|
Comecei a freqüentar os encontros do Biochip trazido pela minha mulher que também pouca informação tinha a respeito. Achei interessante a primeira sessão, mas achava inteiramente absurdo comer apenas comida crua e semente germinadas. Não sei por que razão dei continuidade às sessões de convivência, dado o ceticismo e o preconceito que já haviam se instalado em mim. Pensava que este processo poderia ser interessante para pessoas que tivessem alguma doença, mas não para mim. O fato é que desde o primeiro dia nunca deixei de fazer o suco com hortaliças, sementes germinadas, maçã etc, pois além de achá-lo saboroso julgava-o nutritivo. Pouco a pouco pude notar algumas alterações no meu corpo. Diminuíram e posso dizer que quase desapareceram as olheiras que eu julgava fossem permanentes. Passei a ter uma qualidade de sono excelente e minha ansiedade foi reduzida drasticamente. O funcionamento do meu aparelho digestivo mudou completamente, deixando de apresentar os incômodos anteriores. De completamente cético passei a experimentar todas as técnicas de preparo de alimentos e a apreciá-las. Devo ainda esclarecer que nunca havia preparado meus alimentos e não sei "cozinhar", mas passei a freqüentar a cozinha com assiduidade para fazer sucos, sopas, amornados, pão dos essênios, desidratados etc. Comecei a entender o processo pelo qual estava passando quando fui apresentado ao limão como shampoo. Novamente o meu preconceito: uma limonada sem açúcar para lavar os cabelos? E a espuma? Isto limpa? Maior ou menor quantidade de limão dependendo do tipo de cabelos (oleosos/secos)? Tentei e nunca mais usei nenhum dos produtos que estava acostumado a usar. A dermatite seborréica contra a qual luto desde os 20 anos (tenho 40) foi completamente controlada. Hoje continuo no processo de escolha dos meus alimentos, cada dia mais certo sobre a alimentação viva. Enfrento o preconceito dos outros e entendo perfeitamente as razões, afinal são as mesmas que também tive. Espero, entretanto, que as pessoas ligadas a mim tenham a mesma abertura que tive para tentar. Os resultados eu já conheço. Eu poderia listar uma série de outros benefícios que tive com a alimentação viva. Julgo, entretanto, que a maior contribuição que eu poderia dar seria para aqueles que, como eu, tenham preconceito com o desconhecido. Talvez por prepotência, talvez por medo várias vezes me questionei sobre a validade, mas felizmente continuei. Fernando Penteado
|
||||
e-mail: ana.branco@uol.com.br |
english version |