DAIANE GOULART CONCLUSÃO 2017.2
Daiane Geremias Goulart
Agradeço a corda de sisal por ter me feio pensar em coletividade. O meu conforto é coletivo. Por ter me feito experimentar a filosofia ubuntu (eu sou porque nós somos) empiricamente. Eu fui importante em todo o processo, assim como todo mundo já que qualquer ação minha gerava uma mudança na teia. Ficar envolta no sisal me trouxe conforto de saber que eu não estava sozinha, então qualquer problema deixa de ser um problema. Me fez pensar que todo mundo deveria, ou tem o direito de buscar o conforto, tem o direito de se sentir bem. Seja por causa de uma corda te estrangulando ou qualquer situação que também pode te estrangular. Eu encontrei tranquilidade, conforto e prazer no sisal e acho que todo mundo tem o direito de buscar isso. A relação com a corda e com as pessoas só gerou coisa boa em mim.
Daiane Geremias Goulart 22/08/17
A corda de sisal gerou em mim a possibilidade do trabalho coletivo, da coletividade, do ser coletivo. O ser individual não existe. O pensar é coletivo. Com um grupo menor é possível se enxergar melhor enquanto grupo olhar no olho do seu colega. Em um grupo maior se tem mais estabilidade, a possibilidade de experimentar posições fica maior.
Daiane Goulart 24/08
Eu agradeço a cenoura, por me mostrar diferentes possibilidades de doçura. Também agradeço por estar num ambiente sem competição e desnaturalizar esse processo tão doloroso nem que seja a partir de um mantra “não há competição” repetida durante todo o processo. Isso gerou libertação em mim, principalmente porque todos tiveram direito as mesmas ferramentas, mas surgiu uma pluralidade de formas. Liberdade é não temer o poder, se há igualdade no processo não há poder. Há liberdade.
Daiane G Goulart 29/08
Agradeço a corda de Rami por uma maior percepção do meu corpo, uma maior relação com ele. Toda vez que estou muito estressada eu somatizo as minhas dores distendendo o musculo do ombro esquerdo e hoje não foi diferente. Acordei com uma dor horrível que não melhorou nem com remédio, mas chegando aqui eu não senti dor alguma mesmo me esticando, alongando, utilizando o ombro, não me doeu nada.
A corda Rami gerou em mim um conhecimento interno de que eu posso fazer tudo que eu me propor, eu só fechei os olhos e fui! Me gerou conhecimento interno sobre a necessidade de esperar (imagina a experiência que eu iria perder caso eu fosse embora por medo de me sentir, excluída, rejeitada, sozinha).
-Você tem certeza que você vai abrir mão dessa possibilidade? – disse a Ana
À resposta é não! Eu não quero abrir mão de possibilidade nenhuma. De agora
em diante tentarei abrir meus sentidos, corpo e sentimentos a todas as
possibilidades, e isso é liberador.
Daiane Geremias Goulart 5/9
Eu sou grata a farinha de aipim que se juntou com a cebola, com o coentro, com a lentilha e com o pimentão. Sou grata a cada um separadamente e principalmente sou grata a união deles com o limão. Sou grata a cada sabor que eles colocaram na minha boca e sou grata a união das pessoas e ao trabalho em conjunto. Sou grata a coletividade e ao poder que ela tem de melhorar as coisas. Se eu fizesse sozinha não seria a mesma coisa. Se não tivesse um ingrediente não seria a mesma coisa. Isso me ensinou o poder da coletividade
Daiane 9/10/17
Daiane Goulart G2
A aula de biochip me fez aprender que existem algumas coisas que vc nunca vai vai gostar e tá tudo bem! Eu por exemplo, nunca vou gostar do gosto forte do agrião. O esforço de experimentar é sempre válido porque conceitos pré-concebidos sobre alguma coisa e nunca revisitados são limitantes. Eu não sou mais a Daiane de 5 anos, os meus gostos mudaram então é claro que algumas coisas que eu não gostava eu passei a gostar. Mas auto-conhecimento de saber quem se é e do que gosta ou não, é maravilhoso