O Desenho das Crianças Arruma e Fala da Históriar





Equipe:
Olivia Hamers
lili.eac@hotmail.com
Mariana Sá
mariana.dsp.14@gmail.com

Grupo social:
Patrícia Souza Lima
souzaslima@hotmail.com

Escola Municipal República da Colômbia
Rua Rosalina Brand, número 200, Barra da Tijuca

Resumo:

Nosso projeto foi realizado na Escola Municipal República da Colômbia com a professora Patrícia Souza. A mesma era professora do do primeiro ano do ensino fundamental e dava aula para crianças de, aproximadamente, cinco anos. Nas aulas de Patrícia um dia as crianças estudavam usando suas respectivas apostilas, no outro elas desenhavam, Patrícia contava histórias, deixava-as livres para brincar. Suas aulas eram assim, cada dia Patrícia propunha a elas o que era mais adequado para aquele dia. Alguns exemplos de atividades que presenciamos de Patrícia eram atividades adequadas para crianças de cinco anos. Desde brincar com bonecos de pelúcia até fazer apostilas. Como Patrícia lidava com crianças, a mesma propunha atividades adequadas a tal idade. Histórias, desenhos, brinquedos, exercícios. Tudo isso fazia parte do ensino de Patrícia. A partir do conjunto de palavras que compõe o universo vocabular de Patrícia reconhecemos como tema para o projeto: “O desenho das crianças arruma e fala da história”. Um exemplo de uma atividade de Patrícia que se relacionou com a frase escolhida foi quando ela contou uma história para as crianças e depois deu papeis para que elas pudessem desenhar sobre a história, desenhar os personagens ou o que elas absorveram da história. Esta atividade relacionou- se com a frase, pois a partir do desenho das crianças, as mesmas poderiam arrumar a história e contá-la novamente ou até inventar uma nova. A partir das experimentações das primeiras ideias, vimos quais desses experimentos melhor se relacionavam com a aula do intercessor e o tema do projeto. E assim, a partir de uma dinâmica, definimos o conceito do objeto que usamos como base; um quadro transparente, letras e um tipo de brinquedo. Relacionando com a frase, o quadro representa o desenho das crianças, as letras a fala, e o brinquedo, a história. Assim, a frase “O desenho das crianças arruma e fala da história” fica visível. Depois de muitos experimentos construimos 5 quadros de acetato transparente, com bordas costuradas de carpete cinza, com velcro nas extremidades, possibilitando o encaixe e o movimento das partes. Assim, Patrícia e as crianças envolvem desenhos e histórias de diversas formas no mesmo objeto. Patrícia distribuiu os quadros e os pilores, colocando um quadro e um pilot em cada mesa. As crianças sentadas, ouviram a orientação de Patrícia; “Lembram da história que contei? Então, quero que vocês façam desenhos natalinos, bem bonitos e caprichados”. E assim, as crianças fizeram desenhos como árvores de natal, Papai Noel e “boneco de neve”. Por fim juntamos as partes e colocamos em sequência.

Conclusão Mariana:

Quem vê um objeto pronto, não consegue ver tudo o que ele representa, apenas se envolvendo no processo de criação é possível saber os aprendizados e contextos que fazem dele a materialização de todo um compartilhamento de conhecimento e momentos. Viver essa experiência me fez conhecer a espontaneidade das crianças, as dificuldades do ensino público, mas principalmente a importância do envolvimento de quem participa do projeto, de como a interferência, por menor que seja, pode mudar completamente a trajetória de criação. O protótipo feito, leva consigo, toda uma história que o fez assim, saber que nele tem um pedaço seu e de pessoas que de alguma forma colocaram um pouco de si nele também, faz de um objeto simples, ter um valor único. A motivação que me moveu até a conclusão final, veio do próprio projeto e tudo que ele agrega, a cada etapa e resultado, a cada dia que saí da sala da Patrícia e da sala entre as árvores, e o construindo no laboratório, sabendo que o resultado final de todo esse trabalho teria um valor afetivo incalculável, e que de fato tem. Agradeço à Patrícia pelo resultado final, que interferiu na sua aula de forma tão positiva, ver a evolução de todos nós, seja de forma acadêmica ou humana, me proporcionou felicidade e realização, sabendo que somos capazes de buscar com da empatia e gratidão, uma forma de favorecer o trabalho de alguém que admiramos. Agradeço à Olivia pelo processo, que conseguimos fazer de forma produtiva e agradável, sei que sem ela esse processo poderia não ter ocorrido dessa forma tão positiva, se é que teria acontecido, o que gera em mim, entender que trabalho em dupla e juntar os conhecimentos e experiências, diferenças de cada um, em busca de um mesmo objetivo.

Conclusão Olivia:

Para mim, viver essa experiência foi algo enriquecedor. Havia feito um estágio social com crianças do Morro Dona Marta no ano de 2011, mas não havia convivido tão de perto com crianças como convivi nessa experiência. Ir duas vezes por semana em um local, que no começo era um lugar exótico, diferente para mim, depois de um tempo começou a virar um lugar comum, como se eu já convivesse com aquelas crianças há anos. O carinho que elas têm é acolhedor. A gratidão que elas demonstravam quando levávamos os experimentos era emocionante. Brincavam com os experimentos como se fossem os “brinquedos” mais legal que haviam visto em suas vidas. Fazer parte da alegria de alguém é inexplicável. Foi cansativo, foi trabalhoso mas acima de tudo, foi uma delícia trabalhar com crianças e com uma intercessora tão adorável que elogiava com muito carinho tudo que levávamos. Posso dizer que tive muita sorte em ter a dupla que tive, a intercessora que tivemos e as crianças com as quais trabalhamos. Sorte é a palavra que mais resume essa experiência para mim. Sorte, aprendizado, realização, capacitação. Me senti realizada com tudo que aprendi nesse período convivendo com essas pessoas que nunca havia falado antes e hoje tornaram-se minhas amigas. Ver que sou capaz de cumprir as etapas, com a ajuda de minha dupla, claro, também foi de extrema importância para mim. Essa mistura de sentimentos fez com que eu me sentisse bem e sentisse que cumpri um papel importante na minha vida. Afinal, nada é mais feliz que deixar alguém feliz. Essa troca de carinho, bondade e vontade fez com que nosso projeto se tornasse extremamente agradável. Agradeço à Patrícia por toda paciência e carinho que teve conosco. Sua boa vontade e sua atitude sempre positiva gerou em mim um sentimento de carinho por ela. Agradeço à minha dupla por toda dedicação que teve com nosso trabalho. Sem ela, não conseguiria ter feito nem metade do que fizemos. Trabalhar com ela foi muito bom, pois nos entendemos muito bem. Isso gerou em mim um sentimento de alegria em saber que nossa parceria funcionou tão bem.

Avaliação da Professora: Patricia Souza Lima

Ela nos falou de como aquilo havia mudado o ambiente, que mais do que o produto final pronto, todo aquele processo que resultou nele, passando pela observação até a conclusão, fez as com que as crianças, assim como nós, também passemos também por um processo, resultando em algo novo. A mudança das crianças era visível, sentadas e concentradas na atividade, algo que nas primeiras idas a escola parecia improvável. Patrícia falou da curiosidade dela com nosso trabalho, nos primeiros encontros, mas que depois foi entendendo e admirando nosso trabalho. O que nos fez lembrar nossos primeiros contado com a turma, que também nos gerou uma admiração gigantesca em relação ao seu trabalho e a forma como era feito.

Disciplina: DSG 1002
Turma: 1AC
Professores: Ana Branco, Luis Vicente Barros, Luciana Grether, Vanusa Maria de Melo

e-mail: anabranc@puc-rio.br

English Version