O Laboratório da Gente Na Amarelinha





Equipe:
Elena Till
elenamtill@gmail.com
Joana Uchôa
joanamuchoa@gmail.com

Grupo social:
Marcello Bressane
marcellobressane@globo.com.br

Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório
Rua Professor Manoel Ferreira, 141, Gávea, Rio de Janeiro

Resumo:

Nós escolhemos trabalhar na Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório com o Professor de Ciências Marcello Bressane, que leciona para o sexto ano (alunos de 10 a 14 anos), após visitarmos quatro aulas com professores diferenciados. Então, acompanhamos algumas aulas do Professor Marcello, onde ele pedia que os alunos fizessem exercícios de uma ficha cedida pelo governo, e também levava-os para o laboratório para aulas práticas e exibição de documentários. A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Marcello Bressane, reconhecemos como tema para o projeto: “O laboratório da gente é a variedade de experiências humanas do planeta. Preciso confiar na tarefa e no experimento de ouvir o humano”. Percebemos que o nosso intercessor se preocupava muito em ouvir o que os alunos tinham a dizer, e isso se relaciona muito com a frase. Ele sempre perguntava a opinião dos alunos sobre o que estava sendo lecionado, e o que eles achavam sobre as informações. Definimos como nosso conceito a ideia de circunscrever meios e realizar atividades em cima deles. Fizemos, então, como objeto final, uma amarelinha com as casas em formato circular, que continha oito almofadinhas coloridas com bolsos para as crianças adicionarem desenhos de animais ou meios. Confeccionamos tudo com napa, e envolto de viés preto. As almofadinhas também forem feitas com napa envolta em viés, e o bolso foi confeccionado com plástico transparente, e os desenhos foram feitos em papel, após plastificado. O nosso objeto possibilita a criação de uma série de jogos em cima da ideia da amarelinha. As crianças poderiam jogar a almofada em uma das casas da amarelinha, pular, e no momento em que pegavam, teriam que responder uma pergunta sobre o animal/meio que estaria inserido na almofada. Também pode-se montar uma cadeia alimentar no formato da amarelinha, com as almofadas, e pedir que os alunos pulem a amarelinha a fim de pegar um certo nível trófico, escolhido pelo professor.

Joana Uchôa

Agora que chegamos ao fim do Projeto 2, posso dizer com toda a certeza que fico muito feliz em ter escolhido a aula da Ana Branco e Vicente Barros. Trabalhar com uma metodologia muito parecida com o Projeto do primeiro período me fez compreender melhor o objetivo de cada etapa, e como elas devem ser realizadas. Percebi que todas elas estimulam a união entre a dupla e o parceiro, possibilitando que o produto final seja fruto de um trabalho em conjunto, e não apenas dos estudantes de Design. Após um semestre de encontros na Barraca, de gratidões, de suco de luz e de sapatos cheios de areia, comecei a entender o que os alunos de outros períodos diziam quando me contavam que adotar essa metodologia em Projeto 2 é algo que muda seu modo de se relacionar com a vida. Basta ouvir a palavra “gratidão” saindo da boca de alguém que já começo a formular, em minha cabeça, “Sou grato a(...) por ter dito(...(Que gerou em mim(...) E me fez aprender(...)”. E fico muito feliz de isso estar acontecendo, pois acho essa atitude extremamente bonita. Trabalhar com o Professor Marcello durante esse período me mostrou como é importante para um educador ter vontade e interesse em ouvir seus alunos. Dessa forma, cria-se um elo de confiança maior dentro de sala de aula, e ela ocorre de maneira mais fluida. Ao conviver semanalmente em um ambiente em que isso ocorria, percebi que isso não se limita ao ambiente educacional. Aprendi que é sempre importante dar ouvidos àqueles que se mostram bem intencionados ao passar uma mensagem. Isso é o diferencial na construção de relações. Agradeço ao professor Marcello Bressane por ter entrado de cabeça do projeto. Isso gerou em mim confiança para concluirmos nosso objeto e me fez aprender que o projeto funciona muito melhor quando todos os envolvidos mostram-se interessados em participar ativamente. Agradeço a minha dupla Elena Till pela parceria pacífica e participative. Isso gerou em mim conforto e felicidade ao ver que concluiríamos o projeto de forma muito agradável e me fez aprender que temos que valorizar as companhias que nos fazem bem.

Elena Till

Ao chegar no final do processo, é com grande satisfação que eu e minha dupla Joana entregamos a amarelinha para o professor Marcello que ficou muito feliz com o resultado e com o processo todo, assim como os alunos. Com o fim do projeto, fica evidente o crescimento não só de conhecimento, mas o pessoal, onde aprendi como me relacionar com o parceiro, com as crianças e com a minha dupla, em uma maratona de deveres cumpridos para sua conclusão final. O aprendizado de agradecer às coisas simples mudou minha forma de pensar, me deixando mais atenta as coisas mais simples que a vida e as pessoas oferecem. O processo todo foi feito com muito carinho e prazer, eu e minha dupla Joana Uchôa criamos uma forte relação, assim como criamos uma relação especial com o professor Marcello. Agradeço ao professor Marcello Bressane pela parceira e animação em todo o projeto, isso me gerou um prazer enorme em realizar o projeto, e me fez aprender como todo o processo tem sua função e beleza, e como o carinho é essencial para a realização do projeto. Agradeço a minha dupla Joana Uchôa, pela enorme parceria e consideração em todo o projeto, isso me gerou um carinho enorme por ela e pelo projeto, e me fez aprender como laços podem se tornar fortes na evolução do nosso trabalho.

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Maria do Socorro Calhau

e-mail: anabranc@puc-rio.br

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