PEDRO MUNIZ CONCLUSÃO 2015.2
Agradecimentos
Pedro Muniz
13/08/2015
Agradeço à corda de sisal pelo fato dela unir todos os alunos, que gerou em mim um primeiro contato com a turma, na qual todos eram desconhecidos.
Agradeço também pelo fato dela quase sempre manter alguém apertado, dentro ou fora da roda, pois isso gerou em mim a percepção sobre o trabalho em equipe, quando inicialmente me parecia que cada um trabalhava individualmente.
Por último, agradeço pelo fato de podermos nos apoiar na corda sem cair, o que gerou em mim a percepção na importância do movimento, a não estagnação, para o bem estar de todos. Todos possuíam uma relação e responsabilidade pelo bem estar do grupo. Ninguém estava sozinho.
18/08/2015
Eu agradeço à corda de sisal por mostrar que nada é aprendido e ensinado por palavras. Tudo na vida são experiências físicas e é a prática que mostra e gera o aprendizado. Hoje vimos que todos estão em teia, com relações, não somente numa teia enorme como na semana passada, mas em teias menores também, cujas relações de confiança são mais fáceis, talvez aparentemente mais seguras. É a confiança das teias pequenas que gera maior confiança para a imersão e união em outras teias. Assim a grande teia de relações se torna mais forte e segura.
20/08/2015
Eu agradeço à cenoura pela experimentação. De um material “inusitado” é possível conseguir diferentes cores, formas, texturas, gostos,..., de algo que é considerado somente uma comida, um alimento.
Diferentes cortes, tamanhos, geram resultados aparentemente iguais, mas que são totalmente diferentes uns dos outros. É necessário enxergar além do óbvio. Experimentar.
25/08/2015
Eu agradeço à corda de rami primeiro pelas tramas de diferentes posições entre duas pessoas. Ela vai se modificando conforme os corpos se mexem e mudam de posições. Agradeço também pelas possibilidades proporcionadas ao usar sozinho a corda. Relações entre as diferentes partes do corpo quando ligadas pela corda e a ampliação de alguns movimentos e posições. Novas abordagens e entendimentos graças à união do corpo com a corda.
01/09/2015
Eu agradeço ao repolho branco, ao repolho roxo e à cenoura pela demonstração da vida presente nas coisas e vegetais através dos processos químicos e biológicos, necessários à manutenção da vida.
03/09/15
Eu agradeço à fermentação pelos novos sabores e combinações de comidas saudáveis, incluindo o ensino do preparo do tofu, alternativa simples para substituir os queijos tradicionais.
08/09/2015
Eu agradeço às verduras e frutas pelo fato de elas terem cores próprias. Cada cor é única e possui um gosto único e diferente dos demais. Até a mesma cor, quando vinda de origens (verduras e legumes) diferentes são todas diferentes entre si. O laranja da abóbora e da cenoura são diferentes, por exemplo.
As cores possuem gostos diferentes dos gostos de suas origens, gerando um universo de possibilidades no preparo de comidas e experimentações.
17/09/2015
Eu agradeço à argila pelo momento de criação, não eu sozinho, mas junto com a argila. Era ela quem mostrava as possibilidades de manuseios (hora ela estava mais dura, seca, hora molhada) e cabia a mim trabalhar junto dela para criar formas desejadas.
No final todas as esculturas juntas formaram uma grande obra. É o resultado da interação de todos, pessoas e natureza.
Agradecimentos
Pedro Muniz
Eu agradeço ao filme “Camelos também choram”, de Byambasuren Davaa e Luigi Falorni, por algumas questões. Primeiro, por evidenciar os sentimentos presente nos seres, não somente em humanos. A questão do reconhecimento de um filho pela mãe e a dependência deste nos primeiros estágios de vida, o que é essencial para a sua sobrevivência. Em segundo lugar, pelo envolvimento da família com a situação dos camelos. Todos ali são dependentes em algum grau do outro. As relações não se dão somente em seres da mesma espécie, mas em todos os seres, trabalhando juntos para sobreviver em determinados ambientes.
Eu agradeço às plantas (girassol e trigo) pela responsabilidade e dedicação que elas me fizeram ter para o seu crescimento. Era uma tarefa diária, regar as plantas para que elas crescessem fortes e bonitas. Quando me esqueci de regá-las por um dia, constatei que no dia seguinte elas estavam caídas e murchas, uma tristeza, porém pouco tempo depois de regá-las elas já estavam de pé bonitas e fortes de novo. Era um exercício de paciência, pois elas cresciam cada uma no seu ritmo, até que em certo momento tive que muda-las de potes, pois suas raízes estavam muito grandes. Foi incrível como me apeguei e me dediquei à elas, mesmo sabendo que no final elas fariam parte do suco, mas mesmo assim eu estive todos os dias regando e observando-as à minha janela.
Agradeço ao filme “La belle verte” por mostrar que o pensamento sobre o futuro do planeta, nosso estilo de vida e toda a destruição causada pelo homem já existe há anos. Não é um assunto novo com filmes de Hollywood, mas filmes menos conhecidos e muito mais importantes. O bem estar do planeta e de seus habitantes é e sempre será o assunto mais importante a ser tratado.
Agradeço ao corpo humano por nos mostrar qual a temperatura ideal de preparo das refeições. Nada cuja temperatura seja acima do que o corpo aguenta é benéfico ao organismo e nada melhor para constatar isso do que o preparo com as mãos, o qual irá evidenciar o ponto certo para o preparo.
A temperatura elevada destrói tudo que há de bom no alimento, por isso tudo deve ser preparado em temperatura ambiente. Além disso, há diversas técnicas para preservar a temperatura e a umidade do alimento como, por exemplo, enrolá-lo em jornais e edredons (como foi feito em aula).
Agradeço ao filme “Futuro roubado” por evidenciar os problemas causados pelo nosso estilo de vida que podem até levar à nossa extinção! Apesar de todos os malefícios causados por produtos químicos, cientistas a favor da vida ainda não possuem espaço na mídia, fazendo com que a população continue ignorante sobre o nosso futuro.
Agradeço ao filme “A carne é fraca” por mostrar como é o processo de obtenção da carne consumida, todo o sofrimento causado aos animais para a satisfação humana. O modo brutal para obtenção de carne é criticado por muitos, além de ser feito em condições ilegais.
Agradeço à Ana por explicar como ocorre o processo da compostagem, a diferença na “terra” entre os períodos e o processo de decomposição pelos bichos e bactérias presentes. É a vida agindo, de nível animal até nível microscópico, invisível ao olho humano.
Eu agradeço aos filmes “Super size me” e “Conexão Dioxina” por mostrarem que sempre devemos pesquisar sobre o que fazemos com o nosso corpo. Tudo o que ingerimos deve ser analisado, pois a mídia somente expõe o que lhes é conveniente e na maioria dos casos a saúde da população não vem em primeiro lugar. Não devemos aceitar tudo que nos é oferecido só porque nos parece vantajoso. O lucro vai todo para as grandes empresas, enquanto que o nosso corpo recebe todo o prejuízo.
Agradeço aos azulejos por proporcionarem uma ótima tela de pintura para o desenho com as frutas. Até mesmo nosso alimento pode se tornar arte quando o colocamos no prato. Todos os desenhos estavam lindos e deliciosos e percebi que não é só por serem azulejos que isso foi possível, essas obras de arte podem ser feitas no nosso dia a dia, no prato do almoço, tornando a comida até mais atrativa e interessante do que ela antes parecia ser.
Agradeço aos vídeos da “Agrossivicultura” e “A dança das sementes” por mostrarem que jovens brasileiros estão empenhados na expansão de uma agricultura consciente que proteja o meio ambiente e que seja saudável ao ser humano, devido à ausência de produtos químicos nas plantações.
Agradeço aos que estiveram presentes no dia da prova. Estava um dia lindo e cheio de energias positivas. Foi ótimo estar presente com os que realmente se importavam com a aula e compartilhar nossos pensamentos sobre o curso.
Conclusão pessoal
Como foi dito no dia da prova, achei incrível a convivência com o Biochip. No início pensei se tratar somente do fazer a comida, porém me surpreendi ao entender que o que estávamos aprendendo era todo um estilo de vida mais saudável e benéfico à nós, tanto físico como espiritualmente. Aprendi muito com todos os colegas e, apesar de não ter esse estilo de alimentação viva, tenho muito respeito e admiração pelos que conseguem no seu dia a dia se manter firmes e preparar a própria refeição. Percebi com as gratidões que a todo o momento estamos aprendendo. Por vezes não consegui passar para o papel tudo o que aprendi, mas percebi como é possível aprender com objetos simples, como uma corda, um azulejo, uma conversa com pessoas diferentes, um sorriso.
Obrigado Ana por estar sempre presente e disposta a nos passar todo o conhecimento acumulado por anos de pesquisa e, principalmente, experimentações.
Um beijo e boas festas
Pedro Muniz