Nicole Martins CONCLUSÃO 2016.2



Agradecimentos das aulas de Biochip

Dia 25/08/2016
Agradeço a corda de sisal Pelo fato de ter me feito perceber analogias da nossa relação individual e em grupo com a corda Que gerou em mim entendimentos como: você passa por certas situações e entende o que aquilo tem para te ensinar, mas não pode querer que o outro entenda o que você aprendeu sem que tenha passado pela mesma situação (quando estávamos presos à rede passando pelo corredor) e que mesmo quando não podemos ajudar ao outro (às vezes nem devemos, ele que deve se encontrar para arrumar uma solução e caminho) podemos estar ao lado da pessoa dando apoio (quando estávamos em rede nos adaptando à corda)

Dia 30/08/2016
Agradeço a corda de sisal Pelo fato de ter permitido que nos formássemos em rede e recebemos outra rede, e também ter permitido que nós nos inseríssemos em uma terceira rede Que gerou em mim a percepção de que todos podemos receber o outro em nosso círculo, e podemos também participar de outros círculos. Outra coisa que a corda gerou em mim foi a necessidade de confiança que um grupo deve ter. Se um desconfia, isso afeta a todos e somente confiantes e unidos é possível atingir nosso melhor.

Dia 06/09/2016
Agradeço a corda de rami Pelo fato de ter me feito ter a experiência em dupla e sozinha, e fez ficar mais claro como, em dupla, os nossos movimentos e os movimentos do outro são bem mais sentidos, portanto a confiança precisa ser maior. E no individual podemos somente sentir a corda e confiar nos movimentos, e isso nos faz ir além do que imaginávamos. Que gerou em mim uma nova concepção dos limites do meu corpo e me fez perceber que em uma relação à dois há mudanças, há movimento, mas é preciso confiar e passar confiança para ser uma relação sustentável, duradoura e agradável para ambos.

Dia 15/09/2016
Agradeço a fermentação Pelo fato de ter me mostrado que é possível alimentar-se e alimentar a terra com produtos fermentados, ditos “podres” pela maioria das pessoas. Que gerou em mim um grande estranhamento e curiosidade, e cada vez mais vontade e disposição de mudar minha alimentação. E também observei que, esse alimento dito podre pelas pessoas, é muito rico em nutrientes, diferentes dos reais alimentos podres e pobres comprados das prateleiras dos mercados.

Dia 27/09/2016 Agradeço a argila Pelo fato de ter me mostrado como ela é mutável, moldável, que marca e é marcada, que acolhe e abraça, que “absorve” fatores externos. Que gerou em mim a consciência de que em nossas relações sempre deixamos um pouco de nós com o outro e o outro deixa um pouco dele conosco. Precisamos ser flexíveis com as outras pessoas. Se nos acolhemos a alguém, e vice-versa, estamos em equilíbrio com a pessoa de forma íntima, não conseguimos encontrar o mesmo molde com outra, mas podemos “abraçá-la”. E o que vivemos, nossas marcas, cicatrizes, etc., fazem parte de nós e nos constitui.

Terra (compostagem) Agradeço à terra de compostagem Pelo fato de ter me mostrado como nada termina na mesa, tudo é reaproveitado quando se alimenta de comida viva Que gerou em mim a percepção de que a vida é um ciclo, e portanto não faz sentido ir a um mercado e comprar coisas que vamos jogar fora, ou então não nos fará bem de uma forma tão natural quanto a comida viva. Tiramos nossa comida da natureza, da terra. Tiramos apenas o necessário, e devolvemos o que não serve como forma de alimento e riqueza para a terra, como contribuição.

Bolinho com farinha (travessia) Agradeço ao bolinho com farinha Pelo fato de ter sido uma comida bem fácil e rápida – não diferente das outras – que em apenas uma pequena quantidade fornece todos os nutrientes necessários para a pessoa. A observação de que a farinha era usada para fazer travessia ficou clara após fazermos o bolinho, que estava uma delícia, diga-se de passagem! Que gerou em mim a percepção de que nem quando estamos longe do conforto e comodidade de casa, onde temos nossos alimentos à mão, precisamos nos distanciar da alimentação viva e usar de alimentos que vão contra a comida viva.

Conchas
Agradeço às conchas Pelo fato de ter se mostrado, em sua dura forma, adaptável. Fizemos diversos desenhos com conchinhas que, sozinhas já são encantadoras, porém juntas ficavam ainda mais lindas. E não é porque ela não muda sua forma, como a argila, que ela não pode ser adaptável.

A carne é fraca
Agradeço ao filme A carne é fraca Pelo fato de ter me chocado Que gerou em mim a real vontade de, não apenas incluir alimentação viva no meu dia a dia, mas de diminuir progressivamente meu consumo de carne. Eu me preocupo com a questão ambiental, com nossa saúde e me sinto mal em saber como há violência contra animais que serão abatidos (assisti a um documentário que focava somente nessa violência, com diversas cenas fortes, que me fez assistir A carne é fraca já com essas lembranças). Nós estamos matando nossos animais, nossas florestas, nossa natureza, nossa água e nós mesmos. O ser humano está sendo o que de pior poderia ter na Terra no momento. Precisamos repensar esse consumo. É necessário que não haja desperdício por parte dos pecuaristas, mas também uma significativa redução de consumo – já que não podemos obrigar as pessoas a pararem de comer. Mas filmes como esse deveriam ser assistidos por todos.

Super size me
Agradeço ao filme Super Size Me Pelo fato de ter mudado minha vida há mais de um ano – foi quando assisti ao filme pela primeira vez, seguido de outros documentários parecidos. Que gerou em mim uma conscientização. Eu tinha uma memória afetiva com fast-foods, principalmente com o McDonald’s (que sempre tinha brinquedos) porque eu ia bastante quando criança com meus pais e sempre ganhava brinquedo dos lanches. Esse hábito de comer em fast-food me acompanhou minha vida inteira. Até que percebi que sempre que comia no Burger King – depois de várias vezes comendo lá – eu passava mal. Foi nessa época, há um ano e meio atrás, que assisti a diversos documentários sobre o assunto, e desde então não comi mais em fast-food. Sempre aconselho meus amigos a comerem em outros lugares, falo sobre a questão do açúcar, da forma que os ingredientes e os sanduíches são feitos e sobre como nutricionalmente aquele alimento não é saudável. Consequentemente por conta dessa minha mudança, há pouco tempo parei de comer açúcar. No começo fui inclusive bem radical – nem frutas comi, para me desintoxicar. E isso durou um mês. Agora, só como a fruta inteira ou suco com poupa para ter a fibra, porque não quero envenenar diariamente com o corpo, e o açúcar é 8 vezes mais viciante que a cocaína, segundo estudos. Quis tirar esse mal do meu cotidiano, e estou conseguindo há 2 meses. Minhas exceções são frutas e doces adoçados com uma outra forma de açúcar que não faz tão mal, mas quero que esses doces sejam consumidos raramente. Inclusive, diminuí também minha quantidade de consumo de carboidratos. Comprei um livro chamado “Culinária vegetariana de baixo carboidrato e sem glúten” para também me ajudar na diminuição do consumo de carne.

# PARA QUE SERVIU CONVIVER COM O BIOCHIP, CONCLUSÃO: (esse semestre)
Acredito que somente pelos meus agradecimentos ficou claro como as aulas de biochip influenciaram bastante em minha vida. Tive as aulas em um momento importante, eu já estava com o pensamento de mudar minha forma de me alimentar e viver, consequentemente. Eu já vinha há um tempo fazendo pequenas mudanças (eu achava que eram pequenas), mas que na verdade contribuíram, juntamente com o biochip, para a minha vontade de mudar totalmente. Ainda estou em um processo de mudança e não sei onde vou chegar, mas sempre me coloco pequenas metas para ir alcançando aos poucos com sucesso, tudo em seu tempo. Biochip mostrou-se como uma mudança necessária para mim. Faço em casa fermentados e germinados porque sempre me fazem bem e sempre ficam bem gostosos nas comidas. Assistir ao filme A carne é fraca, juntamente com os ensinamentos das aulas, me fez querer diminuir o consumo de carne, algo do qual me alimento desde que me entendo como gente, e que será muito difícil, mas conseguirei. E tenho agora um grande leque de sabedoria alimentar para que eu saia da limitada noção de que comida é só o que encontramos na praça de alimentação do shopping. Aliás, isso nem é comida. Comida de verdade é outra coisa, muito mais simples, nada cara, e muito mais prazerosa de ser feita. Que faz você sentir que está comendo coisas boas. Biochip está mudando a minha vida, assim como diversos documentários mudaram há 1 ano e meio atrás e sinto que estarei numa constante e gostosa busca por melhoras na minha alimentação, o que irá resultar na minha saúde. Obrigada, Ana!