Gratidões de Tamyres Yuri

 

Aula 1: Introdução ao Biochip (25/08/2020)

Eu agradeço à disponibilidade da Profª Ana de ministrar o curso a cada semestre, agradeço a oportunidade de estar aqui novamente. Pelo fato que esse curso funciona pra mim como um AA (alcoólicos anônimos), só que no lugar do vício da bebida, estou desintoxicando do vício alimentar.

Assistir essa aula novamente gerou em mim ainda mais compaixão e clareza sobre o que é alimento e o que não é. A figura de comparação entre os animais cordados sempre me choca, lembrando que apesar da diferença final em espécie, somos todos iguais o que não faz sentido um virar alimento do outro.

 

Aula 2: Palestra Maturana – A árvore do conhecimento (27/08/2020)

Agradeço o Humberto Maturana, por mostrar outra forma de viver. Através da palestra que fez, ele explica que o aprendizado é feito pelo encantamento do vivo. Cada qual se encante com o outro, o que faz criar laços para o conhecimento. Isso é lindo! Pelo fato dessa forma de entender um novo aprendizado fora da “caixinha” em que fomos moldados até agora.

Criar laços para o conhecimento, não canso de repetir e tentar assimilar no meu cotidiano é a forma mais linda de aprender.

Ele levanta várias questões para que possamos iniciar o processo de nos desmoldar. “quero viver como estou? Quero o que quero? O que nos dói em viver? O que não gosto de viver no meu presente?”

Tudo isso gerou em mim grande certeza de que estou no caminho certo, não estava gostando de como estava vivendo, vivendo na guerra, como dizem por aí “estou na luta”. E quando se está na luta, o que se aprende? Consegue aprender algo? Não, é um sofrimento constante, diminuto que vai se acumulando e aos poucos matando a vida que há em nós. Está errado! A vida não é uma luta, a vida não é um nascer, crescer, reproduzir e morrer, há muito mais entre o início e o fim. Exatamente como Maturana propõe, criar laços, aprender pelo encantamento, é simples, é lindo, é a vida, mais fácil e mais encantadora do que se imagina.

 

Aula 3: filme: o lado negro do chocolate e experiência como fazer chocolate sem dor (01/09/2020)

Eu agradeço ao cacau, o abacate e a banana.

Pelo fato de reafirmarem em mim que é possível consumir o chocolate de uma nova forma.

Que gerou em mim sentimento de comprovação, de que a vida é possível, uma alimentação sem dor, sem sofrimento, sem luta. Quando reassisti o documentário, gerou em mim grande tristeza e sentimento de impotência, ao ver aquelas crianças sem cor, sem vida, apagadas pelo sofrimento e desesperança de uma vida de criança. Isso me fez relembrar o poder da alimentação em mudar vidas, me sentindo mais ainda responsável pelas escolhas de alimentos que entram na minha casa e como Nutricionista os alimentos que indico para outros adquirirem.

Como fazer chocolate:

1° Retirar as sementes do cacau e deixá-las secar no sol.



2° Triturar para virar uma “farinha”



3° Bater com abacate ou banana e uva passa (para adoçar) e o cacau.

 

Aula 4: Desenho de investigação com a cenoura (03/09/2020)

Eu agradeço a cenoura, pelo fato de fazer parte dos meus sucos matinais os adoçando e fazendo sentir mais próxima da terra.

A experiência de desenhar com a cenoura é sempre divertida, contagiante. Reaprender que cada formato trás um sabor diferente sendo o mesmo alimento, me encanta. Quanto menor cortar a cenoura, por exemplo, ralar mais doce ela é. É muito divertido perceber que a cenoura sendo tão dura, cortada em palitos fica crocante, em lâminas fica macia e ralada parece um docinho. Esse desenho vivo gerou em mim conhecimento adquirido pelo encantamento com a cenoura e compartilhamento da prática na aula online.

 

Aula 5: Filme Ponto De Mutação (filme 1990, Capra) – 08/09/2020 Tamyres Yuri

Eu agradeço a oportunidade de rever o filme, e agora nesse momento ter uma percepção mais integrativa com o que já venho aprendendo ao longo desses meses. Me chamou muito atenção a explicação que a cientista faz sobre os átomos, que tudo e todos são feitos de átomos, desde uma pedra sólida a complexidade molecular do ser vivo. Porém o que é o ponto de maior surpresa é que para o conglomerado de átomos se tornar algo palpável, sólido aos nossos olhos e ao toque, é a probabilidade de conexões que eles podem fazer, ou seja, eles não estão realmente unidos e também não estão realmente separados, eles transitam entre os dois estados de união e desunião a todo instante. Isso é incrível! Isso te faz lembrar alguma coisa?!

No mesmo instante lembrei-me de Maturana, que diz que o conhecimento é adquirido pela possibilidade de conexões de encantamento entre a vida, que é exatamente o que a ciência descobriu que os átomos fazem e que aos poucos o ser humano está aprendendo, e que é provavelmente daí, da nossa menor porção de existência física (os átomos) que vem essa necessidade constante de estarmos conectados, pertencendo a um grupo a todo o momento.

Toda essa experiência gerou em mim grande encantamento, uma percepção de que a vida é um caminho de conexões e desconexões, de encantamentos. É uma dança, assim como citado do filme, que Shiva, dançando e os átomos esbarrando uns nos outros, conectando/desconectando, construindo/destruindo criou o universo. E nós com nossa dança criamos nosso conhecimento.

 

Aula 6: Germinando e plantando sementes: Girassol, amendoim, lentilha e trigo. (10/09/2020) Tamyres Yuri

Agradeço a semente de girassol, amendoim, lentilha e trigo. Pelo fato de serem minhas fiéis companheiras nesse processo de desintoxicação que estou trilhando. Por me encantarem a cada vez que as germino e as planto sempre me alegrando quando vejo seus brotinhos.

Agradeço as flores de jambo. Por se apresentarem, não as conhecia. Por me encantarem com sua cor Pink linda, que colore e perfuma onde estão.

Plantar sementes é sempre uma reconexão com a natureza. Esse momento gerou em mim, presença, estava totalmente presente naquele momento, acomodando a terra, as sementes, nada mais importava, não percebia mais nada, era apenas eu e a terra nos conectando. É sempre um prazer estar em contato com a terra, me sinto em casa.

 

Aula 7: Filme: Camelos também choram, Byambasuren Davaa e Luigi Falorni (15/09/2020).

Eu agradeço a oportunidade de rever o filme pelo fato de me fazer perceber o quanto evolui psicologicamente desde a última vez que o assisti. Esse filme foi muito impactante para mim a primeira vez que o assisti, me identifiquei fortemente com a camela e seu sofrimento e também com o filhote rejeitado. Venho de uma história de rejeição, desde a minha concepção e ao longo dos anos, o que me trouxe alguns problemas de convívio e de estar no mundo. Por isso acredito que me identifiquei tanto com a história do filme.

Porém nesse segundo momento que o assisti, percebi que toda a vivência, o processo de rejeição, os sentimentos conflitantes, são um processo, assim como os camelos, são dores momentâneas que aos poucos vão se curando.

Essa experiência gerou em mim compaixão e liberdade, compaixão pelos camelos e suas dores e liberdade em sentir que a minha dor está sendo curada.

 

Aula 8: Desenho de investigação com clorofila (17/09/2020)

Agradeço o girassol, a lentilha, o trigo e a chicória. Pelo fato de virarem brotos a partir das sementes que plantei e me encantarem com seu crescimento.

Fizemos os pigmentos dos brotos que plantamos, o girassol cresceu bastante, assim como o trigo, a lentilha ainda está tímida, crescendo devagarzinho e o amendoim ainda não deu as caras. Primeiro fizemos a colheita e que alegria é colher o que se plantou, depois maceramos os brotos (utilizei uma concha, pois não tenho pilão) e passamos para o voil para tirar o pigmento e depois fizemos os desenhos e experimentarmos seus sabores.

Sobre as cores, o girassol apesar de um broto totalmente verde, apresenta um tom meio amarronzado, a lentilha tem um tom mais claro, a chicória um verde bandeira e o trigo tem o tom verde mais forte.

Sobre os sabores, o girassol tem sabor de grama de girassol é bem específico mesmo, a lentilha tem sabor de mato/grama o trigo tem cheiro de chuva e sabor doce, surpreendentemente doce uma delícia, e a chicória tem um sabor amargo forte.

Esse experimento gerou em mim grande encantamento com o trigo principalmente, como a Profª Ana diz: “nós aprendemos quando dizemos, ih é mesmo!” assim me senti com o trigo quando experimentei sua cor, uma delícia, foi meu “ih é mesmo” do dia. Obrigada!

 

Aula 9: Desenho de investigação com fermentação (22/09/2020) Tamyres Yuri

Eu agradeço o repolho, a cenoura pelo fato de proporcionarem um momento de meditação preparando a alimento fermentado. Na aula picamos o repolho branco e roxo e a cenoura para colocarmos muito bem prensados no vidro, tentando tirar o máximo de ar possível fazendo um desenho, lembrando a arte nordestina de fazer desenhos na garrafa com areia colorida, só que a nossa “areia” é comestível.

Também fizemos o queijo mais simples da vida! Com a soja germinada batemos com o mixer até ficar cremosa e colocamos no voil dentro de uma vasilha e cobrimos com um pano para fermentar. E é isso!

Essa aula gerou em mim agradecimento pelo momento de meditação preparando o fermentado, fiquei muito feliz e em paz após a aula, mesmo com os problemas técnicos de transmissão.

Fermentado de repolho

1° Picar os ingredientes



2° Colocar conforme deseja seu desenho dentro do pote, pressionando bem



3° Tampar bem e abrir depois de 12h fermentando. Atenção quando abrir!! se espumar como um champanhe é sinal que houve captura selvagem. Nesse caso quem se delicia é a mãe Terra. Caso isso não aconteça está pronto para ser temperado e você pode se deliciar com essa comida pré-digerida. O que é interessante para convalescentes ou idosos.



1° dia



12h depois

Queijo – Tofu

1° Germinar a soja



2° Bater, colocar no voil e cobrir para fermentar entre 10 a 12h dependendo da temperatura ambiente. Depois de fermentado, modelar e temperar com alho, orégano por exemplo. Botar no sol para secar um pouco.

 

Aula 10: Reconhecimento dos fermentados (24/09/2020)

Eu agradeço o repolho, a cenoura, a soja e a lâmpada que desidratou meu queijo. Pelo fato de me proporcionarem um sentimento de satisfação por ter preparado meu próprio almoço de forma tão simples e nutritiva.

Assistindo a preparação dos outros alunos me gerou em mim alegria por poder presenciar uma fermentação que “champanhou” por ter capturado colônia selvagem, fiquei muito feliz de poder ver pela primeira vez.

O semestre passado relatei que a preparação não foi apetitosa, achei o sabor fermentado muito forte para meu paladar. Agora, apesar de ainda sentir o sabor bastante forte quando comi mesmo receosa, senti vontade de comer mais, foi incrível. Não é o sabor mais gostoso dentre todos que experimentei, mas quando comi queria mais, o que me surpreendeu muito. Só por isso já valeu ter refeito o procedimento.

Continuação do processo

1° Abrir os vidros para observar o resultado



2° Desprezar a primeira camada que estava em contato com a tampa



Tofu:

1° Deixar pendurado para escorrer a água (até ficar mais seco)



2° Já pode ser consumido. Uma parte coloquei no fermentado e outra deixei secar na lâmpada para ficar mais firme



Temperado (virou almoço)



Tofu modelado para secar



Secando na lâmpada (não tinha sol)



Tofu seco após 1 dia

 

Aula 11: Filme La belle Verte e Pense Global aja rural (29/09/2020)

La Belle Verte

Eu agradeço Colline Serreau pela sua obra. Pelo fato de ter tido a sensibilidade e genialidade de fazer um filme tão didático envolvendo todos os aspectos nocivos da vivência humana.

O filme é incrível, já no início o sentimento é de querer estar naquela reunião, colaborar de alguma forma, participar daquela simbiose.

É muito engraçado quando Mila está na terra e confunde os brincos e colares como símbolo religioso primitivo, isso me fez refletir que realmente é assim, porém a religião que pertencemos é a do culto a beleza e como veneração precisamos de sacrifícios contínuos, com perfurações para uso de brincos, piercings, usar sapatos que maltratam os pés, roupas desconfortáveis, tudo para participar do culto.

É incrível ver o resultado da desconexão que Mila faz, liberando a verdadeira essência do ser humano, que lindo seria se houvesse essa possibilidade real. Com isso, o filme me gerou esperança, de um mundo possível, através das escolhas que fazemos a cada momento e um dia a cada dia, a cada escolha vamos nos mudando. Como diria Lulu Santos “assim caminha a humanidade a passos de formiga e sem vontade”, nada como o tempo e a evolução para um dia sermos o povo da Mila.

Pense global, aja rural

Agradeço Colline Serreau, novamente, por realizar o documentário. Pelo fato de mostrar situações que antes não havia percebido. Na indústria da agricultura, percebe-se claramente que não se trata de produzir alimento e sim um produto para capitalizá-lo, a idéia da agricultura solucionar a fome como é vendida é utópica e enganosa. A maior estratégia da agroindústria foi associar o trabalho de um fazendeiro à masculinidade, parece loucura, mas em um mundo já patriarcal, na agropecuária, associaram que ter grandes tratores, escavadoras, colheitadeiras torna um homem mais homem. Esse fato por si só já garante a terra como produto e desejo, para aumentar o consumo o governo fez e faz vários projetos que subsidiam os agricultores que consomem dos seus produtos, que vendem para quem eles querem. Esse processo serve apenas para contaminar a terra, o ambiente, o alimento e em momento algum passa nem perto de solucionar ou querer solucionar a fome.

Esse movimento de capitalização do alimento é tão enraizado, que contamina tudo que nos cerca. Por exemplo nos condomínios que são cheios de plantas ornamentais, porque não plantar comestíveis? Pode-se questionar que talvez pelo trabalho e custo, porém já existe esse custo e trabalho para essas plantas.

Nesse momento somos privilegiados, pois estamos discutindo os aspectos negativos da agroindústria, mas até quando? Agora em 2020 estamos passando por uma pandemia, derivada da exploração humana, em 2021 o que será se não mudarmos nossos hábitos?

A humanidade sempre foi auto-suficiente, quando a indústria percebeu isso, começou a criar soluções para problemas que não existiam, por exemplo, criaram uma semente de milho que produzia mais, porém ela precisava de muito mais água, então criaram outra que era resistente à seca, fazendo com que o produtor ficasse dependente da indústria para conseguir a semente. Porém a semente crioula, original já era resistente a seca e não consumia muita água. Ou seja, a natureza fornece todos os subsídios para o plantio, e sobrevivência humana, só é preciso viver em coexistência e não exploração.

 

Aula 13: Investigação com pigmentos vivos (06/10/2020)

Eu agradeço a beterraba, o repolho roxo e a abóbora pelo fato de me presentearem com seus belíssimos pigmentos.

Durante a prática extrai o pigmento dos alimentos utilizando uma centrífuga, que separa a parte líquida da sólida, a utilizei, pois já fazia muito tempo que a tinha. A melhor parte e a que ficou gravada em mim foi desenhar com os pigmentos, que sensação maravilhosa colocar aquelas cores no papel, enquanto desenhava estava tão compenetrada no desenho que me esqueci que estava em aula, me encantei com as cores vivas no papel e a cor que ficava com a junção delas.

O mais incrível foi perceber que aquele deslumbramento é momentâneo para ficar registrado aquele instante, pois as cores vão perdendo sua vivacidade fiquei saboreando as cores no papel enquanto pude, até que foram secando e perdendo seu brilho, foi incrível!

Gerou em mim emoção, senti o sopro da vida, do instante, ela aparece, brilha, encanta e aos poucos se vai, ficando viva na lembrança, que lindo!





Pigmentos extraídos desses vegetais



Combinações



Pinturas







 

Aula 14: Desidratação do aipim (08/10/2020)

Eu agradeço o aipim, a Sumé deus dos índios pelo fato de ter ensinado os índios como consumir o aipim de maneira saudável (não tóxica) e por ter enraizado na cultura indígena conseguindo nos alcançar hoje.

Na prática de hoje, descascamos o aipim enquanto cantávamos o canto Kayapó, sacralizando nosso alimento. Enquanto cantávamos me senti em estado meditativo, minha mente só ouvia o canto e minhas mãos como se estivessem vivas, sozinhas ralavam o aipim. Após quando fomos espremer o aipim no nosso tipiti improvisado, apesar de longe de todos, senti a energia da força feminina fluindo em mim, como se estivéssemos em roda sentadas, compartilhando o trabalho e sacralizando nosso alimento. Espero que minha energia tenha atingido a todas, como elas me atingiram. Essa prática gerou em mim pertencimento ao grupo, reconhecimento da força feminina e memória ancestral de sentar em roda, conversar e trabalhar juntas.





 

Aula 15: Desenhando com a farinha de aipim (13/10/2020)

Eu agradeço o aipim, o pimentão, o coentro, a cebola roxa, a lentilha, o limão, o azeite e o sol. O sol por ter desidratado meu aipim; agora é com certeza meu, pois faz parte de mim e os alimentos por se tornarem meu almoço.

Durante a prática, pegamos o aipim desidratado, peneiramos para separar a farinha mais fina e com ela fizemos desenhos. Em seguida preparamos o confete amarelo (lentilha germinada descascada), o confete roxo (cebola roxa), o confete vermelho (pimentão vermelho) e o confete verde (coentro), picamos tudo no tamanho da lentilha para que ficassem de tamanho semelhante.

Em uma vasilha juntamos os ingredientes e aos poucos acrescentamos a farinha fina (peneirada) do aipim para aglutiná-los e conseguir fazer bolinhas.

O processo gerou em mim nostalgia, de quando pequena minha mãe fazia bolinhas com arroz e feijão para que eu e meus irmãos comêssemos. Também gerou grande paz e tranqüilidade quando, meditando fizemos os desenhos e depois tirando as cascas da lentilha. Também gerou fome, quando senti o aroma exalado pelos temperos quando misturei todos os ingredientes. Ah! Esse foi o melhor momento, sentir todos os alimentos entre os dedos e enquanto os misturava o cheiro dançando pela cozinha até mim, fazendo meu cérebro sorrir e avisar meu estômago que estava com fome. Então, após os bolinhos prontos, juntos cantamos a música indígena de agradecimento (Tembiuporã) e nos maravilhamos com a sacralidade da vida. Que delícia!





Desenhos:













Processo das bolinhas:



 

Gratidão – festa da prova G2 2020.2

Eu agradeço a imensidão da vida
as convergências da vida
os movimentos da vida
os momentos da vida
Eu agradeço as pessoas da vida
Pelo fato de existirem nas convergências, nos movimentos e nos momentos.
Estes que nos trouxeram aqui nos fizeram presente e na possibilidade de conhecer as sementes.
Essas tão pequeninas e quietas guardam seu potencial para que quem estiver pronto a descobri-lo, faça parte da imensidão guardada nessa pequenina.
Elas germinam, elas brotam, elas se multiplicam e transformam. Felizmente não somente no solo, mas também na gente.
Danadinhas essas sementes, quietinhas, vão fazendo parte da nossa mente.
Nos conquistam pelo estômago, com seus sabores de natureza e nos prendem pelas sensações.
Nos viciam, sim e como viciam, a cada bocada uma onda de endorfina é liberada.
Depois a onda passa e aí a gente sente falta, você quer rir de novo, ver o colorido de novo, rir com um brotinho aparecendo, sentir o sol quentinho na pele, sentir o cheiro de chuva na graminha do trigo.
Então você vai atrás do seu vício, as danadinhas das sementes.
E como se fosse mágica, você começa a desabrochar feito um girassol, e começa a irradiar aquilo que está sentindo atraindo mais viciados nas sementinhas.
Você acaba caindo num ciclo vicioso, você arranja sementes, irradia sementes, e atrai mais gente que juntos irradiam sementes, que atraem mais gente, que arranjam sementes...
É o vício da possibilidade!
Possibilidade de viver em alegria, em encantamento, em descoberta, em conexão. Gerando um mundo possível, não só para hoje, não só para mim, para todos e para o todo o tempo devido.

Receita nachos e guacamole
Nachos
Ingredientes
• Aveia germinada
• Trigo germinado
• Cenoura (suco)
• Páprica picante
• Sol

Modo de preparo
Germinar as sementes. Processar aveia, adicionar o suco de cenoura, amornar para liberar a mucilagem. Processar o trigo e juntar a aveia amornada, adicionar a páprica, bater até virar uma massa homogênea.
Forrar a assadeira com papel manteiga, colocar a massa e colocar no sol para secar. Assim que secar, cortar em triângulos. Comer com a guacamole.

Guacamole
Ingredientes
• Abacate
• Tomate
• Cebola roxa
• Coentro

Modo de preparo
Amassar o abacate com um garfo, picar o tomate, a cebola e o coentro, misturar tudo e pronto.