GABRIELA SCHNEIDER CONCLUSÃO 2017.2



Gabriela Schneider Brandão Souza

Biochip 2017.2

26/09

Agradeço à beterraba, repolho, abóbora, ao inhame e aos outros elementos da natureza por filtrarem as cores da natureza com tanta sabedoria. Isso gerou em mim o sentimento de que assim como eles, nós seres humanos também deveríamos filtrar as energias e saber o que é melhor para nós deixarmos passar ou guardar conosco.

A expectativa gerada ao fazer o suco motiva a comer. Fiquei muito surpresa que os sucos ficaram muito melhores do que imaginei. Eu consigo me ver com outros olhos nessa aula. Hoje foi o dia em que mais aprendi. Fiquei imaginando que cada legume e fruta tem um gosto, cheiro, cor, sabor, etc diferente. Temos muitas possibilidades de viver, e a natureza mostra isso para gente a todo instante. Fiquei muito grata!

19/07

Agradeço ao repolho e à cenoura pelo fato de me possibilitar experimentar novos cheiros e mistura de cores. Gerou em mim um conhecimento de uma nova forma de alimentação. Os alimentos podem passar por diversos processos diferentes e se tornar mais nutritivo e se reconfigurar. Por exemplo, a soja com a sua fermentação.

Acho que nós temos muito o que aprender com a natureza. Nós também passamos por diferentes processos que nos tornam diferentes e férteis durante a vida.

5/09

Agradeço à corda de Rami pelo fato de me possibilitar a conhecer mais a mim mesma através do meu corpo. Isso gerou em mim a curiosidade de poder ousar comigo mesma e perceber que muito do que deixamos de fazer é por medo e não por incapacidade. Por exemplo, quando nos apoiamos na corda, nosso corpo está dizendo que uma pequena e fina linha é capaz de nos sustentar e isso é incrível. Além disso, o sentimento de confiança que adquirimos com o outro nos remete que isso não acontece somente na vida cotidiana.

Também gostei de perceber que os movimentos que uma parte do meu corpo ou que outra pessoa faz é sentido e passado pela corda. É como se dependêssemos um do outro, assim como é na vida.

29/08

Agradeço à cenoura pelo fato de poder me ensinar a instigar a minha criatividade e curiosidade. Gerou em mim um sentimento de descoberta. Me senti uma criança experimentando novos sabores, mas o curioso é que não sabia que era possível ter esse sentimento através de um alimento que eu já conhecia.

Esse ensinamento pode se aplicar não só à esfera gastronômica, mas até mesmo nos fatos cotidianos. Posso (re)avaliar e observar a minha rotina com outros olhos também.

24/08

Agradeço à corda de sisal pelo fato de me recordar que tudo está interligado. Me senti confortável, como se já conhecesse aquele caminho. Me gerou felicidade ao perceber que tenho que confiar e depender dos outros para não cair. Assim é a vida no dia adia e a teia só tornou visual esse sentimento interno.

Também fiquei pensativa com o fato de que essa experiência acontece em todas as esferas, desde as celular do meu e de todos os corpos, interagindo com os outros e até com o universo. Tudo está conectado e um fato que ocorre com um corpo tem consequências no outro. Por exemplo neste caso, puxar a corda do outro, chegando mais pra tráz e fazê-lo chegar pra frente.

21/09

Agradeço aos elementos da terra pelo fato de criarem várias e diferentes formas de alimentos que podemos misturar e combinar de diversos jeitos para me alimentar. A natureza é muito sábia e perfeita porque entende das necessidades de todos os seres que aqui habitam. Fiquei pensando isso hoje na aula porque nos alimentamos e que não é bom para o nosso organismo, é bom para a terra. E assim vivemos um ciclo perfeito.

Comer o queijo de sementes fermentadas e a salada que nós trouxemos da última aula gerou em mim surpresa. Não imaginei que iria ficar tão bom e cheiroso, visto que eu não gosto muito do cheiro de repolho. Também fiquei muito grata de conhecer de perto cúrcuma. Eu nunca tinha visto pessoalmente e achei um pouco parecido com o gengibre.

Acho que a Ana é uma pessoa muito iluminada, que me ensinou a comer, não através do paladar, mas sim com os olhos. Acho que o seu papel na terra é muito importante para nos reconectarmos com a natureza e sou muito grata por estar vivendo este momento.

Acho que falar que não se deve brincar com a comida é uma frase muito arriscada. Criança aprende brincando e nós estamos nesta aula aprendendo com os alimentos.

5/10

Agradeço à mandioca pelo fato de alimentar meus ancestrais e de me possibilitar a vida. O fato de fazer farinha de mandioca gerou em mim um sentimento muito bom. Ela deixa a mão muito macia e traz muita paz. Parece que, inconscientemente, não queria parar de fazer a farinha de mandioca.

Filme: Camelos também choram

Agradeço à Ana pelo fato de trazer este filme para a aula. Ele gerou em mim um pouco de tristeza ao ver a mãe rejeitando o seu filhote por ter tido um parto sofrido. Na nossa sociedade acontece a mesma coisa, pois quantas pessoas já deixaram de lado uma pessoa só porque ela te trouxe alguma mágoa ou dor?

24/10

Agradeço à areia pelo fato de me possibilitar enxergar o mundo de outra forma. Desde que me lembro, toda vez que estou triste penso que me sinto pequena como um grão de areia, como se isso fosse sinal de incapacidade. Agora, sentindo a areia posso dizer que ela não é sinônimo de incapacidade. Se eu coloco a areia em um monte empilhado, cada grão depende do outro para ficar no seu lugar. Poucos grãos (menos da metade do que a Ana nos deu para trabalhar) já são capazes de fazer um desenho e formas bonitas. Cada pessoa aqui faz a areia se posicionar de diversas formas diferentes um do outro. Um grão debaixo dessa folha já torna a minha escrita diferente.

Isso gerou em mim um reconhecimento de que ser do tamanho de um grão de areia não é uma coisa ruim. A areia tem suas características que a tornam única. Várias unidades juntas conseguem formar desenhos lindos, desertos e praias. E, comparados ao universo. Somos do mesmo tamanho da areia.

Mexer na areia é uma relação muito íntima e está sempre respondendo as nossas ações e é incrível pensar que fomos formados a partir da nossa brincadeira com a terra.

26/10

Agradeço à terra/compostagem pelo fato de me ensinar sobre a transformação da vida. A aula de hoje gerou em mim uma felicidade muito grande. Foi muito curioso ver que muitas pessoas têm a morte como uma coisa negativa, vendo de uma forma egoísta, sendo que esquecemos que somos um só e que nada tem um fim de verdade. Sinto que é tudo um ciclo com transformações de forma que devemos amar todos os seres que temos preconceito – como se fossem alguém que gostamos porque eles realmente são essas pessoas! Somos todos um só, vivendo e nos transformando e nos reinventando.

7/11

Agradeço a comida aquecida de hoje por proporcionar em mim diferentes sensações. A temperatura gerou conforto em mim. Comida quente dá mais sensação de satisfação por que me lembra aconchego. Como uma sopa em um dia chuvoso e frio.

Na verdade o que me chamou a atenção hoje na aula é que eu fico um pouco triste quando vejo que as pessoas fazem apenas o que são mandadas (ex: cortar os alimentos) e não pensam no bem geral, como limpar e cuidar dos objetos usados coletivamente, como bacias e as toalhas de mesa e organizar o ambiente. Acho que esse incômodo quer me dizer alguma coisa, mas ainda estou buscando respostas....

9/11

Agradeço à argila pelo fato de me ensinar sobre a vida e a ter paciência, o que me gerou surpresa.

Percebi que ao deixar a argila ficar mais tempo na mão ela se transforma: muda de cor e textura, seca e fica mais fácil tirar. Me senti completa nessa hora porque levei isso como dar um tempo e ter calma para alcançar algum objetivo. Senti que a argila é capaz de se apropriar de todos os espaços em que ela toca. E é assim que busco ser: contribuir positivamente para todos.

16/11

Sou muito grata por poder tido a experiência de conhecer e ter aula com a Ana. Ela me ensinou muito, como também me ensinou a pensar. Nessa aula da bibliografia eu anotei o nome de vários autores e livros que pretendo ler.

21/11

Agradeço à Ana pelo fato de nos proporcionar o encontro com o outro lado da história, o lado do excluído e do marginalizado. O fato de conhecer o fogo também me causou felicidade e inquietação. Sempre aprendemos a ficar longe dele, mas o curioso é que acendo velas e sinto confortável com ele por perto. Por isso, o significado que aprendi nessa aula é que devemos nos questionar de todas as informações que chegam até nos, porque muitos discursos servem para beneficiar uma certa parcela da população.