Gratidões de Natasha Ribas

 

18/02/14
Eu agradeço a Ana pelo fato de não ter me deixado participar da atividade da corda de sisal, isso gerou em mim certa angústia por não ter conseguido entrar na brincadeira e ter aproveitado a experiência de estar com a turma, mas isso também gerou perceber as obrigações que eu tenho dentro da comunidade/rede.
Eu agradeço ao Renan, meu companheiro de turma, pelo fato dele ter comentado “Você não pode me dar a prancheta e ficar sem uma”, isso gerou em mim reflexões de como eu me comporto diariamente, cedendo as coisas e esquecendo de mim. Esse fato me emocionou bastante porque eu não esperava que nada parecido aconteceria de forma tão natural e justamente no meu primeiro dia de aula, me senti bem recebida. Isso reforçou as minhas obrigações dentro da rede.
Eu agradeço a Bárbara pelo fato dela ter me dado um papel com o nome de um artista que fez o cordão dela, ela teve o trabalho de rasgar o papel e escrever. Eu, no lugar dela, provavelmente falaria para a pessoa anotar ou enviaria por mensagem o nome. Pude aprender que o comprometimento com as pessoas é essencial para que as coisas aconteçam.

 

21/02/14
Eu agradeço a cenoura pelo fato dela me mostrar sua estética diferente -conecta o céu com a terra- em relação as coisas que estávamos acostumados a ignorar ou desprezar. Pude aprender a me questionar sobre a “estética” que estamos acostumados a achar que não é adequada, principalmente em alguns alimentos que eu não tinha parado para observar. Agradeço também pelo contato que tive ao experimentar cortá-la de diversas maneiras, pude conhecer novas texturas, aprendendo que tenho liberdade de experimentar a minha relação com os alimentos sobre as maneiras que posso interferir nele; ele irá gerar uma resposta em seguida, isso gerará um aprendizado.

 

25/02/14
Eu agradeço a corda de sisal pelo fato dela ter gerado ligações sobre pontos do meu corpo com ele mesmo e com outras pessoas. Quando ela me ligou com outra pessoa eu tive uma experiência de tentar me adaptar a outro sistema, com escolhas e pontos de conforto diferentes, eu pude receber uma informação dela e tentar compreender o funcionamento de outro corpo e do meu mesmo, foi uma grande surpresa quando eu comecei a me movimentar e virei de costas, o desenho da corda mudou completamente e adequou com o movimento que eu e a minha dupla fizemos; também aconteceu quando a outra dupla interferiu no nosso desenho, a corda mais uma vez se modificou. Pude aprender que as redes acompanham as transformações, o mundo muda mais rápido que a nossa percepção.
Eu também agradeço a corda pela fato dela me ligar com os pontos do meu corpo, pude perceber as dependências e ligações do meu sistema. Meu organismo é um todo assim como tudo que vive, cada interferência se reflete em diversos pontos dele.

 

11/03/14
Eu agradeço ao Inhame pelo fato de que ele me possibilitou a ver o branco, nunca soube que eu poderia extrair branco de algum alimento, ainda mais um alimento que é marrom na casca. Pude aprender que posso experimentar a potencialidade dos alimentos de outra maneira, assim como posso explorar a minha potencialidade. Aprendi, também, que os alimentos tem uma coloração na casca diferente da interna, isso modifica o pigmento final depois que os tons são misturados.
Eu agradeço as cores pelo fato delas terem me mostrado suas propriedades, como cada cor tem sua particularidade no gosto. Pude aprender que, dependendo da composição da cor, ela irá proporcionar sabores diferentes e reações diferentes.
Eu agradeço as cores, também, pelo fato delas terem se juntado e proporcionado um gosto diferente de tudo que eu já experimentei, com uma textura específica. Pude conhecer um novo gosto com texturas diferentes, a biodiversidade fez minha língua e meu corpo enxergarem outra alternativa e um milhão de novas escolhas.
As cores me fizeram ter mais respeito pelo que eu consumo. Tenho maior admiração nesses alimentos pois pude aprender sobre o potencial deles, eles exigem respeito e consideração para serem explorados, assim como eu também posso reconhecer o respeito e consideração que meu corpo merece.

 

14/03/14
Eu agradeço a areia pelo fato dela ser tão modelável e flexível em relação a sua forma, me mostrou uma organização/rede que se transforma e se adapta. Quando entramos em contato eu me senti parte dela, ela penetrou na minha pele e parecia com meus poros. Tive uma sensação de imersão e tranquilidade ao descobrir que somos tão parecidas. A areia também me deu a sensação de imensidão e infinito, mediante as sua forma tão transmutável. Tenho vontade de ser que nem ela. Pude me sentir como se estivesse em um berço, como se tivesse encontrado uma matriz, uma comunidade.

 

16/03/14
Eu agradeço ao girassol e ao trigo pelo fato deles terem crescido comigo, terem vindo comigo e feito parte da minha família/vida. Tudo que aconteceu dentro da minha casa se refletiu no crescimento das sementes. Só eu pude cuidar delas e alimentá-las com água, tive uma responsabilidade muito grande, pois uma vida estava crescendo a partir das minha ações, isso refletiu na maneira que eu olho as plantas, pude aprender que elas são que nem eu e também tem um processo que acaba e nasce eternamente. Também sou parte da terra e posso cultivar e plantar nela, eu irei pra ela um dia assim como tudo que está vivo.

 

28/03/14
Eu agradeço ao açafrão, couve, repolho, aipo, coentro, soja, tomate, maçã e cebola por terem me mostrado a biodiversidade das texturas, cores e sabores, isso gerou em mim maior aproximação com a terra. Além de eu ter cozinhado eles, misturando-os e aquecendo-os com minha temperatura corporal e sentindo a deles, pude aprender que o nosso contato pode gerar calor e sentimento aquilo que todos poderão ingerir, senti como se eu tivesse transportando parte dos meus sentimentos para eles e eles trocaram comigo e passaram para outras pessoas. Senti como se tivesse partido parte de mim e compartilhado com a comunidade;

 

Viagem do Biochip
Eu agradeço ao Paulinho e sua família por terem me mostrado o amor tanto na relação familiar quanto na relação com sua horta, pude aprender que o mesmo amor que ele cuida dos alimentos é o mesmo amor que ele dá a família; o cultivo pode aproximá-lo daquilo que ele se preocupa e cuida; suas filhas crescem assim como sua horta cresce, e é esse amor que ele troca com as pessoas que irão consumi-lo também. Agradeço a ele por ter dito que se aborrece quando algum cliente pega a cenoura de maneira agressiva, pois não sabe o processo que a mesma passou, pude aprender que a minha violência com os alimentos que eu manuseio são parte da minha ignorância de não ter percebido que uma esse tipo de comida é fruto de um amor, assim como eu. Ela transporta uma história toda por trás e é um meio em que várias coisas se ligam.
Agradeço a diversidade, na qual eu perdi minha visão/atenção, por me mostrar a imensidão de cores, formas, lugares, de tudo. Meus pensamentos se perderam perto do que eu vivi dentro daquela horta, são tantas coisas, é um mundo muito grande que pode acontecer dentro de um espaço. Agradeço a horta por ela te me mostrado o quanto eu tenho que aprender sobre esse mundo e o quanto eu estou ligada com ele.
Agradeço a Vania por ser canhota e ter cortado salsinha do meu lado, nós cortamos sem termos interferido no movimento uma da outra. Pude aprender que eu faço parte de fato da comunidade e temos como nos organizar, nos adaptar e nos transformar.
Eu agradeço ao Thiago pelo fato dele ter me dado o desenho que ele preparou, pude aprender que esse processo que vai desde o reconhecimento/colhimento até a alimentação e compostagem/renascimento deve ser celebrado, uma vez que cada etapa gera aprendizados e elas compõe o ciclo da vida. Nada é mais importante que a vida.
Agradeço a Ana por ter nos falado que se ela tivesse que escolher outro caminho, ela não teria escolhido esse, pois ele é tortuoso, mas recompensador; dando certeza de que sua vida mudou para melhor. Pude aprender que não vale a pena me esforçar por algo que eu não acredito e se for para depositar minhas energias e força que seja algo que faça realmente sentido. Senti muita sinceridade e muita força e desapego com o que ela disse; ações como essa me fazem criar força para mudar a minha vida e da minha família/amigos. Eu tenho que transformar a covardia em amor, pelas pessoas que eu amo e por mim mesma; não dá para viver no comodismo da minha vida, aceitando tudo que impõe para mim sem me manifestar, apenas fugindo. Também aprendi que a mudança não vem de manifestações agressivas, ela vem no simples ato de fazer um suco e oferece-lo, esse simples ato gera reações e reflexões, consequentemente.
Eu agradeço a cenoura por eu tê-la colhido e caído para atrás, fiquei muito nervosa quando tive que colhe-la e estava com medo de que ela se quebrasse e eu teria a desperdiçado. Pude aprender que as coisas são mais simples e colhe-la não exigia tanta técnica e prática como eu estava pensando, pude aprender também que mesmo que se ela tivesse quebrado ela iria ser alimento da terra, na realidade eu preciso sempre lembrar que a terra se alimenta de tudo e ela gera vida. Posso perceber que não faz sentido morar em uma casa de cimento com uma rua de cimento e comer plástico para jogá-lo em um lixão, não faz sentido isso uma vez que a terra faz tudo renascer e crescer.
Eu agradeço ao processo de cozinhar os alimentos por ser demorado e necessitar de mais pessoas, pude aprender que esse contato com outras pessoas para um fim é mais diverso e feliz do que se eu tivesse cozinhando algo que não exigisse interação, tanto do alimento quanto do preparo.
Eu agradeço a terra por ela fazer morrer e crescer, pude aprender que na realidade esses termos não existem, uma vez que tudo é um eterno ciclo. O saí da terra e permanece vivo dentro de mim, assim como eu saí viva da minha mãe-terra e voltarei a ser alimento fazendo jus a minha família e meus ancestrais, pois todo nós somos um e o ciclo é eterno.

 

01/04/14
É curioso escrever meu nome depois de tê-lo colocado na argila, talvez em tudo que eu manuseie eu tente me transportar. Até mesmo escrever “manuseio” é curioso, a argila que me manuseou a partir dos meus movimentos. “Eu” não existe, eu sou a compilação de tudo, tudo e todos influenciam quem eu sou, o termo deveria ser “manifestação de nós em mim”. Durante o contato com a argila, pude perceber que ela não se prendia em mim, isso só aconteceu depois que a gente ficou mais intima. A argila fica em todos os lugares que existem contato, troca e interação. Eu também funciono assim, tudo se prende em mim a partir do contato, troca e interação.
Durante a união das formas de argila tive cuidado ao manusear a argila de outras pessoas, na realidade eu tive vontade de transformá-las em outras coisas, para mim não era aceitável as pessoas terem tanto apreço por algo que ela fizeram. A argila me fez sentir como se eu tivesse me desprendendo das minhas opiniões e remodelando-as consecutivamente, com muito mais facilidade e clareza, até o ponto que pensar em mim e a relação com os outros pareceu irrelevante perto da pluralidade de formas e possibilidades.
Agradeço a argila pelo fato dela ter me mostrado a pluralidade, pude aprender que minhas dúvidas e questões na realidade não são nada, é tudo bem mais simples, elas são invenções minhas e ficam insignificantes quando minha percepção acorda.

 

Camelos Também Choram
Eu agradeço ao filme Camelos Também Choram por ele ter me mostrado a simplicidade, pude aprender através dos hábitos da família que participa do documentário que a vida é muito mais simples, o fato da mãe amarrar o bebê camelo com a mesma corda que amarrou sua filha mostra como as relação são simples, mostram também a clareza que a mãe tem ao fazer isso com a sua filha. A clareza veio através da certeza que ela tem, e a certeza só é alcançada quando existe simplicidade evidenciada. Pude aprender que a simplicidade fortalece aquilo que é certeza.
Eu agradeço ao filme Camelos Também Choram por ter me mostrado a harmonia das pessoas com a natureza e os animais. Os rituais que eles realizaram no final do filme para fazer com que a mãe camelo pudesse amar seu filho mostra a relação que eles tem com o meio que habitam, isso vem através da percepção deles do espaço. Pude aprender que a percepção gera criatividade nas relações que estabelecemos dentro da comunidade, uma vez que podemos gerar meios que a própria natureza nos oferece para melhorar relações.

 

O Ponto de Mutação
Eu agradeço ao filme Ponto de Mutação pelo fato dele questionar diversas teorias antigas e trazer novos questionamentos sobre a nossa percepção. Pude aprender que o maior problema do mundo é a crise da percepção, a nossa falta de percepção vem de um comodismo que temos ao não nos questionarmos sobre o por que das coisas. “O mundo muda mais rápido que a percepção das pessoas”.
Eu agradeço ao filme Ponto de Mutação pelo fato dele mostrar que nós não temos que ter poder sobre os outros e sim sobre nós mesmo antes de tudo. Pude aprender que as mudanças que tem que acontecer internamento antes de se expandir para o exterior.
Eu agradeço ao filme por ter fala que o problema de tudo começou quando as pessoas tentaram transformar a natureza em uma máquina –quem nem um relógio-, tentaram simplificar a natureza para que ela se tornasse fácil das pessoas entenderem, ou seja, essa “facilidade”, na realidade, é um meio para manter a população ignorante perante a potencialidade de tudo.
Eu agradeço ao filme por ter abordado questões do sistema de saúde, falando que eles não se preocupam com a prevenção e sim com a intervenção do problema que gerará outro problema. Pude aprender que a alimentação seria a “prevenção” na qual o filme se refere, e que ela é um hábito que desafia o poder de muitas entidades.

 

11/04/13
Eu agradeço ao aipim por ele ter me mostrado como pode diminuir até virar uma pequena parte de um conjunto –assim como a areia e argila–. Pude aprender que quanto menor somos; mais podemos nos disfarçar e passarmos por onde quisermos, até mesmo para nos unirmos.
Eu agradeço as terras pelo fato delas me mostrarem seu processo de ganho de vida, fazendo crescer organismos e microorganismos que crescem e diminuem no decorrer do processo. Pude aprender que por dentro de mim as coisas acontecem pelo mesmo processo de transformação, e dentro de mim também cresce vida; um dia essa vida irá me decompor até eu virar outro organismo.

 

Gratidão ao filme Futuro RoubadoEu agradeço ao filme Futuro
Roubado pelo fato dele me mostrar anomalias sexuais relacionadas ao excesso de estrogênio/hormônios nos alimentos infectados por agrotóxicos isso gerou em mim questionamentos acerca da sexualidade nos dias de hoje, se isso de alguma forma está envolvido com os hormônios da alimentação. É curioso saber disso agora, eu acreditava que essa diversidade relacionada aos órgãos sexuais eram por questões comuns de diversidade de possibilidades mesmo. E também vejo como todos os seres vivos refletem as anomalias de um sistema não-natural (alteração nos alimentos, alteração nos animais, alterações nas pessoas).

 

Gratidão ao filme A carne é fraca
Eu agradeço ao filme A carne é fraca por igualar a criação de gado com o número de pessoas que moram na região sul –o número de gado para abate é maior que o de pessoas existente nessa região–  isso demonstra como a réplica, tanto nos alimentos como nos animais, para “alimentar a população” é falsa. O Brasil é de fato um exportador de necessidades primárias que abaixa o preço dos seus produtos desvalorizando a produção interna e explorando o trabalho nacional. Pude aprender o excesso vem suprir uma necessidade falsa de “super alimentação” que na realidade só tem fins lucrativos, comparo isso aos meus hábitos de exceder na compra de alimentos.  Outro fato interessante do filme é que os animais expelem uma “vitamina” antes de morrer, nos momentos de tristeza dentro do abate, dessa forma eles se vingam e levam isso a quem vai consumir sua carne. Esse filme me causou forte reflexão sobre como os animais são criados em diversos clones, assim como as plantas, me pergunto se nós somos criados como clones também apenas para sustentar o sistema.

 

Gratidão à hóstia de trigo
Eu agradeço ao trigo pelo fato dele alterar de temperatura ao Sol e virar um biscoito preparado pelos deuses dos elementos. Agradeço por ser apresentada a esses anjos no processo do trigo virando biscoito, pude aprender que ao meu redor existe o invisível.

 

Gratidão ao filme Conexão Dioxina
Eu agradeço ao filme Conexão Dioxina a maneira como ele mostra o envenenamento através do contato com qualquer produto industrializado e, inclusive, com a emissão de gases/interferência das indústrias no meio ambiente, na realidade ele faz um panorama com tudo o que o meio não natural modifica, isso me  fez questionar sobre a utilização da tecnologia nos tempos atuais. Uma coisa que o Biochip me mostrou foi como certos eletrodomésticos e/ou máquinas são armas de guerra e deixa o ser humano mais deficiente, porém, eu consigo enxergar a tecnologia como uma arma periogosa que pode ser usada para o bem; vejo o exemplo de algumas pessoas, como a Ana Branco, que utilizam meios tecnologicos de comunicação. Na realidade esses pensamentos foram gerados a partir da analise do meu comportamento e de como ele é modificado tanto para o bem quanto para o mal no caso do uso de certos aparelhos, ao ver exemplos de algumas eu posso enxergar a harmônia entre o meio natural e não-natural. Isso também me faz pensar sobre o passado quando nada disso existia, com as descobertas o homem foi degradando o espaço ao ponto de infectar um simples objeto de uso comum e, consequentemente, infectar as pessoas, animais e plantas; mas será que ainda há esperança no meio disso tudo? O Biochip me mostra um caminho no qual eu consigo equilibrar a vida na cidade com a vida ideal para mim, com o contato com o organismo da Terra.

 

Gratidão ao Dia das Mães
Eu agradeço ao prato do Dia das Mães pelo fato dele estar cortado tão miudinho que se assemelha com o arroz que eu como todos os dias, e a maior surpresa foi poder sentir a textura da maçã nesse  prato. Nesse dia eu tinha acabado de parar de comer carne e a maça serviu como se fosse uma carne/acompanhamento de algo que, para mim, estaria no lugar da carne, eu fiquei feliz de verdade. Além disso eu pude lembrar da gratidão de fazer algo dedicado a minha mãe e, principalmente hoje eu vejo como é uma grande celebração fazer um prato para a minha mãe e agradá-la, algo que eu sei que irá salvá-la. Enfim, esse prato, junto dessa aula coletiva faz com que eu me anime quando eu tenho um propósito acima do meu individual, é na realidade, esse é, atualmente, o meu maior propósito dentro da alimentação viva, me curar para poder compartilhar com os meus irmãos.

 

Gratidão ao Desenho com Frutas
Eu agradeço as frutas pelo fato delas serem tão simples que podem se tornar algo simples e saboroso, pude aprender que eu não preciso ficar tornando complexo algo que na realidade só depende de uma simples ação que todo o amor se libera. Eu agradeço as frutas por elas serem simples e perfeitas para o meu padalar atual, da forma que quando eu as vejo não tenho a menor dificuldade de aceitá-las, porém isso é bom e ruim ao mesmo tempo; o fato delas serem saborosas por si só faz com que eu me acomode com o ato de descascá-la e ingeri-las, porém o desenho desse dia envolveu uma combinação de sabores que eu não conhecia até a transformação disso em um prato sofisticado (de rei) e simples. O corte da fruta e como ela é preparada/combinada pode trazer inúmeras possibilidades junto de todo o resto dos alimentos. Eu também agradeço pelo dia em que esse desenho foi mostrado para mim, após toda a experiência com alimentos que eu considero mais complexos -necessitam de certo preparo para meu paladar se adequar-, isso me faz enxergar toda a beleza dos filhos da terra e ter mais curiosidade ainda de como lidar com eles.

 

Gratidão aos filme sobre as Agro-Alternativas
Eu agradeço aos filmes com as agro-alternativas pelo fato deles me mostrarem o processo de alcalinazação do solo através dos primeiros agricultores audáciosos que se propuseram a isso. Pude aprender que o processo de alcalinização acontece tanto dentro de qualquer ser vivo como a terra também, na realidade o termo ser vivo engloba tudo. E, tamém pude reparar que as filmagens eram antigas, ou seja, o assunto era novo ainda e era visto como benefício, porém com o tempo foi considerado ameaça ao poder totalitário. A plantação biodiversa me mostra, também, os benefícios da biodiversidade para compartilhamento de informação de modo que tanto os animais que são considerados pragas como as plantas entram em harmônia e equilibrio. Agradeço também, a esse tipo de plantação pelo fato delas serem desorganizadas e "aparentemente feias", elas tem muito mais do que a minha percepção viciada pode enxergar, assim como a beleza de toda a Terra.

 

Gratidão a bibliografia apresentada
Eu agradeço a bibliografia que a Ana Branco utilizou no seu processo pelo fato dela ter fundamentos "teóricos", não que eu não acredito no que é falado, mas é que isso pode ser usado por mim para começar um passo-a-passo de conhecimento que não está só na experimentação com os alimentos vivos.

 

Gratidão ao Biochip
Primeiramente eu vou iniciar essa gratidão sobre o que aconteceu antes de eu estar fazendo essas gratidões. Eu andei um tempo depois do término das aulas muito triste pois brigava frequentemente com a minha mãe e meu namorado (na realidade eu acredito que brigava comigo também e como todo mundo), na realidade eram discussões que partiam da minha casa e iam até a esfera do meu ambiente social -agora eu nem lembro mais por que das brigas-, mas durante essa época eu ficava praticamento imóvel sem estímulos para fazer nada; até o ponto que eu escrevi a primeira linha de uma gratidão, e durante o processo de escrevê-la, pude refletir sobre porque isso estava acontecendo comigo e o que, nos meus hábitos, tinha de errado -até então eu achava que o meu comportamento não tinha relação alguma com as brigas-, então eu parei e liguei para uma amiga da minha mãe que disse "Natasha, o amor pode curar tudo, olhe o seu comportamento e a atenção que você dá a sua mãe e veja o que você pode melhorar em si mesma"; então eu lembrei sobre o processo que passei no Biochip no qual minha relação com os alimentos refletem na minha alcalinização e novo comportamento, e a partir do momento que eu consigo enxergar coisas novas eu posso transformar toda a situação ao meu redor. Então eu descobri que para melhor o caos que estava acontecendo eu teria que melhorar; eu comecei a oferecer coisas a minha mãe e fazer simples perguntas como: "Como você está?", "O que você acha sobre tal assunto?" e também ficar mais dias em casa chamando minha mãe para fazer algumas atividades e dar carinho pra ela. Esses simples atos fizeram a minha casa ficar mais tranquila instantaneamente, e, como consequência eu tive mais tato e tranquilidade para conversar com o meu namorado. Na realidade isso tudo está relacionado com a simplicidade os meus atos podem ter, assim como a minha vida, e como o simples faz grandes transformações, pois ele possibilita que eu me torne pequena.
Eu agradeço a gratidão pelo fato dela me fazer rever e lembrar o que eu aprendi, dando valor aos momentos da minha vida. Eles eternalizam aprendizados incrementando-os com novos aprendizados que o ato de escrever trás.
Eu devo contar também sobre a experiência que eu tive durante uma conversa com três amigos no qual eu pude relacionar os aprendizados do biochip com outras coisas sobre ciência e "sci-fi"(fição ciêntifica). Durante uma noite eu estava tendo uma reunião com os meus amigos após o aniversário de um deles e nós começamos a falar sobre evolução baseadas em histórias de ficção cientifica; a história consistia em que os seres humanos tendem a perder força física e incrementar o seu intelecto refletindo isso em características físicas, no futuro distânte nós perderíamos nossos pelos e unhas e aumentaríamos o tamanho do nosso crânio devido ao nível de evolução; esse papo todo me lembrou de quando eu soube que a alimentação viva pode fazer com que os nossos sentidos aumentem, fazendo com que potencializássemos nosso corpo chegando ao ponto de entrarmos em harmonia com os anjos que estão na Terra. Além disso eu descobri sobre teorias de que o Apocalipse Maia na realidade significava que o mundo estaria passando da terceira dimensão para a quinta dimensão e, estariam vigiando-nos para ver quem seria bom e ruim dos seres humanos na Terra; eu particulamente não sei se acredito nessas teorias, mas eu encontro um ponto em comum pois sei que tem como eu ter contato com os anjos entrando na dança harmonica da Terra (no caso eu assemelho isso ao que seria a quinta dimensão). Isso tudo na realidade só faz sentido porque eu fui apresentada aos anjos do vento, terra e luz através da transformação do trigo em biscoito, na realidade eu passei a acreditar em coisas não físicas a partir de agora, sem julgar se tem fundamento ou não; mas é curioso que nesse caso tem fundamento pois o processo acompanha ditos de Jesus Cristo sobre alimentação. Até mesmo eu ter descoberto que os vegetais tem energia vital é o que mostra o poder dos seres da Terra e as nossas energias ligadas. Algumas filosofias antigas dizem que nós fazemos parte de um organismo só e voltaremos a ser um só, isso se comprova com o biochip.