Fernanda Vanzan CONCLUSÃO 2017.1



Fernanda Vanzan Milani Affonso Ferreira (matrícula 1221221)

Agradeço à corda de sisal pela experiência de trabalhar em grupo, buscando sempre o melhor conforto para todos, por nos fazer confiar nas pessoas que eu acabara de conhecer, por nos permitir estabelecer uma conexão com as outras pessoas e assim criar diversos desenhos, mostrando que no final das contas o segredo é não pensar, e sim sentir.

Agradeço à cenoura por me mostrar a beleza do laranja, por me permitir experimentar novas formas e sabores, deixando de lado o preconceito e descobrindo novas coisas, que gerou em mim uma nova forma de olhar e aproveitar algo que eu conhecia e usava de forma tão restrita. A cenoura pode ser doce, crocante ou até mesmo brigadeiro, só dependendo da liberdade e criatividade de quem a manuseia. Foi uma experiência incrível que alegrou imensamente o dia do meu aniversário.

Eu agradeço à corda de rami pelo fato de ter me mostrado que sou capaz de fazer movimentos que eu não me julgava apta a fazer e por, mais uma vez, ter me mostrado como estamos todos interligados. Isso gerou em mim um sentimento de superação e gratidão.

Agradeço ao filme “Ponto de Mutação” por ter me aberto os olhos ao fato de que devemos nos permitir ter e aproveitar contatos que estabelecemos durante a vida, por mais ocasionais que eles sejam, pois desses encontros podem surgir diversas coisas que mudem nossa forma de pensar, que nos ajude a ver o mundo sob outra perspectiva, nos ajudando a evoluir sempre.

Agradeço ao repolho e à cenoura pela oportunidade de explorar minha criatividade, experimentando diferentes formas e texturas, o que despertou em mim uma sensação ótima por conhecer novas coisas e uma curiosidade sobre o que aconteceria ao final do processo.

Eu agradeço ao pilão, à moenda, à aveia e aos demais alimentos utilizados na aula de hoje pela experiência de produzir o pão, ajudando ativamente durante todo o processo, que gerou em mim uma noção de memória óssea e muscular, além do prazer de produzir os pães.

Eu agradeço ao aipim e aos demais alimentos pela experiência de fazer um bolinho incrivelmente saboroso e natural, agradeço pela experiência de ter feito parte desse processo tão interessante e compensador. Os bolinhos ficaram uma delícia, foi preciso muito controle para não comer demais. O resultado foi gratificante e eu adorei poder compartilhar isso com amigos e familiares, pois acho que todos deveriam experimentar a mesma sensação de prazer que eu experimentei neste dia.

Agradeço à areia por me tornar pequenina e me fazer descobrir sensações e curiosidades que eu nunca havia prestado atenção antes. Sentir a areia, em maior ou menor quantidade, ver suas diversas formas e sua liberdade de movimento, desenhar com ela, tudo isso me gerou uma nova perspectiva de mim mesma e do que eu posso ser. Descobri que posso ser areia e me moldar de diferentes formas, ser mais ou menos rígida de acordo com a situação, que posso estar num conjunto ou sozinha e ainda assim serei capaz de adaptação.

Ana, perdi a pasta onde estavam meus agradecimentos e, por este motivo, além de não saber exatamente a ordem das aulas, não terei como transcrever os mesmos, entretanto, as palavras escritas naqueles papéis eram apenas uma tentativa de expressar a gratidão que de fato tenho por tudo que vivemos em nossas aulas durante esse período. Cada alimento, cada forma, cada textura, cada sabor e cada experiência me marcaram muito, como eu falei no meu discurso na festa da prova.

Caí de paraquedas na sua matéria, por indicação do meu primo e fui sem ter a menor ideia do que se tratava. Nas primeiras aulas, não estava entendendo muito bem o propósito de tudo aquilo que fazíamos e até achava um pouco doido, mas, com o tempo, fui entendendo e absorvendo tudo aquilo que você tenta nos passar, sempre dividindo conosco toda a sua experiência e o seu amor por aquilo que você faz.

Nossas aulas eram as duas horas do meu dia que mais me deram prazer nesses seis meses e eu sou muito grata por ter tido essa oportunidade. Saber que eu compartilharia tudo aquilo com você e com a turma me traziam uma paz e uma alegria que eu tanto precisava.

Cada aula me ensinou diversas coisas novas e gerou em mim um sentimento incrível, mas, com certeza, a coisa mais marcante desses seis meses foi a nossa festa da prova, não só pelas coisas maravilhosas que todos nós fizemos para comer, mas, principalmente, por tudo que foi dito ali por cada um, por cada lágrima, por cada abraço e por cada história compartilhada. Me emociona escrever sobre isso da mesma forma que me emocionou falar e ouvir tudo naquele dia.

Nossas aulas me ajudaram a ver as coisas de outra forma, em ampla perspectiva, agregando a mim não só no quesito dos alimentos, como também dos sentimentos. E acho que isto é o que de mais importante tirei do nosso curso.

Agradeço a você, a todos os colegas e a mim mesma por essa oportunidade maravilhosa e que eu vou carregar comigo sempre, lembrando e botando em prática tudo aquilo que aprendi e descobri.

em 10/6/17

Bilhete escrito por Fernanda Vanzan , no dia da Festa da Prova, quando trouxe também sua avó para participar .

“o prato que escolhi para fazer foi abobrinha com cenoura e um molho de azeite com alho e salsinha triturado e orégano.

O curso foi muito importante pra mim porque eu aprendi a sentir mais e pensar menos.

Era a melhor parte da minha semana estar aqui no meio da natureza, experimentando coisas e formas novas.

As nossas aulas me trouxeram muitas novidades, tanto em relação à alimentação quanto em relação a sentimentos e sensações.

Eu estava com diversos problemas pessoais, me sentindo pressionada no meu curso de Direito e eu contava os minutos para nossas aulas porque era o momento de paz em meio à semana conturbada.

Sou eternamente grata por cada aula, cada ensinamento e cada troca, tanto com você, Ana, quanto com os colegas da turma. Obrigada!”

Fernanda querida,

que presente conviver com voce nesse semestre! que alegria receber sua avó na conclusão do curso! Entendo e agradeço sua escolha em trabalhar para libertar o que os nossos enganos aprisionam!

Confio que você vai conseguir, porque valoriza e reconhece que o que nos constitui são aqueles que vieram antes e que se manifestam em nós pelos sentimentos e sensações que muitas vezes não damos conta de escrever ou dizer!

Com amor, Ana