BioChip Rumo ao Nordeste 2006

Dia 3 janeiro 06

Fundação Terra Mirim S.F. BA Khalyna

Apresentação da pesquisa Biochip com demonstração de germinação de sementes e extração de clorofila.

Dia 4 de janeiro 06

Fundação Terra Mirim - SIMÕES FILHO BA

Desenho coletivo de investigação com hortaliças

Dia 5 de janeiro 06

Fundação Terra Mirim - SIMÕES FILHO BA

Desenho coletivo de investigação com frutas

Gratidões da Equipe:

Ana Branco

3 de janeiro de 2006

Travessia Canavieiras BA - São Salvador BA

Agradeço a Marcela botar a água colhida da chuva e tratada pelo sol no filtro de barro das crianças da escola como gratidão pela acolhida. Gerou em mim ternura.

Agradeço a Marcela e Vicente terem conseguido as sementes de dendê. Gerou em mim mais vontade de experimenta-las nas comidas. Agradeço a cara do Vicente surpreso, enquanto fazíamos a nossa comida na casa do Reginaldo e Conceição,na BA01 próximo a Taperoá, pessoas que encontrei há dois anos e que mostrou como fazia azeite de dendê num panelão cozinhando no fogo no fundo de seu quintal. Me reconheceu e convidou-nos para usar a água na sua casa. Gerou em mim alegria de vê-lo assim.

Agradeço ao casal, mais os filhos, terem nos recebido, oferecido côco, emprestado pano de prato, cadeiras em volta da mesa, para que fizéssemos nossa refeição. Gerou em nós gratidão pela acolhida.

Agradeço ao Vicente ter arrumado o carro com tudo justinho no lugar. Gerou em nos poder sair bem cedo de Canavieiras.

Agradeço a Marcela se esforçar para aprender a abrir o côco com a faca durante a travessia. Gerou em nós beber água docinha.

Agradeço a Marcela pedir para trocar de lugar com Vicente e vir sentada na frente do carro para não precisar dormir. Gerando em nós não ter sono também, pois estamos em sintonia de tempo e movimento.

4 de janeiro de 2006

Simões Filho BA- Fundação TerraMirim

Apresentação da pesquisa Biochip pela manhã e Desenho coletivo com frutas a tarde

Agradeço a Marcela aceitar com alegria fazer a demonstração de como fazer o Suco da Luz do Sol para o grupo dessa manhã, pois tive que sair para gravar o programa na TV. Quando voltei eles estavam muito contentes de terem respondido todas as perguntas . Gerou em mim saber que posso contar com eles para essa atividade.

Agradeço ao Vicente quando perguntei se cantaram o tembiuporâ, ele responde- " mas é claro, isso é o mais importante!" Gerou em mim confiança nessa dupla.

Agradeço a Kalyna ter força para conduzir o compromisso assumido com a televisão educativa. Interrompendo a apresentação do trabalho para que chegássemos a tempo na emissora. Gerou em mim reconhecer seu empenho em relação ao nosso trabalho.

Agradeço ver Vicente trepado na árvore para tirar fotos do desenho coletivo com as frutas lá do alto. Gerou em mim poder ver sua alegria nesse movimento.

Agradeço a Marcela quando pedi as colheres, ela já tinha distribuído entre os presente. Gerou em mim saber que ela estava contente!

Agradeço as crianças presentes que desenharam com tanto encantamento com os pigmentos das frutas frescas e depois saboreavam com surpresa . Gerou em mim ficar feliz com a presença descontraída de todas elas.

Agradeço a roda em volta da fogueira que me permitiu abrir o coração diante da pergunta como começou isso?

Agradeço ao Hô cantado juntos levantando os braços e jogando para as estrelas abençoarem a nossa travessia rumo ao nordeste ...

5 de janeiro de 2006

Fundação Terramirim - Simões Filho BA

Desenho coletivo com hortaliças Travessia Simões Filho BA- São Salvador BA

Agradeço ouvir Marcela falar da facilidade com que Acássia engrenou ajudando os preparativos para a oficina de hoje. Isso gerou em mim alegria de ver o quanto Marcela estava contente com a comunicação que se estabeleceu através desse trabalho.

Agradeço ao Vicente ouvir Blenda perguntando a Acássia qual era a relação que ela tinha com o Biochip , e ela reponde que era interior. Gerou em mim igual alegria de ver Vicente contente com essa resposta.

Agradeço a Acássia o espaço harmonioso que preparou para nos acolher. Gerou em mim querer fazer uma comida bem gostosa para ela amanhã.

Agradeço ao Vicente falar dos vários modos de viver que estamos conhecendo ao longo dessa travessia. Isso gera em nós cada dia mais flexibilidade.

Agradeço a alegria da Marcela quando combinamos de ir ver a festa de Reis na Lapinha em Salvador. Gerou em mim igual alegria por compartilhar da mesma vontade.

Agradeço a Acássia também querer ir ver a Folia de Reis, nos indicando o caminho com suavidade. Gerou em nós participar da festa onde pude ver um bloco onde todos os participantes eram velhinhos...outro bloco com todos adolescentes...um escorrega de plástico no meio da praça com milhares de crianças se jogando umas por cima das outras com muita velocidade...brincadeira de chutar uma bola para derrubar duas garrafas...recordar o cheiro e a forma do acarajé que parece ser feito a milanesa: crocante e marronzinho e pode ser recheado com "salada" que é um molho de tomate, cebola e pimentão...uma moldura de estrela iluminada para o rosto da moça mais bonita do bloco...

Agradeço estar numa festa de rua no meio de tanta gente parecida comigo, da minha cor... Agradeço ver também os homens com penteados amarrados com capricho ...

Agradeço a Acássia a certeza que tive ao encontrá-la e o prazer em oferecer os presentes que trouxe para ela começar o núcleo biochip em Salvador.

Luis Vicente Barros

3 de janeiro de 2006 - Simões Filho, Bahia.

Agradeço a Ana por lembrar o local onde haviam almoçado na outra viagem, o que gerou carinho pela família que nos recebeu em sua casa.

Agradeço a família de seu Reginaldo por nos receber dentro de sua casa, o que gerou vivenciar uma situação nova, que não imaginava que pudesse acontecer, de pessoas que mal nos conhecem, arrumar as cadeiras e nos colocar para almoçar dentro de sua casa.

Agradeço a Marcela por querer viajar na frente, de co-pilota para se manter acordada na viagem, o que gerou alegria de poder mudar de lugar.

Agradeço a Marcela por ir catar os dendês que estavam na beira da estrada, o que gerou graça de vê-la vendo que depois de tentar tirar, já haviam vários soltos, no meio, entre os cachos.

Agradeço a Ana por parar para comprar as graviolas, a jaca e os cajus, por sempre estar fazendo a manutenção da fartura dentro do carro, o que gera alegria de andar com o carro sempre cheio e com o cheiro de todas elas misturado.

4 de janeiro de 2006 - Simões Filho, Bahia.

Agradeço a Ana por falar que o trigo batido com o pimentão daria a liga no almoço que eu e Marcela fizemos, e que decidimos não bater nada no liquidificador, e usamos a farinha como liga, que gerou aprender que quando não sei, uso as referências antigas, no caso a farinha, por isso, para mudar de hábito é preciso de uma outra referência, como na técnica de alexander que usa a mão para dar essa referência, e a cada vez que entra em contato com essa nova referência, você se atualiza. Até você criar é preciso antes repetir muito essa nova referência, e depois fazer suas próprias atualizações.

Agradeço a Marcela por vê-la apresentando o suco a partir da sua própria experiência, contando suas histórias com o alimento vivo, o que isso gera nela, falando: "pó, é isso, é muito maneiro..." que gerou encanto de ver o tanto que ela é encantada com o alimento vivo, e o quanto isso significa em sua vida.

Agradeço a Ana por falar que a água sanitária, o sabão em pó, a pasta de dente, tudo isso você usa e vai tudo para o rio, para o mar que a gente quer banhar depois, o que gerou deixar de usar a pasta de dente que trouxe para a viagem.

Agradeço a Marcela pela escolha sintonizada dos elementos que iríamos colocar no almoço que fizemos, um falava um ingrediente, o outro já falava outro que gerou irmos saboreando cada escolha.

Agradeço a Ana por estar tudo organizado em sacos com a etiqueta dizendo tudo o que está ali, assim como todas as ações do Biochip para a apresentação, para o desenho de frutas, o que gerou agilidade na hora da produção do suco e vontade de organizar minha pesquisa com os brinquedos nesse nível.

Agradeço a Marcela por após a desmontagem da baleia falar para esperar antes de sairmos carregando as coisas para qualquer lugar, o que gerou não fazermos força à toa, não jogar água fora da bacia.

5 de janeiro de 2006 - Salvador, Bahia.

Agradeço a Marcela por antes de começar a colocar as coisas em cima da baleia, propor deu beber um copo d'água e trazê-lo para mim que já estava em cima do carro, o que gerou pausa, refresco e carinho.

Agradeço a Ana por vê-la entregando os presentes a Acássia, que gerou em mim ter mais clareza da função do kit como um todo, assim como de seus elementos servindo como um conjunto para a formação de um núcleo Biochip em um outro local.

Agradeço a Ana por ouvi-la contando sua história na fogueira em Terra mirim, a partir da pergunta de Marcos sobre como havia começado essa história, o que gerou graça por vê-la tão à vontade diante do fogo.

Agradeço a Acássia pela disponibilidade em chegar junto no trabalho, tanto na oficina, durante a oficina, como na arrumação do carro, o que gerou alegria de vê-la fazendo tudo contente.

Agradeço a Lydia por falar "vai correndo para a Lapinha" para ver os reisados, o desfile dos ternos de reis, que gerou encanto de estar no meio desse povo baiano, com sorrisos lindos, encanto pelo terno da anunciação, com todos fantasiados para desfilar.

Agradeço a Ana por ir a barraca de acarajé pedir para ver como que era o acarajé e o abará, que gerou em mim encanto de ver ela usando o elemento fundamental da metodologia de projeto, ser cara de pau, ter atitude investigativa.

Agradeço a Marcela pela sua alegria ao oferecer para o grupo de teatro os desenhos feitos na oficina, igual oferece suco para os alunos de projeto na aula, o que gerou graça.

Agradeço a roda da fogueira feita pelas pessoas de Terra mirim com cantos, batuques de tambor, que gerou um sentimento de unidade com aquele grupo.

Marcela Carvalho

Dia 03 de Jan.

Agradeço ao Vicente por topar me deixar ir à frente, topar jantar melancia ou Mamão pois para ele tanto fazia. Sou grata por ele estar sempre tão disposto a tudo, e isso que o torna acessível. Aprendo de ser mais leve como ele.

Agradeço à Ana pelo almoço na casa do casal, por ela chegar e dar a revista. Pude ver a troca espontânea. Me encantei pelo encontro do acaso com a família que me deixou feliz.

Agradeço ao dendê oleoso, laranjinha e soltos que se ofereciam no meio daqueles duros. Percebi o olhar atento que faz reconhecer e aprender que mesmo todos juntos, tinha um que eu poderia retirar com facilidade.

Agradeço à Ana por dizer que qualquer coisa é igual a "técnica de Alexander", precisa de intenção antes do movimento. Quando se referia à tentativa e ao erro, ao abrir o coco. Assimilei logo, e não só, como associei a encontrar os dendês.

Agradeço a Dupla por apoiar no carro Nossa Senhora com pimenta, cacau e o dendê sinalizando os desejos por chamarem os invisíveis. Gera o desejo de rezar mais com eles.

Dia 04 de Jan.

Hoje Acordamos na Fundação Terra Mirim para fazer suco! Palestra! Almoço e oficina! E ainda consulta com a guru Alba Maria, no centro Xamãnico, com microfone e tudo.

Agradeço à Ana por me entregar a demonstração de como fazer o Suco da Luz do Sol, por eu me sentir imediatamente capaz.

Agradeço oportunidade não só de fazer o suco para galera, mas a oportunidade de ser intima daquele processo. Aprendi como a feitura do suco é verdadeira para mim e como é forte fazer para os outros e contar o que eu sinto.

Agradeço à Ana por falar que deveríamos ter triturado o trigo no molho que isso daria a liga e recordaria o sabor e não precisaria a farinha ficou muito claro na mesma hora. Esses ligantes são fundamentais o grão solto no prato deve ter um motivo muito justo de estar ali, assim como todos os elementos.

Agradeço à Dupla pela granola, risada e oração na cozinha, no final do dia. Identifiquei àquele como o lugar mais santo da Terra Mirim. Aliás nada mais Santo e acolhedor que uma copa!

Agradeço a esse trabalho por encontrar pessoas que pensam mais em comida do que eu, por ver que é possível.

Agradeço ao Vicente para fotografar de cima da árvore, por ele estar tão contente lá em cima sem nem querer descer. Ele estava muito feliz e mesmo afastado o mais presente, fiquei encantada de vê-lo espontâneo, o que gerou uma foto linda e a maior alegria de participar de uma oficina tão leve.

Agradeço à Ana por chegar contando que a oficina de sábado seriam 80 pessoas o que me gerou relaxar, na de hoje e desenhar lentamente.

Agradeço ao Vicente por me escutar e não levar tudo as pressas. Por ele me ouvir sou grata.

Dia 05 de Jan.

Hoje de manhã teve a última oficina no Terra Mirim de hortaliças, pouca gente, muita conversa, vários desenhos! Ontem teve fogueira!

Agradeço ao Vicente por ligar para Lídia e descobrir o que tinha de bom em Salvador_ Folia de Reis na Lapinha. Ter podido ir lá ver foi uma convergência linda gerou muita alegria.

Agradeço à Ana por dizer: "Eu topo!" para festa na rua e se encantar com cada cuidado simples, por querer sentir e reconhecer as comidas. Sou grata por vê-la caminhando junto, por vê-la querendo saber do povo, do que se brinca, do que se come, como se enfeita. Me identifico muito com essa manifestação dela que desperta em mim uma confiança nas convergências, e no caminho da vida me deixando feliz.

Agradeço à Acássia por chegar tão junto, por transportar, guardar e lavar azulejos e bacias. Agradeço seu silencio durante a oficina enquanto cortava pimentão e etc... e também seus desenhos encadeados. Vê-lo entrar no movimento me fez entender de fluidez e abertura. Fico feliz de termos mais duas mãos.

Agradeço ao Vicente pelo toque que deu nos meus pés quando eu disse que estava com dor nas pernas. Ele só disse: "é aqui" e eu me senti melhor. Também agradeço por hoje ter dado tempo de deitar duas vezes e por ter me acompanhado nessa aprendizagem.

Agradeço ao Hou! Das estrelas de ontem na fogueira que me levou para elas.

Agradeço à Ana pela liberdade que conduziu a oficina de hoje, e pela busca pelos "sabores do coração" que gerou em mim alegria em vê-la feliz e ainda relaxar e desenhar.

Agradeço à Acássia e à Ana pelas caras de alegria na entrega do Kit, por me sentir parte da produção e por ter designado essa cena, não poderia ser diferente. Fiquei muito feliz. Na festa da Lapinha, tinha mais negros que brancos, cabeças enfeitadas, muitas crianças descendo escorrega de plástico, muito dendê, acarajé, dogão, rendas, e etc. .