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Gratidões Maria
do Socorro Martins Calháu Dezembro 2003 Agradeço
à mãe natureza, que além de ter me dado uma vida tão preciosa, tem
colocado no meu caminho tantas pessoas especiais, iluminadas, que fazem o
meu modesto cotidiano se transformar em dias de festa e de celebração da
amizade, da fraternidade, do amor, da compreensão e da humildade. Agradeço
a minha mãe e ao meu pai por terem me concebido. Agradeço
a minha mãe por ter me confeccionado durante nove meses e me
permitido vir à vida numa radiante tarde
de abril, repleta de luz, e isso
gerou em mim um imenso amor pelo sol, pela vida e pela luz. Agradeço
a Catarina, Maria Luiza, Renato, Ana Ribeiro, Ana Branco, Solange, Carminha,
Aída, Isa, Jullya, Antonia, Fatinha, Soninha, Maurílio, a todos os meus
alunos que têm sido mais meus mestres do que outra coisa, a todos os meus
mestres que por sabedoria me ouvem como se fossem alunos, e muitas outras
pessoas que não estão citadas aqui, mas que têm me mostrado
cotidianamente quem sou eu. Agradeço
à Catarina por fazer parte da minha história e por me ajudar, durante
tanto tempo a descobrir o óbvio sobre mim mesma,
fazendo com que a cada ano eu me torne mais tolerante com minhas
dificuldades e mais responsável pela minha vida. Agradeço
à Maria Luiza que durante estes 7 anos tem me provado que a amizade é um
tesouro também cheio de luz que aquece, anima, revitaliza o coração como
a semente na água. Agradeço
ao Renato que com sua mansidão me devolve a imagem do meu aceleramento e me
faz pensar no quanto eu preciso aprender a ser mansa. Agradeço também
porque ele desenhou esta
florzinha para mim com muito
carinho e cuidado e me fez gostar ainda mais dele. Agradeço
a Ana Ribeiro que é uma das pessoas mais generosas que existem na face da
terra e isto gera em mim a esperança de um dia eu ser menos egoísta de
tanto conviver com ela. Agradeço
a Carminha que por não ter medo de ousar me fez acreditar que tudo é possível. Agradeço
a Aída por estar sempre reinventando o fazer pedagógico gerando em mim um
desequilíbrio metodológico maravilhoso.
Agradeço
ao meu trabalho que é fruto de um desejo de construir um mundo melhor e que
gera os recursos financeiros que sustentam a minha família. Agradeço
à experiência com o grupo do Biochip pela delicadeza, pela paciência,
pelo exemplo, pela sabedoria que tem feito de mim uma pessoa mais humilde. Agradeço
ao Bolinha e ao Fumacinha que alegram a minha vida com a graça e a
sabedoria dos felinos e ainda me cobrem de carinhos e
rom-rons. Agradeço
à cenoura que com seu perfume e sua cor maravilhosos me fez duvidar, pela
primeira vez, dos perfumes químicos que tanto iludiram o meu olfato. Agradeço
ao inhame por se misturar às outras cores sem querer ser o único a decidir
qual o tom prevalece, e ainda assim ser maravilhoso. Esta lição de
humildade que eu tanto necessito sempre me faz refletir sobre a necessidade
de repensar o meu egoísmo. Agradeço
à terra de três meses que por
se encontrar na febre da vida gerou em mim a certeza de que o caos aparente
pode ser prenúncio de uma outra qualidade de vida onde a paz e a poesia são
elementos fundamentais. Agradeço
à terra de um ano que com seu cheiro inebriante e sua textura de veludo
gerou em mim a certeza de que a vida plena é eterna e óbvia. Agradeço
ao LILD por me trazer uma paz imensa e me colocar frente a frente com a
minha pequenez, eu que não sei esperar e falo sempre na minha vez e na vez
do outro, aqui soube ouvir sempre e falar quase nunca. Agradeço
a luz dos brotos que transpassaram meus olhos e poros fazendo o fotógrafo
duvidar da qualidade de sua máquina fotográfica, gerando em mim a certeza
da luz da vida no alimento vivo. Agradeço
a benção do alimento vivo que em várias situações de
tensão gerou em mim uma
paz e uma confiança tão grandes que o conflito se dissipou. Agradeço
a Ana Branco por confirmar em mim da forma, a mais poética possível que as
coisas mais fundamentais da vida são simplesmente óbvias. Agradeço
a natureza por criar todos os seres vivos que habitam o planeta. Dezembro 2003
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e-mail: ana.branco@uol.com.br |
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