Leque Colorido de Possibilidades
Equipe:
Gustavo Pedrozo
gustavopedrozo@live.com
Pedro Henrique Oliveira
pedrohroliveira42@gmail.com
Grupo social:
Ana Claudia Pinto
aclaudiapinto88@hotmail.com
Escola Municipal Pedro Ernesto
Rua Professor Abelardo Lóbo, 25 - Lagoa, Rio de Janeiro
Resumo:
O lugar onde realizamos o nosso projeto é a Escola Municipal Pedro Ernesto, no bairro da Lagoa. Lá acompanhamos aulas de crianças entre 9 e 14 anos que estão atrasadas no colégio, um projeto da escola chamado REALFA, onde as crianças aprendem desde o básico da Língua Portuguesa, como ler e escrever até às noções básicas de Matemática, como as principais operações adição, subtração, divisão e multiplicação. Realizamos o nosso projeto com a professora Ana Claudia, que não leciona em nenhuma outra turma nessa escola, apenas nesta. A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Ana Claudia Pinto reconhecemos como tema para o projeto: “Exercícios de ser colorido no mundo” Uma atividade relacionada a nossa frase escolhida foi no dia da nossa experimentação final, que a intercessora realizou uma atividade com as crianças na qual ela falava uma sequência de cores e as crianças, divididas em grupos, cada grupo com seu protótipo em mãos, tinham que colocar as peças coloridas na ordem que a professora falou. Essa atividade me lembrou uma frase que a Ana Claudia falou “Nós temos que trazer cor para a vida dessas crianças, a vida delas é muito preto e branco devido aos problemas e dificuldades do cotidiano delas.” Em função da experimentação das primeiras ideias, o conceito que ficou definido como objetivo para o projeto, foi que deveríamos focar em experimentos que envolvessem números, sílabas, sorteio, cores complementares, dominó e jogo da memória com imagens. Desenvolvemos um produto final que a ideia se baseia em setores circulares (exemplo próximo: uma fatia de pizza), de papel paraná, coloridos com tinta acrílica e envolvidos com papel contact (para que a professora possa escrever, com pilot de quadro branco, e possa apagar quantas vezes quiser, caso queira reutilizar). Todos os setores circulares levam um pequeno furo pelo qual passa um eixo, um palito rígido, o qual sustenta o protótipo. Ele é utilizado para a intercessora realizar uma aula interativa, na qual ela pode dividir a turma em grupos e realizar atividades relacionadas a qualquer tipo de matéria, desde números, palavras, até imagens. O produto fornece essa liberdade a professora, pois pode ser reutilizado, escrevendo e apagando quantas vezes ela quiser.
Gustavo Pedrozo
Chegamos ao final desse período e consequentemente ao final desse projeto. Mas será que realmente o final? Ou pode ser o começo de uma nova forma de ver a vida? Lembro do meu primeiro dia, havia chegado na barraca sem saber que ia ser aluno da Ana Branco, pensei que apenas era o professor Vicente Barros, com o qual eu havia feito projeto 1 e tinha gostado muito, evoluido muito em formas de pensar e aprendizado, por isso o escolhi novamente para este período. Chegando na sala de aula me deparo com o Vicente e uma outra senhora, me lembro de perguntar para uma pessoa que estava do meu lado, “Ela também dá aula para esta turma?” e a pessoa respondeu “Sim, Ela é a Ana Branco” na hora me veio um “flash”, me lembrei do grande Ripper, que tive a oportunidade de trabalhar por um curto tempo, mas que me ensinou muito. Lembrei das coisas que ele me falava da Ana, que ela tem uma forma de pensar diferente, inovadora, se preocupa com as questões ambientais, fora que é uma pessoa de uma ótima conduta. Agradeço a professora Ana Claudia por ter recebido a mim e a minha dupla muito bem, por aceitar fazer parte desse trabalho, e por fazer de tudo para nos ajudar a concluir com êxito esse projeto. Logo no início do projeto ela me disse uma frase que me tocou profundamente, “Eu busco mostrar a essas crianças algo muito além do que a matéria, eu busco mostrar uma nova forma de ver a vida. Colorir a vida delas, que é o que falta, a vida delas é tudo em preto e branco”. Depois disso a minha visão do meu dever mudou completamente, pois eu não estava ali apenas para interagir com aquelas crianças e ajudar no aprendizado, e sim para ajudar a formar aquelas crianças em crianças mais felizes, que mesmo com todos os problemas e dificuldade que as envolvem, elas possam ver a vida com outros olhos. Aprendi que a gente deve buscar passar para os outros tudo o que nós imaginamos que possa ser bom para Agradeço ao Pedro Henrique, minha dupla, por todo o trabalho realizado, por essa parceria que teve seus altos e baixos, às vezes os dois concordando, às vezes discordando, mas sempre com um pensamento sensato e procurando ouvir e entender o pensamento, a opinião do outro e nunca julgando, menosprezando. Agradeço também por toda paciência que teve comigo, por ele respeitar meu tempo, que olha cai entre nós é muito lento. Sempre que encontravámos um problema, ele dava um jeito de achar a solução, me manteve calmo nos momentos em que eu entrava em desespero, e pensava até em trancar o projeto, me motivou a seguir com as minhas ideias, na maioria das vezes mirabolantes, e poucas deram certos, mas isso não vem ao caso, o importante é que ele sempre esteve ali para me apoiar, nos momentos bons e ruins. E não só ganhei um parceiro para o projeto, mas sim para a vida, porque um garoto de ouro desse não é para se jogar fora. Com ele aprendi a ter calma, paciência e a trabalhar em equipe, porque trabalhando a suas ideias, pensamentos você alcança tudo que quiser. Na hora gelei, pensei “Nossa, será que vou conseguir encarar essa dupla de professores de peso?” e quando vi já estava sendo questionado por eles sobre uma coisa que nunca tinha ouvido falar, gratidão, lembro que respondi agradecendo ao professor Vicente e a minha dupla Pedro Henrique, que também foi minha dupla em projeto 1, pelo sucesso que foi o primeiro projeto e agradeci também ao meu avô, que é como um pai pra mim. Começou o projeto, visitei vários lugares e me deparei com um leque de opções. Então escolhi a Escola Pedro Ernesto, na turma da professora Ana Claudia, escolhi lá porque adorei a proposta do projeto que a escola tinha, chamado REALFA, que é uma turma para crianças que estão atrasadas em relação a matéria. Fora que lá me deparei com uma professora excelente, disposta a nos ajudar e também ser ajudada, a Ana Claudia, que foi muito receptiva desde o início com a gente. Passados quatro encontros, Jogo de Palavras, vieram os primeiros desafios, os experimentos, mas com a ajuda da minha dupla, Pedro Henrique, da intercessora, Ana Claudia, de todos os oficineiros e dos nossos professores de projeto, Ana e Vicente, superamos e conseguimos realizar todas as tarefas propostas. Depois, veio um novo desafio, as variantes, as ideias se acabando, mas com um pouco de esforço meu e da minha dupla tudo isso foi superado novamente. Mas é claro, não posso me esquecer de agradecer novamente a Ana Claudia que nos ajudou muito, quando chegávamos com sacolas e sacolas cheias de experimentos, e ela com criatividade e inteligência inventava atividades para interagir com as crianças e prender a atenção deles, que não era fácil, pois são todos muito agitados, mas ela com sua “mágica” fazia com que isso se tornasse fácil e consequentemente também nos ajudando a caminhar com nosso projeto. Vieram os Primeiros Protótipos, e a nossa ideia para o produto final estava aparecendo, como uma luzinha no final do túnel. Investimos bastante na ideia do “Quadro de Números”, pois trabalhava com a ideia do sorteio e além disso tinha a opção de trocar as caixinhas e trabalhar não só com números, mas também com imagens, sílabas, entre outros. Achávamos que essa ideia era perfeita, mas durante uma apresentação para nossos professores de projeto, durante uma aula, um grave problema foi identificado por eles, a questão das caixinhas serem quadradas, tendo apenas quatro lados e consequetemente apenas quatro opções de uso. Então, foi proposta uma nova ideia pelos nossos professores de projeto, que fizessemos um experimento em formato circular. Na hora confesso que fiquei um pouco chateado e até nervoso, pois o nosso prazo para construção e concretização da ideia estava se acabando. Foram dias e dias pensando na ídeia, noites quase viradas construindo essa ideia mas no final conseguimos. A ideia se baseia em setores circulares coloridos (um exemplo seria algo similar ao formato de uma fatia de pizza) de papel paraná, envolvidos com papel contact, possibilitando que a professora escreva o que ela quiser, englobando todas a possibilidades de trabalhar a matéria que a intercessora quiser, e apague quantas vezes quiser, possibilitando uma reutilização do material. Fizemos em três tamanhos, pequeno, médio e grande, e de várias cores. Depois de contar essa história toda, vou concluir dizendo que fazer esse projeto me ajudou a crescer como pessoa, cada dificuldade, cada solução, cada ideia foram parte de uma trilha que eu e minha dupla, junto a todos os professores, intecessora, crianças trilhamos e conseguimos chegar ao fim com um grande sucesso. E garanto que em questão de aprendizado não me faltou nada, aprendi a desenvolver minha criatividade e novas formas de pensar em soluções não só para os problemas ligados ao projeto como também para os da vida.
Pedro Henrique Oliveira
Este ano passei a ter mais interesse e vontade de trabalhar com design. Com os aprendizados adquiridos refazendo o projeto 1001, tive muita vontade e determinação de realizar o projeto 1002 com os orientadores Ana Branco e Vicente, por mais que eu soubesse que seria mais difícil, e exigiria mais responsabilidade da minha parte. Quando tudo começou no inicio de agosto, pude perceber que era completamente diferente do que eu pensava. No inicio não entendia o porquê das gratidões e achava muita difícil escreve-las, mas ao longo do projeto aprendi muito com elas. Comecei a ver coisas que eu não tinha ideia nenhuma. Além de crescer profissionalmente, cresci na vida também. Passei a levar os ensinamentos que aprendi em sala com meus professores para casa, para minha vida pessoal. Por mais que tenham surgido diferentes problemas e situações que não tinha solução, conseguimos realizar tudo corretamente, e criar um objeto que será muito útil para o dia a dia de nossa parceira de projeto. Ao final, um sentimento de realização e felicidade bate quando vemos que tudo o que passamos valeu a pena, e nosso objetivo naquele local chegou ao fim. Agradeço a Ana Claudia por estar sempre presente quando precisamos de sua ajuda para resolvermos algum problema. Sua disponibilidade foi muito importante, porque às vezes nos atrasávamos e precisávamos ir em outro dia que não era o nosso. Sua dedicação e atenção com as crianças foram fundamentais para bater em nós vontade de fazer projeto com ela. Mas somente ao longo pudemos ver seus reais valores. Aprendi a dar mais valor a vida das crianças, porque elas vivem uma realidade totalmente diferente da minha e mesmo assim sempre estão com sorriso no rosto e transbordando alegria. Agradeço ao Gustavo por ter lidado com diferentes situações ao longo desse projeto, estando disposto a me ajudar sempre que precisei. Com essa nossa caminhada, tive a oportunidade de aprender muitas coisas, e uma delas é ter paciência com os outros, porque sem ela não teríamos caminhado juntos. Aprendi ainda mais a trabalhar com alguém do meu lado e aceitar sugestões de quem está próximo a nós.
Avaliação do Intercessor
Foi um prazer ter a oportunidade de poder trabalhar com a Ana Claudia uma pessoa que se manteve sempre disponível para atender as nossas propostas, uma pessoa séria, honesta, que pensa nos outros mais que em si mesmo e além de tudo uma grande profissional. Sem contar que seu trabalho era feito de uma forma verdadeira, pois ela não estava ali apenas para ensinar a matéria e ir embora, mas sim para passar uma lição de vida para aquelas crianças, coisas que no futuro irão mudar o pensamento daquelas crianças e fazer com que sejam profissionais e pessoas melhores e diferentes.
Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Maria do
Socorro Calhau