Ana Carolina Nunes CONCLUSÃO 2017.2



ANA CAROLINA NUNES G1

1.

Eu agradeço a corda pelo fato de interligar o grupo e ter gerado em mim o conhecimento de que estamos ligados com o nosso ambiente e temos que sempre trabalhar juntos com aqueles que fazem parte da nossa vida para podermos ter equilibrio. E muitas vezes temos que sair de alguns meios porque existem momentos que a conexão não tem mais como existir sem causar dor ao meio.

2.

Eu agradeço a cenoura por me mostrar que a natureza nos dá muito mais do que aquilo que conseguimos ver. Toda vez que moldamos algo aquilo muda um pouco em sua essência – no caso da cenoura, o gosto – e nós mudamos também - Aprender a infinidade de gostos que existe em um só alimento ou lugar. Além de aprender que muitas vezes rejeitamos algo apenas pelo ato de não ser belo aos nossos olhos ou que nos ensinaram que é belo. A cenoura me ensinou muito mais do que eu poderia imaginar, um alimento que era ordinário aos meus olhos e nele vejo que existe muita vida e vidas que ainda irei conhecer. Agradeço muito a cenoura por ajudar a enxergar além daquilo que nos é dado e que toda a mudança ou molde novo pode trazer um gosto diferentes – podendo ser mais doce que o outro. A cenoura, um pequeno alimento gerou em mim uma infinidade de sentimentos a partir da possibilidade de mudanças doces, do saber que a natureza é infinita em apenas um pequeno alimento.

3.

Eu agradeço ao filme Ponto de Mutação por ter me mostrado que com nossas novas relações acabamos perdendo muito sobre a ideia de conjunto e humanidade, estamos apenas ligados com nós mesmos. E que estamos 100% ligados com toda a natureza e tudo aquilo que nos rodeia, uns com os outros. E só conseguiremos realmente viver melhor quando tornarmos consciente desse fato e deixarmos de lado toda essas ideias que nos rodeiam hoje, toda essa liquidez.

4.

Eu agradeço a corda de rami pelo fato de ter me mostrado que na conexão entre duas pessoas é necessária muita confiança e que algumas vezes podemos ter nós nas relações que não conseguimos ver que acabam causando limitações. Ou que quando alguém está de costas – confiando cegamente - e a outra pessoa de frente, aquela que está de frente tem pleno controle sobre a outra. Quando estamos os dois de costas podemos fazer movimentos maiores porque estamos conectados pela corda e sentimos onde precisa de um maior equilíbrio. Além de que quando paramos de tentar movimentos novos ficamos entediados e queremos sair da corda, porém cada movimento novo é uma alegria diferente por conseguir algo novo e inusitado. Agradeço também a corda por ter me mostrado que quando estamos sozinhos e conectados conseguimos fazer movimentos que nunca tínhamos feito antes e que podemos sempre experimentar coisas diferentes com outras partes do nosso corpo já que estamos completamente conectados com nós mesmos. Enquanto que com o outro por mais que exista conexão, se não estiverem unidos para fazer novos movimentos e equilibrados podemos nos tediar ou até nos machucar permitindo que a corda fique em lugares mais sensíveis. Isso gerou em mim um maior conhecimentos sobre as relações e uma alegria em perceber que podemos muito mais do que sabemos e vemos.

5.

Eu agradeço ao filme Camelos Também Choram por ter me feito entender os níveis de diferenças que existem na humanidade, seja no momento em que mostra a vida dos mongóis e quando entram em contato com as vidas mais perto dos centros urbanos, seja pelos Camelos. Onde a mãe rejeita seu filho por ser branco. Agradeço por ter me emocionado ao ver como existem milhares de vidas totalmente diferentes da que eu vivo e por ter me mostrado a partir da música que certas barreiras conseguem ser vencidas e laços renovados.

6.

Eu agradeço ao repolho por ter me permitido enxergar a beleza das cores vivas e por ter me ensinado que muitos processos que são feitos, a natureza pode nos dar livremente – como o processo da fermentação. Além de ter me mostrado junto ao queijo de sementes que existem mil possibilidades de alimentação viva e que os gostos que cada alimento tem pode ser transformado e potencializado com a ajuda de outros. O que gerou em mim uma nova visão sobre a natureza e as possibilidades que ela carrega para me fazer entender sobre um novo tipo de alimentação.

7.

eu agradeço as sementes que foram moídas por ter me ensinado que muitas vezes por fazermos certos movimentos podemos nos ligar aos nossos antepassados que por estarmos em um mundo tão acelerado e movido a novas tecnologias esquecemos que existe. Agradeço também por ter me feito entender que nosso corpo é ligado a terra e as histórias que vieram antes de mim e o ato de triturar uma semente não é puramente o ato mas uma conexão com coisas que vieram antes de mim, histórias e vidas. Isso gerou em mim uma vislumbração com a vida.

9.

Eu agradeço a mandioca por ter gerado em mim a calma de estar cortando e tirando suas cascas enquanto cantava e cada passo para tornar a farinha em que é feito com paciência e com calma fazendo com que aquele alimento se transformasse em pequenos pedacinhos. Além de ter me ensinado a investigar cada coisa, que todos tem uma casca e as vezes podem ser mais duras e mais profundas como a da mandioca mas se você conhecer o alimento você consegue tira-lo com calma, jeito e paciência, sem força e sem causar estragos ao alimento, tirando apenas a camada que tem que tirar.

10.

Eu agradeço aos alimentos e a farinha do aipim que se juntaram e formaram algo extremamente colorido e novo aos meus olhos e ao meu paladar. Agradeço aos alimentos que cortei por sempre me mostrarem que quando fazemos coisas com paciência e investigando como o alimento se comporta começamos a descobrir muito mais sobre os alimentos e sobre nós mesmos.

Ana Carolina Nunes

Gratidões G2

1.

Eu agradeço a semente de girassol e de trigo por ter me feito ver o crescimento da vida, a se sentir responsável por algo que precisa de cuidados e a apreciar o crescimento daquilo que eu era responsavel. Isso gerou em mim gratificação por ver a natureza crescendo tão próxima a mim e tão delicada, onde parecia que quando estava próxima sentia uma energia boa de ver e de tocar. Além de durante a aula ao ver as cores de cada uma das folhas e mostrando como cada verde é diferente e único.

2.

Eu agradeço pela aula, não somente pela sopa ou pelos legumes, agradeço pelo momento que essa aula veio por ter me feito respirar. Por ter me mostrado a simplicidade em estar no momento e no acolhimento que vem de uma sopa. E como descobrimos como o alimento que nos é servido sem estar na temperatura de nossas mãos nos queima. Eu sou grata por esse momento que me deixou um pouco mais leve.

3.

Agradeço a areia por ter me feito ver fisicamente aquilo que as vezes não consigo entender no mundo. Como tudo está conectado e como assim como a areia não conseguimos controlar aquilo que acontece, a areia tem sua vida própria, tem sua própria vontade tem sua própria forma de ser e não seria tão majestosa se não fosse do jeito que é. Então por que querer controla-la?

Como é bonito ver ela escorrendo pelas nossas mãos e mostrando como é impossível encaixá-la em um só lugar. E enquanto desenha na prancheta a areia, começaram a parecer rostos para mim, como se fosse um espelho, por mais que eu tentasse fugir daquilo que eu era, era impossível não ver, não encarar.

A areia me remeteu a infância e como eu passava horas e horas brincando com algo tão natural e como aquilo começou a se tornar um incomodo. A areia da praia parou de ser algo tão divertido e começou a ser um impecilio, algo que muitas vezes me fazia desistir de ir. Isso tudo gerou em mim uma vontade de só deixar a areia brincar comigo também, de deixar ela me ensinar mais sobre a natureza e as propriedades da vida e como não temos controle, como não podemos nem tentar controlar algo que tem a natureza dentro de si porque vai simplesmente fazer seu próprio movimento e escorrer pelos seus dedos.

*Achei válido voltar aqui para falar que hoje em dia, meu carro fica cheio de areia da praia, eu já não me incomodo mais em sair com meu pé todo cheio de areia e não falo mais que ele está sujo. É uma parte da praia e da natureza que vem comigo para qualquer lugar que estou indo.

4.

Eu agradeço a terra por ser mãe, por me ensinar sobre a vida e sobre aquilo que não sabia. Por me ensinar que somos todos eternos – que vai para além da crença do espiritual, somos eternos na terra - e transmutamos a todo momento.

Agradeço por saber que está tudo ligado, que cada momento que passa estamos nos transformando. Agradeço por tudo. Agradeço a terra pela vida, para onde vou e de onde vim. Só agradeço a me ensinar que nunca perdemos mas nos transformamos e deixamos sempre algo para trás que não nos pertence mais, que não se encaixa no momento que está acontecendo na vida. Deixamos aquilo que não nos cabe. Agradeço aos nossos corpos e cada dia que é uma nova transformação. Essa é a beleza da vida. A eternidade de tudo, a eternidade mutável.

*Acredito que essa aula tenha sido a que mais me impactou durante o semestre, como estar em contato com a terra foi tão importante. Como voltar aquilo que sempre fui e sempre vou ser ampliou meu olhar para tudo o que sabia. Desde deixar a vontade de ser cremada, quero ser terra, quero ser enterrada, quero voltar para onde vir e deixar a vida que existe dentro de mim proliferar pelo mundo. Quero ser eterna, e já sou. Como a história da sua mãe e o tripé que segura nossa cabeça, a terceira parte que é o que nos liga a algo superior, a algo que faz com que estejamos aqui. Fico emocionada só de lembrar dessa aula, como foi incrível. Como foi potente, como abriu meu mundo de uma forma e fez minha sensibilidade ficar totalmente aberta. Se não for muito, gostaria de estar de novo nessa aula período que vem. Existe muito para aprender com a terra e quero estar sempre aprendendo.

5.

Agradeço as conchas por me reconhecerem, por me acolherem e despertarem em mim todo esse afeto. Agradeço por me lembrarem do silêncio e de todos os anos que passei recolhendo conchas pela praia e as guardando. Hoje já não sei mais onde estão – me obrigaram a jogá-las fora por não ter espaço dentro de casa, era entulho -, mas me lembrei daquela menina que ficava brincando sozinha pela praia recolhendo conchas e querendo levar todas para casa. Elas já falavam comigo e eu entendia. Me desconectei no meio do caminho e não lembro mais o que queriam falar.

Agradeço por me lembrarem como as palavras as vezes não são a única forma de fala. A conversa que elas tiveram comigo. O acolhimento, a lembrança de me sentir em casa. De me sentir eterna. Talvez eu nunca entenda tudo que as conchas queiram me falar, mas eu consigo sentir tudo o que elas querem que eu sinta.

Sinto que uma delas faz parte de mim e que todas são como eu. Foi como voltar e me sentir parte, foi como voltar para casa. Me sentir parte como não me sentia a vida inteira.

*Nessa aula eu pedi para ficar com uma das conchas porque senti que era minha, agradeço tanto por você ter guardado ela para mim. Hoje ela anda comigo para onde eu vou. Faz parte, me lembra de quem eu sou.

6.

Eu agradeço a argila por me ensinar a partir da percepção das coisas que muitas vezes não queremos ver. O toque com a argila é algo surpreendente. Ela vai colando e mostrando como deixa sua marca por qualquer lugar que passa. Por mais que seja bruta, vai tomando a forma dos desenhos da mão e suas linhas. Ela vai se adaptando ao ambiente que é exposta e acaba fazendo com que o bloco perca um pouco do seu volume.

Foi incrível conversar com ela. No inicio estava sem saber muito o que fazer e fui fazendo movimentos circulares e formei um pião, que precisa estar sempre em movimento. Depois estava em um momento me questionando o que poderia pergunta-la, já que existiam tantas perguntas, e assim que amassei a argila apareceu um pequeno pedaço de madeira. Como se ela me dissesse que eu tinha que explorar, que só assim eu conseguiria adquirir conhecimento e descobrir aquilo que não está na frente dos meus olhos. Então eu comecei a pensar no amor, que é algo que me aflige muito, e comecei a moldar um pássaro. Um pequeno pássaro que me lembrava como sou livre e como a todo momento tenho que estar em contato com aquilo que é meu, o ar e a natureza. Mostrando que só assim eu conseguiria me amar, amar o mundo a volta e entender o amor que o mundo tem por mim. A argila me lembrou da liberdade. Liberdade é amor e só livres conseguimos amar.

7.

Eu agradeco a temperatura. A gosma (acrilamida) que é criada pelo cozimento e me faz questionar os padrões alimentares que venho seguido. Como temos que nos adaptar e nos lembrar de como comemos hoje para conseguimos algum dia sermos livres dessa alimentação sem vida e completamente industrial. Mas me fez ser feliz por lembrar que a natureza está disposta a se adaptar a isso também e nos permitir encontrar um caminho melhor para todos nós.

8.

Agradeço a clorofila. As sementes que germinei e fiz brotos nascerem, como foi gratificante ser produtora. Como foi gratificante acompanhar o crescer daquelas pequenas sementes e ver que existe vida e eu posso ajudar essa vida a crescer. Da possibilidade de transformar aquilo em um suco possível de tomar, em algo que pode me nutrir além de alimento mas como algo que me faz repensar, que me faz querer mudar minhas atitudes.

Ter uma plantinha tão perto de mim, me fez lembrar da falta do verde que existe por perto. Da falta de vida e como aquece, como é gratificante olhar a terra perto de você, como é bonito ver que estamos conectados e ajudando a vida a ser proliferada.

9.

Agradeço as cores das frutas e aos desenhos feitos. Como é lindo ver a criatividade de cada um que está do seu lado e como é lindo desenhar algo que vamos comer e vai nos fazer colorir pro dentro. Agradeço imensamente as frutas por serem um alimento tão mágico, colorido e delicioso que me faz me sentir mais viva.

Agradeço pela troca com os desenhos dos outros que estavam ali, como a energia é passada através dos desenhos que são feitos e como existe beleza naquelas cores vibrantes.

Minha jornada com Biochip foi uma das coisas mais gratificantes de 2017. Esse ano foi difícil, foi muito pesado para mim, tive que lidar com a minha depressão e ansiedade de uma maneira que nunca achei que fosse voltar a ter que ver, foi uma das razões porque tentei fugir dessa aula durante esse ano. Não queria olhar para mim e sabia que com essa aula teria que embarcar em uma jornada de autoconhecimento profunda.

Logo no inicio das aulas passei por uma situação que me fez questionar tudo que acredito, me fez questionar o universo, as pessoas. Quais eram as intenções delas com o outro e como eu me senti perdida no meio de tudo isso. Me senti sem lar, me senti como uma pequena peça vagando pelo universo tentando conectar as coisas e falhando.

Tive que falar isso para introduzir o por que dessa aula ter sido tão importante pra mim. Ela me tocou. Ela me fez chorar, ela me fez voltar a natureza – algo que tinha me afastado por descuido comigo mesmo -, ela me fez rever aquilo que eu comia. Biochip foi uma jornada profunda, me tocou em partes que eu nem sabia até o último dia. Até o dia da festa. Eu passei muito mal depois, fiquei enjoada e logo no dia seguinte não consegui comer mais carne e queijos e derivados começaram a parecer as coisas mais nojentas que podia ver. Biochip mudou quem eu sou e quem eu acreditava que era.

Acho complicado conseguir por em palavras o que estou sentindo porque é uma imensa gratidão. Gratidão por conseguir despertar a criança em mim que tentava sufocar a todos os custos, por me fazer entender que a gente tem que mudar a alimentação sim porque ela muda toda nossa forma de compreender o mundo, por me fazer conseguir olhar para o mundo com olhos que achei que nunca mais ia olhar. E por me fazer chorar. Acho que nunca chorei tanto quanto chorei durante as aulas. Eu chorava porque eu me sentia confortável o bastante para isso, porque as palavras não me cabiam porque tudo que eu sentia me transbordava. Antes dessa aula eu não chorava, eu achava chorar uma das coisas mais fracas do mundo porque mostrava que eu era sensível e eu achava isso uma fraqueza. Mas não é. Ser sensível é estar aberta ao mundo e todas as possibilidades que o cosmos entrega. Ser sensível é ser feminina.

Meu texto está um pouco confuso assim como minha cabeça quando tento resumir tudo aquilo que Biochip representou e representa na minha vida. Mas acho que foi um ponto de virada. Foi entender como a gente tem que respeitar nosso alimento e ter cuidado com ele, saber quem o faz e como faz. Foi entender que o chuchu é uma das coisas mais maravilhosas de comer quando está cru, está vivo. Tenho que agradecer infinitamente pela viagem para a horta, como foi lindo estar em contato direto com os alimentos, como foi lindo ver como tudo é cultivado. Como foi perturbador pensar que as pessoas negam alimentos por não serem de uma forma estética, mas também foi incrível perceber as possibilidades que existem dentro desses alimentos que não respeitam essa ordem. Eu, por exemplo, quando vou comprar a cenoura agora pego sempre as mais esquisitinhas, a que crescem diferentes, as que tem formas engraçadas porque eu sei que vão negar elas, mas eu também sei que elas me divertem quando vou fazer alguma comida e fico imaginando figuras.

Enfim, tenho muito a falar, cada aula foi uma nova descoberta, foi um novo mundo que se abriu e se eu puder nunca vou deixar eles se fecharem. Porque é lindo conseguir ver o mundo com esse olhar bobo e inocente, é lindo demais, acho até que fica mais colorido, mais bonito. Não acho não, tenho certeza.

Por fim, eu agradeço a você Ana. Agradeço por ser essa pessoa incrível. Essa mestra, essa criatura iluminada que está tão perto, ali na PUC. Uma pessoa tão aberta e tão maravilhosa que tive o prazer de conhecer, que tive o prazer de ter conseguido ver um pouquinho da vida a partir dos seus olhos. Obrigada por tudo, gratidão eterna a você Ana. Muito obrigada por ter me feito experimentar de tudo, por ter me feito alcançar lugares no meu interior que achei que nunca mais iria alcançar. Obrigada pelos seus trabalhos incríveis dentro da puc, pela sua sensibilidade e por ser essa resistência em um ambiente que está tão engessado. Você é uma guerreira aí dentro e é lindo demais de ver. Obrigada por tudo.

Obs: segue meu convite para fazermos o filme. Gostaria muito de que você mostrasse um pouco desse seu olhar, daquilo que você acredita para eu fazer um breve documentário. Você já tinha aceitado e acredito que agora durante as férias não seja a melhor época para você, mas você pode me falar quando for bom. Acho que deve ser na sala entre árvores como você falou, ali é sua casa, ali é sua resistência e nada mais verdadeiro do que ser ali.

Obrigada,

Com todo amor e gratidão que existe aqui dentro,

Lina

(ou Ana Carolina Nunes)