MARIA LUIZA TIMM CONCLUSÃO 2017.2



Aluna: Maria Luiza de Figueiredo Timm

Professora: Ana Branco

Agradeço à...

Pelo fato de...

O que gerou em mim...

22.08.17

Agradeço à experiência com a corda de sisal

O nosso primeiro contato com a nossa sala de aula na tenda e com os colegas de turma, diretamente. Dentro da sala na árvore, nós nos unimos com cordas de sisal. Fomos passando-a para outra pessoa e assim nos ligamos cada vez mais, até formar um desenho de uma estrela, no qual as pessoas estavam diretamente ou indiretamente conectadas umas com as outras. Como não tinha espaço suficiente, caminhamos, juntos, no mesmo ritmo e em silêncio para fora.

Em certos momentos nos tencionávamos de modo a poder jogar o nosso corpo para trás. Eu pude sentir confiança, pelo fato de que todos estavam unidos para isso. Sempre quando alguém se sentia desconfortável, nos aproximávamos em direção ao meio da roda e ficávamos "ombreados" e de mãos dadas. Embora servisse de ajuda ao outro, a pessoa saía da tensão por conta própria e logo voltávamos para a nossa posição, rebolando.

O que gerou em mim foi uma sensação de união. Éramos seres vivos se conectando através de cordas de sisal, desenhando uma linda estrela. Apesar de não nos conhecermos, a corda permitiu que nos ligássemos de uma forma tão simples, mas significativa.

24.08.17

Agradeço à corda de sisal por fazer com que eu valorize a coletividade

Fizemos uma nova experiência com a corda de sisal, mas, dessa vez, em grupos menores. Apesar de termos feito algo semelhante à aula anterior, tive sensações diferentes. Cada dia é um e mudamos diariamente.

Ao me desvencilhar da corda, senti a vontade de voltar à ela. Acredito que a corda tenha me passado um conforto, que fez com que eu não quisesse sair dela. Eu pude senti-la mesmo que já não estivesse mais em mim.

Pelo fato de que estávamos todos interconectados, a minha presença influenciava, inclusive, nas pessoas com quem não tinha uma responsabilidade direta. Percebi que sem a minha presença, não seria o mesmo.

O que gerou em mim foi um sentimento de saudade à corda. Eu tinha uma responsabilidade direta com a Germana e o Luís, o meu movimento influenciava neles enormemente, muito embora eles estivessem longe de mim.

29.08.17

Agradeço à cenoura...

... pelo fato de nos proporcionar diferentes sabores de acordo com os seus diferentes formatos. É interessante que uma única cenoura possa ter sabores diversos e eu nunca parava para pensar nisso. Toda vez que como cenoura, ela é cortada em um formato específico, não comparo todos os formatos em uma refeição.

Além disso, provamos o suco de cenoura com as partes que descartamos normalmente (as duas extremidades). Achei engraçado, pois mesmo que tenhamos descartado os pedaços que julgávamos ruins para o desenho e degustação, usamos para fazer o suco. Ou seja, uma parte aparentemente desimportante, se tornou relevante. Afinal, essas partes são as mais ricas em nutrientes.

O que gerou em mim foi uma valorização dos alimentos que comemos. Eu como diariamente cenoura, mas nunca imaginei que ela nos oferece tantos sabores pela simples diferença de cortes.

31.08.17

Agradeço ao filme "Ponto de Mutação"...

... pelo fato de ter demonstrado a ideia de que nós estamos interconectados com a natureza e tudo que nela habita.

A grande questão debatida foi a noção de que as pessoas não podem ser analisadas isoladamente, pois fazem parte de um todo. Segunda a cientista (uma das protagonistas), todos os problemas existentes estão interconectados e que é preciso mudar a percepção de mundo.

Um dos exemplos que ilustram essa interdependência e a árvore. De acordo com a cientista, é possível olhar a árvore isoladamente e veremos uma árvore propriamente dita, ou seja, composta por um tronco, caule, folhas. Mas ao repará-la dentro de um ecossistema, ela representa muita mais que isso: ela serve de alimento e moradia para os passarinhos, ela nos protege da chuva, nos dá sombra, nos gera oxigênio, etc.

Acho interessante, ainda, dizer que achei um pouco contraditório os ideias da cientista em contraponto com a sua realidade. Ela acredita que devemos mudar a nossa perspectiva de mundo e a interconexão, mas possui uma relação muito distante com a sua filha.

O que gerou em mim: o filme não é fácil de se ver, porque conta com diálogos longos e aborda temas complexos e delicados. Entretanto, o tema é muito interessante, acabamos nos sensibilizando e entendemos melhor o mundo no qual vivemos e a conexão de tudo que há nele. O que gerou em mim foi um despertar para o mundo; é preciso visualizar que dependemos de tudo o que está na natureza e, portanto, devemos um respeito e valorização máxima. Devemos também procurar a pensar no futuro, ou seja, ser mais consciente e saber que nossos atos afetam, inclusive, pessoas que ainda nem sequer nasceram.

05.09.17

Agradeço à corda de rami

A relação a dois na corda, mostra que suas ações interferem na outra pessoa de diferentes maneiras. Quando ficamos de frente uma para a outra, temos que fazer movimentos antagônicos. Mas quando ficam viradas para o mesmo sentido, há uma espécie de controle. A pessoa de trás fazia o movimento e, eu, seguia conforme ela se movimentava.

Em outro momento amarramos a corda individualmente. Pelo fato de que o movimento dependia tão somente de mim, pude variar mais. Vi até onde o meu corpo aguentava, o que me permitiu conhecê-lo um pouco mais.

O que gerou em mim foi uma sensação de liberdade, principalmente quando estava sozinha, muito embora estivesse amarrada em uma corda. A corda não me limitava, mas me dava novas oportunidades de movimentos.

14.09.17

Agradeço ao filme "Os camelos também choram"...

... pelo fato de que me sensibilizei com as relações sólidas e fortes de uma família de humanos com camelos.

Trata-se de um filme que se passa no sul da Mongólia e mostra uma família muito simples vivendo no deserto e dependendo do que vem da terra para sobreviver.

Ao longo do filme, percebi que há uma relação muito forte e de respeito com os animais, principalmente, com os camelos criados por eles.

Em um momento, os familiares prestavam homenagem à natureza quando iam comer, eles relembravam que não eram a última geração na Terra e questionavam os hábitos dos homens, que "saqueavam a terra". O contato deles com a sociedade é mínimo, eles se isolam e não se abdicam de seus antigos costumes. Apenas os filhos mais novos questionam essa forma de se viver e gostariam de se abrir um pouco mais para o mundo moderno.

A grande questão no filme é a relação de uma mãe camelo com o seu filhote. Ela não conseguia aceitá-lo e, por isso, o filhote não conseguia se alimentar. A família se esforçava enormemente para fazer com que eles se unissem.

O que mais me tocou foi quando a família conseguiu unir a mãe camelo com o seu filhote em um ritual. A mãe aceitou que o filho fosse amamentado por ela e, assim, ela chora.

O que gerou em mim foi um momento de felicidade. Eu fui cativada pelo filme e torcia para que o filhote conseguisse ser aceito pela mãe camelo. E foi tão bonito ver que, de fato, camelos também choram, também sentem.

19.09.17

Agradeço à experiência com os repolhos verde e roxo...

... pelo fato de termos feito uma mistura com os repolhos (verde e roxo) e cenoura. Em grupos, ralamos os repolhos e cortamos as cenouras de formatos diversos para, no final, juntá-los e misturá-los em um pote de vidro.

O que gerou em mim foi poder saber que posso manusear as verduras de diferentes formas e, a partir disso, poder usar a minha criatividade e fazer um desenho com repolhos e cenoura.

Depois de misturar em um pote de vidro, deixei fermentando por horas e coloquei na geladeira. Sem saber se estava correto, observei que o roxo ficou com uma cor mais forte, mas o desenho não se alterou tanto como imaginei que fosse. Mas as cores migraram e saiu um líquido azul do pote.

21.09.17 continuação da aula anterior

Agradeço à experiência com os repolhos verde e roxo...

... pelo fato de que o meu pote, ao ser aberto, mostrou que fez captura selvagem. Achei muito interessante esse termo; mesmo que o pote estivesse tampado, o alimento durante a fermentação e o tempo que ficou na geladeira, fez contato com o exterior, ou seja, fez captura selvagem.

Como isso aconteceu com o "meu" pote, ao ser aberto, fez um barulho de gás e começou a borbulhar. A professora Ana, inclusive, comparou aquilo com uma champanhe. Reparei que a maioria dos potes com os repolhos e cenouras não fez captura selvagem, achei interessante como um ambiente influencia.

O que gerou em mim foi um sentimento de alegria pelo fato de poder ver o que significa a captura selvagem, ter a possibilidade de ver como o meio ambiente altera e influencia nas coisas que são vivas.

No final, fizemos uma salada colorida de repolhos com "queijo" de soja e outras verduras que estava incrivelmente bom.

26.09.17

Agradeço à abóbora, repolho roxo, inhame e beterraba

... pelo fato de que pude provar o sabor de cada legume e saber que criamos uma relação, mesmo que inconsciente, entre as cores e os seus respectivos gostos.

Entendi que o sabor que sentimos é baseado no afeto que damos a cada cor e que cada cor possui um sabor natural.

O que gerou em mim foi uma mudança ou afirmação das percepções que eu tenho acerca das cores. Entendi que quando mais nova, não gostava de certos alimentos, como alface, justamente em razão de sua cor verde.

03.10.17

Agradeço ao filme "La belle verte"

... pelo fato de fazer uma crítica ao nosso modo de viver no mundo atual.

Há uma civilização que vive em harmonia com a natureza em um mundo paralelo à Terra, muito mais evoluída com relação à sociedade contemporânea. Um dos habitantes (uma mulher) resolve fazer uma excursão à Terra. A mulher chega em Paris e tenta se comunicar com as pessoas e também procura entender tudo o que está a sua volta (o meio ambiente, os hábitos, costumes, etc).

O ponto central do filme é demonstrar o choque de cultura entre essa mulher, advinda de outro planeta, e a sociedade contemporânea. A mulher sofre enormemente com a poluição, com os alimentos e, além disso, consegue perceber quando as pessoas estão doentes ou não.

O que gerou em mim foi um questionamento pela forma como levamos as nossas vidas hoje em dia. Será mesmo tão necessário toda essa tecnologia e suas complexidades? Acabamos que não percebemos como tudo isso nos faz mal, que na verdade a tecnologia não nos faz avançar, mas está nos destruindo. Sabemos que há problemas em nossas vidas, mas raramente refletimos sobre. Somos seres inconsequentes e, portanto, é fundamental rever a nossa concepção de mundo e procurar nos aproximar um pouco mais dessa civilização evoluída retratada no filme. Viver de uma forma mais simples, com menos preocupações, menos individualismo e viver de alimentos saudáveis, vindos da terra, sem veneno.

17.10.17

Agradeço à grama de trigo e girassol...

... pelo fato de me proporcionar essa experiência de poder produzir eu mesma o alimento. Acompanhar o crescimento de ambas, ver a semente se tornar uma planta alta e verde, não tem preço;

O que gerou em mim foi uma sensação de satisfação e alegria por ver a minha plantação ter dado o resultado que deu e, posteriormente, compartilhar e observar o resultado das outras pessoas. Passei a ter uma relação direta com o girassol e o trigo, no qual eu regava diariamente, cuidava e, depois de já crescidos, me forneceram um suco maravilhoso.

Agradeço também à chicória, couve, hortelã, trigo e girassol...

... pelo fato de nos dar sucos coloridos e de diferentes sabores. É muito interessante que há uma variação de sabores de acordo com os diferentes tons de verde. Enquanto que a chicória tem uma cor mais forte, quase se aproximando do preto, a cor da couve era mais viva.

O que gerou em mim: impressão de que estou aprendendo cada vez mais como usar as verduras e legumes, saber que cada tom de cor gera um sabor diferente e aprender a valorizar tudo o que vem diretamente da terra.

24.10.17

Agradeço à experiência com a areia...

... pelo fato de fazer com que eu possa me torna invisível, pelo menos a partir da minha percepção. Pude me desligar das coisas que estavam ao meu redor, para fixar na minha relação com a própria areia.

Manuseei-a de diversas formas e a cada movimento que fazia, a areia me acompanhava. A areia era tão fina, leve e delicada, para mim era como se estivesse fazendo uma terapia.

A melhor sensação que tive foi quando concentrei toda a areia em minha mão e a fechei com força. A areia foi caindo lentamente e conseguia sentir isso em minha mão, algumas partes dela foram ficando vazias. Ela é teimosa, pois eu seguro com força e mesmo assim cai. Ela está sempre respondendo e dando novas perspectivas e novos caminhos.

O que gerou em mim foi uma sensação de valorização do meu imaginário e liberdade. De estar saindo do mundo racional e entrando para o meu mundo próprio, o da imaginação. Eu me construí com cada forma que a areia se encontrava. A sensação na palma da mão é diferente da parte de fora. Isso nos permite o nosso autoconhecimento, a perceber os nossos sentidos. Há uma relação íntima, de afeto e silêncio com a areia.

07.11.17

Agradeço à experiência com as sementes...

... pelo fato de descobrir o sabor do alimento com a mistura. Nós misturamos a cevada e feno grego germinados com cenoura ralada, aipo picado, mação picada, cebola e passa e depois aquecemos a comida com a temperatura da nossa mão.

O que gerou em mim foi gratidão pela mistura de alimentos que proporcionam esse sabor único. Achei interessante essa experiência de driblar a percepção que nós temos para cada alimento. Me faz bem saber que toda aula é um sabor diferente.

09.11.17

Agradeço à argila...

... pelo fato de me permitir esquecer um pouco as percepções e avaliações que nós fazemos diariamente e passar a vivenciar de fato uma experiência, viver aquele momento com a argila.

A proposta é trabalhar com o estético e, realmente, ao manuseá-la pude senti-la, compreendê-la, entendê-la, reconhecê-la e aprender com ela.

Achei muito interessante que algo tão simples pode adquirir inúmeras formas, antes inimagináveis. E que cada forma representa uma sensação diferente.

Além disso, a argila ia se moldando conforme os movimentos que a minha mão fazia, havia uma harmonia entre a argila e minha mão. A argila se conectou comigo, ela se grudou a mim a tal ponto que por mais que eu tentasse me desvencilhar dela, era impossível. Achei isso tão puro, era como se ela se pertencesse a mim.

O que gerou em mim foi gratidão e plenitude. É muito bom saber que a argila, algo entre a terra e água, é enormemente rica, abriga inúmeras espécies de animais e plantas e tem a capacidade de tocar as pessoas de diversas formas.

14.11

Agradeço às frutas...

... pelo fato de nos pintar por dentro de nosso corpo. Picamos a uva, o mamão, a tangerina, fizemos creme de goiaba, abacate e manga e uma massa de amendoim com passas. Com esses alimentos fizemos desenhos e o resultado foi incrível. A mesa com os nossos desenhos estava colorida, pudemos criar da forma que queríamos.

Depois oferecemos o nosso desenho a outra pessoa na sala e recebemos o desenho de outra pessoa.

O que gerou em mim foi uma sensação de reciprocidade e felicidade por poder oferecer o meu desenho a outra pessoa e colori-la por dentro. Além disso, nossa criatividade foi estimulada, pois desenhamos livremente, de acordo com o nosso jeito e nossa vontade.

21.11

Agradeço aos baloeiros...

... pelo fato de realizarem uma arte artesanal tão única e especial, de lutarem pelo seu amor ao balão e por influenciarem na nossa cultura popular.

Assistimos ao filme "Les Ballons Pirates de Rio" e aprendemos um pouco mais sobre essa arte e os problemas que os baloeiros vêm enfrentando.

Antigamente era uma festa soltar balão, mas hoje em dia isso é crime, alguns ainda soltam, mas de forma clandestina. A soltura de balão foi proibida em lei e, inclusive, criminalizada. Isso não acontece em outros países, o argumento do baloeiro que nos visitou foi o de que a mídia procura desvalorizar essa prática, dizendo que os balões podem gerar fogo em florestas, mas isso não é verdade (o balão tem um mecanismo de proteção contra o fogo, o balão não representa perigo e todas as informações a respeito disso dadas pela mídia são questionáveis).

Achei incrível o depoimento do baloeiro e de sua mulher a ponto de me sentir tocada e sensibilizada. A produção e a soltura do balão representam uma magia, pois se reúnem, envolve uma prática coletiva. É a mostra da expressão de sentimento e manifestação das pessoas. Eles não querem parar de soltar balão, pois é uma prática que está dentro deles e gera muitas sensações dentro do íntimo da pessoa. As pessoas se sentem bem ao ver a sua pintura subindo e acontecer como projetou.

O que gerou em mim foi uma sensação de solidariedade e empatia pelos baloeiros. É interessante que aqui eles são mal vistos, mas fora são aclamados e aplaudidos. É preciso desmistificar e quebrar preconceitos a respeito dessa prática tão linda e incrível.

23.11

Agradeço à aula de reconhecimento com as conchas...

... pelo fato de que apesar de ter uma forma sólida, ela pode se adaptar e se criar de diversas maneiras.

A experiência envolvia realizar desenhos com as conchas. Elas sozinhas já são muito bonitas, cada qual com suas características especiais, e quando elas se juntam formam um desenho mais bonito ainda.

Saber que as conchas podem ouvir e se relacionar com as pessoas é algo que me tocou enormemente. As conchas não são apenas esse formato sólido, elas têm vida e nos dão ensinamentos.

Prova Prática: Tabule

Ingredientes: tomate, cebola, pepino e pimentão vermelho picados;

Hortelã, cebolinha e salsa picados em pedaços muito pequenos;

Trigo germinado e moído;

Um pouco de azeite e sal;

Suco de limão

Resultado:

Infelizmente não pude participar da Festa da Prova no dia 25.11.17, mas realizei a prova prática em minha casa em família. Sempre gostamos de tabule, mas nunca fazíamos nós mesmos a comida. Por isso, resolvi fazer o tabule do jeito como gostamos. A experiência foi maravilhosa, pois pude alimentar pessoas que amo e, portanto, quero o bem. Meus pais sempre gostaram de preparar comidas e acredito que se sentiram contentes ao me verem preparando algo para eles, dessa vez foi o meu momento de dar-lhes algo.

Para que serviu conviver com o Biochip nesse semestre

Pelos meus agradecimentos já é possível perceber como a convivência com o Biochip me influenciou. Acho que a experiência com as aulas foi muito importante para a minha formação como pessoa, me fez crescer interiormente ao receber ensinamentos tanto da professora Ana quanto dos alunos com seus diferentes pensamentos e ideias.

Eu estudo Direito na PUC e todas as minhas aulas sempre foram muito expositivas, dentro de salas sem cor e sem vida. Isso é muito diferente na aula de Biochip. Para começar porque nós temos aula na Sala da Árvore, que é um ambiente incrível e que permite maior contato com a natureza. O piso é de areia, a estrutura é aberta, podemos ver o outro lado, estamos sempre vendo animais, plantas, etc. Isso já permite que eu me sinta mais confortável e estimulada. Além disso, as aulas são muito participativas, os alunos estão sempre realizando novas experiências.

A aula é muito coletiva, acabei conhecendo pessoas completamente diferentes de mim, mas que estávamos ligados pelo Biochip. E isso me faz muito bem, pois é preciso que a gente possa se unir, nós fazemos parte de um todo. As aulas com a corda de sisal foram muito interessantes, foi um exemplo muito bem ilustrado de como nós estamos interconectados, dependemos um do outro.

É muito interessante poder trocar ao final da aula as experiências, saber como as pessoas se sentiram, o que pensam. Um exemplo disso foi a experiência com a areia. Eu tive inúmeras sensações, mas quando as pessoas começaram a compartilhar o que sentiram, fui aprendendo mais e mais. Fazer essas trocas e ouvir o outro é algo muito bom, porque acabam falando sobre vários aspectos que não tinha percebido e um vai complementando o outro.

Além disso, a aula de Biochip me estimulou muito o lado da criatividade e de liberdade. Uma delas foi o desenho que fiz com as frutas, pois pude escolher quais frutas usar no desenho e fazer um formato de minha vontade.

É muito gratificante poder estar em contato com a natureza, nós dependemos dela e devemos valorizá-la mais. Também devemos valorizar a vida, as pessoas ao nosso redor e para isso é importante querer se alimentar bem, longe dos venenos e de tudo que nos faz mal. Afinal, nós somos o que comemos. Eu estava em um momento de maior preocupação com a minha alimentação e as aulas foram fundamentais para começar a mudar meu estilo de vida. Tenho noção de que a alimentação vai muito além das comidas já prontas, industrializadas, e de que eu mesma posso produzir o meu alimento. Os vegetais e frutas são muito ricos, há uma diversidade imensurável e são fundamentais para termos uma vida mais saudável.

A convivência com o Biochip serve de inspiração de vida, ajuda a promover o bem estar e estimula a nossa criatividade. Só tenho a agradecer pelas aulas enriquecedoras, muito obrigada Ana!