Guilherme Lopes CONCLUSÃO 2017.1



Nome: Guilherme Lopes
Turma: ART 1849 Matricula: 1120662
Professora: Ana Branco
Ano Letivo: 2017.1


Eu agradeço a cenoura pelo fato de ser bem mais do que sabia ser. Um alimento que pode ser consumido de diversas formas e ainda divertir a partir de diversos formatos e possibilidades inexplorados ate então por mim. Um alimento tão conhecido pela sociedade como a cenoura pode ter diversos sabores, simplesmente pelo fato de cortá-lo diferente, podendo confundir o cérebro, na intenção de remodelar seu habito alimentar.

Eu agradeço a corda de Rami pelo fato de me conectar e me comunicar com outra pessoa, mostrando que a relação tem sempre que se renovar, ao mesmo tempo em que a liberdade mostra-se fundamental para o equilíbrio e o conforto das relações, sejam elas entre duas pessoas, entre duas ou mais pessoas, com a natureza e claro com o seu próprio eu. Agradeço também por me mostrar que mesmo sem corda essas conexões existem e são constantes gerando em mim uma reflexão sobre a sociedade que vivemos e principalmente sobre o que fazemos para melhorar em nos mesmos e para gerar uma confiança mutua com o outro/outros.

Eu agradeço a cenoura, a alface, ao repolho e ao repolho roxo pelo fato de ter aprendido com eles sobre a composição e decomposição dos alimentos vivos, suas formas e suas cores. Juntos, todos os participantes da aula cortaram todos os ingredientes, enquanto trocávamos experiências e nos ajudávamos, no caso de duvidas surgirem. Assim como nos, os alimentados fermentados, a partir de um pote, estão em constante mudança, e como podemos perceber alguns dias depois, estão em constante conexão tendo uma forte influencia uns sobre os outros. Agradeço também por aprender um novo jeito de desenhar, ao fazer um mosaico colorido a partir de alimentos vivos se decompondo.

Eu agradeço a Ana Branco pela aula dada no prédio do Leme. Talvez uma das aulas que mais me proporcionou reflexões sobre como vivemos e como nos relacionamos na sociedade, principalmente ao nos alimentarmos. Ao nos alimentarmos, nos recebemos todas as informações do alimento ingerido, ou deveríamos, assim a terra (verde) e nos ser humanos (vermelhos de sangue) somos capazes de nos comunicar, e passar experiência a frente, como acontecia a muito tempo atrás. Porem com os novos métodos de preparo dos homens, ao cozinhar certos alimentos, ou esquentá-los no microondas, por exemplo, nos mudamos o jeito de ser daquele alimento, ou melhor, nos transformamos o que vamos comer, quebrando as informações contidas nele e quebrando o ciclo de comunicação dos seres vivos do planeta. O nome da aula Biochip explica esse fenômeno. O chip de computador é usado como exemplo. Se o aquecermos, as suas moléculas com conteúdo se rompem, impossibilitando de passar a informação a frente. Assim como no alimento, dependendo de como o preparamos, suas moléculas de água que contem informações necessárias para a vida se rompem, interrompendo o ciclo da vida do nosso planeta. Se reparamos nos pássaros, por exemplo, que sempre ingerem os alimentos da maneira mais pura, estão sempre cantarolando e felizes.

Eu agradeço à, maca, ao pimentão, a batata, ao alho poro, aveia e a cebola pelas receitas experimentas na sala das arvores. Uma sopa e uma salada orgânica, na intenção de uma reeducação alimentar, enganando o corpo a partir do cheiro e do formatos dos ingredientes. Por exemplo, cortando a maca como estamos acostumados a comer batata, e a batata como estamos acostumados a comer maca. A salada por ter uma textura e um aspecto mais conhecido pelo meu corpo foi mais apetitosa. Uma aula divertida onde todos ajudamos a preparar as receitas, finalizadas pela Ana Branco. Antes de comer, todos cantamos juntos, entrando em sintonia e agradecendo pelo alimento. Foi uma grande experiência.

Durante as aulas de Biochip, aprendi muito sobre a essência da relação mundo e homem, e principalmente a agradecer todos os dias pelos nossos aprendizados e por isso começo agradecendo a professora Ana Branco, aos meus colegas de sala, e ao próprio curso Biochip. Uma aula pratica e dinâmica que foi muito útil, principalmente no meu dia-a-dia, que me fez repensar alguns valores já instaurados dentro de nós pela sociedade. Em meio ao caos e o estresse causado pela sociedade moderna, se aproximar da natureza é sempre bem-vindo.

A minha intenção ao me inscrever no curso era aprender um pouco mais sobre o meio ambiente e a relação que temos com ele, porém muito mais foi absorvido. Em termos de alimentação principalmente, enxerguei a comida como talvez nunca tivesse notado. Ela que nos da energia e força para continuar, e escolher os alimentos que o seu corpo vai processar, está inteiramente ligado com a energia e até o próprio humor que apresentamos. É como aquele velho ditado, “você é, o que você come”. Afinal as informações da terra são passadas através dos alimentos.

Através da aula, aprendi novas receitas, produzidas apenas de alimentos vivos, que nunca pensei que experimentaria, o gosto novo e desconhecido, proporcionou novas experiências individuais, mas também coletivas. Aprender sobre os alimentos, traz reflexões e aprendizados sobre nós mesmos, nosso modo de pensar, de viver, de se alimentar, e principalmente de se relacionar de um modo geral, seja se comunicando, apreciando, experimentando ou apenas estando. Exercícios corporais dinâmicos melhoraram minhas atitudes tanto corporais quanto relacionais. Afinal tem de haver um equilíbrio constante na sociedade, pois toda ação gera uma reação.

Pude aprender também, através dos próprios alimentos, a coloração do mundo. A coloração do mundo, parei para apreciar novas cores, que sempre estiveram ali, mas nunca vista com outros olhos. São milhares os tipos de verde, por exemplo. Ao fazer um mosaico de alimento vivo, aprendi sobre a decomposição e ao mesmo tempo sobre composição das cores, que se complementam.

Para concluir, não poderia ser de outro jeito, se não realmente agradecendo. Queria agradecer a sala entre as arvores por passar tão boas vibrações e aprendizados, a cada participante do curso, que sempre foram muitos solícitos, o que proporcionou um crescimento em grupo, agradecer aos alimentos preparados pela turma, e principalmente a Ana Branco, que sempre muito atenciosa, repassa suas experiências adquiridas em sua caminhada com todos, de forma clara, encorajadora e principalmente, muito dinâmica. Enfim, agradeço por toda experiência que tive durante esse período.