Marina Puglisi CONCLUSÃO 2017.1



Gratidões

Marina C. C. Puglisi

Eu agradeço a corda de sisal, por ter me segurado, o que gerou em mim uma sensação única.

Eu agradeço a corda de sisal, pelo fato de ter me proporcionado um momento de união e confiança, que gerou em mim uma sensação de liberdade ao poder me soltar e relaxar, sabendo que não cairia por confiar em meus colegas.

Eu agradeço a corda de rami, pelo fato de ter me mostrado que posso ser livre, mesmo estando presa a alguém. Isso gerou em mim a descoberta de novas possibilidades.

Eu agradeço a cenoura, a maçã, o tomate, e todos os outros alimentos que utilizamos na aula, pelo fato de terem nos permitido prepará-los e participar de todas as etapas para transformá-los em um só alimento, para assim podermos ingeri-los e sentir o efeito que esse conjunto gera em nosso corpo. Isso gerou em mim uma consciência maior sobre o que é comida e seus efeitos em nossa vida.

Eu agradeço a pesquisa Biochip, pelo fato de ter me mostrado uma nova visão sobre a vida, sobre os alimentos que ingerimos, e a maneira como preparamos. Isso gerou em mim, a percepção da influência que nós temos sobre as coisas na Terra, e que tudo está interligado. Sendo assim o início de uma maior conscientização sobre mim, meu corpo, e tudo ao meu redor.

Eu agradeço o filme “Camelos também choram”, pelo fato de ter me mostrado uma realidade que é pouco conhecida. Estamos acostumados com essa vida urbana e esquecemos que existem outras formas de viver, com muito menos. Também pelo fato de ter me mostrado que não existem quase nenhuma diferença entre nós, humanos, e os animais, explorando essas relações. Isso gerou em mim emoção ao ver como os camelos manifestam seus sentimentos.

Eu agradeço ao trigo, girassol, couve, chicória e hortelã, pelo fato de terem me mostrado os diferentes tons de verde e as diferenças que cada um traz. Isso gerou em mim a vontade de experimentar cada um deles de diversas maneiras para colorir minha alimentação.

Eu agradeço ao filme “Futuro Roubado”, pelo fato de ter me alertado sobre um problema que nunca imaginei que estivéssemos passando. Isso gerou em mim a vontade de poder fazer algo a respeito para realizar uma mudança no mundo.

Eu agradeço a batata, cebola, brócolis, agrião, maçã, alho poró e aveia, pelo fato de terem me trazido novas experiências com novos sabores, que gerou em mim mais conhecimento sobre eu mesma, pois pude observar os efeitos que esses alimentos tiveram sobre meu corpo e meu paladar.

Eu agradeço a areia pelo fato de ter me mostrado a infinidade de possibilidades de desenhos e sensações ao manuseá-la. Isso gerou em mim uma imensa sensação de prazer ao tocá-la e brincar com ela. Sua textura me causou a sensação de relaxamento e me fez esquecer de tudo o que ocorria em volta.

Eu agradeço a argila, pelo fato de ter me mostrado que não temos controle sobre a natureza. Enquanto eu tentava moldá-la, ela grudava na minha mão, não permitindo que eu formasse algo. Isso gerou em mim a percepção de que ao invés de tentar mudar algo, devo deixar aquilo me levar e aproveitar o que isso tem a me oferecer.

Eu agradeço as frutas, pelo fato de cada uma ter uma cor e forma diferente, nos permitindo criar diversos desenhos através delas. Isso gerou em mim satisfação em poder fazer arte com esses alimentos.

Eu agradeço ao filme “Les ballons pirate de Rio” por me mostrar o outro lado da história sobre os baloeiros. Cresci ouvindo que essa é uma prática ilegal, que prejudica o meio ambiente. Isso gerou em mim uma percepção completamente diferente sobre o assunto, e abriu meus olhos sobre as informações que chegam até nós através da grande mídia.

Eu agradeço a banana, a canela, o amendoim e o coco, pelo fato de juntos terem criado um sabor delicioso. Isso gerou em mim, felicidade pela memória afetiva que esse sabor me trouxe.

Conviver com o biochip serviu para me ensinar muita coisa que vou levar para minha vida. Começando pela alimentação viva, que é um estilo de alimentação que eu nunca tinha ouvido falar antes. Sempre soube da importância desses alimentos saudáveis, mas nunca imaginei que o modo de prepará-los também interferiam em nosso corpo.

Esse semestre abriu minha cabeça para muitas coisas, e me fez descobrir que nem tudo é do jeito que sempre nos ensinaram e que o mundo é muito mais do que a grande mídia nos faz acreditar.