Jade Mendonça CONCLUSÃO 2016.1



1o momento - A corda se entrelaçando entre todos nós. Oportunidade de observar melhor os presentes, de interagir através do vivo - a corda-

2o momento - a saída da tenda - levantar, observar as cordas que estão diretamente ligadas à mim, segirar, criar junto com todos um ritmo próprio, ver que ele não é tão rápido, mas que isso não é desesperador quando se está dentro da teia, se adaptar ao ritmo mais lento - diminuir o ritmo de observação - admirar as coisas, o redor, o vivo.

3o momento - A chegada ao espaço mais amplo. Organizar, deixar a corda se manifestar, sentir tudo menos confuso. Observar a corda se arrumando conforme nós mexiamos o quadril. Curdir uma espécie de dança, sentir a tensão, se sentir mais acordada conforme a tensão da corda vai passando pelo corpo.

4o momento - A teia armada - rede. Confiana, estabilidade, dependência (no bom sentido). Me senti muito confortável e conectada com os outros. Quando a ana falou do sentimento de estar no colo, me veio um pensamento de que seria bom trabalhar mais isso, pois tenho nervoso de ser carregada no colo. Refleti se seria um medo de confiar, um medo de me sentir pesada ou um medo de não estar na terra. Pensei que talvez a diferença disso com o exercício da corda é que naquele momento eu estava me sentindo muito na terra, o que pra mim é confortável.

Fechar os olhos intensificou muito o exercício - me senti mais "jogada", confiando mais ainda nos outros. Enquanto que quando tirava as mãos confiava mais em mim mesma. - Me fez pensar no que Ana falou sobre as mãos, de que quando sentíamos um desconfoto, as mão que nos salvariam, não o gemido - quando com as mãos na cabeça, talvez estivesse sentindo que estava abdicando dessa possibilidade de arrumar meu desconforto - aceitando mais e vendo que na verdade era bem confortável.

5o momento - A volta. Muito mais leve, sem vergonha e mais conectada com os outros. O ritmo já bem mais desacelerado. Conversei mais e senti carinho pelos animais que vi no caminho.

07/03/16

Agradeço a corda de cisal pelo fato de nos transmitir informação e ter proporcionado o exercício de hoje - que gerou em mim uma comparação do exercício com a vida e situações que já passei e sei que ainda vou passar.

Por exemplo na hora de receber os integrantes da outra teia, me fez lembrar de alguns momentos em que tive que me abrir, ceder, me ajustar, e dar espaço para novas coisas. E quando fomos entrar em outra rede também senti a corda apertando ( por eramos mais numerosos que os que estavam nos recebendo) e vi que o movimento e a sintonia das pessoas das duas teias ia resolvendo os apertos.

A teia; a cordade de cisal entrelaçada entre nós me lembrou uma brincadeira de criança : " cama de gato. Isso me fez feliz.

11/03/16

Agradeço a corda de Rami pelo fato de ter me proporcionado a experimentação de novas posiçnoes com meu corpo e também por me proporcionar o alcance do equilíbrio; tanto em dupla quanto individualmente. Isso gerou em mim uma ansiosidade de ecperimentar ainda outras posições com a corda e também uma noção maior do que o meu corpo é capaz. Além disso, depois de alongar meu corpo com a corda e experimentar o equilíbrio e a estabilidade, me veio até um sono.

21/03/2016

Agradeço ao repolho roxo, ao repolho verde e à cenoura pelo fato de que hoje, ao manusear esses alimentos, pude trabalhar minha paciência - ao picar fino, perseverança - por não desistir quando um imprevisto aconteceu e sim lidar com ele como parte do processo. Agradeço à eles também pelo fato de serem coloridos e me ensinarem a olhar essas cores com muita atenção e interesse. Isso tudo gerou em mim momentos de silêncio, observação, vontade de cozinhar em casa e ansiosidade para ver o que vai aconteer com os alimentos do meu pote.

01/04/2016

Eu agradeço ao processo de transformação que acompanhei dos alimentos. Pelo fato do meu pote ter vazado líquido e ter me feito criar automnomia sobre o que eu estava cuidadndo e fazendo. Esse processo gerou curiosidade - para ver o que ia acontecer quando eu abrisse o pote, também um sentimento de carinho - quando saí da aula me percebi segurando o pote e trocando energias com ele. Além disso também me gerou conhecimento sobre a captura selvagem. Esse processo me fez pensar e reparar nos momentos, cada um único no seu próprio tempo.

04/04/16

Agradeço a aveia germinada, que hoje me ensinou a me conectar com meus ancestrais. Ao passar os grãos no moedor, percebi que aquela ação era quase que espontânea para mim. Eu não precisei ' aprender' a fazer aquilo, já estava dentro de mim. Isso me fez me conectar comigo mesma e tentar entender o que são esses movimentos que estão ligados a uma memoria corporal que carregamos.

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AGRADECIMENTO FILMES

Agradeço ao filme "La Belle Verte" por me fazer pensar sobre o nosso planeta e sobre a vida que aqui vivemos. O filme me mostrou que estamos conduzindo nossas vidas de maneira muito erronea e que o ideal seria levar uma vida igual a daquele planeta, onde há liberdade. O mundo no filme ilustrado é um mundo utópico, mas me fez pensar que se dependesse daqueles que realmente quisessem, poderia se tornar um mundo real.

Agradeço ao filme "Camelos Também Choram" por me mostrar a cultura do deserto da Mongólia. O filme me fez ver a importancia do cuidade e do carinho materno, que ainda falta em muitas pessoas no mundo. Também me fez ver que aquele povo é feliz, e para isso eles não precisam da tecnologia - da qual estão em grande parte sem acesso - conseguem encontrar a felicidade alí, solitários no meio do deserto.

Agradeço aos filmes mostrados na última aula por terem me mostrado a importância de deixar a natureza falar por si só. Nos filmes que vimos, foi mostrado dois exemplos de pessoas que cuidavam de suas hortas não podando quando a horta ' foge de controle' e que esse acontecimento na verdade é muito bom, pois os parasitas preferem comer esses verdes ao invés de atacarem o que é plantado para nos alimentar.

1o momento - A corda se entrelaçando entre todos nós. Oportunidade de observar melhor os presentes, de interagir através do vivo - a corda-

2o momento - a saída da tenda - levantar, observar as cordas que estão diretamente ligadas à mim, segirar, criar junto com todos um ritmo próprio, ver que ele não é tão rápido, mas que isso não é desesperador quando se está dentro da teia, se adaptar ao ritmo mais lento - diminuir o ritmo de observação - admirar as coisas, o redor, o vivo.

3o momento - A chegada ao espaço mais amplo. Organizar, deixar a corda se manifestar, sentir tudo menos confuso. Observar a corda se arrumando conforme nós mexiamos o quadril. Curdir uma espécie de dança, sentir a tensão, se sentir mais acordada conforme a tensão da corda vai passando pelo corpo.

4o momento - A teia armada - rede. Confiana, estabilidade, dependência (no bom sentido). Me senti muito confortável e conectada com os outros. Quando a ana falou do sentimento de estar no colo, me veio um pensamento de que seria bom trabalhar mais isso, pois tenho nervoso de ser carregada no colo. Refleti se seria um medo de confiar, um medo de me sentir pesada ou um medo de não estar na terra. Pensei que talvez a diferença disso com o exercício da corda é que naquele momento eu estava me sentindo muito na terra, o que pra mim é confortável.

Fechar os olhos intensificou muito o exercício - me senti mais "jogada", confiando mais ainda nos outros. Enquanto que quando tirava as mãos confiava mais em mim mesma. - Me fez pensar no que Ana falou sobre as mãos, de que quando sentíamos um desconfoto, as mão que nos salvariam, não o gemido - quando com as mãos na cabeça, talvez estivesse sentindo que estava abdicando dessa possibilidade de arrumar meu desconforto - aceitando mais e vendo que na verdade era bem confortável.

5o momento - A volta. Muito mais leve, sem vergonha e mais conectada com os outros. O ritmo já bem mais desacelerado. Conversei mais e senti carinho pelos animais que vi no caminho.

07/03/16

Agradeço a corda de cisal pelo fato de nos transmitir informação e ter proporcionado o exercício de hoje - que gerou em mim uma comparação do exercício com a vida e situações que já passei e sei que ainda vou passar.

Por exemplo na hora de receber os integrantes da outra teia, me fez lembrar de alguns momentos em que tive que me abrir, ceder, me ajustar, e dar espaço para novas coisas. E quando fomos entrar em outra rede também senti a corda apertando ( por eramos mais numerosos que os que estavam nos recebendo) e vi que o movimento e a sintonia das pessoas das duas teias ia resolvendo os apertos.

A teia; a cordade de cisal entrelaçada entre nós me lembrou uma brincadeira de criança : " cama de gato. Isso me fez feliz.

11/03/16

Agradeço a corda de Rami pelo fato de ter me proporcionado a experimentação de novas posiçnoes com meu corpo e também por me proporcionar o alcance do equilíbrio; tanto em dupla quanto individualmente. Isso gerou em mim uma ansiosidade de ecperimentar ainda outras posições com a corda e também uma noção maior do que o meu corpo é capaz. Além disso, depois de alongar meu corpo com a corda e experimentar o equilíbrio e a estabilidade, me veio até um sono.

21/03/2016

Agradeço ao repolho roxo, ao repolho verde e à cenoura pelo fato de que hoje, ao manusear esses alimentos, pude trabalhar minha paciência - ao picar fino, perseverança - por não desistir quando um imprevisto aconteceu e sim lidar com ele como parte do processo. Agradeço à eles também pelo fato de serem coloridos e me ensinarem a olhar essas cores com muita atenção e interesse. Isso tudo gerou em mim momentos de silêncio, observação, vontade de cozinhar em casa e ansiosidade para ver o que vai aconteer com os alimentos do meu pote.

01/04/2016

Eu agradeço ao processo de transformação que acompanhei dos alimentos. Pelo fato do meu pote ter vazado líquido e ter me feito criar automnomia sobre o que eu estava cuidadndo e fazendo. Esse processo gerou curiosidade - para ver o que ia acontecer quando eu abrisse o pote, também um sentimento de carinho - quando saí da aula me percebi segurando o pote e trocando energias com ele. Além disso também me gerou conhecimento sobre a captura selvagem. Esse processo me fez pensar e reparar nos momentos, cada um único no seu próprio tempo.

04/04/16

Agradeço a aveia germinada, que hoje me ensinou a me conectar com meus ancestrais. Ao passar os grãos no moedor, percebi que aquela ação era quase que espontânea para mim. Eu não precisei ' aprender' a fazer aquilo, já estava dentro de mim. Isso me fez me conectar comigo mesma e tentar entender o que são esses movimentos que estão ligados a uma memoria corporal que carregamos.

Agradeço a mandioca por ter me feito ver quantos aproveitamentos posso ter de uma só materia prima.

Eu nunca tinha descascado uma mandioca e me surpreendi com as suas camadas e cores.

Depois de descascar fizemos um trabalhos em dupla, de espremer a mandioca ralada em um voal. O trabalho foi feito a quatro mãos e pude perceber os benefícios de se estar em coletivo.

Fuz esse exercício de torcer com umas três pessoas diferentes e percebi suas particularidades.

Do que ficou dentro do voal, esfarelamos na peneira com lâmpada embaixo e achei a textura muito agradável, além de achar aquela cena bonita – de todas as mãos, alí dentro, manuseando aquela mandioca branquinha.

Depois disso, a Ana nos mostrou o que aocntecia com o liquid que ficou alí depois de expremermos e me surpreendi com os sedimentos no fundo da bacia – que constituíam a goma da tapioca.

Fiquei feliz em cantar e tomar o suco da mandioca. A textura era estranho mas gostei do gusto – achei que tinha algo parecido com o coco.

Enfim, o processo todo que realizamos na aula me fez perceber o poder da mandioca e como ela pode virar tantas coisas.

Agradeço ao abacaxi por ser um adoçante natural, ao mamao e ao abacate por serem neutros e poderem ser combinados com as frutas cítricas que Ana trouxe – manga, goiaba, uva, tangerine.

Dessas frutas extraimos diferentes texturas e para mim isso foi uma das coisas mais legais: tocar.

O contato com as frutas foi realmente muito interessante e também foi muito bom preparer o prato e oferecer a algum amigo da turma.

A comida estava uma delicia. Me fez pensar nesse exercício de presentear, oferecer algo que nós mesmos fizemos com carinho, como se fosse para nós mesmos.

Dar ao próximo o que você gostaria de ter para si. Isso é uma attitude que pre digo que ia melhorar o mundo e hoje pude fazer isso – de uma maneira divertida e leve.

Agradeço a areia por ser fina e deslizar por entre as minhas mãos. Isso me proporcionou uma calma e vontade de ficar quieta. Por algum tempo fiquei de olhos fechados, quase dormindo – calma – mas no que me manteve aqui acordada foi a sensação gostosa de passer a areia entre os dedos e pela palma da mãol Esse estado meio dormindo/acordada é bom porque consigo deixar meus pensamentos fluirem sem tanto julgamento.

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AGRADECIMENTO FILMES

Agradeço ao filme "La Belle Verte" por me fazer pensar sobre o nosso planeta e sobre a vida que aqui vivemos. O filme me mostrou que estamos conduzindo nossas vidas de maneira muito erronea e que o ideal seria levar uma vida igual a daquele planeta, onde há liberdade. O mundo no filme ilustrado é um mundo utópico, mas me fez pensar que se dependesse daqueles que realmente quisessem, poderia se tornar um mundo real.

Agradeço ao filme "Camelos Também Choram" por me mostrar a cultura do deserto da Mongólia. O filme me fez ver a importancia do cuidade e do carinho materno, que ainda falta em muitas pessoas no mundo. Também me fez ver que aquele povo é feliz, e para isso eles não precisam da tecnologia - da qual estão em grande parte sem acesso - conseguem encontrar a felicidade alí, solitários no meio do deserto.

Agradeço aos filmes mostrados na última aula por terem me mostrado a importância de deixar a natureza falar por si só. Nos filmes que vimos, foi mostrado dois exemplos de pessoas que cuidavam de suas hortas não podando quando a horta ' foge de controle' e que esse acontecimento na verdade é muito bom, pois os parasitas preferem comer esses verdes ao invés de atacarem o que é plantado para nos alimentar.

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SOBRE O QUE VIVI NO BIOCHIP

Esse semestre foi diferente pra mim. Há muito tempo qua ando desestimulada com a faculdade de design na PUC, por conta disso, esse semestre resolve me inscrever em materias que acreditava que iam ser muito prazerosas para mim. Uma espécie de semestre sabático, mas sem sair da faculdade, afinal das contas, quero muito me formar.

Escolhi, dentre outras matérias, fazer essa experiência com o Biochip.

Quando me inscrevi, tinha dois objetivos grandes. O primeiro era de me reconectar com a Ana, e o segundo era de entender sobre a comida viva.

Meu primeiro objetivo se deu por conta de um desentendido que ficou engasgado em mim desde o segundo periodo, quando me inscrevi na diciplina de projeto 2 com a Ana. Naquele semestre eu desisti do projeto nas últimas semanas, inconformada e chateada com a ela. Nunca tivemos uma oportunidade de conversar muito sobre o ocorrido, mas eu trabalhei isso bastante dentro de mim – com meus amigos, na minha analista e nas minhas ações do dia a dia. Afinal, aquele projeto tinha mudado muito a maneira com que eu via as coisas, e ter deixado ele na reta final foi definitivamente uma questão grande pra mim. Hoje em dia vejo aquela época de uma outra maneira e como sempre mantive uma admiração pela Ana, queria que a nossa relação fosse outra - mais próxima e de mais troca. Por conta disso,me inscrevi no Biochip e ao entrar para essa aula, percebi que eu não só estava resgatando uma relação antiga minha com a Ana, mas criando uma nova – com a nova Jade e com a nova Ana. Entendi que as pessoas se renovam. Que tem coisas que são passageiras, como a questão que eu tinha tido no passado, mas que os sentimentos grandes, como o amor, esse é perene. E fui feliz nesse semestre. Como eu esperava, como eu emanei. E isso foi uma das coisas que retive dessa experiência – quando você se encanta pelas coisas, as coisas se encantam por você. Senti que a troca foi grande.

Sobre o meu segundo obejtivo – de entender mais sobre a comida viva – me surpreendi a cada aula. Vi que o aprender sobre o biochip na verdade era aprender sobre a vida. Foi ali, na experiência com a corda de cizal que entendi sobre coisas que estava vivendo – como entrar em um ambiente novo e ter que se adaptar no movimento. Foi alí, junto ao repolho roxo que pude criar uma conexão de carinho com os alimentos. Foi alí, junto àquelas frutas variadas que me diverti com suas cores e propriedades. E foi alí, junto a semente de amendoim que não consegui germinar, que entendi que eu não podia ainda ser mãe.

Enfim, eu entrei nessa aula esperando duas coisas específicas e a cada agradecimento que fazia via como tinha expandido meus horizontes.

Só tenho a agradecer. Gratidão.