Material da Diáspora do Amor
Equipe:
Isabela de Avellar Fernandes Rezende da Rocha
beloca_avellar@hotmail.com
Equipe:
Thainan Curtinhas de Castro
thainan.castro@gmail.com
Grupo social:
Marcelo Meira
mestremmeira@gmail.com
Escola Municipal Manoel Cícero
Praça Santos Dumont, 86, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
CEP 22470-060 – Brasil
O projeto foi realizado na Escola Municipal Manoel Cícero, no bairro da Gávea, Rio de janeiro-RJ. Foi feito pela dupla Isabela de Avellar e Thainan Castro, em parceria com o intercessor Marcelo Meira, professor de História do sétimo(7º), oitavo(8º) e nono(9º) anos do Ensino Fundamental da Escola.
A Escola tem aulas para crianças e jovens do ensino Fundamental e Médio, do quinto ano Fundamental ao terceiro ano Médio. O professor Marcelo Meira ministra aulas semanais em três turmas de séries diferentes.
Foram acompanhadas, inicialmente, aulas do oitavo e nono anos dadas pelo professor Marcelo, nas quais ele passava a matéria de forma dinâmica, fazendo perguntas frequentes e brincadeiras em grupo através dessas perguntas para ajudar os alunos a memorizar a matéria e poder passá-la de forma mais descontraída que não fosse apenas com o uso de livros ou anotações no quadro, que, por sinal eram quase nulas durante as aulas. Ele pouco usava os livros e anotava no quadro apenas o essencial, ou algumas questões mais enfáticas ou para deveres de casa, passando a matéria em sua maior parte de forma oral.
A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular do professor Marcelo Meira reconhecemos como tema para o projeto: “A elite da história é o povo. A gente é material da revolução para implantar a diáspora do amor.” Percebemos que, durante as aulas, o professor dava muita atenção aos alunos individualmente, sabia o nome de todos, dava apelidos e fazia brincadeiras, e usava disso para captar o interesse da turma para a aula. Ele costumava contar histórias, falando sobre alguns fatos históricos pertinentes à matéria que estava sendo dada. Às vezes ele usava alguns alunos como personagens fictícios para que eles se sentissem imersos ao que ele contava, e o fazia de forma tão apaixonada e cheia de vigor, que era possível ver em cada fato o amor que ele tinha em passar aquele conteúdo, algumas vezes extra curriculares e curiosidades da época, que pudemos ver que o que ele queria era dissipar, expandir e dividir esse amor que ele tinha pela história com seus alunos. Era a diáspora daquele amor que ele tinha pelo trabalho e pela história se espalhando dali para cada um dos alunos, de forma igual. Muitas vezes ficávamos também bem atentos e curiosos pelas histórias pela forma com que ele contava e os fatos históricos curiosos que ele enfatizava, nos deixando levar por esse amor também.
Com a experimentação das primeiras ideias levadas a ele, feitas a partir dessas observações das aulas e do estudo do universo vocabular daquele ambiente, pudemos ver que o foco do professor Marcelo é na interação, no questionamento, no poder interagir com a turma de forma que ele não perca o controle da aula e passe a matéria de forma divertida e interativa. Isso para ele é a diáspora do amor. É poder espalhar esse conhecimento de forma igualitária para que todos possam aprender da mesma forma, e, se possível, em grupos. Ele se interessa pelo questionamento, por mostrar o conteúdo de forma divertida, usando imagens e elementos que mantenham a turma atenta na aula.
Com as observações feitas durante o processo de experimentação chegamos ao conceito do objeto final, visando a interação e o trabalho de grupo que o professor propõe em suas aulas.
O objeto final consiste em quatro grupos de bandeiras coloridas, verdes, vermelhas, azuis e amarelas, quatro pastas transparentes para colocar imagens e um saco com perguntas dentro.
As bandeiras são feitas de cetim com um viés respeitando as respectivas cores das mesmas costurado nas bordas. Tem tamanho de uma folha A4 cada uma. As pastas são de acetato, podendo usar imagens dos dois lados, com um viés branco costurado nas bordas. Elas suportam folhas de tamanho A4. O saco é feito de organza, um tecido flexível e translúcido, com um elástico costurado na abertura para mantê-lo fechado. Possui fichas com algumas perguntas referentes à matéria dada no dia pelo professor. Essas fichas podem ser trocadas ou acrescentadas de acordo com a necessidade da aula.
O professor Marcelo usa os objetos em suas dinâmicas de aula, dividindo a turma em grupos, cada aluno com uma bandeira referente a um grupo. Ele divide a turma pois assim pode deixar os times mais equilibrados, como ele mesmo ressaltou anteriormente. Divididos os grupos ele sorteia algumas perguntas e as lê para a turma. O aluno que souber levanta sua bandeira e responde. Caso acerte é ponto para o grupo, e caso erre passa a vez para alguém de um outro grupo, e assim vai até algum aluno acertar. As pastas são para colocar imagens que ilustrem o conteúdo dado e perguntado na aula. Essas imagens podem ser impressas pelo próprio professor ou trazidas por algum aluno como dever de casa. Elas circulam entre os alunos para que eles possam ver com mais detalhes o que cada uma delas mostra e assim acrescentar conteúdo à aula.
Conclusão Isabela:
O projeto para mim serviu para ver a vida de outra forma, com mais simplicidade. Sentir a alegria das crianças, perceber que a aula do Marcelo se pautava toda na fala e no carinho, na diáspora do amor, abriu meus os olhos para o mundo e para o outro, olhar para o outro. Lidar com as dificuldades também foi fundamental, e poder confiar na minha dupla me gerava sempre a certeza de uma parceria.
Agradeço ao Thainan por ter se mostrado incansavelmente presente e de prontidão para todas as dificuldades que passamos no projeto. Isso gerou em mim perceber que tenho um amigo além de apenas uma dupla, somos parceiros.
Agradeço ao Marcelo por ter feito o possível e impossível para nos ajudar em todos os momentos, desde nos levar para uma escola particular para que pudéssemos continuar com ele como parceiro ate mandar emails perguntando se estava tudo bem. Isso gerou em mim a percepção de que fazer pelo outro é mais essencial do que fazer por si mesmo.
Conclusão Thainan:
Fazer esse projeto foi uma experiência bem interessante por aprender a lidar com situações adversas, em um lugar diferente, com pessoas vindas de vários locais diferentes e cada uma com uma história e que, aos poucos vão nos contagiando. Aprendi a ser mais desinibido em relação a ir, conhecer e entrar em lugares novos, ter mais coragem para enfrentar adversidades e não deixar desanimar com os problemas que apareceram durante o processo, que, no final, serviram como uma injeção de ânimo para que eu pudesse juntar as forças e conseguir finalizar tudo como esperado. Mais que só um projeto, foi uma experiência de troca muito grande e muito importante com minha dupla, com meus colegas, com o intercessor e com a turma que acompanhamos.
Agradeço à Isabela por ter sido mais que uma dupla, uma amiga. Por estar sempre do meu lado, me fazendo continuar em muitos momentos de desânimo, e de prontidão para fazer tudo que fosse possível para o projeto funcionar da melhor forma. Com isso aprendi que uma amizade no projeto pode fazer tudo correr muito bem, não apenas no projeto mas também na vida.
Agradeço ao professor Marcelo por ter nos recebido muito bem e acolhido o projeto de forma tão carinhosa, dividindo com a gente um pouco desse amor que ele tenta passar diariamente para seus alunos em suas aulas.Com isso aprendi a dividir mais o amor que eu tenho com o que eu sei fazer para com as pessoas também.
Intercessor Marcelo Meira
Estes jovens tiveram uma dedicação extraordinária ao belo projeto desenvolvido pela PUC, superando obstáculos burocráticos, e persistindo mesmo contra as barreiras encontradas.
Este bonito trabalho serviu para ilustrar de forma brilhante minhas aulas, e ajudou no processo de ensino e aprendizagem de dezenas de adolescentes.
No aspecto social, serviu para unir jovens universitários de classe média alta a adolescentes de comunidades carentes do município do Rio de Janeiro.
Desde já me coloco à disposição para novos projetos e agradeço a oportunidade de ter colaborado com este.
Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco e Luis Vicente