Paula Werneck CONCLUSÃO 2017.1



Paula Werneck - matrícula 1611996

ART 1849 Convivência com o BioChip 2017.1

09/03 – Eu agradeço à corda de sisal pelo fato de ter me mostrado as ligações, tanto olhando de forma geral (em um grupo, uma sociedade) quanto individual (a forma que o nosso corpo se comunica e se equilibra). Gerou em mim confiança ao me jogar e me equilibrar com as outras pessoas ligadas na corda. Ao me soltar continuei sentindo equilíbrio e forte ligação, como se os corpos estivessem realmente sendo atraídos/puxados uns pelos outros. Equilíbrio foi a palavra que essa experiência representou para mim. Gratidão.

14/03 – Eu agradeço à corda de sisal pelo fato de gerar a necessidade do silêncio e poder equilibrar apenas pelo movimento. Gerou em mim a percepção de ligação que temos com as pessoas e ambiente que vivemos, que apesar de distante, ainda somos ligados.

21/03 – Eu agradeço à corda de rami pelo fato de esticar, envolver e gerar em mim a confiança e o alongamento pelo equilíbrio do meu corpo, gerando novos movimentos e posições pouco exploradas no dia a dia.

23/03 – Agradeço ao filme Ponto de Mutação que gerou em mim o entendimento da visão de mundo e reforçar a ideia de que para mudarmos o mundo que vivemos, temos que mudar nós mesmos, sendo base dessa mudança, havendo uma relação de tudo com tudo e todos, compreendendo o mundo e então agir nele realizando as mudanças necessárias.

28/03 – Agradeço ao desenho de investigação com fermentação por gerar em mim a percepção da ação gerada pelo tempo nos corpos como nos alimentos, me fazendo lembrar da ligação e proximidade que temos.

30/03 – Agradeço ao reconhecimento dos fermentados por notar de perto suas modificações geradas pelo tempo, que gerou em mim mais proximidade com a natureza viva.

04/04 – Agradeço à corda de sisal pelo desenho criado pelos meus movimentos, gerando em mim a percepção da imensidão do corpo e desenvolvimento em torno de si, entendendo o controle que temos sobre nós mesmos.

06/04 – Agradeço ao filme Camelos também choram que gerou em mim empatia com o outro ser de forma geral, entendendo situações de rejeição e hierarquia de gerações.

11/04 – Eu agradeço às cores de cada alimento que geraram em mim a percepção da vida e sua naturalidade. A experiência de misturar as cores, texturas, sabores e cheiros gerou sensações novas e positivas. Incrível!

18/04 – Agradeço ao desenho de investigação com desidratação de sementes germinadas que gerou em mim a percepção de estágios da vida, tanto do alimento quanto do ser humano, notando proximidade nossa com a terra, com o que nos nutre.

27/04 – Agradeço a coloração da farinha de aipim que gerou em mim interesse em realiza-la em casa pela mistura de cores e sabores formadas pelo desenho.

02/05 – Agradeço à investigação com clorofila que gerou em mim proximidade com a terra, e a percepção da forte relação que temos com ela.

09/05 – Agradeço ao desenho com alteração de temperatura que gerou em mim sensações diferentes sobre o alimento vivo, experimentando pela primeira vez batata crua e reconhecer a importância de sua “crocância” no desenho.

11/05 – Agradeço a aula de reconhecimento da areia por gerar em mim no momento reflexões positivas para meu desenvolvimento interno. Reconheci meu interior como a areia macia e a tábua de apoio (que estava arranhada) como meu exterior, mais rígido. No momento em que eu fazia da areia mais presente, a tábua era igualmente agradável ao toque, e isso gerou em mim entender a necessidade da conexão do nosso interior com nosso exterior, para então serem igualmente macios, agradáveis e presentes. Não desenhamos nada, somos desenhados, pois a terra sabe o que fazer. Gratidão.

Conviver com as experiências do Biochip esse semestre foi extremamente gratificante! Desde as primeiras aulas quanto a última, cada dia me trazia um momento de reflexão diferente, com experiências que nunca imaginei viver.

Aprendi e refleti muito nas experiências com a corda de sisal, que me trouxeram lembranças de pensamentos que já tive em relação ao corpo e seu equilíbrio e também de forma mais abrangente como a sociedade e a forma que as pessoas se relacionam e se equilibram umas com as outras.

O dia de refletir sobre a areia também foi um dos mais gratificantes. Viajei nas fantasias que criei sobre o universo e o ser como um simples grão de areia. Foi inspirador!

Cada aprendizado incrível como quando aumentamos a união dos alimentos quando os cortamos pequenos, vendo a forma que o aipim vira farinha (fiquei juntamente chocada e muito feliz, tenho usado sempre farinha de aipim), como aquecemos o alimento com o calor das nossas próprias mãos, e como podemos transformar batata em maçã e maçã em batata para enganar nosso vício.

Certamente Biochip não é sobre como preparar alimentos. É sobre transformar completamente sua forma de pensar, sua forma de se relacionar com o seu corpo. Quando aprendemos a cuidar do nosso corpo, podemos começar a cuidar e mudar o mundo. Obrigada Ana, por esse semestre que foi muito mais que um semestre, é algo que levarei para a vida toda.