Nathan Leon Rozemblatt CONCLUSÃO 2017.1
Agradecimentos das aulas de Biochip ART 1849
Professora Ana Branco
Nathan Leon Rozemblatt – 1310779
(Dia 09/03)
Eu agradeço à corda de sisal pelo fato de ter me mostrado a importância de confiar nos outros e me sentir conectado com outras pessoas através das energias passadas pelo toque na corda. Foi uma experiência inicial gratificante para conhecer os outros amigos e aprender a interagir sem vergonha ou preconceitos. Agradeço pela oportunidade de reconhecer o sentimento dos outros através da corda e da energia passada por ela.
(Dia 14/03)
Agradeço a corda de Rami pelo fato de que me mostrou uma nova conexão entre partes do corpo que gerou em mim um interesse em explorar como pontos distantes podem se juntar através de uma corda. O movimento da Rami se junta com o movimento corporal e gera um ser único de moção e dinamismo. A atividade proporciona uma nova aproximação e intepretação do que é conformidade e confiança na corda. Agradeço pela nova oportunidade e também à professora Ana pela aula.
(Dia 16/03)
Eu agradeço à cenoura pelo fato de que me despertou um sentimento de inovação e gratidão de como um simples alimento pode trazer diferentes sabores à vida e ao espírito da gente. Às vezes temos várias interpretações à nossa frente e, por preconceito, não as desfrutamos. Agradeço pelo desenho da cenoura e de como aprendi mais formas de manusear esse alimento tão belo. Fiquei feliz ao aprender a conexão da terra com o céu, da parte de cima da cenoura que quase sempre jogamos fora, mas que na verdade possui um ponto de conexão muito forte e natural. Agradeço por ter perdido esse preconceito com diferentes partes da cenoura. Obrigado Mãe Natureza e à terra!
(Dia 23/03)
Agradeço ao filme “Ponto de Mutação” pelo fato, primeiramente, de ter sido um filme incrível e inteligente. Nos faz repensar ideias ultrapassadas de relação do homem e com a natureza, é uma forma de auto avaliação do nosso papel na sociedade. O mundo tem que ser visto como um todo através das relações existentes entre cada objeto que compõe a natureza e que fazemos parte dessas relações, devemos abrir os horizontes para modelos sistêmicos, escapando do conforto onde temos o controle, mas muitas vezes não o entendimento geral. Não se pode olhar separadamente os problemas, é preciso entender as conexões para depois resolver os problemas. A ideia central é pensar num mundo com crescimento sustentável com melhores condições para todos através da mudança da nossa maneira de ver o mundo. Ao final, fica claro que a sobrevivência humana só será possível se formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores de nossa cultura individualista e materialista atual e à nossa tecnologia de exploração do meio ambiente. Esta mudança deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas e fraternais entre os seres humanos e a natureza, em todos seus aspectos.
(Dia 28/03)
Agradeço ao repolho, ao inhame, beterraba e cenoura pelo fato de ter me proporcionado um novo conhecimento acerca de cheiros, texturas e aparência. Foi gratificante trabalhar o alimento de forma que as cores ficassem vivas após o liquidificador, observar o líquido belíssimo em cores. O cheiro de pamonha pelo trituramento do inhame foi uma surpresa, nunca imaginei que um alimento poderia remeter a outro através do cheiro. Da mesma forma, a cor de vinho da beterraba me chamou atenção pela sua beleza assim como a cor de “gelatina de uva roxa” do repolho. É incrível saber trabalhar os alimentos de forma que eles mostrem outros cheiros, texturas e aparências, nos ensinando que a Mãe Natureza tem muito mais a oferecer se soubermos lidar com ela. Agradeço à professora Ana por mostrar e passar esses ensinamentos através do manuseio da terra.
(Dia 30/03)
Agradeço à aula da mistura de repolho, cenoura, maçã e cebolinha pelo fato de ter me mostrado a interação desses alimentos de uma forma que eu não havia experimentado antes. O jeito de manusear, picotar, ralar e raspar me despertaram curiosidade para descobrir novos sabores desses alimentos. O mais interessante é a explosão de sabores diferentes após os preparos. Agradeço também pela interação com os amigos na aula, tenho percebido uma motivação cada vez maior no relacionamento das pessoas com a arte e natureza. O que mais me surpreendeu foram os diferentes gostos dependendo das texturas dos alimentos, além da beleza na mistura de cores.
(06/04)
Agradeço ao filme “Camelos também choram” pelo fato de ter me mostrado uma nova e interessante visão sobre costumes, cultura, ocidentalização e valores. O ponto do filme não é essencialmente sobre o camelo, mas sim da relação entre quatro gerações da família de nômades. É interessante ver a diferença de costumes desde os mais velhos, que prezam pelas velhas tradições, rituais, cultivo da terra e de animais até os mais novos, onde os filhos são levados pela curiosidade da tecnologia e globalização. Achei interessante ver como em um mundo tão conectado, modernizado e “ocidentalizado” ainda existam povos bem rústicos que prezam pelos costumes mais antigos da relação homem-natureza. Isso mostra, de certa forma, como o homem moderno deveria estar cultivando a terra e os animais, de forma saudável e respeitando o meio ambiente. A fala dos patriarcas da família é bem evidente nesse assunto quando eles dizem que os jovens podem ter sua inocência levada pelo ocidente através da influência cultural e tecnologia, fazendo uma analogia à lenda que eles contam de que os chifres dos camelos foram levados pelo veado para o ocidente. O desfecho do camelo filhote é muito bonito pois ele consegue se reaproximar da mãe através de um ritual conduzido por um violinista que estava na cidade, isto é, foi necessária uma conexão do nômade com o moderno. O filme é leve e agradeço pelo conhecimento trazido à mim em relação à questão de embate de culturas e gerações.
(Dia 18/04)
Agradeço ao pão pelo fato de me despertar o sentimento de humildade e união com colegas. A atividade de moer trouxe uma conexão com as técnicas mais antigas e me mostrou a verdadeira forma de trabalhar esse alimento da terra. Além do fato de o sabor ter sido surpreendente, a história religiosa por trás é bonita. Ter a oportunidade de comer um pão feito de forma tão diferente do tradicional é uma descoberta pela qual sou muito grato. Agradeço aos alimentos por terem me mostrado isso e à natureza por ter despertado isso em mim.
(Dia 20/04)
Sou grato ao filme “La Belle verte” por mostrar, mais uma vez, os rumos errados com que levamos nossa sociedade. Reinam o preconceito, hostilidade para com os outros, a poluição visual, sonora, ambiental e alimentícia, entre outros. A metáfora do planeta perfeito alienígena nos mostra como a simplicidade traz a felicidade e harmonia, bem como saúde e boa convivência. Um ponto muito interessante é quando a protagonista precisa recarregar suas energias com bebês, isto é, nos simbolizando que eles são seres puros que –ainda- não foram corrompidos pela sociedade caótica. Outro ponto é quando ela desconecta as pessoas da realidade, tornando-as um ser mais pensante, reflexivo e desapegado de assuntos e coisas mundanas. Isso me fez refletir como nos preocupamos com coisas banais e estressantes do dia a dia que nem vemos a vida passar diante de nossos olhos. Deixamos de aproveitar a vida e nos relacionar com outros por conta de boletos bancários, trânsito, trabalhos, brigas, etc. Agradeço ao filme por me despertar essa reflexão importante nos dias caóticos atuais.
(Dia 25/04)
Agradeço à mandioca pelo fato de ter me mostrado o processo de produção de dois alimentos que estou muito acostumado a comer, mas nunca tinha visto como se fazia: tapioca e polvilho. A etapa de espremer o ralado da mandioca em dupla foi um bom aprendizado de trabalho em grupo (mesmo não tendo a música da mandioca, infelizmente). O suco do espremido é bom e após colocar a farinha na estufa para secar, pude perceber nosso papel de produtor e não de predador nessa cadeia. Em vez de comprar farinha pronta no mercado, é gratificante trabalhar o alimento desde a limpeza da mandioca até a secagem, se tornando assim parte do grupo produtor que trabalha a Terra.
(Dia 27/04)
Sou grato ao coentro, cenoura, tomate e farinha de mandioca pela incrível mistura de sabor nos bolinhos. Me despertou o paladar e a felicidade de ter trabalhado num alimento cujo resultado final teve uma participação minha. A aparência similar ao salpicão me trouxe lembranças e alegria ao degustar esse novo sabor. O processo de preparação foi incrível, aproveitando todos os alimentos, o batido de “nojinho” e o azeite prensado a frio. Agradeço pela oportunidade de preparar e experimentar mais um alimento inteiramente da natureza. Gratidão!
(Dia 02/05)
Apesar de não ter conseguido germinar minhas sementes de girassol e trigo, agradeço primeiramente pela oportunidade de ter aprendido como fazer e pela aula de hoje onde fizemos vários desenhos de tons verde lindos. A textura de cada planta é interessante e foi gratificante usá-las crescida. Gostei muito de ver como as raízes mantém a forma da terra e a seguram como um abraço forte. Agradeço pelo sabor e, mais uma vez, pela cor verde das plantas batidas que sempre me fascinam pelo esplendor e beleza. Isso mostra a felicidade de poder ver o próprio trabalho surtindo efeito e trazendo frutos de uma forma tão bela, mostrando a alegria de ser produtor e não predador.
(Dia 04/05)
Quero agradecer pela exibição do filme “Futuro Roubado” por me reforçar a ideia que eu já tinha em relação aos produtos enlatados, processados e industrializados que a sociedade nos impõe para consumo. Sempre tive uma grande repulsão por tais produtos pois eu já sabia dos milhares de químicos que são colocados no processo de fabricação e os males que eles causam ao longo prazo. Esse problema exibido no filme, do excesso de estrogênio devido ao DDT, me espantou. Um dano a ponto de mudar o sexo dos animais e diminuir a fertilidade dos homens é preocupante para não se dizer absurdo. Isso mostra o abuso que é a ganância das empresas em vender a todo custo sem se importar com a saúde pública (caso similar ao da Carne Fraca no Brasil), causando doenças, câncer e mortes pelo dinheiro. É mais uma reflexão de que devemos evitar tais alimentos e começar a comer mais naturalmente, plantando e colhendo os próprios alimentos e se tornando produtor, um posto que não só não agride a natureza como também nos torna mais saudáveis.
(Dia 09/05)
Agradeço à maçã, batata e ao agrião por me mostrar como nossa percepção pode ser equivocada. A batata e a maçã são irmãs! Fiquei surpreso ao ver como são parecidas apenas mudando sua forma. A sopa estava muito boa e a experiência de fazer desenhos com alteração de temperatura é uma coisa nova para mim, me surpreendi. Quero agradecer também por estar aprendendo cada vez mais como manusear os alimentos, como conviver com eles e respeitá-los. Parece simples, mas a forma de manusear traz minhas energias ao alimento, tornando-o mais saboroso e bonito. Gratidão!
(11/05)
Sou muito grato à areia por ter me despertado novos saberes. Ao massagear a areia em círculos, a senti entrando na palma da minha mão e, ao fechar os olhos, senti que meu próprio corpo e meu “eu” interior estavam dançando em círculos também. É como se a areia se comunicasse com meu corpo de uma forma sutil através de minhas mãos. Também agradeço a areia por me mostrar que não existe desenho certou ou errado, bonito ou feio e sim apenas um desenho. Um desenho que traz nostalgia de quando brincamos de areia na praia e suas diversas formas e descobertas.
Nathan Leon Rozemblatt
(Dia 16/05)
Agradeço muito à terra da compostagem por me mostrar a vida em sua forma mais simples e ao mesmo tempo bela. Ver os seres e animais que ali cresceram é ver nossos irmãos se desenvolvendo na mais plena inocência e pureza. Gostei muito de ver sua interação com o alimento compostado e de saber como eles são tão importantes para aquele ecossistema. Me surpreendi em notar como as minhocas são limpas mesmo se movendo por entre a terra escura. Esse animal é belo e me trouxe lembranças da infância de quando eu brincava de achar minhocas na terra. A unidade singular de vida ali, seja em qualquer tempo de compostagem, mostra como tudo vem e vai da terra.
(Dia 18/05)
Agradeço a conversa com as conchas pelas descobertas inovadoras. Conchas são coisas tão simples e belas ao mesmo tempo, singulares em sua própria forma. Cada uma tem um desenho diferente, uma história de vida diferente. Mostra que todas vêm e vão da terra e do mar. Agradeço por me mostrarem a beleza nos detalhes e a perfeição da natureza, até porque é possível encontrar matemática em sua forma, seja na sequência de Fibonacci ou na fórmula áurea. Consegui conversar e descobrir que conchas são vivas, se comunicam quando a colocamos em nosso ouvido e elas falam conosco. Gratidão pelas conchas!
(Dia 23/05)
Agradeço muito pela aula de hoje! Agradeço aos alimentos e a técnica de manter a temperatura pela comida deliciosa. Aprendi que o desenho da comida nos representa, e apenas quando ficamos felizes desfrutamos totalmente do alimento que preparamos. Agradeço por entender porque nao devemos usar o termo cozinhar, para deixarmos de ser escravos do dia a dia e nao querer descobrir coisas novas. Muito obrigado ao aipo, maçã, pimentão e cenoura pelos ensinamentos de como nós conseguimos passar nossos desenhos interiores para fora, na forma de alimentação.
(Dia 25/05)
Agradeço à terra do mangue pela conversa proporcionada. Uma conversa de milhares de anos que é transmitida apenas pelo toque e sensibilidade. A forma com que a lama vai tomando os caminhos da mão é lindo, como se ela contasse sua história conforme se espreme na mão. A possibilidade de fazer desenhos é gratificante pois damos vida e forma para a lama, como se quiséssemos expressar nossos sentimentos através da arte, que veio da cabeça, passou pelo coração, depois para os braços, para as mãos e finalmente para a lama. Juntar todos os desenhos mostrou os pensamentos conexos das pessoas. Senti também uma grande nostalgia de quando eu brincava de terra e lama quando criança, me trazendo uma nova descoberta de como olhar e ler a terra. A sensação de compartilhar apertos de mão com os colegas enquanto a mesma estava coberta de lama também me trouxe descobertas novas, seja no tato ou na temperatura. Agradeço ao mangue pela conversa e novas descobertas!
(Dia 30/05)
Sou grato aos alimentos usados na aula de hoje: manga, goiaba, canela, amendoim, uva, maracujá e todos os outros pelos desenhos feitos. O melhor de tudo, após trabalhar o alimento todo, é ver que não existe desenho feio nem desenho bonito, todos são únicos e distintos entre si que formam uma arte colorida da natureza. Agradeço pela experiência e pelos sentimentos aprendidos nessa aula de desenho com alimentos.
(Dia 06/06)
Agradeço à aula e ao filme sobre balões. Além de ter uma nova perspectiva em relação a eles, foi gratificante ver como o fogo é poderoso serve para diversos fins, desde sobrevivência até unir pessoas. Agradeço pela visita do baloeiro e por compartilhar sua experiência de vida tão emocionante.
(Dia 08/06)
Agradeço à canjica pela aula proporcionada. O sabor doce me trouxe muita memória afetiva de sobremesas e comidas com banana que minha avó e posteriormente minha mãe faziam. Sou grato também à Dadau por compartilhar comigo e com a turma suas técnicas e experiências na comida viva. O jeito dela de ralar o côco é muito interessante. Agradeço também às pessoas que trouxeram suas comidas de casa e compartilharam conosco suas experiências e agradecimentos ao longo do semestre.
(Dia 10/06) – Prova Prática e Agradecimento Final
Escolhi levar para a prova prática a Salada de Beterraba, que contém beterraba cortada em macarrão, cebola em fatias finas, aipo moído com gergelim e girassol germinados, raspas de casca de laranja, limão, gengibre, pouco sal marinho e azeite virgem. Esse prato me agradou tanto no sabor, na forma de preparo e na beleza do conjunto, assim como foi um grande prazer poder fazê-lo.
Queria agradecer primeiramente ao ambiente da aula e contato com a natureza que a disciplina de Biochip me proporcionou. Desde criança sempre fui uma pessoa da natureza, tudo que remonta a ela me atraía. Em meio ao nosso cotidiano de stress, preocupações e afastamento da vida, os encontros na sala entre as árvores foram um meio de reconectar com a natureza. Também sou muito grato pelos ensinamentos que a comida viva me passou e pela semelhança que a mudança no hábito de se alimentar tem com a minha religião, o judaísmo. Ambas possuem toda uma conexão por trás, seja com a natureza ou com D’s, mas que a consequência acaba sendo parecida: uma nova descoberta de si mesmo e uma vida mais saudável. Agradeço também pela convivência com novas pessoas de mente aberta e pela sensação de acolhimento que todos proporcionavam. Ter participado dessa matéria foi uma grande experiência e descoberta para mim e sou muito grato à tudo e à todos, à natureza, à professora Ana e à vida.