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Planos que compõem Espaços para se Morar na Linguagem da Arte
Ana Carolina Bolshaw
anabolshaw@gmail.com
Pedro Zylbersztjan
pedrozylber@gmail.com
Grupo social:
Isabel Henning
hennigisabel@ig.com.br
Núcleo de Artes do Leblon
Praça Nossa Auxiliadora, s/nº - Leblon
O projeto foi realizado no Núcleo de Artes do Leblon, com a professora Isabel Henning, de Artes Visuais. A aula consiste em uma introdução à linguagem artistica para crianças de 4 a 9 anos, e se apoia no uso de artistas contemporâneos e suas obras para discutir e criar sobre os elementos de suas linguagens. Entre as atividades, estavam reconhecer esses ditos elementos, desenhar a partir deles e criar obras a sua semelhança. A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Isabel Henning, reconhecemos como tema para o projeto: “Olhar para a arte articula a linguagem contemporânea”. Para a identificação e criação de uma linguagem e o desenvolvimento de um pensamento plástico nas crianças, ela lança mão de observar obras e artistas que utilizaram tais recursos como uma forma de desenvolvê-los adiante. Definimos como nosso partido adotado a ideia de ‘tridimensionalizar o Mondrian’, por ele ter em si de forma evidente os elementos da linguagem visual, e para podermos torná-lo tátil. Chegamos por fim ao conceito de amolecer o aspecto geométrico e rígido do artista. Para isso, usamos de base a série “Bichos” de Lygia Clark, em que são feitas articulações em superfícies antes permanentes. Ao tridimensionalizar, nos baseamos nos labirintos e penetráveis de Hélio Oiticica, que tomaram base nas composições de Mondrian. Assim, fizemos painéis retangulares usando a palheta de cores do primeiro artista, para que eles servissem como paredes modulares para a composição de um labirinto, e também como um objeto escultural maleável. O objeto foi feito de tela soldada de alumínio com tiras de Helanca trançada.
Conclusão de Pedro Zylbersztajn
Ao longo de todo o processo do nosso projeto II, tivemos que tomar mudanças consideráveis no encaminhamento que estávamos tomando. Muitas vezes me via, diante dessas mudanças, empacado pelo medo de que elas não fossem possíveis, ou que dariam errado. Creio que o grande aprendizado que extrai da minha experiência foi justamente encarar novas possibilidades com um olhar diferente do que costumava ter: um olhar endurecido pela lógica e pelos “eu achos”. Aprendi a não me limitar pelo medo de algo que eu ainda não fiz. Esse foi apensa um de infinitos aprendizados, frustrações e reflexões. Agradeço à Isabel por ter sido tão disposta, dedicada e amorosa durante todo o processo. Isso gerou em mim tantos aprendizados quanto é possível, em especial o de que uma parceria confiante é produtiva para todos os lados, e que se você se dispõe inteiramente a algo, o retorno vai ser completo. Agradeço à Ana por ter sido uma dupla tão presente, até mesmo quando ela ou eu não estávamos. Isso gerou em mim um aprendizado de que depois de criada uma confiança, ela é muito difícil de se quebrar e o trabalho se desenvolve com muito mais naturalidade.
Conclusão de Ana Carolina Bolshaw
No desenvolvimento do projeto II, a cada semana surgiam novas sensações, descobertas e novidades, fosse pela conversa com a colaboradora ou com os professores. Estávamos em uma incerteza constante, mesmo quando pensávamos estar no caminho certo - e poderíamos estar - não podíamos nos apegar porque tudo poderia ser jogado pelos ares e substituído por outra ideia. Tenho dificuldades em lidar com o que está fora do meu controle, ficava angustiada por conta dessa incerteza, e tive que aprender a aceitar o imprevisível. Acho que essa percepção foi além do meu planejamento acadêmico, me tornou mais calma quando eu vi que independentemente do que controlava ou não, o projeto seria feito da melhor forma possível e que seria o melhor para todos.
Conclusão e Avaliação do Intercessor:
Os alunos chegaram muito tranquilos e construíram juntos um saber. Aprendemos com as cores e as formas de Mondrian, os bichos de Lygia Clark e como a linguagem da arte constrói um pensamento estético. Tudo isso em um ambiente afetivo. A s experimentações foram definindo os caminhos e os alunos bem pequenos puderam vivenciar a arte concreta pelas mãos desses jovens tão dedicados. O produto final reflete essa pesquisa aprimorada e caprichada.
Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco e Vicente Barros
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