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Jogo de tabuleiro para agitar o
descobrimento
e o
aprendizado das crianças
Ana
Rachel Avelino Freire Faria
rachel_freire246@hotmail.com
Grupo social:
Rejane
D’Acri Areias
rdacri@bol.com.br
CIEP Presidente Agostinho Neto
Realizei meu projeto no CIEP
Presidente Agostinho Neto, com a professora Rejane Dacri, que dá aula para
alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Eles estão na idade de aprender a escrever,
então ela faz vários trabalhos que combinam desenho e palavra, aliando
situações vividas ou histórias aos textos dos próprios alunos.
Em minhas conversas com a
Rejane, ela deixou claro que acredita que as crianças devam entender o
significado de escrever, não vendo palavras como coisas soltas, mas como
signos capazes de criar significados.
A partir do conjunto de
palavras que compõem o universo vocabular da Rejane reconhecemos como tema
para o projeto:
“ESCREVER
LIVROS PARA AGITAR O DESCOBRIMENTO DAS CRIANÇAS”.
Antes de começar atividades de
escrita, a Rejane costuma falar do assunto que vai tratar ou mostrar às
crianças algo relativo a ele. Quando eles foram escrever sobre suas
brincadeiras preferidas, por exemplo, ela fez com eles uma brincadeira antes
em que eles poderiam imitá-las.
A partir da experimentação das
primeiras idéias em suas aulas, ficou definido que o objetivo do projeto
seria um produto que possibilitasse a dinâmica de jogo e a descoberta por
parte dos alunos de maneira que não fosse algo estático, sempre igual,
passível de ser memorizado pelos alunos.
Como objeto final produzi um
jogo de tabuleiro cujas casas podem ser mudadas de lugar e podem se abrir,
revelando perguntas que podem ser modificadas.
Esse objeto foi feito com
algodão, plástico, acrilon, papel e muita costura. As casas são circulares,
feitas de algodão, recheadas de acrilon e com bolsos de plástico, com
acabamento de viés, o tabuleiro é de tecido, recheado com acrilon e com
acabamento de viés, os números sorteados para andar são feitos de tampinhas
cobertas de tecido, preso com linha e elástico, no qual os números de 1 a 6
foram escritos com caneta própria, os peões são muito semelhantes as casas,
sendo feitos do mesmo material, mas podendo ficar “em pé” e as perguntas
foram escritas em papel.
Está sendo usado pela
professora Rejane junto aos alunos do 1º ano tanto para fazê-los descobrir
como jogar esse tipo de jogo de tabuleiro quanto para ensiná-los outras
matérias.
Conclusão e Avaliação da Intercessora
Avaliação
da intercessora Rejane D’Acri
No início, alguns materiais
apresentados para o grupo não eram utilizados de forma adequada e nem sempre
sabíamos como usá-los. Com o passar do tempo o grupo foi amadurecendo, se
organizando e eles próprios se encarregaram de criar uma função para cada
objeto. A turma sempre demonstrava maior interesse e curiosidade quando era
oferecido algum jogo na nossa rodinha. Em relação ao jogo oferecido pela
estagiária foi muito proveitoso, pois poderei usá-lo em diferentes
atividades, já que o mesmo proporciona diferentes maneiras de utilização.
Conclusão
de Rachel Freire
Esse projeto me trouxe três
ensinamentos importantes.
A primeira é uma noção muito
melhor de tempo. Quando estamos no colégio, normalmente reclamamos do que
temos que fazer, do tempo que consome ou de não estarmos fazendo o que
queríamos estar. Tanto pela demanda desse projeto – que certamente faz jus ao
nome – quanto por eu estar fazendo sozinha me mostraram o que é realmente ter
de trabalhar muito e não ter realmente tempo para nada. No meio do projeto,
eu me via esquecendo coisas que eu nunca teria esquecido – de ir aos
aniversários e locais importantes, de fazer trabalhos para nota, de almoçar.
A segunda diz respeito às
relações interpessoais. No primeiro momento, eu fui a diversas escolas e
várias não me deixaram entrar, algumas educadamente, outras bruscamente. Eu
sou o tipo de pessoa que tem a capacidade de ficar meia hora com o telefone
na mão sem conseguir ligar para um colégio por saber que não vai conseguir
falar com quem atender. Ou seja, eu tive que me controlar e me forçar a fazer
muita coisa e falar com muita gente para conseguir terminar esse projeto e
ainda que eu odeie isso, sei que me fez crescer e sei que é preciso saber ser
diferente.
Algo que eu almejei conseguir
quando percebi que ia fazer esse projeto sozinha: ser capaz de seguir em
frente sozinha e de fazer tudo sozinha. A terceira coisa que eu levo desse
projeto para sempre é que isso é impossível e que se você tenta fazer tudo
sozinha isso te leva a ficar tão estressada que você precisa de outra pessoa.
O ser humano é um animal de grupo. Por mais que cada um possa ter seus
interesses particulares, que leva em frente sem a ajuda dos outros, ele é
ajudado por eles em outras áreas, que indiretamente afetam aquela outra
individual.
Agradeço à Rejane por cada
momento que ela dedicou a mim. Ela é uma pessoa que eu não consigo entender
facilmente e isso me intimida um pouco, mas me faz ter de me esforçar mais e,
assim, crescer. Eu escolhi sua aula por causa do tipo de relação que percebi
que estabelece com os alunos e o entendimento que ela tem das pessoas.
Aprendi bastante com ela sobre julgar os outros e fizemos um projeto muito
gratificante, por isso fico bastante satisfeita por tê-la escolhido como
parceira.
Disciplina: DSG1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco e Vicente Barros
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