O Gerador de Tentativas





Equipe:
Tiago Henrique Gomes de Lima
tiagoh2000@hotmail.com
Priscila Faria
priscilafaria@live.com

Grupo social:
Rafael Homsi Pereira
rafa_homsi@msn.com

Escola Municipal Henrique Dodsworth
Avenida Epitácio Pessoa, 474 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ

Resumo:

Escolhemos fazer o nosso projeto com o professor de Educação física, Rafael Homsi Pereira, na Escola municipal Henrique Dodsworth, em Ipanema. Lá começamos a observar suas aulas, durante essas aulas fizemos desenhos e anotações de fatos importantes e anotamos frases ditas por ele durante as aulas com intenção de formar um conjunto de palavras que ele utilizava em seu vocabulário durante suas aulas. O nosso intercessor Rafael Homsi tinha a função de nós ajudar a entender qual era o contexto em que ele trabalhava e qual era seu objetivo durante suas aulas. Percebemos que ele gostava muito de misturar jogos mentais com atividades físicas, como forma de desenvolver tanto metal quanto o físico de seus alunos. Em uma de suas aulas que observamos, ele misturou primeiro xadrez com queimado, o jogo tinha as mesmas regras básicas do queimado, mas cada pessoa do time era uma peça, mas não poderia falar qual até ser atingida, cada qual com seu diferencial, o objetivo era queimar o Rei do time adversário. Também misturou corrida com jogo da velha, em que cones das cores vermelho e verde tinha que ser levados por um dos alunos até um tabuleiro de jogo da velha feito com 9 bambolês no chão, após escolher uma casa para seu cone o aluno deveria bater na mão do próximo da fila para que ele fizesse o mesmo até que o time tivesse uma fileira com 3 cones da mesma cor. A partir do conjunto de palavras anotadas pro nós que compõe o universo vocabular do professor Rafael Homsi, reconhecemos como tema para o projeto a frase: “O verdadeiro campeão tenta acertar” Em uma de suas aulas que visitamos antes da escolha da frase perguntamos durante a atividade do “queimado xadrez” o porquê que ele escolheu xadrez como a matéria desse período em educação física, e ele respondeu que algumas pessoas não eram muito interessadas por esportes físicos, então implementar o xadrez foi um forma de fazer com que todos pudessem participar de alguma forma nas aulas, assim vimos que a frase representava bem sua didática, já que o objetivo dele não era que todos fossem bons no que ele ensina, mas que todos tentassem aprender. Então resolvemos fazer algo que pudesse englobar vários esportes para que ele nos ajudasse a descobrir como iriamos modifica-los, para isso fizemos um bastão de tamanho regulável com tampinhas de garrafa pet em sua ponta, nessas tampinhas através de rocas do topo da garrafa fizemos vários encaixes para que servisse para vários esportes, como: uma cesta de basquete, um alvo, um taco de golfe, um taco de baseball, vara de pescar. E bases com o mesmo sistema só que nele eram acoplados arcos, bandeiras e alvos presos a uma haste. Após ver quais foram às atividades mais realizadas com nossos protótipos focamos em fazer um objeto especializado em cada atividade, e assim ficaram: taco de golfe, taco de baseball, cesta de basquete, bases e bandeirinhas. Tomamos com base a ideia de nossos protótipos incentivassem e criassem oportunidades para que as crianças tentassem acertar mais durante as atividades, mantendo assim relação com a frase. Então fizemos com que todo fosse mole, dificultando a atividade e forçando os alunos a tentar mais vezes. Depois de muitos testes com diferentes matérias e diferentes combinações entre eles, resolvemos utilizar conduite estruturado com mangueira, arame e jornal, isso deu a ele uma propriedade única para oque queríamos, pois agora ele estava mole o bastante para diminuir a precisão dos alunos e duro o bastante para que a não tirasse a funcionalidade dos protótipos e graças ao arame agora ele escolher o formato dos bastões que podem ser em L, retos ou arredondados. Fizemos 6 bastões com esses mateiras e nessa bastões fizemos em 2 com 1 circulo na ponta de cada um com conduite arame e jornal, que pode mudar o formato graças ao arame com jornal, fizemos 2 com uma cabeça de taco de golfe cada, feita com madeira compensado e 2 que eram os bastões cobertos de muita espuma em uma parte do taco com um formato de tacos de baseball, todos os 6 foram revestidos com espuma e tecido para ficar mais seguro para os alunos. Nas bases fizemos sacos de areia revestidos com um conector de cano na parte superior de cada um para que se pudesse encaixar as bandeiras, essa bandeira tem o mastro feita de conduite e a bandeira de carpete assim nelas pode ser grudados números feitos de um carpete de cor diferente, que ajuda em atividades em que tenham que ser contabilizados pontos . O intercessor criou jogos para muitos deles, como nas cestas, que fez uma atividade parecida com basquete, mas que um dos alunos fosse a cesta e esse tinha que sem sair do lugar ajudar o seu time a fazer a bola atravessar o arco, com as bases e bandeirinhas fez jogos como pique bandeira e os adaptou a sua atividade que misturava corrida com jogo da velha em que as bandeiras representavam o time e as bases as casas do jogo da velha, e misturou os tacos de baseball com os de golfe uma atividade em que primeiro se acertava com o taco de baseball e onde a bola caísse tinha que se continuar com os de golf, até que alcançasse o alvo.

Tiago Lima

Quando entrei na faculdade no inicio desse ano, não sabia muito bem qual era a função do designer na sociedade, eu só sabia que lá eu poderia criar algo novo que possa ajudar na vida das pessoas, mas não sabia ainda qual era a melhor maneira de fazer isso. Em meu primeiro dia de aula fiquei muito confuso e ainda não fazia ideia qual era o objetivo dos agradecimentos, para mim agradecer a alguém sempre foi por uma ação direta, ”Obrigado por emprestar a caneta”, mas isso começou a mudar quando Socorro corrigiu minha primeira gratidão e mando eu adicionar o que aquilo havia gerado em mim, logo passei a entender que agradecimentos não eram para ações boas que realizavam para mim, e sim no que elas me mudaram como pessoa , sejam essas ações boas ou ruins, hoje agradeço aos professores Ana Branco e Vicente por terem me dado esse projeto, pois certamente sei que o rumo que irei tomar na faculdade será bem diferente do que eu tomaria. Garanto que não penso mais da mesma forma que pensava ao entrar no projeto, mas só agora escrevendo essa conclusão que pude ver o quanto aprendi nesse projeto. Vicente uma vez disse em uma conversa que os alunos estavam sempre fazendo seus trabalhos se preocupando muito no que os professores e colegas vão achar em vez de simplesmente fazer por fazer, percebi que eu também fazia isso, isso me fez refletir que o projeto tratava disso, durante nossa vida na faculdade vamos ter que fazer produtos para as pessoas, e o projeto me fez pensar: “Para que fazer algo para o outro, se eu posso fazer algo com o outro”. A partir dai comecei a ver a importância do projeto colaborativo, eu não fiz um projeto para o Rafael, fiz com ele, a pessoa que mais conhece ele, é ele. A mesma coisa aprendi na barraca, eu não estava fazendo o projeto para os professores em busca de uma boa nota, estava fazendo com os professores, o tempo todo eles deram dicas e conhecimentos sem os quais eu nunca chegaria aonde cheguei. Com isso aprendi que como farei produtos para pessoas, tenho que primeiro conhecer a realidade em que elas vivem e isso só é possível entrando na dinâmica do dia-a-dia delas. A frase objetivo caiu como uma luva com o que eu estava aprendendo no projeto “O verdadeiro campeão tenta acertar” vejo o quanto foi importante esse ter sido o nosso tema, pois aprendi que não importa o quanto achamos que não vai dar certo ou que ja está bom do jeito que está, temos sempre que tentar mudar, até termos certeza de que encontramos a melhor solução possível, podemos até não conseguir nas primeiras tentativas mas só o fato de tentar cada vez mais nós faz evoluir, seja evoluindo um produto ou a nós mesmos. Aprendi no projeto que no processo de criação o importante não é algo físico que entregamos, mas oque aprendemos em sua criação e como nosso conhecimento através da evolução daquele objeto desde quando ele era só uma ideia até ele ter todo um contexto para aquela atividade muda totalmente o que ele é, e oque ele pode ser. Finalmente entendi oque a Ana queria dizer quando dizia que as pessoas no design faziam tudo visando capital, antes eu via o capital como um incentivo para que as pessoas criassem mais e melhor, mas hoje vejo que o capital funciona como uma grande isca, muitos podem o ver como algo que da motivação para que uma atitude seja tomada e algo seja feito, mas oque eu entendo agora é que essa pessoa que tomou essa atitude não a tomou por si mesma, ela foi indiretamente manipulada pela indústria para criar aquilo, então ela abriu a mão do dom de criar e passou somente a fazer, e oque poderia ser um grande aprendizado torna-se apenas um trabalho. Agora sei que independentemente de quanto eu vou ganhar, nunca vou deixar de tentar mudar e variar tudo em que estou trabalhando, pois sei que mesmo que eu tenha que fazer Mil tentativas, vai valer a pena quando eu tiver certeza de que aquele é o melhor que eu poderia fazer, e seu eu não tiver, tento de novo. Na primeira vez que explicamos o projeto para o Rafael ele disse que ficaria muito grato de após o projeto acabar deixar nossos experimentos no colégio já que não sabia se poderia continuar dando aulas lá, e eles serviriam como seu legado, mas agora vejo que a passagem dele pelo colégio é igual a nossa passada pelo projeto, no final do ano pude perceber o quanto as crianças aprenderam com ele e mudaram sua maneira de pensar sobre atividades em aulas de educação física. Isso me fez ver que mais o mais importante no projeto não foi o próprio experimento, mas sabermos como chegamos até a ele, e como usaremos esse em nossas vidas a partir de agora. Como em nosso projeto o legado dele não foi algo físico deixado no colégio e sim a troca de conhecimento que aconteceu durante aquela experiência, tudo oque ele aprendeu com os alunos e tudo que ele ensinou. O legado do projeto para mim foi mudar minha maneira de ver e entender a vida e o legado de Rafael foi mostrar tanto para seus alunos quanto para mim que para acertar, basta tentar.

Priscila Faria

Quando escolhi fazer esse projeto, pensei que seria como o anterior. Ouvi muitas críticas e histórias malucas que só me deram mais vontade de ver como era. Quando cheguei percebi que trabalharíamos com crianças quase desisti, mas me mantive firme no aprendizado do projeto anterior quando o professor André nos disse que a premissa era sair da zona de conforto. Permaneci e me encantei com a ideia de “que o processo criativo vem da força vital de dentro de nós.” (Ana) Aprendi que as pessoas são tão diferentes umas das outras, cada uma tem seu tempo, e por isso é legal fazer projeto junto com elas, perceber a visão diferenciada e tentar enxergar através dela. E agora vou agradecendo sem perceber cada coisa que aparece na vida. E agradeço principalmente a agenda, que vou levar sempre comigo como “manual de sobrevivência” (Vicente) e que me ajudou em uma das minhas maiores dificuldades na vida que é manter

Rafael Homsi

Eu, Rafael Homsi Loureiro, então professor de Educação Física da Escola Municipal Henrique Dodsworth, avalio o projeto do Tiago Lima e da Priscila Messias da forma mais satisfatória possível. Ao longo do 2º semestre de 2014, ambos os alunos da PUC se mostraram muito comprometidos com o projeto a ser realizado, dando mostras de criatividade e extrema competência em suas tarefas. Além disso, foram sempre cordiais e educados, tanto com o corpo docente quanto com o corpo discente da escola, tomando a experiência fluida, harmoniosa e gratificante. Parabéns, Tiago e Priscila!

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Maria do Socorro Calhau

e-mail: anabranc@puc-rio.br

English Version