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"Agora tenho informações que não dá pra fingir que não sei"

As viagens que fiz com o BioChip – Grupo Aberto de Estudo, Pesquisa e Desenho com Modelos Vivos - representaram muito aprendizado. Aprendi que é muito importante estar presente em cada ato, e se você está com todo o seu ser não importa o que você está fazendo: lavando o banheiro, tomando banho de mar, pedalando 60 km ou trançando um cesto de cipó.

Essa alimentação conecta a gente com a gente mesmo e consequentemente com as coisas ao nosso redor. Fiquei mais concentrada, menos ansiosa, mais organizada. Cada coisa em seu tempo, sem viver o lá na frente, lavando roupa quando tem que lavar, dormindo quando tem que dormir... Lá em Canavieiras(?) fazíamos de tudo: arrumar a "casa" (nos alojamos numa escola), fazer comida para mais de 15, lavar nossa roupa, receber pessoas que queriam conhecer a alimentação, buscar os artesãos que trabalhavam com arte viva (aquela que não degrada o meio ambiente), montar a barraca-sala-de-aula na praça, fazer a aula, coletar a matéria prima para a aula, ufa! Fizemos também uma barraca de bambu para cada artesão, montamos uma feira viva. Com isso, íamos aprendendo sobre convivência, trabalho em equipe, individualismo. Lá o "eu" era esquecido em função do "nós", aprendemos sobre a gente, com o grupo. Foi muito intenso!! Cada dia era uma descoberta. Perto do fim da viagem, sonhei que morri e no dia seguinte cavei minha cova (era minha vez de pegar na enxada e abrir o buraco da compostagem de terra).

A alimentação viva dá muita disposição. Acordávamos todos os dias às seis da manhã, trabalhávamos o dia inteiro debaixo de sol e íamos dormir para lá das onze horas. Foi muito trabalho!! Muito bonito!!

Com o BioChip você fica mais esperto, criativo, intuitivo, tem idéias... Envolve uma filosofia, um jeito de viver. Tenho agora informações que não dá pra fingir que não sei. Agora sei o que me faz bem, o que é bom para mim, como me sinto, como fico feliz, como é ser Clarisse. Meu corpo tem essa memória. Já tenho sonhado com outras viagens, parece que vai ficando cada vez mais "radical".

Clarisse Rivera
(estudante de Desenho Industrial da PUC – Rio.)


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e-mail: ana.branco@uol.com.br

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