ROMULO FERREIRA CONCLUSÃO 2015.1



PUC-RIO

2015-1/art -1849

Profª: Ana Branco

Aluno: Rômulo S. Ferreira

#1 Agradecimento a corda de sisal

Entrelaçados

Unidos caminhamos na unidade

De nós em nós nossas mãos se deram

E o que se deu foi o que nos retiraram,

nossa razão, tão certa, tão incerta

um pensamento não pensado, prensado, ancestral

vi em nossos olhos as inverdades da realidade,

que apesar da aparência revelada, se vela insegura, frágil, vacilante

os olhos jamais poderão ver a verdade, porque a verdade é sentida no todo

no conjunto encadeado, sistemático

e o medo de sentir nos fez

e nos faz desconfiar, e o lançar que se faz necessário

é retido pelo pensar, pelo racional controle

mas ainda assim nos soltamos!

Ora e se já não fosse o bastante para eu sorrir emocionado

Tal unidade coesa e dinâmica

Não encena, mas acena para o caminho

Saudação amorosa, menção honrosa, ao sisal

Instrumento que liberta ao atar-nos

Mostrando que jamais fomos um plural num meio singular

Antes somos um singular num meio plural.

#2 Agradeço a corda de sisal

Por nos permitir acessar as lembranças da terra, por permitir que nos mobilizássemos em rede. Atados pela corda, em um grupo pequeno, fomos uma célula complexa, composta por 6 alunos, que unidos, pela corda de sisal, caminhamos. Progredimos em rede rumo a exercícios de interação em rede. Interagimos com outras redes, recebendo-as, visitando-as, configurando e reconfigurando a rede, que pelo movimento sempre se reconfigura, o tempo todo, seja com o movimento de seus vetores, seja com a perda ou ganho de um deles.

A corda que nos uni não nos uni apenas sublinha uma união pré-existente, o que nos uni é o querer estar atados, e é esse querer silencioso que em sua lacuna preenchida pela alegria de estar na corda. É um breve sentimento de completude, é um querer que se manifesta na nossa unidade, queremos ficar juntos porque precisamos ficar juntos e o sisal faz essa ponte.

Eu agradeço a corda de sisal por ensinar que a sensação de unidade, nos falta, que o sentimento de igualdade nos completa. E essa certeza gerada em mim se manifesta na alegria de estar em rede.

#3 Agradecimento à memória ancestral

grafada na vida, escrita no gene,

na menor ou maior, em toda a parte do conjunto vivo.

Ao alimento vivo que nos retira escamas da pele e dos olhos.

Pela compreensão do intuito, intuitivo,

que nos convence em silencio, que nos relembra

o caminho e que nos cativa,

e nos gera a fé de que: é possível, entender a vida como uma

se transcendendo em todas as vidas, se relacionando num único todo

que quando acessado esse todo encadeado

nos define.

#4 Agradeço ao queijo de soja

Agradeço ao queijo de soja e a fermentação do alimento vivo, que renova meu ser pela renovação do culto-interno, auto-cultivo, ao cuidado debruçado com que a rede viva nos trata, mesmo quando não nos relacionamos plenamente. A vida encontra um jeito!

Agradeço por entender que a vida é linguagem que se relaciona com outras vidas, por entender que a vida precisa de vida, para seguir vivendo. Agradeço por entender que a vida é o conjunto de vidas. Agradeço pelo elementar, no alimentar, ou seja o alimento vivo, que a vida nos oferece é, sobretudo, prova cabal da minuciosa organização dessa rede viva!

#5 Luz

Agradeço a luz que ilumina meu anima, e alimenta a vida, pelo fóton e pelo fato de ser absorvido pelos vivos, devolvido em cores. Agradeço a luz que incide sobre a vida, levando a reação natural da cor, da coloração, do desencadear metabólico que gera: substancia pigmentosa. Agradeço a luz pelo gosto do alimento que inunda nossa boca de sabor, e por iluminarmos nesse momento tão escuro.

A luz incide na vida gera cor, a cor possui freqüência de luz, cada cor um sabor, cada sabor uma freqüência, o sabor possui luz, a vida possui luz, a luz não esta no fim do túnel ela está dentro de nós!

#6 Areia

enquanto chuviscava areia a mão retirava do tabuleiro um pouco, mais um tanto, eis a vontade de controlar fazendo desenhar, arquitetar, represar que até faz parar, é a guerra! Dentro de mim, eis que penso: - já sou tudo porque não posso ser nada e ver no que dá? E o coração resguardado a força, de tão protegido virou prisioneiro e quando deixou de se ocupar antes da hora com o ser ou não ser, ficou intocável apos todo o resto desmoronar. O amor anunciando que venceu, dentro de nós, somente pelo fato de; ser possível.

Agradeço pelo fato de ter entrado em contato com a memória ancestral que me gerou entendimento sobre a percepção que tenho de mim e do todo.

Agradeço as aulas de ecotecnologias alimentares, desenvolvidas no âmbito do projeto de convivência com o biochip, a qual eu chamo de “desfaz conceito”. Tendo como proposta principal abordar técnicas e conceitos a respeito da troca de informação presentes nos sistemas vivos. Agradeço pela implementação do pensamento de sistema ensinando não somente a nossa mente mas também ao nosso corpo

agradeço ao curso de convivência com o bio chip por ter gerado em mim a aceitação das informaçoes vivas que permeiam tudo que vive e por compreender que essa rede esta acessivel a todo ser vivente.

exponho aqui algumas constatações obtidos no âmbito da pesquisa com o bio chip:

  • todo ser vive
  • toda a vida é feita de informação
  • todas as vidas são multiambientes de linguagens diferenciadas com informações similares ou linguagens similares com informações diferenciadas.
  • pode-se entender cada vida como uma mídia
  • pode-se entender que o somatório de todas as mídias contenham, a grande informação viva. Singularmente.
  • por conseguinte entendo o somatório de toda a vida como o vivo singular: sistema vivo, Deus, mãe natureza, força criadora, consciência singular, inconsciente coletivo, ∂ e o Ω, onisciência.
  • todo o dinamismo físico-quantico no ambiente ao redor da vida é um sistema
  • toda a vida reage e interage com o sistema ou sistemas em que esteja exposta.
  • toda a vida decodifica todos os diferentes sistemas sígnicos naturais.
  • alguns sistemas sígnicos; a luz, o magnetismo, o dinamismo tectonico, os fenômenos naturais (vento, chuva, nuvem), dinamismo químico, dinamismo metabólico, movimento quântico, manifestação do ser.
  • a manifestação do ser vivo pode e deve ser compreendida como sistema sígnico, do qual sempre existirão, forma, matéria e conteúdo.
  • a vida é feita de informação, e cada experiência viva é uma atualização, ou novas informações agregadas ao todo informativo.
  • Logo toda vida é o backup de todas as vidas anteriores ao ser, somadas ao ser
  • ex: 1 o pé de manga que possui em si, gravadas as informações de todos os pés de manga dos quais se originou, ex: 2 o homem e seu material genético.
  • pode se ler o evolução da vida pela próprio vivo. a historia da evolução humana, esta escrita no próprio ser humano.
  • todo ser vive, o homem projeta.
  • projetar é tomar partido.
  • o homem é um somatório de diferentes homens internos, o homem metabólico, o homem psicológico, homem metafísico.
  • os diferentes homens internos reagem de forma diferentes aos sistemas sígnicos, dentro de si mesmo.
  • o metabolico pode reagir negativamente a algo que o psicologico reage positivamente e vice-versa

o homem possui inconscientemente, informações a respeito de toda a sua genealogia, escrita em sua linha genética esta toda a trajetória das vidas da qual se originou.
os diferentes níveis de consciência do homem possuem credenciais diferentes, que permitem acessos diferentes a esses conteúdos ancestrais (segurança do próprio sistema vivo?)
todos o sistema metabólico é uma antena capaz de ler, e interpretar signos diferentes com diferentes significados, de forma autônoma.

o homem psicológico possui em suas instancias (consciente/inconsciente) diferentes interações com o sistema metabólico.

o ser vivo processa toda a informação viva

o homem processa toda a informação viva consciente ou inconscientemente.

o homem pode acessar informações que residem no seu inconsciente através da projeção de si, da auto contemplação, e da meditação.