Tapete para aprender a respeitar,
confiar e agradecer às pessoas





Equipe:
Joana Dutra de Andrade
joanadutra.a@gmail.com

Grupo social:
Alexandre Ramalho
edfisicarj@hotmail.com

CIEP Presidente Agostinho Neto
Rua Visconde Silva, s/n, Humaitá,
Rio de Janeiro, RJ


Resumo:

A primeira tarefa foi pesquisar professores de escolas municipais que se interessassem em contribuir para o desenvolvimento de um produto. O produto deveria ser capaz de atrair o interesse dos alunos, com a função prioritária de servir como ferramenta pedagógica durante as aulas. Imediatamente, fui atraída pelas aulas de Educação Física, ministradas pelo professor Alexandre Ramalho. Ele nos cativou pela maneira amorosa como lida com os alunos, ao mesmo tempo que 'e um disciplinador, rigoroso. As perspectivas de trabalho, diante das múltiplas atividades, eram diversificadas e atribuíam um dinamismo singular para o grupo. Alexandre é apaixonado por sua profissão - dá aulas para crianças de 5 a 7 anos no CIEP Presidente Agostinhos Neto, no bairro do Humaitá, e em outras escolas da rede pública. Sempre ensina os movimentos precisos, destreza, desenvolvendo o controle motor e, acima de tudo, se empenha em construir o caráter, transmitindo valores fundamentais aos alunos. A rapidez com que as crianças absorvem esses ensinamentos através de brincadeiras me impressionou muito, principalmente pela harmonia que o Alexandre consegue alcançar. Esta integração horizontal foi determinante para desenvolver o conceito do nosso trabalho. Nas primeiras quatro aulas, observara que Alexandre fizera um circuito, delimitado por cones, para as crianças correrem, seguido de um tempo livre, para as crianças jogarem futebol, vôlei, basquete ou pular corda. Anotava todas as sentenças que ele dizia como modo para reforçar seu conteúdo programático. Depois de coletar 200 palavras ditas por Alexandre, fizemos o jogo de palavras e chegamos `a frase-objetivo: "é legal respeitar, confiar e agradecer `as pessoas". Essa foi a base para a criação dos experimentos e definição do Partido Adotado, direcionando cada vez mais o processo de acordo com o interesse do Alexandre em unir a formação física e humana das crianças. Depois de muitos experimentos construímos em parceria um tapete em material sintético chamado “bagum”, medindo 150 X 170 cm, formado por retângulos nas sete cores do arco-íris, como uma colcha de retalhos. Sobre cada retângulo, costurei pequenas formas geométricas de velcro, onde pode se prender pequenas almofadas. Essas almofadas também em formas geométricas e nas cores do arco-íris, contêm as ilustrações que o Alexandre solicitou para os exercícios - pé esquerdo e direito, mão esquerda e direita, joelho, cotovelo, bunda, orelha e cabeça. Para completar o jogo, ele pediu que fizesse duas vendas. O tapete foi recebido com muito entusiasmo pelo professor e as crianças ficaram eufóricas, comentando sobre seu conforto, e gerou vários exercícios e brincadeiras. O Alexandre começou a atividade escolhendo um menino e uma menina, explicou que cada um sortearia uma peça, colaria no quadrado da cor e formato do velcro correspondentes, e lá deveria permanecer com um dos pés. Assim, fizeram, depois repetiram a ação com o outro pé, as mãos, e tudo de novo mais uma vez, até se embolarem e a menina cair. Depois, vendou dois alunos e pediu para que ajoelhassem no chão, um em cada extremidade do tapete. Pediu para sortearem uma peça da sacola e identificarem o seu formato. No “já” começaram a procurar o velcro do mesmo formato da sua peça - quem colasse no velcro certo primeiro, ganhava. A atividade teve muito sucesso, e outras crianças pediram pra brincar. Terminada essa atividade, chamou duas meninas e recomeçou o primeiro exercício, mas dessa vez ele quem deu os comandos, incluindo o joelho, cotovelo, orelha, cabeça e bunda. Depois de ter muito êxito com a brincadeira, em vez de chamar dois alunos, chamou quatro, eles se embolaram ainda mais e tudo ficou mais divertido, as crianças se animaram e pediram para que fossem escolhidas. Fazer projeto com a Ana Branco e o Vicente foi uma experiência muito gratificante. A carga de desafios proposta pela dupla de professores me deu curiosidade, desespero, raiva, amor, todos os sentimentos existentes, para, no final de tudo se transformar em gratidão, satisfação, admiração, enfim, só sentimentos bons. A cada etapa os professores me estimularam, e a cada etapa eu me superei, como aluna de design e como pessoa. Levei cada aprendizado adiante, e fui me fortalecendo cada vez mais e agora, vejo como foi essencial para a minha, então, formação. Além disso, o ambiente da barraca criou, entre todos da turma, uma amizade grande cheia de colaboração e co-paixão, uma família que levarei por muitos anos. Enfim, depois desses meses, vejo que os professores estão lá, para nos mostrar que somos capazes de nos superar sempre e que um verdadeiro projeto de design é feito com o outro. Recomendarei para que todo mundo faça projeto na barraca, porque considero que lá a gente aprende a crescer e sou muito grata por ter passado por essa experiência. Agradeço ao Alexandre por ser um grande parceiro, sendo uma pessoa séria e divertida ao mesmo tempo. Com isso aprendi que é possível desenvolver projetos com pessoas desconhecidas e ser uma experiência muito gratificante. No decorrer desse processo me envolvi de tal forma que o projeto permeava todos aspectos da minha vivencia e que ocupou a maior parte do meu tempo, neste primeiro semestre de 2014.

Avaliação completa do Intercessor

Mais uma vez tive a oportunidade e o prazer de trabalhar nesse projeto que é desenvolvido com os professores da Rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Além do desenvolvimento do projeto, o profissional da rede junto com o aluno da Puc, pode encontrar alternativas de trabalho, particularmente na minha disciplina, fugindo um pouco das práticas esportivas já conhecidas dando oportunidade a atividades lúdicas que tem um importante papel nesta faixa etária. O projeto aconteceu de forma tranquila e animada, já que a aluna Joana teve a oportunidade de participar das aulas, facilitando o entendimento das necessidades dos alunos da rede pública. Com a responsabilidade e criatividade da aluna, o projeto teve várias ideias que com certeza serão aproveitadas em outra oportunidade. O produto final atendeu perfeitamente a faixa etária pois se trata de uma atividade colorida, prazerosas e com possibilidade de trabalhar várias atividades em uma só (variações), não oferecendo risco de acidente para os alunos. Agradeço mais uma vez de ter participado do projeto.

Nota: 10

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC/1AD
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Maria do Socorro Calhau

e-mail: anabranc@puc-rio.br

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