Painéis e fantoches que propõem a ordem na educação
com os diferentes.
Equipe:
Gabriel Vilela Pinho - Guimarães
bielvilela@live.com
Hugo Mendes Silva
hugo_ms12@hotmail.com
Grupo social:
Luiza Helena Bertrand Cavalcante de Oliveira
luizahdeoliveira@hotmail.com
Escola Estadual Francisco Alves
Travessa Pepe, 77 - Botafogo, Rio de Janeiro
Projeto realizado na Escola Estadual Francisco Alves, com a Professora Luiza Helena, que leciona curso regular para crianças do terceiro e quarto ano no ensino primário, com idades entre 9 e 12 anos.
A professora tem a função de ensinar as matérias do ciclo básico: português, matemática, ciências naturais e ciências sociais, além de cuidar da formação ética e moral dos alunos, utilizando atividades pedagógicas e dinâmicas das quais observamos, onde foram feitos usos de ‘Material Dourado’, jogos, pintura e desenho, bilhete e tarefas para casa.
A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Luíza Helena reconhecemos como tema para o projeto: “A ordem na educação modifica o sorriso na carinha dos alunos quando conversar e aprender com os diferentes nos faz feliz”
A utilização da linguagem corporal e ilustrativa por parte da parceira em momentos de tensão na sala, quando pede aos alunos para ‘tirar o cabelinho da orelha’ de forma literal, traz ordem à aula de uma maneira que torna a prática do silêncio e da atenção na professora o princípio do aprendizado.
Após os muitos experimentos concluímos que é a professora quem faz o movimento entre palavras, imagens e a atenção. Assim construímos fantoches para serem usados nas mãos e murais que tenham no próprio corpo da parceira a base para esses suportes.
Construímos em tecido estruturado com MDF dois painéis dobráveis: um com palavras e outro com números, que receberam abas e bolsos para expor palavras e números impressos em fichas retangulares confeccionadas em papel cartão e revestidos por contact. Foram também confeccionados 6 fantoches: 5 deles, para o uso de toda a turma e cujas cores se relacionam com uma disciplina específica, e um fantoche mestre composto de várias cores para uso exclusivo da parceira. Todos foram confeccionados em tecido de malha sublimática cujas cores foram azul, vermelho, verde, amarelo e marrom.
O uso dos objetos acontece em conjunto, da seguinte forma: na aula, a parceira veste o fantoche mestre e, em seguida, pede a um aluno que vá à frente da sala, pegue um fantoche de uma matéria, definindo o tema da atividade. Se o alunos pega o fantoche de cor amarela relacionada à matemática, a parceira coloca o painel numérico em seu corpo, se o aluno pega um fantoche de outras cores, ela pega o painel de linguagem, para realizar um espaço de discussão com frases ou palavras chave que organizam o aprendizado.
Conclusão Gabriel Vilela:
A experiência de viver o projeto 2 na Barraca serviu para que eu me conhecesse melhor e para me fazer aprender profundamente o real potencial do processo de design sob uma ótica extremamente humana, trazendo vivências muito intensas e envolventes que me fizeram descobrir tesouros na simplicidade cotidiana, na convivência com as diferenças e diversidades entre as pessoas que conheci: colegas, professores, parceira e alunos da escola. Aprendi a aceitar as pessoas como elas são e a me aceitar por inteiro, descobrindo que o processo da Barraca não acaba no encerramento do projeto, mas dá início a uma nova etapa: de uma constante renovação interior que aprendi a realizar ouvindo o outro, observando-o, conhecendo-o e amando-o como ele é e como Deus o fez - único, especial e ao mesmo tempo plural, num quebra-cabeças vivo e dinâmico.
Agradeço a parceira Luiza Helena pelo fato de ter me ensinado durante a vivência de projeto que a ordem depende do respeito que temos pelo outro na hora de dar-lhe vez e voz. Isso gerou em mim uma mudança no pensar e no agira, prestando muito mais atenção ao que as pessoas me falam e considerando seus pontos de vista.
Agradeço a minha dupla de projeto, Hugo Mendes, pelo fato de ter me ensinado a ser calmo, pois ele mantinha a calma e paciência quando eu estava nervoso e pessimista. Isso mudou a minha forma de pensar, pois agora eu olho para a vida e passo a enxergar as possibilidades e potencial que as coisas têm sem se cobrar mais do que eu posso fazer.
Conclusão Hugo Mendes:
Trabalhar na barraca pra mim foi realmente uma grande surpresa, resolvi pegar essa turma por curiosidade, ouvi tantos dicas, criticas sobre a barraca, mas de início me encantou pela sala de aula, que assim que você chega já se sente em casa, poder sentar todos juntos, andar descalço na sala pisando na areia, algo que nunca tinha imaginado viver. Tempo foi passando, conheci pessoas incríveis, todas as duplas se ajudando uns aos outros, todos trabalhando em harmonia e felicidades, sempre, quando você está um pouco perdido, pode ter certeza que alguém vai oferecer ajuda. Não podia deixar de falar dos professores, Ana Branco e Vicente Barros, que sem dúvida abriram meus olhares pra muita coisa, hoje posso dizer que vejo a vida de forma muito melhor, aprendi coisas além do projeto, da sala de aula. Hoje dou muito valor aos ensinamentos deles, uma oportunidade que infelizmente poucos podem usufruir, pois o que é ensinado ali, não ensinado em nenhum outro lugar, a valorização do ser, das pessoas, de todos nós, é muito forte e positivo. Entrei achando que iria aprender um pouco mais sobre design, me enganei, aprendi muito de design e muito sobre a vida. Foi uma honra.
Agradeço a Luiza por sempre trabalhar formação de frase com os alunos, sempre de forma lúdica, exercícios em que todos os alunos resolvem juntos, sempre dizendo: "Tirem o cabelo da orelhinha e vamos fazer exercícios de formação de frases". Com isso desde o começo pude ver a relação da professora com os alunos, de afeto e muito carinho, aprendi formas de passar ensinamentos para outras pessoas e também aprendi a compartilhar ainda mais carinho e amor com o próximo, principalmente os que nos cercam.
Agradeço ao Gabriel, por sempre me dar dicas na hora da realização de um experimento, com isso aprendi varias técnicas na qual não possuia conhecimento. Aprendi a trabalhar melhor em dupla, coisa que não costumava realizar muito bem, aprendi a aceitar mais. Gabriel também me apresentou algumas partes do Rio do qual ainda não conhecia, lugares que tivemos que ir para pesquisa e/ou compra de materiais para os experimento. Agradeço o Gabriel por colaborar e por sempre estar no meu lado no momento do projeto.
Avaliação do intercessor:
Foi muito gratificante participar do projeto com os alunos Gabriel e Hugo. No decorrer dos encontros a interação foi intensa: a troca de experiências, a oportunidade de ver o lúdico nas atividades com objetos simples, atraindo a atenção e o prazer de ter o sorriso no rostinho de todos, alunos, professora e estagiários. Nota 10
Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco e Luis Vicente