Projetos em Design

Reconhecimento e Integração dos elementos do meio natural e do meio social

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A boneca que educa pela vida

 

Equipe:

Isabelle Vieira Nobili

bellesbnb@hotmail.com

 

Ricardo Lange Hilgert

rl_hilgert@hotmail.com

 

Grupo social:

Joana D´arc Souza Feitoza Varejão

Escola Municipal Luiz Delfino

Rua Marquês de São Vicente 238 – Gávea

 

Este projeto foi feito na Escola Municipal Luiz Delfino na Rua Marquês de São Vicente, 238 na Gávea com a professora de alfabetização Joana D´arc. Ao longo do tempo, tivemos a oportunidade de acompanhar algumas aulas com a professora Joana D´arc. Uma de suas atividades preferidas são os exercícios de alfabetização usando letras e palavras escritas no quadro incentivando os alunos reconhecessem as letras e identificassem as palavras.

A partir do conjunto de palavras que compõem o universo vocabular da Joana  reconhecemos como tema para o projeto: “É tempo de pensar em educação, vamos escolher uma educação pela vida.”

A professora Joana D´arc acredita muito nas atividades em que os alunos participam ativamente, aquelas em que os alunos têm a oportunidade de interagir com o exercício muito além de simplesmente escrever. Ela sempre gosta de fazer os alunos pensarem, em tudo, e só depois colocarem no papel. Começamos a fazer os experimentos através da frase-objetivo e, com isso, concluímos que ela admirava a parte tátil na qual as crianças pudessem aprender através desse meio. Criamos  uma boneca didática e que, através dela, pudessem ser feitas várias atividades.

Passamos à construção do objeto final, uma boneca que possibilitasse a intercessora desenvolver múltiplas atividades. Ela foi feita com algodão e enchimento, repleta de possibilidades, a principal delas, o quadro de imãs para escrever palavras também feitas com imãs e lixa para ser explorada a parte do tato . A boneca foi usada com bastante utilidade e interatividade tanto por parte dos alunos quanto da Joana.

 

Isabelle: Fazer projeto para mim foi uma experiência muito boa e que me levou a ter muitas aprendizagens. No começo eu achava que ia ser um processo chato e que eu teria que fazer tudo rápido para me livrar. Mas logo quando conheci minha intercessora e comecei a visitar a escola, vi que muito pelo o contrário, eu queria cada vez mais ir lá e fazer tudo com detalhes e não com pressa. Aprendi que quando se está em um ambiente em que todos gostam do que se está fazendo e te incentivam, é essencial para você fazer com muito entusiasmo. Encontrei algumas barreiras pequenas ao longo do caminho, mas as superei com bastante força. Fazer projeto é gostar, aprender com cada detalhe, crescer em cima de cada erro e enxergar tudo que está ali. Descobri que amei fazer projeto e que foi uma experiência única que eu recomendo para qualquer outra pessoa que nunca fez. Eu  cresci muito na minha visão sobre as coisas, e o rumo que elas tomaram me fizeram ser mais observadora e criativa.

 

Ricardo: Eu acreditava que fazer projeto era algo puramente físico, era ver alguma necessidade em algum lugar especifico e, então, desenvolver algo que preenchesse aquele vazio. Eu acreditava que seria como procurar um buraco em um navio e então tampá-lo com alguma coisa, alguma coisa que eu viesse a desenvolver. Ao longo do caminho, eu fui vendo novas coisas, novos horizontes e com isso fui revendo a minha resposta para a pergunta anterior. E é ai que se encontra o aprendizado. Fazer projeto é como fazer uma escultura, você começa com uma idéia do que será, mas tudo pode acontecer ao longo do percurso. Durante este projeto, aprendi que paciência é a virtude mais importante, aprendi que nem sempre tudo ocorre como queremos, como planejamos que fosse ser. Aprendi que dedicação é fundamental para um bom projeto, como tudo na vida, não adianta apenas querer, temos que fazer acontecer. Aprendi que nunca existe um limite, quando mais nos dedicamos melhor fica o resultado.

 

Gratidão Isabelle: Agradeço ao Ricardo por ter sido meu grande companheiro durante todo o projeto. Isso gerou em mim uma enorme proximidade com ele fazendo com que conseguíssemos cumprir nosso objetivo com sucesso e sem nenhum tipo de conflito.

Agradeço a professora Joana por ter me apoiado e recebido na sua sala. Isso gerou em mim uma enorme responsabilidade com ela e com o projeto.

 

Gratidão Ricardo: Agradeço a Isabelle por ter me ajudado nos assuntos dos quais eu não tinha a mínima noção durante todo o tempo em que estivemos trabalhando no projeto. Isso me fez entender melhor como é, e como funcionam, diversas técnicas e as mais variadas funções que tais técnicas podem vir a ter.

Agradeço a professora Joana por ter nos ajudado e apoiado durante todo o período em que estivemos acompanhando suas aulas para a realização do projeto. Isso me fez perceber que o que fazemos pode fazer alguma diferença e assim mostrando a importância de fazer um bom projeto                     

 

 

Avaliação feita pelo intercessor:

Na ocasião em que o diretor da escola Luiz Delfino chegou com os dois jovens Isabelle e Ricardo em minha sala de aula, eu estava vivendo uma situação difícil como professora: havia recebido o vigésimo sétimo aluno para alfabetizar, depois de dois meses de aula. E o mais difícil disso tudo é que era uma criança que provavelmente tinha problema cognitivos, psicológicos e psicopedagógicos que interferiam em seu processo de aprendizagem. O cotidiano da sala de aula da turma 1101 estava complicado. Receber estudantes naquele momento foi difícil para mim. Mas sempre mantive as portas da sala, a mente e o coração aberto para projetos como este, para estagiários de design da PUC e de outras faculdades, para voluntários e etc. Dedicação, gentileza, educação, respeito, interesse, responsabilidade, persistência, paciência, discrição, compreensão e criatividade são algumas das atitudes que destaco em Isabelle e Ricardo. Do cotidiano daquela sala de aula em que eles se fizeram presentes por algumas horas semanais, os dois alunos selecionaram eventos lingüísticos orais/escritos e semióticos que justificassem um projeto. E assim, Isabelle e Ricardo chegaram ao final do trabalho com uma boneca munida de vários instrumentos didático-pedagógicos essenciais na alfabetização lingüística e matemática. Uma boneca assim serve ao professor alfabetizar para “mil e uma utilidades” seguindo principalmente o critério da ludicidade como facilitadora da aprendizagem; e, além disso, as próprias crianças também podem manipulá-la individualmente ou em pequenos grupos.

Declaro que recebi em condições de uso para experimentação na Escola Municipal Luiz Delfino o objeto resultante deste projeto.

Nota (de 1 a 10): 10

Rio, 23/06/2009

 

 

Disciplina: DSG 1002

Turma: 1AC

Professores: Ana Branco e Luis Vicente Barros

  

 

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