Gratidões de Marcos Lopes

 

Agradeço às cordas de sisal que, após formar um grupo de alguns alunos, nos mobilizamos em forma de teia, gerando um desenho geométrico vivo. Agradeço novamente às cordas de sisal pelo fato de construir, através da teia, conexões entre os alunos, possibilitando um estado de conforto em uma rede menor. Desta forma, percebi que o processo para gerar equilíbrio entre os participantes foi mais rápido em que uma rede maior. Isto gerou em mim uma sensação mais receptiva que, apesar dos obstáculos, conseguimos gerar conforto após receber outra teia em nossa rede.

 

Agradeço às cordas de sisal, que puderam nos proporcionar através de uma rede viva, uma conexão entre os alunos deste curso. Ao entrelaçar os componentes, formamos uma teia que, pela sua dimensão, me ajudou a exercitar a paciência de acordo com a velocidade lenta do percurso até a tenda. Agradeço aos contribuintes desta formação energética, que possibilitaram uma organização, gerando uma tensão necessária entre as cordas, com o intuito de gerar confiança em todos e, assim, entregar seu peso para criar um estado de conforto. Agradeço às cordas de sisal, que me instigou a explorar essas sensações.

 

Agradeço à cenoura, por sua pigmentação alaranjada, que nos proporcionou uma experimentação viva através desta leguminosa. Agradeço aos legumes e vegetais de pigmentação roxa, pela extração de uma cor viva incrível, maleável para moldes orgânicos. Estas experimentações nos proporcionou um sabor fresco, revitalizando as palmas de nossas mãos, fins de conexões energéticas.

 

Agradeço à cenoura pelo fato de ser um alimento revitalizador, com muitos nutrientes, proporcionando uma grande variedade de formas que definem o seu paladar de acordo com o corte. Com esta experimentação, descobri a diferença no sabor de suas formas, sendo assim, quanto menor mais doce é o seu paladar. Isto gerou em mim uma luz, aumentando a conexão com esta raiz da terra, captando melhor informação nutricional do alimento.

 

Agradeço primeiramente à terra composta fornecida pela Ana, cheia de vida, que proporcionou o crescimento de todas estas folhas leguminosas e hortaliças. Agradeço aos brotos de girassol que, ao serem colhidos e cortados exalaram um aroma fresco, verde, revitalizante e, ao serem cortados, foram facilmente moídos. Agradeço aos sabores derivados das pigmentações extraída dos alimentos, em diversos tons de verde, e seus sabores selvagens cheios de luz. Agradeço à mãe natureza, que nos disponibilizou alimentos para nossa experimentação de desenho vivo. Agradeço aos microrganismos que auxiliaram no processo de prédigestão da cenoura e do repolho. Descobri que não gosto do paladar forte do aipo, porém a beleza do desenho me chamou atenção de acordo com a sua coloração e composição visual. Agradeço ao repolho roxo pela sua pigmentação forte e exótica, pelo fato de nos proporcionar uma mudança na cor do desenho, transmitindo a história que o ecossistema lhe proporcionou. Agradeço ao repolho branco por sua pigmentação neutra, que irá absorver e transformar-se de acordo com os outros pigmentos dentro da conserva. Agradeço à cenoura, pela sua pigmentação laranja chamativa, de sabor adocicado, nos proporcionando diferentes formas para a composição deste desenho. Agradeço à soja que, através de um processo de fermentação, irá nos proporcionar queijo “proteínado”.

 

Agradeço ao aipim, pelo fato de nos proporcionar a possibilidade de consumi-lo de um modo diferente, ainda vivo. Agradeço ao aipim pelo leite que nos forneceu ao longo do processo, pela descoberta de auxiliar o processo digestivo do homem. Agradeço à raiz pela sua textura leitosa que, ao ser ralada, traz semelhanças ao queijo ralado e, após seca, uma farinha. Agradeço à Bruna que me auxiliou a retirar o líquido proveniente do alimento. Agradeço primeiramente à Ana, que nos apresentou uma nova forma de ingerir a mandioca, sem cozinhá-la. Agradeço ao sol, pelo seu calor forte que nos possibilitou ressecar o alimento devido a sua exposição, em apenas 2 dias. Agradeço ao aipim, pimentão, cebola, tomate, salsa e cebolinha, que ajudou a temperar os bolinhos feitos a partir da farinha proveniente da mandioca.

 

Agradeço à areia, que nos proporcionou uma experimentação de sentidos, principalmente o tato, pelo fato de sua degradação pelos longos anos de existência. Agradeço à areia pelo fato de ser tão fina, nos proporcionando uma sensação de tranquilidade ao ser tocada pelos nossos pontos de sensibilidade mais agudos, as palmas das mãos. Agradeço à areia por ativar um equilíbrio de sentidos quando observada, maravilhada. Agradeço pelo fato de carregar uma história pacífica, transmitindo a tranquilidade proveniente do local de origem. Agradeço à areia pelo fato de se dissolver ao ser maleada e desaparecer, com sua textura macia e diferente, antiga, viva.

 

Agradeço aos sabores derivados das pigmentações extraída dos alimentos, em diversos tons de verde, e seus sabores selvagens cheios de luz. Agradeço à mãe natureza, que nos disponibilizou alimentos para nossa experimentação de desenho vivo. Agradeço aos microrganismos que auxiliaram no processo de prédigestão da cenoura e do repolho. Descobri que não gosto do paladar forte do aipo, porém a beleza do desenho me chamou atenção de acordo com a sua coloração e composição visual. Agradeço ao repolho roxo pela sua pigmentação forte e exótica, pelo fato de nos proporcionar uma mudança na cor do desenho, transmitindo a história que o ecossistema lhe proporcionou.

 

Agradeço ao repolho branco por sua pigmentação neutra, que irá absorver e transformar-se de acordo com os outros pigmentos dentro da conserva. Agradeço à cenoura, pela sua pigmentação laranja chamativa, de sabor adocicado, nos proporcionando diferentes formas para a composição deste desenho. Agradeço à soja que, através de um processo de fermentação, irá nos proporcionar queijo “proteínado”. Agradeço às cordas de sisal que, após formar um grupo de alguns alunos, nos mobilizamos em forma de teia, gerando um desenho geométrico vivo.

 

Agradeço novamente às cordas de sisal pelo fato de construir, através da teia, conexões entre os alunos, possibilitando um estado de conforto em uma rede menor. Desta forma, percebi que o processo para gerar equilíbrio entre os participantes foi mais rápido em que uma rede maior. Isto gerou em mim uma sensação mais receptiva que, apesar dos obstáculos, conseguimos gerar conforto após receber outra teia em nossa rede.

 

Agradeço às cordas de sisal, que puderam nos proporcionar através de uma rede viva, uma conexão entre os alunos deste curso. Ao entrelaçar os componentes, formamos uma teia que, pela sua dimensão, me ajudou a exercitar a paciência de acordo com a velocidade lenta do percurso até a tenda. Agradeço aos contribuintes desta formação energética, que possibilitaram uma organização, gerando uma tensão necessária entre as cordas, com o intuito de gerar confiança em todos e, assim, entregar seu peso para criar um estado de conforto.

 

Agradeço às cordas de sisal, que me instigou a explorar essas sensações.

 

Agradeço às conchinhas da Lagoa de Araruama pela memória que puderam nos passar, evidenciando seu processo de degradação na água. Agradeço aos microrganismos responsáveis pela degradação das conchas, que pode nos mostrar a quantidade de tempo necessária para alcançar um certo nível de desgaste, assim como a sua transformação. Esta experiência me recordou diversas etapas da minha vida, quando pude apreciar os detalhes de diferentes formas de degradação de lugares diversificados na minha vivência até então. Desta forma, me trouxe uma sensação bastante pacífica, de certa forma cansativa, vivida, quando em contato com a pele.

 

O meu convívio com Biochip me proporcionou um conhecimento mais abrangente, principalmente, sobre a origem dos alimentos e os meios de produção capitalistas, podendo experienciar a sensibilização proveniente do saber verdadeiro sobre esta cadeia. Deste modo, pude descobrir elementos na alimentação que nos aproxima da nossa essência interior, nos faz sentir mais leves e mais saudáveis. Sendo estes, aspectos fundamentais para a profissão do "design", quando precisa-se da criatividade para a contribuição de um processo de criação. Ao decorrer do semestre, consegui me envolver não apenas de uma maneira alimentar, mas também espiritual, ao me sensibilizar com estes processos alimentares. Descobri a importância de consumir um alimento vivo, recém-colhido. Há três anos resolvi virar vegetariano sem mesmo saber direito como são os hábitos alimentares. A partir de então, fui aprendendo a como se alimentar de uma maneira melhor dentro deste padrão. Portanto, este novo olhar que pude absorver com a minha convivência com Biochip, trouxe paradigmas que nem mesmo imaginava antes de frequentar a disciplina, complementando muito os meus hábitos alimentares. Enfim, agradeço muito à orientadora Ana que pode nos transmitir esta expansão de sentidos, de forma prática, experimentada, nos proporcionando uma vivência, que foi e continuará sendo muito importante no meu crescimento e ficará na memoria. ART1849 - BIOCHIP Turma 1AA Marcos Lopes