Gratidões de Matheus Guinle

 

DESENHANDO COM CORDAS DE SISAL (14/02):

No momento em que a corda se tenciona observamos um equilíbrio entre todos os integrantes. Todos que estavam integrados na rede eram essenciais para aquela tal conformação que a rede tomou forma, todos eram essenciais para que se mantenha o equilíbrio. A integração e formação da rede é uma metáfora para outras diversas redes que observamos na vida, desde sistemas biológicos como uma fotossíntese até relações interpessoais.
Quando caminhamos entrelaçados reduzimos o ritmo do passo. A ligação da rede fez com que o passo de cada um dependesse não somente de si mas que respeitasse o ritmo do outro.
Agradeço a esse experiência por me fazer enxergar esses princípios de confiança, equilíbrio, respeito e complementação para manter a rede estável.

 

DESENHANDO COM CORDAS DE SISAL EM 4 GRUPOS (18/02):

Quando montamos a teia no grupo menor foi possível ter mais mobilidade.
A medida que caminhamos entrelaçados nossos movimentos ficaram integrados mais uma vez, fazendo com que respeitássemos o passo de cada um até o nosso destino.
Já no momento de relaxamento, a confiança foi essencial para que cada um pudesse se entregar e relaxar mantendo o equilíbrio. A rede criou uma união em torno desse propósito.
No momento em que uma rede entrou na outra, a principio, parecia bem caótico e irreversível mas aos poucos todos nós nos acomodamos e ela tomou novamente um formato de teia.
Agradeço a corda de sisal que me fez aprender esses princípios. Na vida estamos inseridos em várias redes e redes interligadas que se comunicam constantemente. Obrigado a experiência que me fez enxergar isso de forma tão natural.

 

DESENHO INVESTIGATIVO COM A CENOURA (21/02):

No desenho investigativo com a cenoura me fez perceber que a forma que ingerimos a comida interfere no sabor que sentimos.
Além disso, no nosso dia-a-dia descartamos uma parte importantíssima, por vícios da sociedade, a parte que fazer a fronteira entre o céu e a terra e onde encontram-se mais nutrientes, a fronteira entre dois universos unida em um ponto. A experiência de tomar o suco das partes descartadas me fez perceber o quanto nós jogamos fora coisas que nos fazem bem e mantemos apenas aquilo que é bonito visualmente.
As diferentes formas da cenoura mostram que não necessariamente abordamos o alimento da mesma maneira e que isso pode estimular o uso de partes que antes não seriam usadas por serem feias.
Obrigado cenoura.

 

FILME PONTA DE MUTAÇAO (28/02):

O filme ponto de mutação foi um filme que me fez pensar muito, e que não minha opinião, todos no mundo deveriam assistir pelo menos uma vez. Me fez refletir sobre toda minha vida e sociedade na qual estou inserido, cheia de vícios. Dos nossos problemas de ego e ganância, da nossa vontade de enriquecer para cada vez ganhar mais e mais a qualquer custo. Deixamos nossa essência de lado e o mundo material agora dominou nossas mentes. Os ritmos não são mais os mesmos como eram. O Homem polui a natureza como se não houvesse amanha, os interesses do capital se tornaram vícios que fazem verdadeiras lavagens cerebrais na população e afastam o ser da sua verdadeira essência, dos seus princípios humanos e naturais. Estamos nos tornando cada vez mais artificiais e robotizados, somos movidos por interesses superficiais, nunca estamos satisfeitos com o que temos. Me fez chegar a conclusão que a sociedade está doente, desvirtuada do verdadeiro âmago do homem, que abandou esses princípios e mergulha na luta capitalista diária para ganhar dinheiro sendo infeliz com o trabalho e mecanizando a sua própria vida.

 

DESENHO INVESTIGATIVO COM PIGMENTOS VIVOS (11/03):

Ao contrário do que fazíamos a 4000 anos atrás hoje consegui enxergar os alimentos de outra forma.
Desde o momento que comecei a cortar foi possível ver os diferentes tons de cada vegetal, e por cada processo que eles iam passando as cores iam mudando sua cor, paladar e textura.
Através da investigação foi possível analisar cada cor diferentemente. A forma está ligada a cor e cada um é único nas suas características, cada um com a sua própria organização celular que agrega todos as suas características.
No momento que experimentamos os diferentes pigmentos percebi que cada um tem um sabor muito característico e único, quando misturamos todos o gosto mudou mais ainda foi possível distinguir os componentes.
Agradeço aos pigmentos naturais por me fazerem sentir o verdadeiro gosto vivo de cada cor e me fazer sentir mais integro com a natureza.

 

RECONHECENDO AREIAS (14/03):

Agradeço a areia por me proporcionar a experiência de conhecê-la melhor. De fazer essa viagem no tempo, já que ela guarda tantas histórias de milhões e milhões de anos atrás.
Através da sensibilidade da mão consegui me comunicar com a areia, sentir e imaginar sua historia e formação. Por todas as eras por que passou.
A areia me contou das suas histórias passadas, dos animais que ela viu e que hoje não existem mais, da evolução das espécies e do homem, dos reinados que cresceram e foram destruídos, das sua viagens com o vento.
A areia me fez ter mais noção de que nos somos apenas passageiros na terra, somos visitantes e temos que aprender o máximo dessa oportunidade que nos foi dada; colocar nossa verdadeira essência em prática, esquecendo alguns vícios e padrões que nos foram impostos.
Todos nós somos matéria orgânica, e um dia estaremos na terra de uma outra forma. Obrigado areia por me contar suas histórias e me fazer olhar pra dentro.

 

DESENHO INVESTIGATIVO COM A CLOROFILA (18/03):

Através dos diferentes vegetais vi diferentes tons de verde, cada um com textura e cheiro diferentes.
Cortei a chicória e vi seus diferentes tons. A folha tem um verde mais escuro que o caule porque a clorofila é mais concentrada. A medida que cortava fui sentindo seu perfume exalar; cheiro de verde, de coisa viva.
Quando batemos os vegetais os verdes se tornaram mais intensos e conseguimos ver o quanto de água cada um guardava.
O verde forte e escuro é a cor complementar do nosso vermelho sangue por isso é importantíssimo termos isso como fonte de alimentação. Fazendo assim um contato do mundo exterior com o mundo interior.
Obrigado aos pigmentos lindos que vi e que me complementam.

 

FILME CAMELOS TAMBÉM CHORAM (21/03):

O filme me fez refletir principalmente a respeito de como o ritmo é diferente no ambiente em que se passa. Completamente diferente do vivemos hoje. Vivemos num ritmo acelerado e frenético e muitos vezes nossos pensamentos não nos acompanham, ficamos alienados e não damos valor as coisas bonitas e que realmente nos encantam. O ritmo do filme imprime uma integração das pessoas com a natureza e com os animais. Hoje em dia vemos que cada vez mais estamos nos distanciando disso e tornando a vida mais plástica e mecânica, infelizmente.

 

RECONHECIMENTO DOS FERMENTADOS (28/03):

Agradeço aos alimentos por me proporcionarem diferentes sensações paladar, visual e tátil.
O sabor natural e puro de cada me fez sentir o verdadeiro gosto. Me fez lembrar de quando eu era criança e todos os sabores eram novos e estava descobrindo novas sensações e comunicações com o mundo externo. Os alimento também se comunicam conosco, da forma como interagem com nosso corpo, por isso é importante termos noção do que estamos ingerindo, e que mensagem será processada pelo nosso organismo.

Ana, na segunda parte do curso eu infelizmente tive que me ausentar em muitas aulas pela demanda de estudos da engenharia. Por isso resolvi fazer um texto mais geral do que o biochip representou pra mim.

 

Para que serviu o biochip?

Eu, como estudante de engenharia, sempre senti a necessidade de uma aula que me tirasse um pouco do universo dos cálculos e gráficos. Precisava de alguma coisa que trabalhasse meu lado criativo e deixasse um pouco de lado a razão, o meu lado mais metódico e técnico. Depois de receber recomendações dos meus amigos resolvi fazer biochip.
O biochip pra mim significou trabalhar meu lado emocional; eram as 4h semanais que eu me sentia mais leve e sereno. Me senti mais humano e integrado com a natureza.
O biochip me fez refletir profundamente sobre a minha vida e ainda faz. Me fez enxergar que estamos numa sociedade corrompida por muitos e muitos males. O homem já se afastou tanto da sua verdadeira essência que já não age naturalmente, age para ter benefícios próprios. O nosso ego explode diariamente. Estamos mecanizados, estamos virando maquinas de fazer dinheiro e deixando a felicidade e as coisas simples de lado, estamos gananciosos.
A tecnologia por exemplo é maravilhosa, mas basta sair na rua que vemos um casal cada um olhando para telinha do seu celular sem trocar uma palavra. Nos apegamos aos bens materiais de forma que eles se tornam sinônimos de status. Comemos produtos que não sabemos o que de fato são, de onde vieram e por onde passaram; é muito mais fácil colocar uma lasanha congelada no forno do que fazer um suco ou comer uma fruta. Estamos mais preguiçosos do que nunca e sempre queremos tudo de imediato de forma prática, mas e nossa saúde ? Vai pro saco!
A indústria e a mídia vem manipulando nosso comportamento e estamos cada vez mais artificiais, distante do que supostamente devêssemos ser.
O biochip me fez enxergar tudo isso e me fez querer mudar. Mahatma Gandhi falou: “Você é a mudança que deseja ver no mundo.” A mudança está dentro de cada um de nós e se cada um mudar internamente podemos disseminar esse ato. Mostrar pro mundo que nós estamos completamente desvirtuados e infelizes. Outro dia li uma matéria que dizia que a depressão era a doença mais comum e moderna e que jovens de 16 anos já sofrem com ela. Estamos de fato cada vez mais infelizes porque somos vitimas de uma alienação geral, mas infelizmente não nos damos conta porque já nascemos nesse cenário corrompido.
O biochip foi uma aula transformadora e mais importante, transgressora no sentido de oferecer uma proposta de aula diferente. Uma aula que te permite olhar pra dentro e trabalhar o emocional, a observar as coisas simples que são as mais sofisticadas e ser feliz com isso. A mudar a nossa alimentação para alimentos vivos que nos fazem assim como eles vivos também.
Obrigado a turma e a Ana que fizeram esse trabalho tão bonito, vou sentir saudades.

 

Receitinha da Guaca-mole reinventada:

Avelã germinado
Gengibre
Abacate
Cebola
Pimenta
Suco de limão
- Bater tudo no liquidificados e servir na folhinha de endívia com tomate cereja cortado