Gratidões de Felizia Screiber


19/03/2019

Agradeço a corda de sisal pelo fato de segurar a mim enquanto podia descobrir o meu corpo e o corpo coletivo. Que gerou em mim o sentimento de tranquilidade e ao mesmo tempo uma consciência muito especial do que está passando no meu ao redor.

Gostei de receber e entregar.

Gostei ver a conexão entre as poesias e brincar com isso.

Achei legal de deixar pensar e começar mais de sentir. Sentir as forças e liberações.

21/03/2019

Eu agradeço a cenoura pelo fato de ter uma textura dura e ao mesmo tempo flexível para jogar com ela. Para mim foi uma experiência legal conhecer os diferentes partes: A pele, o interior e o parte mais macia no centro. Cada parte tem uma cor diferente e um sabor diferente.

O encontro com a cenoura gerou em mim o sentimento que tem muitas mais possibilidades que eu achava. Se você olha bem, você vai encontrar a variedade de formas acompanhadas com sabores distintos.

02/04/2019

Agradeço a semente pelo fato de ser uma preservação de conhecimento. Quando você sabe como „acordar“ a sente ela tem toda a informação para criar e dar vida. Eu fiquei impressionando com o fato d’o que se você deixa a semente com agua e ar ela vai ficar 20 mil vexes mais nutríficante. Este fato mostra como tudo em conjunto, e só em conjunto, forma a vida. Os elementos atravessam nós e nosso ao redor. Tudo é uma teia, um dependendo do outro.

04/04/2019

Eu agradeço ao filme „Os camelos também choram“ pelo fato de mostrar-me outro parte do mundo qual eu ainda não conhecia. Os imagens foram muito impressionantes e gostei ver como a família mora junto com a natureza e os animais.

Gerou em mim o sentimento que a gente na cidade não tem muito contato com a natureza. Estive também muito impressionado com as crianças. Eles pareciam muito autônomos.

16/04/2019

Agradeço á aveia em ser um grão tão nutritivo. Aprender esse processo de fazer um pão foi muito lindo de conhecer. Gostei muito a combinação entre meditação, sentir o corpo e fazer alimentação. Também acho muito importante aprender isso, porque fazer pão (eu sou alemã) é algo muito básico - o alimento do dia a dia - más a pessoas perderam a conexão. Não sei como fazer pão. Isso é uma pena. Por isso agradeço para gerar em mim esse sentimento de redescobrimento.

25/04/2019

Agradeço ao filme para mostrar para mim que absurdo o mundo é em qual nós moramos. Gostei demais do momento em qual a mulher perguntou á outra mulher por que ela usa o batom. Foi muito forte enfrentar essa parte da nossa sociedade. Como mulheres só nós sentemos bonitas, amadas, aceitadas quando nós arrumamos.

Ao mesmo tempo o filme gerou em mim o sentimento que outro mundo é possível. Tem que ter um utopia e o filme mostrou bem o que realmente é importante na vida. Comer bem, valorar nosso au redor, valorar as pessoas e mover o corpo.

Foi uma critica muito legal!

Agradeço!

30/04/2019

Agradeço hoje principalmente á Ana para compartilhar mais uma vez a sua sabedoria. No dia a dia comemos tantas coisas que foram fermentados, más nunca antes fiz uma fermentação.

O processo gerou em mim o sentimento que se podem fazer tantas coisas em casa e não é nessecario comprar tantas coisas ja processadas.

Gratidão!

02/05/2019

Agradeço a turma e Ana para fazer esse processo de trabalho coletivo. A comida ficou uma delicia. Não podia imaginar o sabor e fiquei muito impressionada com o resultado. Gerou em mim um sentimento incrível. Gratidão pura.

Amei as cores. Essa comida e uma comida para todos os sentidos. Olhos, boca, nariz e orelhas também.

Obrigada a Ana por compartilhar sua sabedoria.

07/05/2019

Agradeço a areia para hipnotizar-me com sua finura. Amei desenhar com ela, por que ela mesma tem sua forma de mover-se e você aprenda junta com ela. Descobri varias „técnicas“ de dirigir ela. Amei o sentimento que ela da as mãos. E um massagem, parecia uma meditação.

Tinha vários desenhos quais eu gostei muito. Até queria tirar uma foto. Pensei nos tibetanos que fazem mandálas com areia pintada. Eles passam vários meses concentrando-se horas e horas para ao final „destruir“ todo. È para aprender que nada é para sempre. Não tem nada infinito na vida. Obviamente a vida é infinita sim. Gerou um sentimento em mim da tranquilidade.

Obrigada.

09/05/2019

Agradeço a raiz do aipim, por nos alimentar. Agradeço aos índios por nós mostrar como preparar o aipim para que a gente pode comer o aipim. Foi muito bonito aprender o canto que acompanha a preparação da comida. Amei ver os diferentes textura quais se encontram no processo da raiz até chega ser farinha.

Preparar a comida em conjunto, conhecendo a galera do curso cada vez mais, gerou em mim o sentimento de conexão e comunidade.

Gratidão!

14/05/2019

Agradeço á aula por ser outra vez um espaço de descobrimento e inspiração. Me traz muita felicidade conhecer cada semana mais sobre as diferentes alimentos. Espero que eu possa integrar essa sabedoria na minha vida. A comida me deixou inspirada. Um sabor tão fresco, despertador.

Gerou em mim o sentimento de despertar. Em que quero investir a meu tempo? Que é importante na vida? Que é comida para mim? Qual valor eu vou dar á comida?

A vida é uma aprendizagem. Cada dia.

Obrigada por que o caminho me levou a essa aula tão inspirativo.

16/05/2019

Agradeço á terra…

..de um mês para me lembrar e mostrar que a vida não tem fim. E um processo de transformação eterno. A casca de uma fruta voar bichinho, o bichinho composta a casca. Depois eles viram outros bichinhos. Foi forte o descobrimento que em nós tem essas bichos, só esperando o momento de sair. Começa um novo ciclo quando nós só pensamos na morte.

..de seis meses para me ensinar o processo de composto, qual é maravilhoso. Me fiz pensar como não tem nada que não é vivo. Tudo está sendo uma troca eterna.

…de doze meses para me deixar ver uma coisa muito valiosa, que normalmente demora um tempão para puder ver. Essa terra era tão fina e quando você bota a mão dentro, você que ficar mexendo para sempre. É um massagem mesmo - um tipo de meditação.

Gerou o sentimento em mim de que tudo o que está passando no mundo é mudança. Talvez não tem mal. Não deveríamos ficar deprimidos, por que mesmo que não sabemos o que vai acontecer, a vida sempre vai encontrar o seu caminho. Seja de qualquer maneira.

Fiquei feliz e inspirada mais uma vez.

Gratidão.

21/05/2019

Hoje vou agradecer a panela de barro, por que ela dou a base para esse conjunto de alimentos. Eu acho que isso foi uma invenção muito grande na humanidade. Uma revolução na cozinha. Assim se podia juntar vários sabores. Gostei muito da comida quente. Sinto que o meu corpo em geral recebe comida esquentada melhor. Sinto isso muito na manhã. Acho legal como o corpo fala com você se você presta atenção. Vamos a ouvir mais nosso corpo!

23/05/2019

Agradeço ao trigo, á chicória, a hortelã, a couve, ao girassol por trazer ao meu paladar uma experiência totalmente nova. Como tudo é costume e o meu paladar e costumado aos produtos doces, não aproveitei tanto o sabor. Mas foi muito legal experimentar. Eu acho que quando você costuma de comer e beber coisas mais puras, você vai mudar o paladar e assim o que voce gosta. O paladar pode desenvolver. A onde eu quero levar o meu paladar? A onde já não quero levar o meu paladar? Temos que escolher. Escolher o saber. Conhecer e saber o que queremos. Qual sabor vamos dar a nossa vida? Gratidão!

28/05/2019

Agradeço á aula de hoje para trazer-me tanta felicidade. Ouvir as palavras da Ana gerou em mim o sentimento de afundamento de todo o aprendizagem. Gostaria muito implementar todas essas técnicas na minha vida, mas sinto que vou precisar paciência para mudar meus costumes e hábitos. É verdade que somos viciados a muitas coisas ruins. Temos que ter força e consciência para superar o que a sociedade e o capitalismo nos está impondo cada dia e há muitos anos. A alimentação viva faz muito sentido para mim. e já vi muitas vezes agora, que a comida qual fazemos aqui aliena muito mais que qualquer outra comida. Comer um cominho me alimenta até noite. Não se precisa um grande prato de feijão com arroz e frango. Não preciso que ninguém morre. Nem os animais, nem as plantas. Tudo deve estar vivo. Amei essa aula tão inspirativa.

30/05/2019

Agradeço á aula de hoje para mim trazer tanta coloridade. Amei desenhar com os purees de frutas. Me lembro da aula da areia e descobri uma nova forma de ver e decorar um prato. Parece uma coisa simples mas se vocé presta atenção e um pouco do seu tempo, se voce se dedica e um prazer enorme de pensar como colocar a comida num prato. No alemão tem um provérbio: Os olhos comem também (quer dizer, não so a boca tem que ser satisfeita).

04/06/2019

Bibliografia falar do fogo.

06/06/2019

Me da muita pena que cheguei atrasada hoje, porque achei o filme maravilhoso, mas sinto que não podia entender tudo porque não consegui ver o começo. Ainda foi tão legal, porque nunca prestei muita atenção os balões e a cultura atrás deles. Nunca pensei em como se constrói um balão. Não sabia que é proibido e que é originalmente aqui do Brasil. Achei muito lindos os imagens e a historia contada. Agora me deu muita vontade de ir a um evento para ver isso com os meus próprios olhos. Obrigada!

08/06/2019

Festa da Prova

11/06/2019

Agradeço á aula de hoje para dar um espaço ao silencio. Esse silencio trouxe um espaço na mente, sem qual não se pode reconhecer as coisas, sem qual não é possível ouvir as vozes dentro de nós. Essas que normalmente no corrido do día estão oprimidas. Não consigo bem entrar nesse estado mental sozinha, por isso amei chegar aqui. É difícil não julgar. „Essa forma é bonita, pois ela é completa“ ou „essa concha brilha, ela é a mais valiosa“. Assim penso? Isso é o meu sentido de beleza? Que vergonha. A beleza está dentro de tudo. Todas as conchas na sua existência são únicas, são bonitas. Elas passam por vários estados. a aparência é só um estado temporal. Cada delas era completa em algum momento, todas elas vão quebrar em algum momento. Claro, se poderia conservar uma, botar dentro de uma vitrina. E aí? Ela deixaria de viver. Ela seria um objeto. Mas o vivo é um processo. O tempo nunca para de transformar as conchas, nem nós. E nisso quero ver a beleza. Não na perfeição que não duro. Para ser feliz tem que reconhecer a beleza em tudo o processo da vida. A beleza não está só na juventude. Está dentro da vida toda. Essa aula gerou em mim o sentimento de que tem muita sabedoria dentro de nós. Tem que encontrar as chaves para abrir essas espaços. Hoje eram as conchas.

13/06/2019

Infelizmente eu perdí mis anotações dessa aula.

Mas eu seu que eu tinha uma briga com a argila. Não me sentia bem esse dia. Sentia como a minha energia se transmutava no contato com a argila. Que pena, porque não lembro bem as minhas conclusões.

18/06/2019

Hoje, na última aula, agradeço á Ana, á turma, aos alimentos e á Terra. Agradeço á Ana pelo fato de que você e uma lutadora e que você abriu esse espaço maravilhoso aqui para compartilhar as suas aprendizagens da vida com nós. Agradeço á turma pelo fato de passar esse tempo lindo aqui, fazendo os „trabalhos“ juntos, se ouvir e olhar, para criar essa rede linda em qual me sinto tão acolhida. Agradeço aos alimentos pelo simples fato de nos alimentar e assim dando nos vida e estando juntos com nós aqui na terra. Lamento que são tão desapreciados. Mas a gente aqui está voltando a outro rumo, tentando de nós reconectar de novo. Agradeço á terra, pelo fato de ser nossa mãe. Em quechua (língua de peru/ecuador) ela se chama „pacha mama“. Gosto muito desse nome e sinto que precisamos nós ver mais como filhos da terra. Isso quebraria com muitos problemas de demarcação eu acho. Precisamos ver mais coisas universais em vez de focar nas diferencias. Tudo isso gerou em mim muita inspiração e eu acho que isso não tem um valor para contar. Sinto que inspiração é uma das coisas mais válidas. Você cresce com ela, você cria com ela. Você cura com ela. Será que são os sementes dentro de mim brotando? Obrigada, Felizia.

Como cheguei no BioChip e o que me trouxe?

No fevereiro desse ano cheguei aqui no Brasil.

Quando as pessoas me perguntavam „Porque você queria chegar aqui ao Brasil?“ eu no real não sabia bem. Queria dar uma resposta profunda, más ao final foi um sentimento que me chamou. Todas as viagens que eu fiz até agora eu decidi fazer por minha intuição. E só depois de algum tempo viajando eu entendia porque estou num certo lugar e porque tinha que vir.

Sabia que vou estudar ciência social na PUC. O ano passado ja tinha tido algumas dificuldades de seguir o meu mestrado, porque sentia que o mundo acadêmico não e o meu lugar, que essa forma de estudar não gera muito em mim e ao mesmo tempo eu não posso contribuir tanto como queria. Ou seja sentia que as minhas habilidades se desenvolvem sob outras circunstancias e que na faculdade me sentia meio presa.

Mesmo assim, chegando aqui, eu sabia que ia tentar seguir os meus estudos, já que são eles que me possibilitaram chegar aqui e eu agradeço muito ao esse fato. Mas também queria aproveitar que estou fora do meu ao redor conhecido para experimentar novas coisas! Então comecei a procurar. O que também era importante para mim, sabendo que passo mal quando não estou no lugar certo, quando não sinto conexão com as pessoas era portanto achar lugares que me fazem bem e uma galera com qual eu me posso identificar. Decidi que vou pegar algumas matérias que tem que ver com natureza ou arte. Coisas que sempre me interessavam. No escritório do CCCI falei com minha coordenadora e ela falou que tem uma matéria chamada: bio-construção. Me parecia interessante e na semana seguinte foi lá para tomar a primeira aula. Lembro que andei perguntando para encontrar a sala muito tempo. Ninguém sabia onde essa matéria acontecia. Andei por toda a PUC e isso foi bem porque foi assim que conheci bastante lugares.

Uma das dicas era a sala entre arvores. Encontrei a sala e fiquei impressionada e pensando: „Meu deus, o que preciso fazer para ter aulas aqui?“. Mas não perguntei as pessoas que estavam lá, porque eu era tímida e o meu português era muito lento e também não queria interromper muito a sessão que eles estavam tendo. Então só perguntei o que tinha que perguntar e fui embora procurando a turma da Bio-Construção. Dando muitas voltas achei o curso lá no anfiteatro. Que alivio! Um lugar maravilhoso. Fora das salas cinzas. A galera bem tranquila, o professor carinhoso. Ao final da aula comecei de falar com um moço e ele me falou do BioChip. Fiquei curiosa e decidi que ia ir lá!

Cheguei na terça-feira "et voilá" estava sentada na sala entre arvores e me sentia bem contenta. No começo não entendia bem sobre o que era a matéria. Não entendia muito do que a Ana falou. Tinha dificuldades ainda com a língua e também sinto que sou uma pessoa que demora um pouco para se abrir. Mas com o tempo entendia melhor, as pessoas viravam mais familiares e eu podia me abrir cada vez um pouco mais, sentindo me cada vez mais confortável. Assim cheguei no Biochip.

E o que me trouxe?

O biochip me trouxe varias sensações e pensamentos que antes não tinha tido. Acho que uma palavra que escreve bem o meu aprendizagem é essa: essência. Sinto que me reconectei com coisas essenciais, ou seja a coisa mais essêncial para viver: Alimentação! Percebi que ela é uma forma de arte, que ela deve ser feito com amor e consciência, por que ela vai virar uma parte de nos. Assim comecei de prestá-lhe mais atenção.

Também comecei de gostar mais de outras formas de se expressar. Por exemplo o falar: O jogo das palavras. Como expressar-se? Que lindo é saber expressar-se bem, fazer analogias, criar imagens atraves da linguagem e transmitir os propios pensamentos aos outros. O mesmo com escrever. Como descrever os sensações que sentimos dentro de um processo de desenvolvimento. Criar frases, tal vez um história. Misturar a realidade com a imaginação, perceber que por uma grande parte os dois são o mesmo. Brincar! Brincar com as inspirações e depois criar. Gostei muito que tudo isso acordou em mim. Porque a faculdade me afastou muito disso. Por que o linguagem nas ciências sociais me parece tão morto, tão seco (claro, não tudo)? Perdi todo o interesse. Achava que não gosto de ler, que não gosto de escrever. Mas não é assim não.

Uma outra coisa que eu gostei na aula que eu sentia que os meus sentidos se estão afinando. Olhar, ouvir, sentir, saber, cheirar. Coisas essências para viver bem, para se cuidar e cuidar aos outros. Sinto muita felicidade que podia ter essa experiência é vou tentar de seguir com as aprendizagens. Acho incrível que a minha vida me trouxe á esse lugar maravilhoso. Agradeço ao tempo que eu coincidi AGORA e AQUI com vocês. Embora todas as dificuldades e dúvidas na vida, sinto que quando você procura, você vai encontrar.

Tudo isso gerou em mim muita inspiração e eu acho que isso não tem um valor para contar. Para mim neste momento a inspiração é a coisa mais valiosa, por que sinto que você cresce com ela, você cria com ela e você cura com ela. E isso é lindo demais.

Será que esse surgimento de inspiração são os sementes brotando dentro de mim?