Maria Fernandes Barroso CONCLUSÃO 2017.1



MARIA FERNANDA BARROSO – MATRÍCULA 1321204

AGRADECIMENTOS

9.03.17

Eu agradeço a corda de sisal pelo fato de me lembrar da importância de confiar no outro, saber do valor do outro na nossa existência e equilíbrio. Por me lembrar de que sozinha sou mais fraca do que quando estou conectada. A insistência pelo ombro a ombro focou na igualdade de todos, o que serviu de lembrete diário para não querer destoar e estar ao centro, mas sim ao lado do outro.

14.03.17

Eu agradeço a corda de sisal por ilustrar de forma lúdica e, ao mesmo tempo, didática, a dificuldade e a beleza de entrar em uma nova rede. Na vida, muitas vezes temos que nos inserir em uma teia desconhecida e se entregar. Mas, muitas outras vezes, temos que ceder e ajustar nossa rede para receber o outro, o que pode ser difícil, mas é necessário para uma vida de convivência, que é o que cria e alimenta nossa consciência.

16.03.17

Eu agradeço a cenoura por me ajudar a lembrar da simplicidade e delícia de estar em contato com a natureza. Por um momento, esqueci dos problemas do cotidiano, da urgência dos prazos e da tensão dos compromissos. Me concentrei em me desconcentrar. Imaginar e sentir as diferentes formas e os deliciosos sabores dos cortes da cenoura me lembraram e apresentaram sensações únicas. O contato com a natureza me permitiu encontrar um pouco de mim e descobrir um pouco da terra.

23.03.17

Eu agradeço o filme Ponto de Mutação por abrir minha cabeça. A partir dele, relembrei a importância de se compartilhar conhecimento, para que aquilo que uma pessoa sabe não morra com ela, mas sim continue no pensamento de todos que absorveram aquelas ideias. Se a vida é passageira e dela não levamos nada, precisamos deixar aqui aquilo que realmente importa: nosso conhecimento para as próximas gerações. O filme nos mostra como o sistema humano e o sistema ambiental não se adaptam um ao outro, mas sim co-evoluem, juntos, ou seja, somos todos parte de uma teia de relações. O que estamos deixando, então, para as próximas gerações?

30.03.17

Eu agradeço ao tomate, cenoura, maçã, cebolinha, aipo, soja e todos os outros ingredientes usados na experiência de hoje por me proporcionarem mais uma vez a chance do contato direto com esses elementos vivos. Como já aprendi e compreendi em outras aulas, a comunicação se dá a partir da troca, do contato, e ao cortar, ralar, tocar e provar esses alimentos eu conheci mais da natureza e, por consequência, conheci mais sobre mim. Compreender que mesmo depois do repolho ter fermentado ele não se torna “mau” ajudou a quebrar preconceitos e dar uma chance ao diferente.

06.04.17

Eu agradeço o filme Camelos Também Choram por, mais uma vez, me mostrar que somos todos iguais e estamos no mesmo patamar. Os esforços da família para aproximar o filhote de camelo albino da mãe é, mais do que fascinante, emocionante. Ali a gente se reconhece e compreende um pouco mais de que estamos todos juntos nesse barco. O respeito dos mongóis com os animais é inspirador e reafirma essa ideia de que caminhamos junto com os animais, e o respeito entre ambas as partes cria uma relação de troca importantíssima.

18.04.17

Eu agradeço a aveia por me mostrar uma nova – e verdadeira – forma de fazer comida. Percebi que essa é a hora que a gente alimenta o nosso corpo e alma, e bater o pilão no ritmo do meu coração me mostrou a importância e a emoção de se conectar com o alimento. Usamos aveia para ficar menos duro, e oleaginosas para dar crocância ao pão para que, dessa forma, nossa memoria afetiva reconheça e se identifique com aquele alimento. Eu nunca tinha pensado em fazer pão sem fogo, e hoje entendi que fazer comida é como rezar. A partir da memoria óssea entendi que, ao fazer comida, posso me conectar com meus ancestrais e pensar e sentir coisas que não sabia.

20.04.17

Agradeço ao filme La Belle Verte por me fazer refletir sobre o sistema capitalista. Como podemos ser capazes de fazer tanto mal para a natureza, que co-existe e co-evolui ao nosso lado, apenas para alimentar esse sistema? E por que aceitamos fazer tão mal a nós mesmos com os alimentos industrializados, que dão tanta renda para esse sistema capitalista? A partir do filme pude questionar muito sobre o sistema onde vivo e a forma que me porto, cooperando para o funcionamento do capitalismo desenfreado que não se preocupa com a natureza, apenas com o lucro. O filme me fez pensar o quão capazes nós somos de, individualmente, mudar esse sistema dentro de nós, mas acabamos deixando de lado. Nós temos acesso ao conhecimento necessário para realizar a mudança, mas não corremos atrás dele e nem procuramos coloca-lo em prática. Assim, nosso planeta

25.04.17

Eu agradeço ao aipim por permitir que eu me conectasse comigo mesma em um ritual de repetição e cantoria (interna, ditando meu ritmo) enquanto descascava e ralava. Depois desse momento, o aipim ainda me mostrou a importância de se trabalhar em dupla. Afinal, além da maior força adquirida quando duas pessoas torcem o pano juntas, se conectar com o outro é um diferencial nesse contato com a terra. Além disso, essa foi mais uma oportunidade para conhecer formas de se alimentar sem cozinhar o alimento e conhecer aromas e texturas diferentes do aipim que estou acostumada.

04.05.17

Eu agradeço ao filme Futuro Roubado, da BBC Londres, por me mostrar tantos pontos que eu desconhecia sobre as substâncias presentes nos plásticos, detergentes e enlatados. Nunca imaginei que essas substâncias pudessem modificar nossas estruturas reprodutivas, diminuir a fertilidade masculina e se tornando um dos agravantes para as chances do câncer de mama em mulheres. A professora Ana já tinha nos explicado o perigo de beber café em copos de isopor por liberar substâncias ruins para nosso organismo, e esse filme mostrou como muitos outros materiais também podem ser corrosivos para o sistema humano. O filme me fez refletir sobre como estamos, voluntariamente, alterando nossa genética com características ruins.

18.05.17

A aula de reconhecimento das conchas foi importante para me lembrar da importância e simplicidade das conchas. Cresci na praia e, muitas vezes, procurar conchas era um momento de união entre a minha família. Consegui, naquele momento de manusear as conchas, me lembrar dessas memórias incríveis que tenho com meus pais e irmãos e, principalmente, comigo mesma. Memórias de uma ingenuidade infantil, da leveza de ser criança e de como as conchas e o mar continuaram caminhando comigo até hoje. E com a correria da vida, me deixo esquecer de como as conchas podem ser especiais. As cores, brilhos, texturas e curvas de cada concha mostraram como elas são únicas e, ao mesmo tempo, todas lindas. Ali elas carregam mensagens do mar, assim como nós carregamos nossas mensagens da vida e ficamos marcadas e moldadas por elas.

01.06.17

Eu agradeço a toda a bibliografia apresentada nessa aula, por termos autores que compartilharam seu conhecimento único e imprescindível para que seja possível existir uma aula como a de Biochip. Aproveito para agradecer a Ana por dividir muito do que sabe com a gente, porque é compartilhando conhecimento que vamos conseguir mudar e melhorar o mundo. Essa aula despertou em mim o interesse em muitos autores citados pela Ana, que podem me dar base para conseguir mudar minha trajetória, afinal, todos precisamos fazer a nossa parte.

06.06.17

Eu agradeço ao filme Les Baloons por me acrescentar tanto conhecimento sobre o mundo mágico dos balões. Eu nunca tinha me interessado nem aprofundado sobre essa arte tão linda e emocionante. Até então, eu só via os balões como um problema, um costume desnecessário e que gerava muitas queimadas nas matas do país. O filme foi esclarecedor e me tirou da ignorância de julgar uma arte tão linda. É um espetáculo. É importante que cada vez mais pessoas conheçam a verdade sobre os balões e que esse conhecimento seja disseminado.

08.06.17

AGRADECIMENTO FINAL

Infelizmente, eu não pude comparecer a festa da prova no dia 10 de junho e, por isso, levei minha receita e minha gratidão na aula anterior. Apesar de lamentar por perder uma festa tão emocionante com meus colegas, o fato de me apresentar no encontro anterior fez com que fosse ainda mais importante para mim: era meu aniversário. Agradeci e agradeço pela experiência desse semestre, porque aprendi com a convivência com o biochip, principalmente, a ter gratidão. Ao final de todas as aulas agradecemos o alimento, a natureza, a vida. Sendo meu aniversário, que dia melhor para agradecer tantas dádivas? Com esse exercício diário que a gente fazia em sala de aula, comecei a olhar mais ao meu redor, a minha rede, o mundo em volta de mim. O contato com a natureza e a serenidade em simplesmente ficar ali em contato com a cenoura ou outro alimento amenizavam um pouco a loucura do dia-a-dia naquele momento. Era leve. O filme ponto de mutação me fez questionar muito sobre o que estamos deixando para as próximas gerações. Sendo meu aniversário, a emoção tomou conta de mim. Era o fechamento de um ciclo para mim, e o início de outro. Mas o que estou deixando para quem começa seu ciclo agora? Nos próximos anos? Percebi com o biochip a importância de compartilhar conhecimento e ser a mudança que quero no mundo.