ANNA JULIA ROSAS CONCLUSÃO 2015.1
Agradecimentos Biochip 2015.1
(ART1849-1AA) Anna Julia de Azevedo Rosas
10/03/2015
Agradeço a corda de rami pelo fato de ter me colocado em uma situação
inédita que gerou em mim a possibilidade de aprender a confiar em um
sistema desconhecido a partir das cordas em formato de teia. A coletividade
foi muito importante para a atividade, pois não se faz uma rede sozinha.
Pude deitar e relaxar na teia formada pela corda de rami entre eu e meus
colegas de turma. Um novo ponto de vista surgiu.
12/03/2015
Agradeço a corda de rami pelo fato de me ensinar uma nova dinâmica dentro
de uma atividade já conhecida. Como na aula anterior, confiamos nas cordas
e conseguimos entender um mecanismo desconhecido no qual pudemos confiar e
relaxar. Nesta aula, ao confiar novamente, eu aprendi as diversas
possibilidades de sustentação da mesma. Como já havia confiado antes, houve
uma facilidade na atividade e gerou em mim um aprimoramento na quebra do
paradigma. Além de tudo a experiência foi divertida, pois envolvia outras
pessoas.
19/03/2015
Agradeço a corda de rami pela atividade de hoje, pois novamente tive a oportunidade de confiar e entender o sistema que juntou os dois corpos, neste caso, meu e de Fernanda. A atividade gerou em mim mais confiança do que nas outras vezes e pude relaxar ainda mais. Quanto mais vezes realizo a atividade, maior o número de vezes que consigo entendê-la. Era a primeira aula de minha colega Fernanda, então pude perceber a diferença entre a facilidade que tive e a dificuldade de minha colega ao tentar se estabelecer na atividade.
Agradeço a corda de rami pela atividade de hoje, pois tive a oportunidade
de entender o sistema que apareceu da relação entre a corda e meu próprio
corpo. Ao tentar fazer um mecanismo parecido com o de uma marionete, pude
tentar andar usando apenas a força de meu braço. Ao tentar forçar o
movimento de andar, de uma maneira diferente, me senti desconfortável e
fraca, mas com um pouco de treino, consegui começar a entender as formas
adequadas de me movimentar até eu conseguir andar para frente. Foi um
processo um pouco longo, mas a experiência gerou em mim um novo conceito de
locomoção, com a utilização de meus braços.
14/04/2015
Agradeço a areia na atividade de hoje por me fazer lembrar da instabilidade
natural de tudo e isso me gerou uma aceitação da natureza efêmera das
coisas.
Quando a areia úmida secou, pude senti-la em minhas mãos de uma maneira
agradável, pois conseguia manuseá-la melhor. Porém, quando úmida, a areia
não era agradável e ficava áspera em minhas mãos. Seca, a areia deslizava
em minhas mãos e me lembrava da curta durabilidade das coisas de um modo
geral (sentimentos, pensamentos, bons e maus momentos).Ao me conscientizar
do efêmero através do meu momento com a areia, pude perceber um sentimento
de nervosismo e ansiedade. Esse sentimento me fez voltar a ficar com as
mãos úmidas e tentei me acalmar para não ter a areia tão úmida em minhas
mãos novamente.
Para que eu pudesse experimentar a areia em minhas mãos de melhor forma,
tentei manter a calma e pensar em outra coisa.
Refleti sobre a qualidade da minha vida que poderia ser abalada pela minha
ansiedade. A areia me lembrou disso.
28/04/2015
Eu agradeço a aula de hoje, pois aprendi uma nova maneira de fazer pão.
Utilizando aveia, amendoim graúdo, abobora e chuchu. Isso gerou em mim uma
curiosidade para fazer alimentos que eu já conhecia com ingredientes
diferentes. O mais interessante foi o processo de moer e observar a os
ingredientes juntos sendo moídos. Também gostei de descascar o amendoim
graúdo.
Filmes
Agradeço ao filme “Ponto de mutação” assistido em aula, pois é um excelente filme que gerou em mim uma reflexão sobre mudança de paradigmas, com seu ponto de partida na observação dos principais problemas visíveis do século XX. Com os diálogos bem engendrados dos três personagens, o filme nos faz alcançar uma nova visão de mundo, a qual existe uma relação de tudo com tudo. Esse novo paradigma bate à porta da própria condição humana atual, por meio dos processos de convivência e interação. Utilizando de termos e teorias filosóficas, cientificas e religiosas, nós embarcamos com os três nesta tentativa de compreender os paradigmas do futuro.
Agradeço ao filme “Camelos também choram”, pois eu tive a oportunidade de ver uma outra realidade diferente da humana. A lágrima que escorre do olho da fêmea quando o filhote começa a mamar nos dá a nítida impressão de que ela está chorando e é inevitável projetarmos nos animais nossos conceitos de família e de afeto entre mães e filhos. Isso gerou em mim uma mudança de perspectiva.
O filme fala de diferenças e comportamentos gerados por elas.
interessante foi notar o paralelo que o filme fazia por vezes entre a
experiência
de Ugda, o menorzinho da família, que ainda não foi à cidade grande e o
camelo recém-nascido. Enquanto Ugda vive os prazeres de ver pela primeira
vez um desenho animado ou de ir numa feira cheia de gentes e de barulhos
diferentes, o camelo experimenta pela primeira vez a luz do mundo e o gosto
do leite.
O filme também relata sobre uma sociedade que vive de maneira completamente
orgânica, tendo contato com as características da vida moderna. Ao
conseguir uma televisão, ao fim do filmes, refletimos se a aldeia perderá
sua pureza. Nos parece que, antes de tudo, “Camelos Também Choram” diz que
a pureza reside no olhar, dos camelos olhando para o horizonte ou da
criança de frente para a tv.
Filme: La Belle Verte (14/05)
Agradeço ao filme La Belle Verte por que tive a experiência de assistir a
um filme que reflete sobre vida terrestre e o sistema em que vivemos. La
Belle Verte gerou em mim um encantamento que me é comum ao ver filmes, pois
curso cinema e encaro a sétima arte como a melhor maneira de aprender o
mundo. O encantamento se deu pela semelhança entre minhas reflexões diárias
e a ideia principal do filme. La Belle Verte expõe rigorosamente a
hostilidade com que o ser humano trata as diferenças, além de se perder em
vícios e não ter uma vida sã, fisicamente e psicologicamente. Pouco
repercutido na grande mídia, La Belle Verte é um filme que merece ser visto
por todos. Uma crítica bem humorada à sociedade humana atual. Mesmo leve,
nos faz analisar o estilo de vida que levamos hoje e em tudo que temos de
torto e não evoluído em nosso planeta.
Filme: A Carne é Fraca (21/05)
Agradeço ao filme “A carne é fraca” por que tive a experiência de assistir
a um filme que reflete e expõe a realidade escondida no tratamento das
carnes que grande parte da população mundial consome. As cenas são fortes,
mas o documentário não chega e ser apelativo, é mostrada uma realidade que
muitos ainda tentam negar ou omitir, porém é uma questão que precisa ser
repensada, bastante discutida e que vai muito além da crueldade com os
animais. E foi essa reflexão que o filme causou em mim. Mesmo que a decisão
final da população não seja parar de consumir carne, pode ser feita uma
redução significativa desse ato. O que se pode fazer também é exigir do
fornecedor uma cautelosa fiscalização desse produto, já que existem várias
empresas no Brasil que não obedecem as leis de produção, causando vários
problemas ambientais sem sofrer qualquer punição.
Bibliografia (09/05)
Agradeço à exposição da bibliografia da professora, pois ela pode nos mostrar alguns escritores que eram desconhecidos por mim até então. Pude notar que tais escritores foram muito importantes para o desenvolvimento do modo de pensar da professora, ao longo dos anos. Os livros foram seus companheiros solitários durante a transgressão do modo de seu modo de pensar sobre a vida. Isso gerou em mim uma curiosidade para ler os livros de autores como Humberto Maturana, biólogo chileno. Na aula, a professora nos contou como ler seus livros a auxiliou em seu modo de pensar. Ela nos contou sobre cada um deles e discorreu sobre o dia em que ela o conheceu.
Filme Supersize Me (28/05)
Agradeço a experiência de assistir ao documentário supersize me. O filme me
gerou um impacto muito grande ao ver a prova definitiva do veneno que são
os fast foods.
No filme, o protagonista segue uma dieta de 30 dias durante os quais seu
único meio de alimentação são os produtos da empresa de fast food
McDonald's. O filme mostra os efeitos da comida rápida na saúde física e
psicológica do protagonista. Durante a gravação, o rapaz comia nos
restaurantes McDonald's três vezes ao dia, chegando a consumir em média
5000 kcal por dia durante o experimento. Antes do início deste experimento,
ele comia uma dieta variada, era saudável e magro. Depois de trinta dias,
obteve um ganho de mais de 10 kg, experimentou mudanças de humor, disfunção
sexual, e dano ao fígado. O protagonista precisou quatorze meses para
perder o peso que havia ganhado durante as filmagens.
Que a comida industrializada é extremamente danosa ao ser humano eu já
sabia, mas o documentário explora o assunto de um jeito realmente
assustador pela forma radical dos resultados da experiência.
Convivência com o Biochip
A experiência de cursar esta eletiva me trouxe diversos momentos de
reflexão. Desde a primeira aula, as atividades realizadas me propuseram
variadas formas de pensar, todas diferentes da forma que pensava antes. Uma
das propostas mais interessantes do curso é da reforma na maneira de se
alimentar, procurando sempre o não cozimento dos alimentos. Pude
experimentar e desfrutar de sabores diferentes (como a semente Feno Grego).
Os filmes passados em aula foram excelentes para me auxiliar durante esta
jornada, pois traduziam as ideia em forma audiovisual. Isso para mim é
excelente, pois curso Cinema na PUC. O Mais interessante para mim foi o “La
Belle Verte”, uma radical, impactante e bonita crítica à maneira como o
sistema nos destrói e como somos cegos em relação a isso.
Algo que aprendi e levarei para a vida toda é a prática do agradecimento e
o enorme bem que faz sermos gratos à absolutamente tudo que temos ou não
temos. Agradecer as coisas boas e até as coisas antes vistas como “ruins”.
Acredito que muitas pessoas precisam olhar para a vida da mesma forma como
pude vê-la, através da convivência com o Biochip. Lamento que o número de
pessoas indiferentes a uma mudança é enorme.
A eletiva foi mais que uma aula, pude me sentir mais conectada com minha
essência, mais próxima da natureza e mais feliz.