma gota d'água já é um pequeno impacto, mas a conexão de várias gotas formam ondas.

Várias analogias podem ser feitas, como a conexão com o corpo e o quanto deve ser difícil para todos os órgãos estarem em equilíbrio se comemos mal, dormimos pouco, ou não praticamos exercícios.

Agradeço à professora pelo fato de compartilhar esse conhecimento que gerou e mim crescimento pessoal.

18.08

Agradeço a corda de sisal por mais uma vez me fazer sentir plena comigo mesma e com o outro, em harmonia com o todo. Isso gerou em mim um forte sentimento de empatia com o outro.

Agradeço ao meu grupo por ter confiado e deixado a dependência pelo outro gerar nossa liberdade coletiva. O incrível é que, mesmo entre nós, mantivemos a união e o conforto, mais unidos que antes pelo núcleo que embolou, preocupando-se somente com o bem-estar da rede e do outro.

Agradeço a lição de dar e receber. Muitas vezes damos mas temos medo de receber, de não dar certo e de fugir do racional, controlado e previsto, usufruindo-se somente do dar, que é belo, mas não basta por si só.

Agradeço às coisas efêmeras também, simplesmente por existirem e me fazerem feliz como os sorrisos na dinâmica, a proximidade, o calor humano, a sensação gostoso da corda que sinto até agora, ao espaço da aula tão agradável, ao ar puro da PUC.

20.08

Agradeço à cenoura por existir, antes de tudo. Sua cor viva traz felicidade ao meu olhar, seu gosto rico mas ao mesmo tempo mole traz felicidade à minha boca. Sua consistência, cheia de vitaminas, luz e vida, traz felicidade ao meu estômago, sangue, pele, e músculo.

Agradeço a magia da cenoura pois, por mais que tenha quase sempre a mesma aparência, seu sabor muda conforme a corto, a toco e a acaricio. E se for outra pessoa tocando, o gosto também muda. E todos nós tocamos nelas e cortamos elas, gerando um nível de energia gigante e potencializado!

E isso é só o que acontece com uma cenoura. Imagina com uma salada, uma horta, uma cidade e um continente... É infinitamente energizante.

25.08

Agradeço a corda de rami por ter me conectado com a minha parceira e amiga Lili. Os movimentos dela geravam os meus movimentos, como um ciclo de conexão sem fim. Estavamos muito interligadas como se fossemos uma pessoa só. Um corpo. Uma massa. Um ser. Uma energia. E esse sentimento de união foi gerado graças a corda. Obrigada corda.

Até agora sinto seu efeito em mim, e minha conexão com a Lili, como se ela estivesse invisivelmente presente.

Agradeço pela confiança que Lili teve em mim. Fechamos os olhos e nos sentimos, e assim são as conexões, elas não precisam ser intelectuais e racionais, mas sim entrelaçadas emocionalmente.

Agradeço a experiência sozinh, conhecendo meus limites e ajudando a ultrapassa-los pelas cordas de rami.

Agradeço a turma e a Anna pela energia, pela troca, pelo aprendizado coletivo, e o estímulo do colaborativismo.

27.08

Agradeço a corda de sisal por me proporcionar essa experiência individual. Depois de usa-la para me unir a turma inteira, depois a um grupo, depois a um indivíduo, agora é ela e eu. É incrível sua força de adaptação, de diferentes tamanhos, mas a sensação é sempre a mesma. Sinto segurança, gosto do contato, gosto do barulho que ela faz ao se roçar em mim como se estivesse tentando se comunicar. Agradeço o equilíbrio que ela me proporciona, estando em harmonia com o meu corpo e me fazendo confiar nela de forma quase que natural.

Agradeço a corda de sisal por ter me permitido conhecer melhor os limites do meu corpo, testando-os através da corda. Isso gerou em mim um sentimento de conhecimento de mim mesma e de bem-estar pessoal. Senti como se estivesse em uma prática de yoga, treinando minha respiração e me elevando espiritualmente a partir do corpo.

01.09

Agradeço ao repolho roxo pelo seu cheiro, sua cor, seu material e tecido, seus nutrientes, sua importância na natureza e na nossa vida.

Roxo inspira calma, e agradeço por ter compartilhado esse momento com ele, lavando-o, cortando-o, acariciando-o. Nos sentimos como conectados em que não pensava em nada mais a ser em me contentar de cortar e fazer.

E que lindo que ele ficou no meu potinho! Muito amor por você, repolho roxo.

03.09

Agradeço mãe gaia por proporcionar tanta diversidade de comidas e cores ao mundo.

Agradeço a cada membro da sala pela contribuição com a comida, cortando com tanto amor e carinho.

Agradeço às mãos da Anna na comida enquanto cantávamos. A comida ficou super energizada que só um pote já supriu minha fome.

Agradeço a troca de conhecimento que ocorreu durante a aula, sempre me estimulando e me fazendo ver as coisas e a vida com olhos mais coloridos de compaixão.

08.09

Agradeço a abobora pelo seu gosto, sua cor intensamente laranja, sua composição e textura. Comer algo tão colorido me surpreendeu, e senti o gosto de sua cor dentro de mim. Agradeço a todos que cortaram, plantaram, cuidaram e trataram da abobora, permitindo chegar a esse incrível resultado final.

Agradeço o repolho, já o havia comido mas dessa vez o bebi, descobrindo um novo gosto e método de come-lo. Beber a cor roxa gerou em mim uma sensação de paz e tranquilidade.

Agradeço o inhame simplesmente por existir! A potencia desse vegetal sobre meu corpo é gigante e ajuda a equilibrar minha saúde e me manter energizada. Já o havia comido assim e sou simplesmente apaixonada por ele.

Agradeço a beterraba por tudo que ela gera dentro de mim, fazendo-me sentir leve e hidratada. É um vegetal que amo brincar na cozinha e que sempre me surpreendo pelo gosto maravilhoso e doce.

Agradeço a mistura de todos os sucos que gerou em mim a sensação de me sentir completa e em harmonia com o meu interno e externo simultaneamente.

10.09

Agradeço o filme Ponto de Mutação, que estimulou a quebra do paradigma dentro de mim. O que de fato é certo? Tudo está em processo de transição e mutação, o conhecimento de antes não é mais válido para os dias atuais. Isso gerou em mim um sentimento de desejo para mudar o mundo e abrir o olho das pessoas para essa conscientização da mudança energética e da crise como transformação, e não fim. Nesse tempo em que o brasil enfrenta a crise acho esse filme mais que importante, para repensar o que é de fato crise, o que queremos para a educação. Será que esse modelo antiquário funciona? E como a física quântica explicaria isso?

Gostaria também de agradecer a Anna Rosman por me emprestar o livro Ponto de Mutação que já comecei a ler e estou achando simplesmente incrível e super penetrante. De fato o livro é sempre melhor que o filme, os discursos entre os personagens são muito mais pesados e me causam muito mais reflexão.

15.09

Agradeço a aula incrível que tivemos hoje, antes de tudo. Experimentar e tocar em instrumentos tão tradicionais e ancestrais para fazer o pão me remeteu em uma época diferente, como se tivéssemos voltando no tempo. Mas não regredindo no conhecimento, e sim expandido. Me fez pensar porque não fazemos o pão desse jeito, porque não utilizamos nosso tempo para fazer um pão dessa qualidade, como nos conseguimos se contentar com esse pão horrível de padaria que contém glúten vai entender porque!

Agradeço por ter me passado esse conhecimento. Me senti conectada a forças antigas, a meus ancestrais, a meu eu mais profundo, onde sexo, pensamento, força ou aparência não importam. Era eu no ritmo do trabalho com as sementes.

Agradeço o contato com a força primária e espero poder guardar esse sentimento da próxima vez que fizer pão la em casa.

17.09

Agradeço a argila pelo fato de se adequar e se moldar de acordo com a minha mão. Sua textura é flexível e refrescante; ela brinca, quebra, se destrói e se reconstrói em minha mão de forma amigável e harmônica, como se estivéssemos conectados pelo grude e a cola.

O fato dela grudar em mim, no início, gerou um sentimento de impotência em mim, mas depois percebi que ela fazia parte de mim sem ser eu (no sentido minha pele) de fato. Então parei de raciocinar e simplesmente deixei a argila brincar com a minha pele, grudando e desgrudando. No final, a forma era um grande nada, era a argila em sua forma natural, bela e simples, fria e quente, maleável e dura.

Ao unir essa argila com as outras, todos tiveram que se desapegar de seu “bem”. Aquela massa que trocou comigo, que se uniu comigo, agora se foi, ela continuou seu caminho unindo-se a outras formas, e unindo-se a todas as formas. Todas as argilas se conectaram, somaram e se amaram. Aquela energia compartilhada com todas as outras pessoas, unindo deu a natureza bela e pura. Eu também agradeço a musicalidade da argila, que guiou todo o processo, como se ela e eu estivéssemos se comunicando, por outros sentidos e nos elevando juntas espiritualmente.

29.09

Agradeço pelo filme La Belle Verte. Primeiro devo admitir que amei o filme. O filme me fez pensar o que de fato é certo ou errado na sociedade, e até que ponto estamos nos desenvolvendo na sociedade ou simplesmente regredindo. A cena do diálogo sobre quem vai pra Terra, explicando o que acham da Terra, que fazemos coisas que não fazem sentido. E de fato, porque o chão é recoberto de cimento? Porque não podemos andar descalços?

Sonho com um mundo onde podemos comer de graça através das verduras e frutas que plantamos, que esquecemos o que é desigualdade porque essa palavra não deveria existir. A Terra é grande para todos. Nunca houve desigualdade em outras espécies, porque deve haver na nossa, nós que supostamente somos seres evoluídos e pensantes?

Agradeço por desenvolver meu espírito crítico, e pretendo rever esse filme. Entre esse e Ponto de Mutação, acho que ainda prefiro esse.

Beatriz Waclawek beatrizwaclawek@gmail.com

Ana, brigada por esse incrivel periodo de descobertas e novos meios de pensar o mundo!

aula 6.10

Agradeço a aula do fogo, do calor e da mistura. Foi lindo ver a turma inteira cortando inumeros alimentos e jogando tudo na panela de barro para cozinhar. Foi incrível ver a Ana cozinhando com as mãos, como se o fogo e ela e a comida estivessem em uma perfeita sintonia e combinacao.

Isso despertou o mim a fascinacao de perceber que existem sim outros metodos de cozinhar, de pensar, e de viver em conjunto. Tudo isso em perfeita harmonia com a comida.

8.10

Eu agradeço ao filme pelo seu conteúdo tão puro, forte e revelador. Sempre gostei de carne, e parar de comer para mim foi um processo. Sabia da origem da carne e suas consequências, mas o filme revela a verdade nua e crua, de forma sincera e preocupada com o futuro da Terra. Hoje, consigo comer menos carne, e sou grata por essa evolução.

13.10

Agradeço as conchas que a Ana trouxe da praia do Leblon. Sentir sua frieza mas ao mesmo tempo sua fragilidade, seu formato, seu cheiro. O incrivel das conchas é que elas despertaram em mim certos sentidos do corpo: o toque, com seu tamanho pequeno e fragil mas resistente; o cheiro, de mar, de areia, de natureza; o olhar, uma obra de arte colorida e pequena; o ouvir, som de agua, de mar, de onda.

Ver sua evolução com o tempo me fez perceber que o planeta sempre se transforma, as historias são efemeras, tudo é efemero, mas tudo tem seu devido tempo até desaparecer.

20.10

Agradeço a aula de desenho que foi simplesmente mágica. Primeiro transformamos comida em liquido, e depois desenhamos com elas em pratos. Fiz uma linda mandala rosa e verde. A comida virou desenho, e o desenho virou comida. E cada um fez um desenho com muito amor e dedicacao e deu ao outro. Além de comer desenho, comi amor. Perceber que a comida pode ser um desenho me trouxe muita felicidade pois sempre gostei de comer em pratos bonitos e bem feitos. Agora tenho brincado muito mais com as formas e as cores para fazer mandalas lindas de almoco. Viva a energia da mandala!!

22.10

agradeço a aula de compostagem por me mostrar a evolução da terra nesse processo. É incrível perceber que a natureza sempre se adapta a qualquer tipo de situação. Os insetos que residem na Terra ajudam a purificar sua composição e o ciclo se repete e é sem fim.

O mais importante para mim nessa aula é saber que o mesmo inseto que purifica a terra na compostagem irá comer meus restos quando eu morrer, e virarei parte da terra novamente. Portanto agradeço a natureza por ser tao sutil e bela nos seus processos de transformação.

3.11

Agradeço essa aula pelas mandalas lindas realizadas em sala de aula. Tirar a casca do amendoim foi uma novidade em minha vida. Não sabia que amendoim germinado era tão gostoso, e se tivesse que dedicar a gratidão para algo será por ter o conhecimento do amendoim germinado.

5.11

Agradeço a chance de ver um documentário sobre a agricultura brasileira. Muito do que foi dito desconhecia, e é triste pois é no meu próprio pais. Fico feliz de ver que os agricultores têm essa consciência com a natureza e se importam com seu bom funcionamento. Admito que foi difícil entender pois o filme travava, mas as imagens quando apareciam eram cativantes.

10.11

Agradeço pelo conhecimento sobre os balões no rio. Não conhecia a história dos balões, nem sabia que era proibido pela lei. Fiquei feliz de aprender mais sobre essa cultura tão pouco conhecida no mundo. Os balões são arte e é incrível unir um desenho com o fogo, e fazer tudo isso voar!

12.11

Infelizmente não pude participar dessa aula pois tive que trabalhar. Era uma das aulas que mais queria ter assistido, mas não pude. Adquiri o conhecimento que me foi passado durante o período e agradeco a Gabriela Gaia por me passar as referências de bibliografias!

17.11

Fizemos desenhos de natal! E que aula linda!! Agradeço a mão de cada aluno que fez com tanto carinho e amor um desenho tão lindo e puro para nós! É realmente muito gostoso desenhar com comida. Sinto que minha relação com a comida está mudando, não eh somente feito para te alimentar, ela também pode ser arte, ser decoração, ser apreciada visualmente.

CONCLUSAO:

A conclusão é que descobri um mundo de possibilidades alternativas na cozinha. Entendi que comida não é somente comer. O preparo é um ritual, servir é um ritual, o canto é um ritual, comer depois é um ritual, lavar o prato é um ritual.

Pouco a pouco consigo implementar tais valores na minha casa, por exemplo compramos azulejos para comer quantidades pequenas de comida, se contentando com apenas o necessário.

Agradeço a Ana Branco por ter me passado esse conhecimento. É disso que o mundo precisa: de pessoas empáticas e humildes que aceitam passar adiante o que aprenderam, ajudando os outros a aprender e chegar a uma conclusão juntos.