RAIANA MORAIS CONCLUSÃO 2017.2



Raiana Moraes Matricula:1221920 Biochip 2017.2

Hoje, terça feira, dia 20/08/17, nós fizemos em aula, uma atividade com a cenoura. Precisávamos antes lavar as mãos e nos preparar para manipular o alimento, que agora vejo como um ritual para a preparação de algo sagrado.

No começo da atividade me senti meio insegura, mas depois fui observando o que os meus colegas iam fazendo, e fomos todos nos ajudando. Percebi que ali havia cooperação, uma união gerada pela manipulação coletiva daquele alimento.

Agradeço a cenoura, pelo sentimento que ela me gerou, e pelo o que eu pude perceber através dela. Vi que aquele alimento estava vivo, e que com ele posso gerar diversos sabores e sensações.

Hoje, terça-feira, dia 22/08, nós fizemos um desenho com a corda de sisal. Precisamos primeiro da cooperação de todos, e da união também, para que a corda pudesse se desenrolar em cada um dos corpos presentes na tenda. Essa cooperação e união foram necessários durante toda a atividade. Na hora da caminhada foi necessária paciência, vimos que não adiantava ter pressa, precisávamos reconhecer um tempo coletivo, não o individual. Esse tempo pode até parecer mais lento, de início, mas não é, é o tempo certo para que todos sigam juntos, evoluindo também, juntos.

Ao desenhar a teia aprendemos que as vezes a corda aperta mais para o lado de uns do que de outros. Mas é a cooperação e a união os meios necessários para se pudesse dar conforto e segurança a todos ali. Foi necessário usar nossos corpos, e nosso movimento durante todo o tempo. E foram esses fatores em conjunto que formou a teia, e não a logica, como nós seres humanos estamos acostumados.

Gratidão por esse aprendizado, pela corda e por todos que ajudaram a formar essa teia.

Hoje, quinta-feira, dia 24/08, fizemos uma continuação da dinâmica da corda, porem dessa vez nos dividimos em grupos.

Aprendi hoje, sobre a minha responsabilidade com o todo, e da responsabilidade desse todo comigo como indivíduo.

Durante a dinâmica criei uma conexão com o meu grupo, que diferente de todas as conexões que eu já tive, não foi estabelecida pela palavra, mas sim pela interação. Percebi a preocupação de todos com o meu bem-estar na teia, e percebi também, que eu me sentia incomodada ao ver que alguém estava desconfortável, logo queria fazer algo o mais rápido para que ela se sentisse bem. Aprendi sobre minha responsabilidade com o outro e comigo.

Dessa vez me senti mais a vontade com a corda, senti que ela já me conhecia, e eu a ela. Agradeço por isso, agradeço por todos, agradeço pela corda.

Na terça-feira dia 19.9.17 aprendemos em sala a manipular o alimento de uma forma bastante diferente, pelo menos para mim. A Ana nos mostrou como fermentar alguns alimentos, para gerar novas formas e sabores.

Ralamos repolhos e cortamos cenouras, com o propósito de fazer alguns lindos desenhos em potinhos de vidro. Levamos o vidrinho para casa, e aprendi nesse processo, a esperar. Vi que não depende só de mim e da minha vontade, é preciso aprender a esperar o tempo da natureza também, e é necessária paciência nesse processo, mas vale a pena.

Isso me gerou várias reflexões, porque nossa sociedade atual é muito rápida, vivemos e nos alimentamos às pressas, o tempo todo. Olhar para aquele potinho na minha geladeira me fez aprender a esperar, e sou grata por isso.

Hoje, terça-feira dia 26 .9.17 aprendemos a extrair a cor dos alimentos. Aprendi, ainda mais que isso, aprendi que os legumes têm muito mais potencial e são muito mais incríveis do que eu imaginava.

Agradeço a essa aula, por mais esse aprendizado e experiência. Agradeço aos legumes por serem tão incríveis e lindos. Agradeço a todos que estavam na aula comigo hoje compartilhando esse conhecimento.

Hoje, terça feira, dia 10/10, aprendemos em aula a preparar um bolinho com lentilha, farinha, e outros ingredientes naturais.

Primeiramente, tivemos que cortar a cebola, o pimentão e o coentro em um tamanho bastante pequeno, porque o tamanho menor aumenta a zona de contato do paladar, e sabor fica mais docinho e saboroso. Além de cortar os legumes, ralamos a cenoura. O molho foi feito com os “restos” que jogaríamos fora, como o topo da cenoura e a raiz do coentro.

Agradeço a essa aula por esse aprendizado, agradeço aos temperos e aos legumes. Agradeço a vida e a todos que estavam em sala compartilhando esse aprendizado comigo.

10/10/17

O filme “O Ponto de Mutação ”, me ensinou que estamos passando por uma crise de percepção, e é essa na verdade a grande crise mundial. Podemos solucionar os problemas do mundo, mudando a nossa forma de ver e entender o mundo. Um dos pontos que o filme coloca muito é a sobre a questão tecnologia x natureza. O homem substituiu a natureza pela tecnologia, a criação do tempo relógio foi uma manifestação dessa troca. Agradeço pela oportunidade de poder assisti-lo.

O filme “La Belle Verte ”, na primeira vez que eu vi (há um tempo atrás) serviu para mim como um tratamento de choque, me fez ver muitas coisas naturalizadas em nosso comportamento que são corrosivas e até destrutivas para nós e para o outro.

A segunda vez que vi (em sala), percebi que nesse tempo houve em mim uma mudança muito drástica de comportamento, me senti muito afastada (apesar de presente fisicamente) daquela sociedade do Planeta Terra, e me senti muito mais próxima e familiarizada com os habitantes do outro Planeta. Sou grata por isso!

O “Camelos Tambem Choram” gerou em mim muita alegria, e no começo eu nem sabia explicar o porquê. Depois que sai da aula, fui refletir sobre, e percebi que estava há uns dias me sentindo sobrecarregada pelo estresse e preocupações da vida moderna cotidiana, e fazia algum tempo que eu não parava para observar os animais.

Ficar duas horas em sala observando os camelos, me fez acordar para buscar ver isso mais vezes, me fez ver que existe algo muito além e muito mais bonito que as correrias do nosso dia a dia, e eu preciso viver para ver tudo isso, senão não tem sentido.

Levamos as sementes para casa para faze-las germinar . Foi a primeira vez depois de muito tempo que eu pude ter essa oportunidade linda. A última vez creio que foi ao plantar feijão no algodão quando ainda era criança. Me entristece ter me esquecido desse habito. Isso me leva a questionar a minha atual relação com o meu alimento, uma relação em que eu tenho um comportamento passivo ao meu meio.

Quero plantar sementes mais vezes, mais muitas vezes, eu espero. Foi tão bonito ver em sala as sementes e as plantinhas virando lindos e saborosos alimentos para comer.

Agradeço por isso, agradeço pelos alimentos, pelas sementes, e por mais esse aprendizado.

17/10/17 A questão é: você está tentando ser alguém

O que você poderia ser em uma areia onde não podemos formar rostos e nem escrever palavras?

Não é para ser alguém é para ser areia

O nada expande e forma tudo (o tudo)

Seja tudo, foca na areia (pergunta pra ela, ela sabe a resposta)

Não é para ser alguém, é para ser areia

Não tem controle (ela não se permite ser controlada, mas se você deixar, ela caminha junto)

Tentar me reconhecer na areia é impossível, não tem como se ver nela

É preciso ser a areia para sentir

O poder é infinito!

Poder de invisibilidade

Não existe barreira na areia, só em nossa cabeça

Eu penso muito, precisava ser mais areia.

Hoje, terça feira dia 07/11/17, aprendemos a fazer um enorme banquete, usando as nossas mãos. Os ingredientes foram: aipo, cenoura, maça, cebola e passas, além do molho feito a parte.

O alimento preparado estava delicioso, e aprendi hoje uma lição muito importante: que é preciso driblar a nossa percepção, até que entremos em uma outra frequência.

Agradeço a Ana, aos alimentos e a todos os meus colegas presentes em aula.

Hoje, quinta-feira dia 09/11/17, fizemos em aula uma dinâmica com a argila.

Aprendi enquanto ia tentando molda-la em minhas mãos, que ela não obedecia a percepção que gostaria que tivesse em minha cabeça, ela grudava em minha pele, e quanto mais eu tentava, mais ela grudava em mim, até que percebi que minha pele havia virado argila. Minha mão de repente se assemelhava a de um réptil, lembrei de meus antepassados, dos mais antigos e distantes, até os mais próximos como a minha família. De repente, eu não precisava mais tentar moldar nada, nem pensar algo a respeito de nada.

Agradeço a argila por me fazer lembrar, e esquecer de pensar por um instante!!!

Hoje, dia 23/11, aprendi algo que não posso falar com palavras. Qualquer fala que eu tentasse usar para contar o tanto que as conchas me comunicaram, seria pouco e pequeno. Aprendi que o aprendizado nem sempre vem do pensar, é preciso apenas sentir.

Quando você se abre a essa experiência, o conhecimento que entra é ilimitado.

Agradeço muito as conchas, foi muito bom poder revê-las, havia muito tempo que não as via, agora sinto que preciso vê-las com mais frequência.

Receita (prova prática):

Salada carnaval

- confetes de pimentão amarelo, verde e vermelho

- cenoura ralada

- cebola picada

- maçã picada

- azeite

- sal e pimenta

Molho feito do “nojinho” da cenoura + casca de maçã