Gratidões de Tamyres Yuri Silva Palhares

 

Atividade sala de aula entre árvores Puc - corda de sisal (10/03/20)



Agradeço a corda pela união com as pessoas. 

Pelo fato de estarmos conectados

Que gerou em mim alegria e confiança.

Sim, vamos fazer de novo!

 

Filme "Ponto de Mutação"

Agradeço a possibilidade de poder assistir a esse filme através da aula do Biochip pelo fato de perceber que o aspecto principal do filme é a mudança de percepção de mundo, ou melhor, o reconhecimento de um mundo; passar a enxergar que o planeta é um ser vivo com sistemas assim como nós somos seres vivos com sistemas, nos dá a percepção de quão grande somos em nossa existência, mas também o quão insignificantes é poético e maravilhoso descobrir o universo que existe dentro e fora de si e lindo perceber que é uma descoberta individual que conecta todos.

Quando a mente se abre e percebemos que somos feitos basicamente de átomos, e esses são iguais desde o grão de areia na praia até a estrela anã que se extinguiu no universo e ainda não sabemos, surge uma grande questão, o que fazer nesse mundo, qual o sentido da existência?

E apesar de ser uma pergunta eterna e muito provavelmente sem uma resposta certa ou errada, acredito que o mais perto disso seria: Conexões, a essência da vida é descobrir, realizar, perceber e buscar conexões.

Essas conexões tão fortes que transcendem as crenças individuais, gostando ou não tudo e todos estão conectados. Iremos perceber cedo ou tarde, mas com certeza iremos perceber.

Esse emaranhado, nos leva aos relacionamentos, com as pessoas, com o alimento, com os animais, com o planeta, o que nos leva aos pensamentos e modos de agir, certos ou errados, vamos aprendendo e evoluindo cada um no seu ritmo, porém todos conectados, o que um faz irá afetar o sistema, que irá adoecer, modificar, evoluir ou se reestruturar.

Não há como não pensar na nova pandemia surgida e perceber a relação que tem com a humanidade e sua conexão com o planeta. Toda ação tem uma ação correspondente, isso é uma lei, não um boato ou uma crença, é uma lei, ou seja, ela irá acontecer você gostando ou não, acreditando ou não, ela independe da opinião ou crença, ela simplesmente acontece de acordo com a ação proposta. Pensando nisso claramente associa-se a pandemia a nossa relação com o alimento.

Nós somos sistemas que precisam de nutrientes para funcionar, esses nutrientes nos são dados, DADOS, pela natureza, agora porque nossa relação com o alimento se tornou tão destrutiva? É um problema cultural? Religioso? Étnico?

Não importa, encontrar culpados não irá alterar nossa relação, o que precisamos é perceber, perceber que estamos conectados, que essa relação existe e que nossas ações impactam a nós, aos outros e o planeta. Nós somos o planeta.

Não fomos ensinados a nos preocupar com as próximas gerações ou o valor moral ou perceber que existe uma relação de conexão entre todos, fomos ensinados a ser individuais, que os fins justificam os meios, que as relações importam quando se é criança, quando adultos não importam mais, que adultos são maus só pensam em dinheiro e não se pode confiar em ninguém. Que mundo triste fomos ensinados a acreditar, ainda mais triste quando percebemos que nós somos os adultos, que nós somos as crianças.

O que fazer? Ignorar o vislumbre dessa nova existência no universo? Não, devemos perceber, nos perceber encarar o luto da antiga vida triste e comemorar a evolução para uma vida nova de conexões, de uma realidade de felicidade, sustentável e que agora é membro de um sistema. A partir daí fazer, pois a palavra ensina, mas o exemplo arrasta, devemos irradiar vida nova, conexões para contaminar o maior número possível de átomos e que esses contaminem mais até o ponto de todo o sistema ter mudado. Todos esses aspectos geraram em mim um sentimento de pertencimento a algo que é muito maior do que consigo mensurar e tão pequeno que cabe dentro de mim, tão lindo e imperfeitamente poético.

 

REAPRESENTAÇÃO DA PESQUISA CONVIVENCIA COM O BIOCHIP

Germinação de semente de girassol e produção e cultivo em vaso COM TERRA degustação de SUCO DA LUZ DO SOL.

Agradeço a semente de girassol pelo fato de ser tão nutritiva e conseguir expandir seu potencial nutricional para fazer parte de mim. Gerou em mim gratidão e alegria

Agradeço a couve, a cenoura, a maçã ao pepino, ao broto de girassol pelo fato de serem alimentos tão ricos, de fácil acesso e por fazerem parte do meu suco. Gerou em mim grande alegria por poder plantar o girassol em casa e encantamento ao colhê-lo.

Agradeço à prof. Ana pelo fato de obter esse conhecimento e compartilhá-lo conosco. Gerou em mim um sentimento de pertencimento, acolhimento e grande satisfação por poder fazer parte.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM A CENOURA

reconhecendo os diferentes tipos de cortes e sabores da cenoura.

Agradeço a cenoura pela oportunidade de disponibilizar pra mim a experiência de conhecê-la melhor, através das diversas formas de consumi-la in natura e por ter virado meu almoço.

Pelo fato de ter potencializado seus nutrientes e generosamente tê-los disponibilizados para meu consumo sendo transformados em energia potencial de vida em mim.

Isso gerou em mim muita felicidade, gratidão e risadas de mim de mesma por estar redescobrindo algo com que sempre convivi e nunca tinha percebido dessa maneira.

 

LEITURA DO LIVRO A ARVORE DO CONHECIMENTO HUMBERTO MATURANA

Eu agradeço a Maturana e seus colaboradores, por se dedicarem a escrita desse livro, pelo fato de demonstrarem como adquirir o conhecimento, nos construirmos a partir dele e formamos o nosso próprio eu.

Partindo do princípio de como o ser humano é formado biologicamente, ele mostra como interagimos com as experiências vividas e criamos o mundo individual, que gera a verdade de cada um. Que deve ser questionada e desconstruída. A partir da base biológica ele demonstra como o processo de conhecimento e a verdade de cada um deixa o ser humano cego ao processo cognitivo dos outros seres humanos, que só se altera em contato com os outros. Um ponto muito interessante é quando ele menciona um episódio em um zoológico em Nova Iorque, que na ala dos primatas, há um compartimento cercado por grades e uma placa que diz: “primata mais perigoso do mundo” e quando se aproxima vê-se seu reflexo em um espelho. Abaixo é explicado que o homem é a espécie que já destruiu mais espécies do que todas as outras conhecidas. Nesse ponto os autores explicam que o único modo de aprendermos sobre nós mesmos é nos observando através de nosso reflexo. Conhecendo um pouco sobre nós mesmos, entendemos que os outros também são confusos e cegos em suas próprias realidades.

Esse livro gerou em mim, grande curiosidade em entender o tamanho do meu mundo e conhecer o mundo dos outros. Também alegria por saber que o conhecimento é contínuo, interativo e vivo, e pode ser adquirido de várias formas em vários momentos.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM A FERMENTAÇÃO - da cenoura, do repolho branco e roxo e semente de cereais e leguminosas.

Eu agradeço ao repolho por poder visualizar sua cor única sendo transformada do roxo escuro ao rosa, pelo fato de poder experimentá-lo e apesar de ser um alimento incrível para a saúde não ser do meu paladar. O que gerou em mim, muita alegria por poder presenciar a transformação do repolho e da cenoura em tão pouco tempo, 8horas ...e por poder através da sua experimentação conhecer melhor meu paladar.

Eu agradeço ao grão de bico por conhecê-lo de uma forma inesperada pra mim; como boa mineira que sou sempre fui criada a base de queijos e posso afirmar que foi o queijo vegano, de alimentação viva mais próximo do sabor comum do feito com leite que já saboreei, pelo fato de me deixar surpresa com o resultado final. O que gerou em mim quebra de preconceitos, pois acreditava cegamente que não iria dar certo e ficaria ruim, isso me gerou muita alegria, felicidade e vontade de experimentar esse método de fermentação em várias outras sementes de cereais , proteicas e oleaginosas.



 

FILME “Camelos também choram”.

Eu agradeço a oportunidade de conhecer um pedacinho de uma cultura que nunca imaginaria como possibilidade de vida. Pelo fato que através do filme pude perceber o quanto a vida daquela tribo, é simples comparada ao estilo de vida moderno que tem suas comodidades e tão complexo e sistemático para que flua em simbiose com a natureza rude da região.

Apesar do estilo de vida rural, o sentimento de aconchego dentro da tenda, com toda a família reunida, claramente com um sentimento de amor e compartilhamento, sabendo que um pode contar com o outro, me fez querer estar lá.

O filme gerou em mim, grande empatia com a Ingen Temee (Camela), gerou também um grande espanto por sentir tamanha comoção com os sentimentos da Ingen. Nunca saberei qual o sentimento exato que ela teve, porém entendi porque ela rejeitou Botok (filhote) por tamanha dor que ele lhe causou, acredito que ela não quis se aproximar dele depois. Uma mistura de medo, de a dor voltar e também raiva, pela dor que ele lhe fez passar. Quando o violinista aparece e a Odgoo (moça) começa a cantar, sua canção me acerta com tanta força que não contenho as lágrimas, é como se sentisse todos os sentimentos ali presentes, da Odgoo de compaixão com a camela, do violinista envolto de esperança, da Ingen com o nascimento do amor pelo filhote superando seu medo e raiva e do Botok sentindo seu amor pela mãe ser correspondido. É muito lindo e emocionante.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM PIGMENTOS VIVOS

as cores e os sabores do repolho roxo, da abóbora, da beterraba e do inhame.

Eu agradeço aos alimentos de hoje que permitiram conhecê-los melhor; a beterraba, o inhame e em especial a abóbora, pelo fato de me surpreender com seu adocicado sabor, sua leve textura e vibrante cor laranjada. A mistura de cores e sabores entre a beterraba e a abóbora ficou delicioso, suavizando o sabor terroso da beterraba e adoçando ainda mais a bebida com a abóbora. Não menos importante, o inhame com sabor característico, porém com uma textura cremosa e aveludada me geraram ideias de como melhor inseri-lo na minha alimentação e agora de uma maneira nova e divertidamente mais simples do que a que já conhecia.

Irei testar receitas com esses novos ingredientes, que sempre estiveram presentes, porém nunca foram realmente vistos por mim, agora os enxergando melhor vou integrá-los a minha vida alimentar.

Tudo isso gerou em mim grande alegria, criatividade e esperança em um novo modo de alimentação individual, que pode quebrar barreiras, preconceitos e fazer uma vida mais sustentável integrada harmonicamente à natureza e quem sabe se tornar coletiva.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM DESIDRATAÇÃO DE SEMENTES DE CEREAIS

Pão dos Essênios

Agradeço ao amendoim e o grão de bico por ter a oportunidade de testá-los em sua forma mais nutritiva. Também agradeço aos Essênios por transmitir seu conhecimento e por poder presenciar a receita mais linda que vi até hoje; pelo fato de me surpreenderem por nunca nem imaginar que uma receita poderia ser composta de tanta vida.

Agradeço também por conhecer os anjos da água, do ar e do fogo, pelo fato de me mostrarem que uma refeição está tão conectada ao planeta.

Tudo isso gerou em mim um reconhecimento de integrante do mundo, de reconexão com a mãe Terra. Também o reconhecimento como uma pessoa privilegiada nesse mundo tão confuso, privilegiada por ter o direito de escolha. Quantas pessoas vivem sem saber que tem esse direito, simplesmente por não terem a oportunidade de conhecê-lo, quanta pessoa se quer sabem que tem o direito do conhecimento, quantas pessoas tem lutas diárias para sobreviver em que lhe são roubadas outras oportunidades como o ato de se alimentar, nutrir.

O maior ato de protesto que podemos fazer em favor de uma mudança é distribuir o conhecimento, é encontrá-lo e espalhá-lo para que não existam mais privilegiados, mas exista um mundo de privilégios acessível a todos.

 

FILMES “La Belle Verte” (1996) e “Pense global, aja rural” (2010).

Agradeço a Coline Serreau, por ter tido a brilhante idéia e coragem de desenvolver esse filme, de uma forma leve e divertida, tratando um assunto tão sério que é a vida da humanidade e suas relações. Pelo fato de conseguir assisti-lo, hoje (2020) me sinto privilegiada, pois acredito que poucos puderam presenciar um filme encaixar tanto na realidade. Me chamou muito a atenção, a relutância dos turistas para visitar a Terra, de certa forma bem justificada, porém me questionei, como seres tão evoluídos, deveriam demonstrar uma empatia maior e solidariedade de ensinar aos terráqueos. Afinal, ainda somos apenas crianças ignorantes, que se desconectaram da Terra e se conectaram a ideias de um modo de vida não sustentável e natural.

Que gerou em mim primeiramente vontade de abraçar uma árvore, pular em um rio, abraçar um bebê. Também uma esperança pelo momento em que vivemos que é uma desintoxicação da Terra, para que seus habitantes repensem o que realmente é importante na vida e como viver em simbiose.

 

SEGUNDA APRESENTAÇÃO DA PESQUISA CONVIVENCIA COM O BIOCHIP.

Agradeço a semente, a prof. Ana Branco. A semente pelo fato de nos disponibilizar tamanha informação nutritiva em um espaço tão diminuto, nos mostrando biologicamente como funciona um chip; sendo assim não poderia ter um nome mais preciso que Biochip.

Agradeço a Prof. por ter descoberto essas informações, como funcionam e como torná-las disponíveis para nós alunos, principalmente por ajudar a nos livrarmos da ignorância de não conhecer a natureza em sua forma mais simples e fácil.

O que gerou em mim, grande sentimento de gratidão, e imensa vontade de descobrir mais e mais sobre a natureza, e como mudar meus hábitos que foram implantados erroneamente. Quero me tornar mais terráquea, mais básica, ter mais longevidade e distribuir também essa informação para que mais e mais pessoas possam ter opção de escolha entre o contato com a vida ou a destruição.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM RAIZ DE AIPIM

Eu agradeço aos índios, pelo fato de terem aprendido a técnica de preparo da mandioca. E terem aprendido com SUMÉ, o Deus dos índios, a ralar o aipim e botar no sol para secar evaporando assim o veneno que os matavam.

Agradeço a mandioca por estar disponível para ser consumida, ser de fácil plantio e fácil manuseio, além de ser um produto nacional altamente nutritivo.

O processo de ralar a mandioca gerou um sentimento de “memória afetiva” ( Maturana), não a memória de vivência, mas uma memória que parece estar interna, enraizada nos músculos e ossos. Quando estava ralando me senti transportada, me senti rodeada de pessoas fazendo o mesmo processo, me senti aconchegada, sendo parte de um todo. Quando terminei, me surpreendi percebendo que estava no meu apartamento e tinha acabado de presenciar o que é a sacralização de um alimento.

Esse processo gerou em mim, uma forte sensação de agradecimento pelo alimento, de importância, de cuidado, de querer fazer parte, de compartilhar; o que me fez pensar que, se todos também passassem por isso, acredito que o alimento se tornaria tão importante como as hóstias em uma cerimônia religiosa, então o desperdício e a fome não existiriam, pois o que é sacralizado não é jogado fora.

 

Bolinho de aipim, realizar as experimentações.

Agradeço a farinha de mandioca, por ter recebido bastante chuva enquanto desidratava no sol e virado uma “sopa”, pelo fato de me dar uma idéia de fazer uma estufa de secagem para protegê-la.

Gerou em mim no início uma frustração, pois queria ter participado junto na aula, e por ter dado errado desidratação não participei ativamente. Porém depois refiz o processo de desidratação, transformando um caixote de feira em uma mini estufa, protegida da chuva, insetos e enfim consegui minha “areia.”de aipim.

Quando consegui me enchi de felicidade e orgulho por ter dado certo, então comecei a brincar fazendo os desenhos, fiquei horas desenhando, quando percebi na verdade estava meditando.



Assim, fiz os bolinhos temperados com cebola roxa, pimentão vermelho, coentro, sal e para meu espanto estavam deliciosos. Acho que comi muito, mas estavam muito bons. Tudo isso gerou em mim grande sentimento de realização, ter conseguido fazer minha comida e apreciá-la no final.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA

Sopa de aveia germinada com alho poró, alho e pimentão vermelho, realizar as experimentações.

Agradeço a aveia pelo fato de me ensinar um novo modo de utilizá-la. Pelo fato de sua forma mais simples encontrada na natureza ser a mais nutritiva. Gerou em mim grande vontade de adquiri-la para realizar a experiência de experimentar seu sabor e sentir em meus dedos o preparo dessa sopa.

 

DOCUMENTÁRIOS Ernst Gotsch:

Agradeço a Ernst Gotsch, por ter visto uma possibilidade de conexão com a natureza no nosso país, pelo fato de servir de exemplo e mostrar na prática que é possível viver sintropicamente com a natureza que não é apenas um conceito ideológico.

Em seu documentário, vida em sintropia, o principalmente aprendizado que podemos obter é que devemos trabalhar de acordo com a vida da floresta e não a floresta trabalhar no sentido do agricultor. Devemos entender a engrenagem do planeta, como inclusão permanente e não de proteção.

Nesse momento em que vivemos, podemos perceber como o ser humano estava e está sendo inoportuno e como a natureza está nos dando um momento para pensar e agir diferente, para que todos façam parte do sistema inteligente que é a natureza.

Tudo isso gerou em mim, grande esperança, na mudança de pensamento e atitudes que irão surgir. Um novo mundo de integração entre homem e natureza está surgindo.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM PIGMENTOS VERDES

Os diferentes tons e sabores de verde,

Agradeço a couve, a chicória e à alface, pelo fato de serem instrumentos para minha educação e descoberta de novos sabores, texturas e utilidades (como tinta). O processo de retirada da “tinta”, da clorofila dessas verduras, foi muito divertido, quando comecei a sujar as mãos e a pintar me senti uma criança novamente, curiosa com as cores, com o que poderia desenhar e qual sabor teria. Quando bebi as tintas, de imediato me peguei rindo da surpresa dos sabores. A couve tem sabor de couve, mas com um gostinho de mato. A chicória tem um sabor mais azedo, mas bem suave; muito diferente de comer a folha. A alface que mais me surpreendeu, ela tem um sabor muito diferente, quando bebi tive a sensação de estar bebendo vento e no fundinho um sabor leve de grama e uma sensação gelada na garganta, engraçado né?! Mas acredito que seja a melhor descrição que consiga fazer. A experiência gerou em mim alegria,

 

RECONHECIMENTO DA TERRA NO SEU PROCESSO DE COMPOSTAGEM

Agradeço à prof. Ana, pelo fato de mais uma vez compartilhar seu conhecimento e dessa vez seu lar para a possibilidade conhecer como é fazer terra. O processo de compostagem gerou em mim grande encantamento, pelo fato de saber que no final de todo o processo o resultado é terra. Foi um verdadeiro deslumbramento quando vi que todos aqueles alimentos, em um processo de degradação natural, com agentes naturais, sem nenhum tipo de interferência humana, apenas a interferência do tempo, no final virariam terra. Terra nutrida para germinar vida. Tudo isso gerou em mim fascínio pelo produto final e pela grande possibilidade de diminuir significativamente o lixo que produzimos, tudo fazendo parte de um ciclo, o alimento consumido, os restos se transformando em terra que é o berço de novo alimento. Assim como disse Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM O CACAU

Documentário “O lado negro do chocolate”

Agradeço ao cacau pelo fato de ser tão versátil, tão fácil de plantar e por expor o lado obscuro do ser humano que até o momento havia sido postergado. Assim como toda ação tem uma reação, o momento que vivemos hoje, claramente é uma remexida nos princípios do que realmente importa.

Agradeço também, a Miki Mistrati, pelo fato de ter tido coragem em realizar o documentário, se expondo ao risco de ameaçar essas grandes corporações. O documentário gerou em mim grande sentimento de impotência e tristeza, pois desde criança ouço sobre o trabalho infantil, que sempre estão combatendo, que é errado, mas assistir a isso demonstra que não houve progresso. Assim como o CEO (Frank Hagemann) da OIT mesmo disse: “trabalho na área de programas e trabalho infantil há 30 anos, mas em termos de mudança real, vimos pouca coisa”. Isso é constrangedor como ser humano, claramente nós demos errado em algum momento, quando começamos a achar “normal” esse tipo de situação? Quando não quisemos mais nos importar?

O trabalho infantil é uma triste consequência, de um ciclo que foi criado para dar errado. A partir da pobreza dos cidadãos da África, que não tem acesso à educação, à informação, a terra, a qualidade de vida não existe; e quando se está no desespero qualquer ponta de luz é esperança. A partir daí os traficantes, que também estão no mesmo patamar, iludem as famílias dizendo que as crianças terão mais prosperidade se forem com eles. As crianças inábeis para decisões, escutam aqueles que lhe são confiantes, acreditando na possibilidade de uma vida melhor. A realidade cruel dessas famílias leva a um único caminho, iniciando o ciclo.

No meio do caminho, existem as grandes indústrias, que camuflam a realidade do trabalho infantil, não se responsabilizando de onde e como a matéria prima chega até as fábricas, mesmo sabendo do processo.

No final do processo temos o consumidor, eu, você, seus pais, nossos filhos. Que temos o poder de decisão. Porém a informação que chega ao consumidor final é a de que o chocolate é distribuir amor, alegria, é presentear quem você ama, todos supõem que atrás desse marketing não existem indústrias que não distribuem esse sentimento em toda a cadeia de produção, ludibriados, doutrinados escolhemos não ver e consumir.

O poder de escolha é um privilégio e é ponto de mudança. Se o consumo do chocolate diminuísse, digo não parar totalmente, diminuísse apenas, já aconteceria um estrago financeiro o que faria as empresas se questionarem o porquê isso estar acontecendo, quando investigassem e descobrissem que está relacionado a como a matéria-prima é adquirida, com certeza, sem sombra de dúvida, as empresas se responsabilizariam pela forma que é adquirida. E sim, há outras maneiras de obter chocolate, de consumir chocolate sem toda essa cadeia de destruição de vida. Basta nos ligarmos a terra, voltar às origens, ser parte de um todo que é a natureza e não querer ser o topo da cadeia.

A única forma de quebrar a cadeia e nos sentirmos menos impotentes, é não consumir, buscar informação do que é o produto e divulgá-la. Hoje na era da tecnologia devemos utilizá-la da melhor forma possível, nos tornando questionadores e dando o poder de escolha a nós e outras pessoas. Só através da educação e conhecimento mudaremos o que deu de errado no ser humano.

 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM PIGMENTOS VIVOS

Couve, Repolho roxo, Abóbora, Beterraba

Doce de coco com amendoim germinado colorido com pigmentos vivos

Eu agradeço o coco, o amendoim, as passas brancas e os pigmentos da beterraba, couve, repolho roxo e abóbora. 

Pelo fato de me encantarem com suas cores vivas. No dia da aula não consegui fazer o experimento no momento da aula, mas observando a prática fiquei muito curiosa e maravilhada com a beleza dos doces queria fazer logo para degustar também essa iguaria. No dia que fiz em casa fiquei muito empolgada, porém quando experimentei me decepcionei, acredito que minha expectativa estava muito alta, mas a combinação dos sabores não me agradou, a textura não ficou lisinha, acredito que meu processador não conseguiu fazer uma massa homogênea, interferindo no resultado final. Na dúvida se tinha feito errado refiz a receita, assisti a aula novamente para rever os passos e refiz o experimento, porém ainda não me agradou. Acredito que a combinação desses ingredientes não é satisfatória para o meu paladar, prefiro consumi-los separados.

Esse processo gerou em mim quebra de expectativas, pois acreditava que por serem tão bonitos seriam muito gostosos.

Fico feliz em saber mais sobre as possibilidades dos alimentos e aos poucos formar o autoconhecimento alimentar.









 

DESENHO DE INVESTIGAÇÃO COM MANUTENÇÃO DE TEMPERATURA

Eu agradeço a Cevadinha, a cenoura, a maçã, o aipo, ao açafrão da terra, o sal e o azeite.

Pelo fato de juntos combinaram tão bem e produzirem um alimento tão saboroso e nutritivo. Fiquei fascinada com o resultado, não imaginava que um alimento que não foi cozido obtivesse uma textura e sabor como se o fosse. Se me apresentassem essa refeição e não dissessem nada não desconfiaria que fosse tudo cru e germinado.

Geraram em minha muita surpresa, quando experimentei a primeira colherada dei uma gargalhada, os sabores me surpreenderam muito e como se diz em Minas: “Nu, que trem bão!”.

 

Assistir ao documentário “Les Ballons Pirates De Rio - 2001”

Eu agradeço ao documentário Les Baloons – Elienne Chambolle e a todos os baloeiros participantes que deram seus depoimentos sinceros no filme.

Pelo fato de me mostrarem um ponto de vista desconhecido e responderem ao meu questionamento, - Qual o significado de soltar balões? Percebi que o ato de soltar balões vai muito além do soltar. Através dos relatos, o ato final de soltar o balão passa por todo um processo que envolve cultura, comunidade, união, luta e por fim a magia.

O ser humano foi feito para viver junto e ter propósito e o balão preenche esses critérios, ele proporciona o sentimento de realização, participação em grupo e pertencimento. Além da magia de controlar o fogo e dominar a arte, apreciando o momento e a sensação sendo registrada na memória.

Gerou em mim grande surpresa por perceber aspectos que antes eram desconhecidos, pelo fato de conhecer apenas por via da mídia. Encantei-me com a paixão dos artesãos em todo o processo desde a escolha do desenho até o momento fatídico de liberar seu trabalho. O único pensamento que me surgia enquanto terminava de assisti-los era; que um dia eu também tenha essa paixão.

 

DESENHANDO MANDALA COM FRUTAS CITRICAS E NEUTRAS

Agradeço o mamão, o abacate, o abacaxi, a goiaba, o amendoim, a uva passa, a uva, a manga, a mexerica, o processador de alimentos e em especial a Prof.ª Ana, por proporcionar tanta sabedoria.

Pelo fato de me mostrarem como a combinação das frutas pode ser mais saborosa e não causar indigestão como quando ingeria a salada de frutas costumeira.

Gerou em mim grande surpresa quando experimentei abacate com abacaxi, uma possibilidade tão simples, mas que nunca havia nem pensado. Incrível como todas as frutas já eram conhecidas e ainda sim desconhecidas. Que delícia experimentar o mix de abacate com abacaxi, o suco de manga e o amendoim germinado. Agora sinto que um mar de possibilidades se abriu.

Quando terminei os experimentos, percebi que tinha comido meu desenho, ri de mim mesma, quando poderia imaginar que comeria um desenho?! Senti-me tão engraçada e divertida, que acho que estou viciada nessa sensação, com certeza irei fazer de novo.



 

MANDALA DE FRUTAS DOCES E NEUTRAS COM AMENDOIM GERMINADO

Eu agradeço o mamão, o caqui, a banana, o abacate o amendoim germinado, a canela e a Prof.ª Ana Branco.

Pelo fato dos alimentos fornecerem tanta nutrição e a Prof.ª pelo conhecimento fornecido e as lindas histórias narradas. Foi muito divertido desenhar com as frutas junto na aula virtual e saber que depois de pronto poderia comer meu desenho me deixou muito satisfeita. O sabor das combinações juntas ficou maravilhoso, nunca gostei muito de abacate, mas junto aos outros ingredientes ficou incrível.

A experiência gerou em mim uma memória afetiva. Quando a Prof.ª Ana começou a narrar a história com seu avô fiquei muito emocionada e feliz por estar ali, sendo ouvinte. Agora toda vez que for consumir meus desenhos irei lembrar-me dessa sensação, o que tornou a combinação com os alimentos muito mais prazerosa e especial. Obrigada!



 

COMEMORANDO FESTA JUNINA COM CANJICA DE BANANA DÁGUA COM AMENDOIM GERMINADO, COCO RALADO , CANELA, GENGIBRE E BANANA PRATA

Agradeço a banana nanica, o gengibre, o amendoim germinado, o coco ralado, a música de festa junina. Pelo fato de me proporcionarem um momento tão divertido e nostálgico; relembrando as festas juninas que participava. Apesar de a canjica ter ficado uma delícia, não achei parecida com a canjica convencional, mas satisfaz tranquilamente a vontade de comida típica, não sentindo vontade de consumir a outra. O que gerou em mim muita alegria de participar de uma festa junina virtual.

Lembrando que para aquecer a canjica quem deve movimentar os ingredientes dentro da panela é a minha mão, que é a medida da vida suportar o calor do fogo.







 

Bibliografia

Agradeço a todos os autores dos livros e estudos por terem executado o trabalho de publicarem suas descobertas. Agradeço à prof.ª Ana pelo fato de compartilhar conosco sua história de descoberta sobre a Aliimentação viva. Tudo gerou em mim gratidão, por poder de alguma forma participar da história da prof.ª Ana Branco.

 

APRESENTAÇÃO FINAL / FESTA DA PROVA

Começou como terapia, sim, terapia. Matriculei-me no curso por indicação da minha terapeuta, ela acreditava que esse grupo de pessoas e o tema do curso faziam sentido para que eu participasse, e ela estava completamente certa, sou muito grata à ela por ter tido a sensibilidade de me ver encaixando nesse grupo.

Estava em um momento turbulento quando comecei, precisava de um canto, e de cara conheci uma conterrânea lá das Minas Gerais, quem diria, tive que ir tão longe para conhecê-la e esse foi só o início dos encantamentos. Já na primeira aula fui apresentada à potente semente de trigo, assim como todas quando germinadas aumentam seu valor em 20.000 vezes, sim 20.000 vezes, não é incrível? Senti minhas barreiras sendo quebradas, um novo mundo estava por ser descoberto. O que eu conhecia era apenas uma gota no oceano do descobrimento.

Antes de iniciar a terapia e o curso, fui a uma psiquiatra que prescreveu alguns medicamentos, aqueles de tarja preta mesmo, foram-me receitados para que me curasse dos males psicológicos. Porém devido a quarentena, tive que fazer um desmame forçado e quando meu corpo já estava livre dessas drogas, percebi que eles estavam apenas me anestesiando.

Então livre das drogas, pude sentir o bem que esses alimentos conhecidos, porém novos me proporcionaram. A cada aula, a cada reprodução de receita em casa, me sentia mais feliz, mais encantada, e a cada dia só sentia vontade de experimentar outra semente. Ah! e quando colhi meus primeiros brotos de girassol, ri sozinha, não me contive, peguei direto do vaso e comi, ri de novo pensando “estou comendo mato”!

E quando fiz o desenho com as frutas, a prof. Ana ensinou a fazer uma borboleta, nunca ri tanto de uma mexerica. Adorei poder comer meus desenhos, vejam só comer desenhos, quem diria que um dia eu falaria isso!

Como mais uma atividade, a prof. nos perguntou para que serviu o convívio com o Biochip esse semestre. Ele me serviu para ser potente, feito a semente de trigo, que no meio apropriado consegue se expandir ao seu potencial máximo, depois se torna parte do solo ou de alguém. Sinto-me assim, pertencente a esse grupo, a essas pessoas, as sementes que reconheci (conheci de novo). E por isso sou grata, à minha terapeuta, à prof. Ana, aos alunos e amigos que fiz. Grata ao encantamento que é a vida. Sinto que achei meu canto. Obrigada.

 

Receita da comidinha para a FESTA DA PROVA:

Tabule

Ingredientes:

-Gão de bico e amendoim germinado

-Alface crespa e americana

-Agrião

-Hortelã

-Salsinha/cebolinha

-Pimentão vermelho e amarelo

-Limão

-Sal

-Azeite

-Cenoura

-Pepino

-Tomate