THAIS GALDEANO CONCLUSÃO 2017.2



THAÍS GALDEANO NASCIMENTO MAT 1512950

PROFª ANA BRANCO Convivencia com o Biochip

RJ, 22/08/2017

Fato:

Após sairmos começamos a compreender que a corda representava a ligação que temos como seres humanos. Fisicamente falando, foi muito difícil andar juntos, cada um precisava sincronizar o seu ritmo, é como se reaprendêssemos a andar. Formar um movimento único para funcionar o exercício.

A sensação que me deu foi na hora em que começamos a tensionar a corda de que eu deveria proteger o outro. Deixar o seu bem-estar nas mão do outro, confiar que ao colocar o peso na corda, os demais segurarão e impedindo que eu me choque ao solo. O mesmo vale por mim, tenho que ter responsabilidade e segurar pelo outro, o que de certa forma vai influenciar na minha própria corda também.

Nossa relação humana deveria ser harmônica, em que todos agissem pelo bem de todos e pelo todo. Proteger a vida do outro e consequentemente proteger a sua própria, proteger o planeta, viver com ele! Não viver nele apenas!

Em um primeiro momento, achei que conversando, pela “lógica” seria mais fácil para a concretização do exercício, mas não aconteceu assim. As pessoas não entendiam o que para mim era o melhor a fazer, apenas o movimento em conjunto foi o que tornou possível a formação do desenho ,de uma única estrela, formada por muitas pontas.

RJ, 24/08/2017

A experiência de hoje foi diferente da anterior, aquelas cordas que tinham se tornado uma única, se tornaram agora vários “nichos”. Cada grupo tinha que agir pelo seu grupo, prestar atenção nos demais do grupo. O desenho da corda iria sobreviver pelo esforço de cada um daquele grupo, independente do que os grupos próximos faziam.

Apesar de todos usarem uma corda com o mesmo material para forjá-la, cada grupo teve o seu jeito de manuseá-la.

Quando um grupo entrou no outro, tivemos que organizar e nos reajustar em nosso grupo, antes de recebermos o outro. E dois grupos unidos tiveram que entrar em harmonia para fazer dar certo a experiência, foi realmente lindo!

RJ, 29/08/2017

A CENOURA! AH CENOURA !!!

Eu agradeço a cenoura pelo fato de ser uma cenoura!

Eu sempre gostei de comer cenouras cruas, desde pequena vem daí o meu apelido de “rata branca” dado pela minha mãe. Cenoura pra mim sempre foi como comer um doce eu sentava no chão e me lambuzava de tanto comer cenouras!

Como a cenoura pode ter em toda a sua extensão marcas diferentes devido ao seu crescimento na terra. Ao mesmo tempo que cresce para cima, ela luta contra a terra e tornar seu espaço e cresce, cresce cada vez mais.

A diferença do saber da cenoura de acordo com o seu corte é surpreendente! Como o mesmo alimento pode mudar tanto o sabor?

A minha forma favorito são as pétalas e as bolinhas, elas concentram uma parte doce, mas na quantidade certa. O “Brigadeiro” também é bom mas a sua umidade é muito doce.

SENDO ASSIM…

Agradeço a cenoura pelo fato de ser um alimento rico, com um sabor delicioso e possuir seu conhecimento na conexão entre o céu e a terra, apesar de desprezarmos.

RJ, 05/09/2017

Eu agradeço a corda por permitir que dois completos estranhos se conectem e criem uma relação através da extensão do seu comprimento.

Principalmente pelo fato de permitir que a participação das duas pessoas faça a experiência ser mais rica, mesmo ousando as vezes.

Criou em mim um sentimento de responsabilidade com o outro! Eu não podia deixar ele cair, da mesma forma que ele não permitiria eu cair!

Já com a experiência sozinha, a corda me permitiu me conectar com o meu próprio corpo, me fez novamente conseguir fazer uma abertura de pernas que eu não conseguia fazer desde criança quando fazia lutas e balé. Isso resgatou aquele sentimento de esforço e dedicação, que eu tinha quando criança, o que eu esqueço as vezes agora adulta.

RJ, 19/09/2017

Eu agradeço ao repolho roxo pela sua particularidade de criar a cor roxa e tingir o repolho verde. Nessa aula vimos como a união de dois tipos de repolho podem se complementar. Sendo assim, um gosto mais saboroso.

Fizemos um belo desenho nos potinhos de vidro com os dois repolhos e com cenoura, deixei por 8 horas em minha geladeira, tirei o máximo de ar que consegui do potinho.

A aula mostrou que a germinação poderia tornar uma semente pequena e seca em uma grande e suculenta de grão-de-bico.

As sementes de grão-de-bico adicionadas a um pouco de água e batidas se tornam uma mistura para um queijo, porém o resultado após bater no liquidificador.

Precisava ainda ficar algumas horas em um ambiente de calor fora da geladeira, para fermentar e se tornar um queijo.

Sem precisar cozinhar, nem congelar nada a partir da germinação e fermentação dá sim para criar comidas saborosas e sem destruir em sua essência a sua molécula de água.

RJ, 21/09/2017

Eu agradeço aos alimentos que comemos hoje. Ao queijo de soja (feito com grãos de Soja germinados com água e batidos no liquidificador), o repolho roxo e verde fermentado, aos temperos frescos e fininhos que cortamos.

A cebolinha tem uma grande extensão, mas o seu sabor está nas menores partes, na ponta que é cortada. Então quanto mais fina cortar, maior será a presença de sabor.

A fermentação quando passa do ponto, fica um “pré” estragado, há a presença de microrganismo que faze predatismo. Sendo assim, a sujeira captada ou partir do ar, ou da não higienização correta dos alimentos faz com que haja ocorrência de microrganismos comendo essa parte.

A parte em contato com o metal deve ser retirado por que não é bom para o consumo humano. Tudo que não é consumido por nós, é dado como alimento de volta a natureza/terra. Os animaizinhos comem em uma compostera e transformam em adubo.

Eu agradeço a natureza por captar tudo de ruim que o humano produz , o CO2 e transforma em algo bom para nós, o O2.

Nós fomos criados para viver em harmonia com a natureza e ela com a gente.

RJ, 10/10/2017

Eu agradeço a variação de alimentos na aula de hoje (pimentão, cebola, cenoura, coentro, lentilha, limão) pela sua especificidade de colorir a farinha de mandioca e fazer uma verdadeira explosão de sabores na boca.

É muito bom descobrir a cada aula o sabor ricos alimentos, que eu não sentia antes, até por causa do cozimento e industrialização.

Gera em mim um esforço maior por querer aprender mais sobre os alimentos em sua forma natural, sem cozinhar, sem congelar! Alimentação fresca e saudável e sinceramente dessa forma a comida tem 1000% mais sabor!

RJ,12/10/2017

Eu agradeço ao sabor dos vários tipos de suco verde que tomamos (girassol, trigo, hortelã e outros). Que apesar de rejeitarmos pelo sabor forte, ainda assim continua fazendo sua função de nos deixar mais saudáveis. Nós , que vivemos uma vida nada saudável, já estamos acostumados com as comidas que nos matam e que os grandes empresários enchem de sabor artificial, que quando provamos algo que vai nos fazer bem, rejeitamos.

Além disso, o doce da maçã jogado entre os sabores fortes nos desperta para o que realmente importa ali naquela experiência, era pra diferenciarmos os sabores do verde, sem a menor mudança a partir do leve sabor adocicado da maçã. Essa aula foi muito divertida para mim, pois quando eu levei as sementes de girassol e de trigo para casa para germinar e depois plantar, de alguma forma achei que fossemos usar as plantas para enfeitar o campus ou algo do tipo. Então me apeguei a minha mudinha, a reguei todos os dias, tinha uma minhoquinha vivendo dentro do meu vaso improvisado de garrafa Pet. Mas quando cheguei na faculdade, toda animada mostrei pra todo mundo. “Olha gente! Olha o que eu fiz! Eu plantei essas mudas, ajudei a crescer!” Quando cheguei na aula, você cortou as mudas rente a raiz, eu fiquei triste, pensei que cuidei tão bem pra gente simplesmente beber. Mas no final da aula entendi, quando eu ajudo a natureza a crescer, quando eu a alimento a rego, ela faz o mesmo comigo. Quando eu bebi aqueles sucos, por mais que eu não goste de esboçar reações (esse é meu jeito chato de ser) senti como se eu fosse o vaso e elas foram plantadas em mim, elas me regaram e me deixaram viver melhor, uma qualidade melhor no meu jeito de viver, mesmo que por poucos momentos. Nós convivemos com a natureza, se a ajudamos a viver, ela nos ajuda a viver também.

RJ, 17/10/2017 ou RJ,17/11/2017

Investigação com alteração de temperatura

Hoje trabalhamos a comida de acordo com a temperatura que aguentamos com nosso corpo. A molécula de água que nos faz sermos seres vivos está presente também nos alimentos, quando congelamos ou fervemos os alimentos essa molécula de água é retirada e tudo que nós faz vivo é perdido. Nós perdemos nosso contato com a vida assim que perdemos a molécula de água. Então temos que deixar aquecer apenas até ser suportável a nossa mão.

Eu agradeço aos nossos alimentos que são vivos e nos deixam saboreá-los vivos, uma alimentação viva e saudável.

RJ, 23/11/2017

Reconhecimento de conchas

A aula me trouxe hoje três memórias:

1° O dia em que eu e meu irmão fizemos as pazes depois de brigarmos. Meu irmão ficou muito ciumento quando eu comecei a namorar. Como o meu namorado é o primeiro que eu namoro ele ficou ciumento comigo. Sempre foi só eu e ele, ele se sente perdido, por que minha atenção era só dele. Ele pensava que estava me perdendo como irmã, então ele começou a fazer grosserias com meu namorado, o que me deixou brava e brigamos. Até que no dia que eu fiz um piquenique na praia eu e ele começamos a catar conchas na praia e desse dia pra cá ele e meu namorado viraram muito amigos.

2° Minha sogra e eu desde que nos conhecemos tivemos uma boa relação, mas ainda era meio estranha. Eu tinha a conhecido a pouquíssimo tempo, mas ela sempre se mostrou muito gentil. Desde pequena sempre gostei de conchinhas. Eu fazia futebol, mas eu não sabia jogar e meu professor foi muito gentil ao vir falar comigo e depois me deu uma conchinha de plástico. Eu não fiquei triste por ter saído do time, fiquei muito feliz por ganhar uma conchinha a guardei por anos. Minha sogra voltou de viagem de Maceió e me trouxe com muito carinho um porta-joias feito de conchas, eu achei tão lindo ela se lembrar de mim na viagem e isso me lembrou o meu professor. Nossa relação melhorou mil vezes depois disso, agora ela é como uma segunda mãe para mim.

3° Meu passeio pra Paquetá. Em uma excursão para Paquetá com o meu colégio eu fiquei muito enjoada na barca, era minha primeira vez na barca e eu tenho muito medo de mar. Logo quando cheguei em Paquetá não estava muito animada, passeamos por vários lugares e eu desanimada. Até que todo mundo foi almoçar e deitar nas redes, eu resolvi andar na areia. Foi quando eu achei muitas, mas muitas conchinhas mesmo , comecei a catar e ficar animada. Só o fato de achar aquelas conchinhas mudaram meu humor em 1000%.

Eu agradeço as conchas por elas manterem as memórias, elas lascam, quebram, perdem pedaços, se esfarelam em mim pedaços, mas elas mantém para sempre nelas a memória, e isso é melhor que qualquer coisa que as conchas inteiras e novas podem oferecer com sua “beleza” externa.

TEXTO PARA QUE ME SERVIU VIVER COM BIOCHIP ESSE SEMESTRE

Quando eu me matriculei na aula, já sabia um básico das aulas, amigas minhas já fizeram e me recomendaram. Eu sempre quis fazer uma reeducação alimentar pela minha saúde, mas não conhecia outras formas de me alimentar. Para mim simples dietas e receitas de detox era o que eu achava viver saudável, eu vi que há como viver saudável e ser saudável mentalmente. O Biochip foi uma experiência incrível para mim, eu aprendi a me conectar comigo mesma, saber do que eu sou feita e um caminho em que posso me guiar. Infelizmente ainda não é fácil para mim abandonar os maus hábitos, um burro que passa a vida preso quando é solto, empaca. Sendo assim, as aulas foram incríveis, muitas emocionantes, muitas eu senti vontade de chorar (e não por causa das cebolas), eu criei, eu experimentei, eu me dediquei, e tudo isso em conjunto. Eu me joguei para trás em uma corda acreditando que pessoas que eu tinha acabado de conhecer me seguraria, isso não é incrível ?

Nossa esse semestre foi um semestre de trocas, de carinho e de descobrimento, um novo mundo se abriu pra mim dentro da tenda. E eu agradeço a você Ana, por ter me permitido e me ensinado com todo o seu conhecimento. E saiba que você sempre estará em um cantinho especial do meu coração. Pra mim não foi uma aula, foram lições lindas de uma vida construída com esforço, luta e muita germinação!