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RELATOS DA VISITA DOS ALUNOS ESCOLA MUNICIPAL REPUBLICA DA COLOMBIA na FEIRA DO DESENHO VIVO por Luiza Dreyer em  20/04/16

Agradeço às crianças pelo fato de ​ficarem num profundo silêncio durante o desenho, o que gerou em mim lágrimas de emoção por sentir uma conexão profunda com elas naquele momento. No início do trabalho eu estava muito preocupada em passar todas as informações que vejo a Rosi passando, com isso tanto eu quanto as crianças estávamos dispersos. Elas pediam para ver o palhaço que se apresentava ao lado, corriam de lá pra cá, eu tentava fazê-las prestar atenção no que dizia, sem sucesso. Em algum momento percebi que precisava parar de ser uma "postura de autoridade" e me tornar um pouco mais "criança". Então me desconectei um pouco do "roteiro" do que tinha que falar e deixei as palavras virem do coração, e sempre que ia falar com elas, abaixava, para elas me olharem olho no olho... Organicamente, a energia foi mudando e elas foram ficando cada vez mais atentas e compenetradas nas atividades. No momento do desenho estavam TODAS em silêncio, não se ouvia um pio, e em alguns metros de distância podíamos ver e ouvir as gargalhadas, palmas e a trilha sonora de uma apresentação circense, mas elas nem sequer olhavam para trás, estavam imersas no seu processo de pintura. Isso gerou em mim reconhecer em primeiro lugar que o processo de aprendizagem é uma via de mão dupla. Sinto que só comecei a "ensinar" algo à elas quando deixei a "sabedoria" de lado, entrei pra turma dos que "não sabem" e me coloquei disposta a aprender junto. Gerou em mim identificar o DIÁLOGO como ponto central do processo de aprendizado.

Eu agradeço à Ana pelo fato de ter "encomendado" um picadeiro de circo pra ficar ao lado do meu trabalho com as crianças, intensificando o desafio do dia. O que gerou em mim reconhecer que a vida nunca "pegou leve" comigo, justamente porque a inteligência cósmica que atua nas entrelinhas das nossas vidas e reconhece que sou um ser de muita força e que PRECISO "DE UM SACODE" pra evoluir, se não eu me acomodo. Gerou em mim reconhecer que quando eu estou disposta a me trabalhar, essa inteligência divina conspira para que eu me supere a cada dia que passa, e principalmente para que eu alimente a chama dessa luz divina passando a mensagem ao próximo.

Eu agradeço à Rosi pelo fato de confiar em mim para receber a criançada. O que gerou em mim alegria por reconhecer o valor da maturidade e da responsabilidade que tenho com meus compromissos atualmente, que conquistei nos últimos anos através de muito suor e disciplina.

Agradeço aos Anjos da paciência e da doçura por atenderem ao meu chamado o que gerou em mim confiar e permanecer calma durante o trabalho com as crianças, sem me desestabilizar ou ser agressiva para tentar controlar a situação.

Agradeço à crianças pelo abraço coletivo e amoroso que gerou em mim a certeza de que a cura dos nossos males está no afeto.

Agradeço às crianças que vieram me pedir abraço mesmo depois de já termos nos abraçado, o que gerou em mim reconhecer que estou colhendo o fruto do que tenho plantado: ser carinhosa com os outros, falar com um tom de voz tranquilo, ter paciência e focar nas qualidades dos outros.

 


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e-mail: ana.branco@uol.com.br

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