Em dezembro de l999, Beto me procurou e disse que estava com medo pois o médico avisara que estava saindo de férias e com certeza não o encontraria com vida na proxima consulta em l8.2.2000. Foi então que ele, Beto, tomou a decisão de não mais tomar o coquetel e arriscar tudo porque seu organismo não respondia mais aos medicamentos. Seu coração tinha ficado muito aumentado, seus rins com problemas de potássio, sua diabete em níveis elevados , enfim, descontroles generalizados. Era Natal. Ganhamos um presente: Beto, meu primo querido, a esperança de cura com o Alimento Vivo, e eu, a possibilidade de uma ajuda que mais tarde me beneficiaria tambem.

Tínhamos entretanto um problema: Ana Branco, professora do Depto de Artes da Puc, organizadora do Grupo Aberto de Estudo, Pesquisa e Desenho com Modelos Vivos, estava também saindo para um trabalho no interior da Bahia e só retornaria em meados de fevereiro. Pedimos então a ela que nos desse os ensinamentos iniciais a respeito da Alimentação Viva.

Aos 29 dias de dezembro,no encontro com Ana, ela pede para ver os pés do Beto. Estavam dormentes, suas unhas pretas , e os pontos de reflexão dos orgãos vitais escondidos.

Começamos então no dia 5 de janeiro de 2000 a fazer os Sucos de Luz do Sol, as leituras sobre Alimento Vivo e as higienes intestinais, as conversas, as dúvidas mas tambem as esperanças.

As leituras do livros do Dr,Soleil "Voce Sabe se Alimentar? e "Voce sabe se desintoxicar?" eram feitas por mim pois Beto não tinha 100% da visão de um olho e do outro só 40%.

Os sucos foram feitos com pepino, inhame, cenoura, beringela, batata doce, chuchu, couve, espinafre, bertalha, chicórea, adoçados com maçã, mais os grãos germinados, ora de trigo, feijão mung, grão de bico, alpiste, painço,ervilha...tudo batido no liquidificador sem água e espremidos num saquinho de pano fino.

Muito enfraquecido, Beto, no início, só bebia o suco que eu fazia de 4 em 4 horas. Tinha Fome, pedia o Suco de Luz. No quarto dia começou a mexer os dedos do pé e perder a dormencia. Seu hálito era terrível, suas gengivas viviam inflamadas e êle sentia que o tratamento estava expelindo essa inflamação.

Tinha uma tosse seca agoniada, que aos poucos foi passando, a secreção secando. Tudo ia caminhando quando no sexto dia, ao levantar , Beto teve uma tonteira. Ficamos preocupados. Agora eu estava com medo. Telefonamos para a Ana na Bahia e ela sugeriu que aumentasse o número de copos de suco de Luz. Agora de hora em hora. Como que por milagre sua visão começou a melhorar: o olho que nada respondia passou a ver vultos e o outro já não precisava da lupa para ver.

Sua fisionomia ficou luminosa e antes do decimo dia ele saiu de casa, andou muito, e chegou a noite em casa apenas um pouco cansado.

Começamos então a fazer juntos os Desenhos de Frutas. Abacate batido no liquidificador junto com abacaxi servia de base verde para os desenhos , com o amarelo da manga, o vermelho dos morangos e as bolinhas pretas do maracujá. E assim a cada dia variávamos as frutas, as cores, os desenhos acrescentando amendoim, castanhas ou nozes germinadas.

Agora já bem diferente, com outra fisionomia e disposição , começamos a Desenhar com as Hortaliças, o branco e o roxo do repolho, a a cenoura raladinha bem fina, o vermelho da beterraba, luas de pepino, mais grãos germinados, azeite virgem, missô, limão , davam a graça que ja estamos acostumados.

No dia 18 de fevereiro, Beto voltou ao Hospital do Fundão para a tal consulta com aquele médico que naturalmente se surpreendeu e não entendeu nada do que estava acontecendo.

Era uma outra pessoa... Entusiasmado quis conhecer a Alimentação Viva e procurou o Biochip na Puc para saber com mais detalhes. E assim Beto foi se apresentando a todos os médicos especialistas que deram alta e estimularam que ele continuasse como estava fazendo.

No Carnaval, um grupo de amigos chega de NY, tambem soro positivos, e aprendem a fazer o Suco de Luz do Sol com a professora. Ficam entusiasmados com a Alimentação Viva , continuam o processo em NY com sucesso. Convidam o Beto para trabalhar com eles ajudando outras pessoas a revitalizar. Em 10 de setembro Beto embarca para a Big Apple, e hoje já está lá trabalhando pela Vida.